quarta-feira, dezembro 14

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DE FILIPENSES:

A paz que excede todo entendimento é a paz de Deus. Essa paz não possui origem humana, ou seja, ela não é qualquer tipo de paz superficial e passageira, mas é um dom divino que guarda os corações e os pensamentos dos redimidos em Cristo Jesus.

Versículo sobre a paz que excede todo entendimento:

Muitos textos bíblicos tratam sobre a paz divina, mas o versículo em questão, onde se lê literalmente essa frase, está registrado em Filipenses 4:7, onde o apóstolo Paulo escreve: “E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”.

Para entendermos corretamente o que o apóstolo quis dizer com “a paz de Deus que excede todo entendimento”, precisamos considerar alguns pontos principais do contexto em que essa frase aparece.

No capítulo 4 da Epístola aos Filipenses, entre os versículos 1 e 9, Paulo exorta os cristãos a permanecerem firme no Evangelho, regozijando-se no Senhor, sendo generosos e longânimes, de modo que a amabilidade deles seja conhecida por todos (Fp 4:1-5).

O apóstolo também fala sobre o problema da ansiedade, e aconselha os irmãos a não andarem ansiosos, mas ao invés de estarem preocupados, que apresentassem seus pedidos com orações, suplicas e ação de graças a Deus, o único capaz de conceder a verdadeira paz que excede todo entendimento e que guarda os corações e as mentes em Cristo Jesus, e esse é o segredo para a verdadeira bem-aventurança (Fp 4:5-7).

O apóstolo termina essa seção do capítulo 4 admoestando sobre o dever cristão, isto é, falando sobre em que os redimidos devem pensar e o que estes devem praticar. Ele ainda aponta para o fato de que quando aquilo que é excelente ou digno de louvor domina nossos pensamentos e é posto em prática, a recompensa não pode ser outra se não a presença do “Deus da paz” (Fp 4:8,9).

Agora que entendemos um pouco melhor o contexto desse versículo, podemos meditar sobre o significado da paz que excede todo entendimento.

A paz de Deus:

A paz de que fala o apóstolo é um dos atributos de Deus, sua origem está em Deus e Ele a possui em seu próprio ser. Por ser um de seus atributos comunicaveis. Ele a compartilha com seus filhos, não porque estes a merecem por si mesmos, antes, Ele a concede como uma dádiva, um dom, um presente por causa da obra redentora de Cristo, ou seja, se hoje temos a paz de Deus é porque Cristo a mereceu em nosso lugar nos reconciliando com Ele (Jo 14:27; 16:33; 20:19,21,26).

Não é por acaso que praticamente em todas as cartas do apóstolo Paulo ele sempre apresenta essa paz intimamente conectada a graça, na expressão “graça e paz”. Isso significa que a graça é o fundamento dessa paz, isto é, sem a graça não há como se ter a paz.

Essa paz é também uma característica marcante na vida de todo cristão genuíno, visto que ela é uma das virtudes do fruto do Espírito Santo (Gl 5:22).

A paz que excede todo entendimento:

Vimos que a verdadeira paz é um dom divino que reflete o próprio amor de Deus. estudiosos em seus comentários do Novo Testamento, define perfeitamente essa paz como sendo o sorriso de Deus refletido na alma do cristão; a bonança depois da tempestade do Calvário; a firme convicção de que o Deus que não poupou nem mesmo o próprio Filho, antes o entregou por nós, certamente também, livremente, nos dará com Ele todas as coisas (Rm 8:32).

Com relação à expressão “excede todo entendimento”, alguns a tem interpretado como se seu significado fosse o de que a paz divina faz por nós muito mais do que os nossos planos e projetos um dia jamais poderão fazer, ou seja, nesse sentido, então a paz divina supera o nosso entendimento.

É claro que existe um ponto de verdade nisso, porém essa não é a interpretação correta dessa expressão. Quando o apóstolo escreve “a paz que excede todo entendimento”, ele está dizendo o que a paz de Deus é insondável.

Assim como o amor de Cristo excede todo o entendimento, de forma que é impossível ao homem, por natureza, compreender sua largura, comprimento, altura e profundidade, a paz de Deus também o é (Ef 3:18,19).

O efeito da paz que excede todo entendimento:

Imediatamente após escrever sobre tão maravilhosa paz, o apóstolo declara que tal paz que excede todo entendimento é a mesma responsável por guardar os sentimentos e os pensamentos dos redimidos em Cristo Jesus.

O termo grego utilizado por Paulo traduzido como “guardará” é phroureo, e trata-se de um termo militar para indicar a guarda de sentinelas que protegem uma cidade de uma invasão inimiga ou mesmo para impedir a fuga dos habitantes de uma cidade sitiada. Em ambos os casos o sentido é “manter preservado”.

Com isso ele estava dizendo que a paz de Deus que excede todo entendimento, por mais que seja insondável a nós, ela monta guarda à porta de nossos corações e mentes. Ela impede que as aflições e angustias abalem nossos sentimentos tomando nossos corações, bem como que os pensamentos indignos e a perigosa ansiedade a qual ele mencionou nos versículos anteriores dominem nossa mente.

No entanto, a paz que excede todo entendimento não nos protege apenas das ameaças externas, mas também dos conflitos internos. É por isso que o apóstolo termina com a expressão “em Cristo Jesus”, ou seja, essa paz nos livra de nós mesmos, impedindo que, devido a nossa velha natureza, porventura fujamos da fortaleza que é Cristo. Nesse aspecto, nosso velho homem deve estar acorrentado dentro de um coração sitiado pela paz de Deus.

Essa verdade nos faz lembrar-se do que escreveu o profeta Isaías, ao dizer que o Senhor “conservará em perfeita paz aquele cujo coração é firme” (Is 26:3). Esse coração firme que confia no Senhor, não deve ser entendido como um mérito humano, mas como uma ação do próprio Deus que, conforme profetizou o profeta Jeremias, põe seu temor em nossos corações para que nunca nos apartemos dele (Jr 32:40).

A paz que excede todo entendimento não é a ausência de problemas, aflições e dificuldades, mas é a garantia de que Deus está no controle de todas as coisas, e que por mais que tudo pareça difícil, podemos descansar na promessa de que no dia vindouro, em breve, o Deus da paz esmagará Satanás debaixo dos nossos pés ( Rm 16:20 ) Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

terça-feira, dezembro 13

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " OCIMUM GRATISSIMUM L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Ocimum gratissimum L.
Família: 
Lamiaceae
Sinonímia científica: 
Geniosporum discolor Baker
Partes usadas: 
A planta toda.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Cimen-8-ol, eugenol, timol, trans-cariofileno.
Propriedade terapêutica: 
Carminativo, sudorífico, diurético, antisséptico, bacteriostática, bactericida, fungicida, laxante.
Indicação terapêutica: 
Leishmaniose, infecções do trato respiratório superior, diarreia, desordem gastrointestinal, febre tifoide, dor de cabeça, doenças de pele e olhos, feridas, insolação, gripe, gonorreia.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: shrubby basil, east Indian basil, Russian basil
  • Francês: menthe gabonaise

Origem, distribuição
Planta originária do Oriente, subespontânea em todo o Brasil.

Descrição:
Erva aromática, perene, pode atingir 1 a 3 m de altura. Tem caule ereto muito ramificado, glabroso ou pubescente. Folhas opostas, ovaladas, bordos dentados, variando de 4 a 8 cm de comprimento. Pecíolo de 2 a 4,5 cm de comprimento, esbelto, púbere.

Inflorescência com flores pequenas de coloração roxo-esbranquiçada. 

Propaga-se principalmente por estacas retiradas do caule.

É cultivada devido ao óleo essencial presente em suas folhas e caules.

Uso popular e medicinal:
A planta possui aroma forte e agradável, é utilizada contra leishmaniose, infecções do trato respiratório superior, diarreia/antidiurese, desordem gastrointestinal, febre tifoide, dor de cabeça, doenças de pele e olhos. Na medicina caseira o chá serve como carminativo, sudorífico e diurético.

A planta apresenta inúmeros compostos, sendo majoritário o eugenol.

Espécies de Ocimum são classicamente fornecedoras de óleos essenciais, os quais são largamente utilizados em temperos de pratos especiais e como aromatizantes de licores e de perfumes finos. 

O. gratissimum apresenta a propriedade de conservante natural devido às substâncias encontradas em seu óleo essencial: cimen-8-ol, eugenol e trans-cariofileno. Vários autores descrevem a atividade antibacteriana do óleo essencial desta espécie como antisséptica no tratamento de feridas ou lesões com solução de continuidade. Esse óleo essencial foi testado frente a 14 diferentes bactérias originárias da Costa do Marfim e demostrou relevantes atividades bacteriostática e bactericida.

O eugenol apresenta uma série de atributos farmacológicos tais como agente aromático para alimentos, anticonvulsivo, anestésico, analgésico dentário, antibactericida e fungicida.

Eugenol e, em menor grau, timol extraídos do óleo são substitutos dos óleos de cravo e de tomilho.

Na Indonésia (Sumatra) fazem um chá das folhas, enquanto na Tailândia as folhas são usadas como condimento.

Na Indonésia, o eugenol é utilizado na lavagem cerimonial de cadáveres. Na Índia, onde é denominada "ram tulsi",  O. gratissimum é amplamente utilizada em cerimônias religiosas. 

Na medicina tradicional da África e Índia, preparações de toda a planta são usadas ​​para melhorar a digestão gástrica e tratar insolação, dor de cabeça e gripe.

As sementes têm propriedades laxativas e são prescritas contra a gonorreia. O óleo essencial é aplicado contra a febre, inflamações da garganta, ouvidos ou olhos, dor de estômago, diarreia e doenças de pele.

Testado como antibiótico, o óleo é também ótimo repelente de insetos.

Um estudo científico comprovou o potencial do alfavacão como fonte de antioxidantes naturais. Segundo os autores, o extrato bruto e o óleo essencial obtido das folhas, avaliados pelo método do tiociananto férrico, mostraram ser capazes de retardar a oxidação do ácido linolêico. A substância ativa do extrato bruto, responsável pela atividade antioxidante, foi isolada, identificada e caracterizada como eugenol." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE A CARTA DO APÓSTOLO PAULO AOS ÉFESIOS:

A Carta aos Efésios é uma das epístolas escritas por Paulo no Novo Testamento. Desde a saudação aos destinatários até às saudações finais, a Carta de Paulo aos Efésios traz ensinamentos importantes aos cristãos, enfatizando as bênçãos espirituais resultantes da obra da redenção, e as implicações de ser a Igreja de Cristo.

A Carta aos Efésios é uma das cartas da prisão, ou seja, ela está entre as carta de Paulo, que foram escritas quando o apóstolo esteve aprisionado pela primeira vez em Roma. Então neste estudo bíblico faremos uma panorama geral da Epístola aos Efésios considerando seu contexto e ocasião, destinatários, propósito, mensagem e característica, resumo e esboço.

Autor da Carta aos Efésios:

O autor da Carta aos Efésios é o apóstolo Paulo. Na saudação aos destinatários, o próprio apóstolo se identifica como o escritor da carta: “Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus […]” (Efésios 1:1).

Além dessa autoidentificação, a Carta aos Efésios possui de forma muito clara a linguagem característica de Paulo e trata de temas comuns que o mesmo apóstolo desenvolve em outras de suas cartas. Inclusive, a semelhança entre a Epístola aos Efésios e a Epístola aos Colossenses é inegável.

Mas curiosamente por causa dessa semelhança notável entre as duas cartas, mais recentemente alguns estudiosos  têm contestado a autoria de Paulo contrariando o entendimento histórico da Igreja. Esses estudiosos argumentam que a Carta aos Efésios parece depender excessivamente da Carta aos Colossenses, como se fosse uma obra derivada. Eles também alegam que a carta é mais doxológica do que doutrinária. Então essas pessoas têm sugerido que a carta talvez tenha sido obra de alguém que foi discipulado por Paulo.

Entretanto, esses argumentos não fazem qualquer sentido à luz de todas as evidências que apontam para a autoria de Paulo. A construção do texto sem dúvida tem o estilo de Paulo; as verdades fundamentais afirmadas na carta não apenas relembram a teologia de Paulo como também a expande, tornando impossível a carta ser obra de um imitador.

Sem dúvida a Carta aos Efésios é verbalmente muito semelhante à Carta aos Colossenses. Mas isso pode ser explicado pelo fato de o apóstolo ter escrito as duas cartas num período muito próximo. Além do mais, a igreja de Éfeso ficou conhecida por sua habilidade em identificar a rejeitar falsos mestres. Certamente aquela igreja teria rejeitado essa carta se ela não trouxesse a assinatura incontestável do apóstolo Paulo.

Data e contexto histórico da Carta de Paulo aos Efésios:

O apóstolo Paulo escreveu a Carta aos Efésios enquanto estava preso. Ele mesmo explica na carta sua condição: “Por esta causa, eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios” (Efésios 3:1; cf. 6:20). Evidentemente esse aprisionamento é o mesmo citado pelo apóstolo na Carta aos Colossenses: “Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso” (Colossenses 4:3).

Os estudiosos que reconstroem a cronologia do Novo Testamento  em especial do ministério missionário de Paulo explicam que esse aprisionamento do qual o Paulo fala, é provavelmente aquele registrado por Lucas no livro de Atos dos Apóstolos (Atos 28).

Sabe-se que Paulo ficou por dois anos preso em Cesareia, e depois foi transferido para Roma  a pedido dele mesmo por ser cidadão romano. Na capital do império o apóstolo permaneceu por cerca de mais dois anos em prisão domiciliar, onde provavelmente entre 60 e 63 d.C. ele escreveu algumas cartas, dentre as quais está Efésios.

Os destinatários da Carta aos Efésios:

Na saudação aos destinatários da Carta aos Efésios, lemos: “[…] aos santos que estão em Éfeso e fieis em Cristo Jesus” (Efésios 1:1). A cidade de Éfeso era a principal cidade romana da província da Ásia, e servia de ligação entre as partes ocidental e oriental do Império Romano.

Éfeso era amplamente conhecida por sua estrutura monumental, por seu porto movimentado e sua economia próspera alimentada pela indústria e pelo comércio. Mas tudo isso tinha uma estreita ligação com sua vida religiosa. Em Éfeso ficava o grande Templo da Deusa Diana, uma das sete maravilhas do mundo antigo.

Mas em Éfeso o Evangelho de Cristo, pelo poder do Espírito Santo, prosperou. O apóstolo Paulo ficou na cidade durante um período considerável e seu ministério ali foi decisivo para a expansão do Evangelho por toda aquela região da Ásia Menor.

Apesar da oposição dos pagãos de Éfeso  principalmente daqueles que dependiam economicamente do paganismo da cidade  a Igreja do Senhor naquela cidade cresceu. A igreja de Éfeso entrou para a história como uma comunidade fervorosa em seus primeiros anos, e que mesmo tendo perdido o entusiasmo inicial com o tempo, jamais abandonou o zelo pela obra do Senhor (Apocalipse 2).

Sem dúvida Paulo escreveu para aqueles cristãos que basicamente eram seus filhos na fé. Contudo, é verdade que nos melhores manuscritos gregos a saudação aos destinatários da carta não traz a designação “em Éfeso”. Isso quer dizer que nos textos gregos mais antigos, a saudação aos destinatários aparece simplesmente assim: “[…] aos santos que são fieis em Cristo Jesus”.

Em combinação ao fato de que a Carta aos Efésios também não traz as características saudações finais pessoais do apóstolo, muitos estudiosos têm defendido que a Carta aos Efésios era uma carta circular; no sentido de que ela foi escrita às igrejas de Éfeso e adjacências. Em outras palavras, a Carta aos Efésios não deveria ficar limitada apenas à congregação local de Éfeso, mas deveria alcançar os cristãos que residiam na província da Ásia Menor ocidental, a qual Éfeso era a principal cidade.

Propósito, tema, mensagem e características da Carta aos Efésios:

O propósito da Carta aos Efésios é conscientizar os cristãos  acerca de seus privilégios e compromissos como igreja em Cristo. Diferentemente de outras cartas em que Paulo precisa tratar de controvérsias locais, na Epístola aos Efésios o apóstolo expõe parte importante de sua teologia em caráter mais geral.

O tema predominante na epístola é a posição da Igreja em Cristo, isto é, a unidade de todos os cristãos em Cristo. É nesse sentido que a mensagem da Carta de Paulo aos Efésios traz uma importante compreensão acerca do ministério da Igreja. Os três primeiros capítulos da epístola expressam um conteúdo mais teológico, enquanto os três últimos possuem um conteúdo mais prático acerca da vida cristã.

Então nessa carta o apóstolo encoraja, conforta e admoesta os cristãos. Ele enfatiza que a Igreja é o corpo espiritual de Cristo  nesta terra, formado por judeus e gentios  conforme o plano eterno de Deus. A Carta aos Efésios explica que o próprio Cristo é o Cabeça desse corpo, e que o poder do Espírito Santo é sua força atuante. Então por sua união em Cristo, os cristãos  recebem toda sorte de bênçãos espirituais.

Assim, Paulo admoesta os destinatários da Carta aos Efésios a compreender essas bênçãos e andar nelas enquanto militam neste mundo revestidos de toda a armadura de Deus. É assim que os cristãos podem triunfar na batalha espiritual contra as forças das trevas.

Esboço e resumo da Carta aos Efésios:

Em resumo, a Carta aos Efésios fala da Igreja Gloriosa em Cristo. A seguir temos um breve esboço da Carta aos Efésios adaptado de um esboço.

Efésios 1:

Paulo abre a epístola falando do eterno fundamento da Igreja em Cristo. Após a saudação inicial, Paulo bendiz a Deus pelo fato de este ser um fundamento que resulta em “toda bênção espiritual” para os cristãos, no louvor da glória de Deus o Pai e o Filho e o Espírito Santo (Efésios 1:3-14); bem como conduz às ações de graça e à oração, a fim de que os olhos dos leitores destinatários possam ser iluminados, para que vejam o poder salvífico de Deus, demonstrado na ressurreição e na coroação de Cristo (Efésios 1:15-23).

Efésios 2:

No capítulo 2 da Carta aos Efésios o apóstolo destaca o universal propósito da Igreja, abrangendo judeus e gentios. Esse propósito é assegurado pelas grandes bênçãos redentoras, para judeus e gentios, cujo centro está em Cristo, e cuja analogia é sua ressurreição e sua vida triunfante (Efésios 2:1-10). Esse propósito também é evidenciado pela reconciliação de judeus e gentios, por meio da cruz (Efésios 2:11-18); e porque a igreja de judeus e gentios está crescendo para ser um edifício, um santuário santo no Senhor, do qual Cristo mesmo é a principal pedra de esquina (Efésios 2:19-22).

Efésios 3:

O capítulo 3 da Carta aos Efésios expõe a luminosa finalidade da Igreja que deve:

  1. Dar a conhecer aos principados e aos poderes nos lugares celestiais a magnificente sabedoria de Deus, refletida no mistério revelado especialmente  ainda que não exclusivamente  a Paulo. Esse mistério é a verdade que os gentios são também membros do corpo de Cristo (Efésios 3:1-13); e
  2. Conhecer o amor de Cristo que excede o conhecimento, a fim de transbordar em toda a plenitude de Deus (Efésios 3:14-19). O capítulo termina com uma doxologia (Efésios 3:20,21).

Efésios 4:1-6:9:

A partir do capítulo 4 da Carta aos Efésios, Paulo traz admoestações importantes para a unidade orgânica da Igreja e seu crescimento em Cristo (Efésios 4:17-6:9). Então ele apresenta algumas recomendações dirigidas a todos os cristãos de forma geral, bem como a grupos particulares.

A todos ele exorta a se despojarem do velho homem e a se revestirem do novo homem.  Também a não dar lugar ao diabo, mas serem imitadores de Deus. Ele explica que anteriormente os cristãos eram trevas, mas agora são luz no Senhor, e assim devem andar como filhos da luz; não se embriagando com vinho, mas transbordando-se do Espírito (Efésios 4:17-5:21).

Aos grupos particulares, o apóstolo exorta que as esposas sejam submissas a seus próprios esposos. Que os maridos amem suas esposas. Que os filhos, obedeçam a seus pais. E que os Pais, eduquem os filhos com ternura. Também que os servos, obedeçam a seus senhores; e que os senhores parem com as ameaças contra os servos (Efésios 5:22-6:9).

Efésios 6:10-24:

O apóstolo conclui a Carta aos Efésios conclamando que todos os cristãos vistam-se com a eficaz armadura de Deus disponível à Igreja. Então a carta chega ao fim com Paulo recomendando Tíquico, seu companheiro na obra de Deus, e registrando uma bênção graciosa a todos os que amam sinceramente ao Senhor Jesus Cristo (Efésios 6:21-24).

De fato desde a saudação aos destinatários até a bênção final, a cada palavra da Carta de Paulo aos Efésios é de suma importância para a Igreja do Senhor em todas as épocas e lugares! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

segunda-feira, dezembro 12

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " FOENICULUM VULGARE MILL. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Foeniculum vulgare Mill.
Família: 
Apiaceae
Sinonímia científica: 
Anethum dulce DC.
Partes usadas: 
Folha, frutos secos (em geral o fruto é confundido com "semente"), raiz, pólen.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Óleo essencial contém anetole (50 a 80%), limoneno (5%), fenchone (5%), estragole (metil chavicol), safrol, α-pineno (0,5%) , canfeno, β-pineno, β-mirceno e p-cimeno.
Propriedade terapêutica: 
Carminativo, galactagogo, digestivo, diurético, tônico geral, antiespasmódico.
Indicação terapêutica: 
Cólica de criança, espasmos, problemas digestivos, gases (estômago, intesttino).

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: fennel, sweet cumin
  • Francês: fenouil, aneth doux
  • Alemão: fenchel
  • Italiano: finocchio
  • Espanhol: hinojo
Origem, distribuição:

Planta de longa tradição já utilizada no antigo Egito e pelos povos do Mediterrâneo. Conhecida pelos gregos e espanhóis que a introduziram na Europa Central durante a Idade Média e mais tarde levaram para a América, onde se aclimatou e pode ser encontrada em estado selvagem.

Descrição:
Planta perene, forma uma roseta de folhas ao nível do solo, no centro do qual se desenvolve uma haste reta e ramificada que pode chegar a 2 m de altura, verde, com poucas folhas. As hastes culminam em umbelas numerosas (grupos de guarda-chuva em forma de flores) compostas de várias pequenas flores amarelas. O fruto, cinza escuro quase preto, cheira agradavelmente como o anis.

Toda a planta possui essência rica em anetol, o mesmo composto presente no anis, por isso em vários países não se distinguem claramente entre erva-doce e anis.

O nome Foeniculum é derivado do latim feniculum ou foeniculum, diminutivo de fenum, cujo significado é feno, palha ou forragem, provavelmente devido ao aroma. O nome erva-doce ou anis é usado em muitas línguas européias contemporâneas. 

Uso popular e medicinal:
Funcho contém anetol que atua como fitoestrógeno. Em virtude das suas propriedades aromáticas e carminativo, é usado principalmente como purgante e para corrigir a flatulência de lactentes. O chá é empregado como um carminativo. O xarope preparado a partir de suco de funcho já foi usado no passado para tosses crônicas.

O óleo essencial da variedade mais importante (var. dulce) contém anetole (50 a 80%), limoneno (5%), fenchone (5%), estragole (metil chavicol), safrol, α-pineno (0,5%) , canfeno, β-pineno, β-mirceno e p-cimeno. 

Preparo e dosagem:

Antiflatulento, antidispéptico, antiespasmódico (uso interno). Componentes: frutos secos (10 g); álcool 70 % p/p q.s.p. (100 mL). Orientações para o preparo: estabilizar o material vegetal submetendo à secagem em estufa a 40C por 48 h. Triturar os frutos em contato com o solvente e extrair por percolação. Acondicionar em frasco de vidro âmbar bem fechado em local fresco, seco e ao abrigo da luz. Modo de uso: acima de 12 anos, tomar 50 gotas (2,5 mL) da tintura em 75 mL de água 1 a 3 vezes ao dia. Advertência: não usar em gestantes, lactantes, crianças menores de 2 anos, alcoolistas, diabéticos e pessoas com síndromes que cursem com hiperestrogenismo. Evitar o uso em pessoas alérgicas ou com hipersensibilidade ao funcho. Doses acima das recomendadas não devem ser utilizadas por longos períodos de tempo, pois podem aparecer reações alérgicas na pele e no sistema respiratório.

Carminativo, galactagogo, digestivo. Infusão: 1 xícara de cafezinho de frutos secos em 1/2 litro de água. Para gases (carminativo) tomar 1 xícara de chá a cada 6 h. Para estimular a secreção de leite materno (galactagogo) ingerir 1 xícara de chá a cada 4 h. Como digestivo, tomar 1 xícara de chá de ½ em ½ hora, 2 horas antes das refeições.

Vinho medicinal. Tônico. Macerar por 10 dias 30 g de sementes em 1 litro de vinho. Coar, tomar 1 cálice antes de dormir.

Cólica de crianças. Decocção. Ferver por 5 minutos 1 colher de sementes em 100 ml de água, dar à criança no intervalo das mamadas.

 Culinária:
O funcho está bem enraizado na cozinha chinesa como principal componente da conhecida "mistura das cinco especiarias", assim como em várias cozinhas regionais da Índia, particularmente em Bengala. Na Caxemira e no Sri Lanka, frutos de funcho tostados são um dos ingredientes responsáveis ​​pelo aroma sutil e complexo de receitas muito apreciadas.

Funcho é usado em legumes em conserva, em vinagre com ervas, tortas e doces.

Como planta nativa do Mediterrâneo, seu uso é comum no sul da Europa em carnes, aves e peixes. É bastante popular no sul da França onde faz parte da famosa mistura "Ervas de Provence".

É muito apreciado na Itália onde é denominado Especiaria dos Anjos. É empregado em salsichas ou molhos para massas. Junto a outras ervas (tomilho, orégano) em marinadas de azeite, são consumidos com vegetais e frutos do mar. Os legumes marinados são geralmente consumidos como aperitivos (antipasti), juntamente com o pão branco e vinho tinto. 

O pólen de funcho tem um cheiro picante que melhor complementa sabores frutados como encontrado na comida italiana, em particular no Sul deste país. Um prato bem saboroso é o risoto com tomate, pólen de funcho e uma pitada de tomilho.

Outros usos:
O óleo essencial é utilizado na fabricação de licores e perfumes. As sementes são utilizadas na confeitaria como aromatizante de pães, bolos e biscoitos.

Dizem que o funcho em pó repele pulgas de canis e estábulos.

 Toxicologia:
O uso de mais de 20 g/l dessa erva pode ser convulsivante." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA ).

sábado, dezembro 10

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " GENTIANA LÚTEA L." UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Gentiana lutea L.
Família: 
Gentianaceae
Sinonímia científica: 
Coilantha biloba Bercht. & J.Presl
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Princípios amargos (gencianopicrina), ácido genciotânico, açúcares, goma, matéria corante, tanino, pectina.
Propriedade terapêutica: 
Anti-helmíntico, anti-inflamatório, antisséptico, aperiente, colagoga, emenagoga, febrífuga, refrigerante, estomáquica, tônica, vermífuga.
Indicação terapêutica: 
Melhora o esvaziamento do estômago, estimula a secreção de enzimas, ativa a vesícula biliar e pâncreas.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: great yellow gentian, yellow gentian, bitter root, bitterwort, centiyane, genciana
  • Francês: grande gentiane, gentiane jaune 
  • Alemão: gelber enzian, bitterwurz, enzian, schnapswurzel. 
  • Italiano: genziana maggiore
  • Espanhol: genciana​

Origem, distribuição:
​Espécie nativa da Europa Central e Austral.

Descrição:
Gentiana constitue um dos oitenta gêneros da família, típicas das regiões alpinas da Europa. Herbácea perene de porte médio, cresce a 1,2 m de altura por 0,6 m. Dotada de grandes flores amarelas, vivaz. As flores são hermafroditas (possuem ambos os órgãos masculino e femininos), polinizadas por abelhas, moscas, besouros e mariposas. Floresce em julho e agosto.

Da planta aproveita-se somente a raiz, de boa qualidade, que pode alcançar um rendimento em torno de 40 % de extrato.

Uso popular e medicinal:
A raiz de genciana tem longa história de uso como erva amarga no tratamento de distúrbios digestivos. Ingrediente de muitas especialidades farmacêuticas, é especialmente útil em estados de exaustão provenientes de doença crônica, fraqueza do sistema digestivo e falta de apetite. É um dos melhores fortalecedores do sistema humano, estimulador do fígado, da vesícula biliar e sistema digestivo. É excelente tônico para combinar com purgantes de modo a impedir os seus efeitos debilitantes.

A raiz é anti-helmíntico, anti-inflamatório, anti-séptico, tônico amargo, colagoga, emenagoga, febrífugo, refrigerante e estomáquico. Toma-se internamente para tratar queixas do fígado, indigestão, infecções gástricas e anorexia. 

Dentre seus princípios amargos sobressai a gencianopicrina, de sabor excessivamente amargo, além de um ácido, o genciotânico, açúcares, goma e uma matéria corante.

Na medicina ayurvédica, o tônico amargo digestivo clássico é a genciana, já que melhora o esvaziamento do estômago, estimula a secreção de enzimas e ativa a vesícula biliar e o pâncreas.

Nas farmácias as raízes da genciana são encontradas sob a forma de fragmentos irregulares, tendo externamente uma cor marrom arroxeada.

Médicos da Antiguidade costumavam fazer uso constante desta planta no combate ao artritismo, escrófulas e gota. A terapia floral, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, já recomendava a genciana como forma de despertar a confiança, combater o desânimo e predispor à coragem.

A maioria das espécies de Gentiana tem presença assegurada em todas as Farmacopéias do mundo. The German Commission E Monographs (Alemanha) aprova Gentiana lutea como um tônico.

 Cuidado:
Não deve ser prescrito para pacientes com úlceras gástricas ou duodenais." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " ILLICIUM VERUM HOOK F. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Illicium verum Hook.f.
Família: 
Schisandraceae
Sinonímia científica: 
Illicium san-ki Perr.
Partes usadas: 
Frutos com suas sementes.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Os frutos secos podem conter de 5 a 8% de óleo essencial dominado por anetol (85 a 90%), methylchavicol, felandreno, linalol, safrol, terpineol, traços de 1,4 cineol.
Propriedade terapêutica: 
Expectorante, antiflatulento, antibacteriano, aperiente, carminativo, expectorante, estimulante.
Indicação terapêutica: 
Eliminação de gases estomacais e intestinais, cólicas intestinais em recém-nascidos, dor de dente causada por cárie.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: star anise, star aniseed, Chinese star anise, Indian anise, badian anise
  • Francês: anis étoilé, anis de la Chine, badiane 
  • Alemão: sternanis, badian
  • Italiano: anice stellato

Origem, distribuição:
Sul da China e Vietnam. A planta não é conhecida no estado selvagem.

Descrição:
Illicium verum anis-estrelado é árvore da família Schisandraceae. Não deve ser confundida com anis-verde (Pimpinella anisum) da família da salsa (Apiaceae), embora ambas as espécies contenham anetol, óleo essencial utilizado na aromatização de bebidas e produtos de confeitaria.

O nome genérico Illicium deriva do Latim significando "sedução", refere-se a fragrância atraente deste grupo de pequenas árvores e arbustos.

O fruto é uma vagem, são colhidos antes da maturação e posteriormente secos. A vagem tem a forma de uma estrela irregular com oito pontas e mede até 3 centímetros de lado a lado. São duras e têm a cor de ferrugem. Os carpelos têm forma de canoa e abrigam uma semente frágil e lustrosa. Os carpelos são mais aromáticos do que as sementes. O óleo essencial reside no pericarpo, não na semente.

Uso popular e medicinal:
O fruto é antibacteriano, carminativo, diurético e odontálgico (indicado para dor de dente, especialmente causada por cárie). Toma-se internamente no tratamento de dor abdominal, perturbações digestivas e queixas tais como lumbago. Muitas vezes é incluído em remédios para distúrbios digestivos e tosse, em parte devido ao agradável sabor de anis.

É um remédio eficaz para vários problemas digestivos, incluindo cólicas. Pode ser dado com segurança para crianças. Costuma-se mastigar a fruta em pequenas quantidades após as refeições a fim de promover a digestão e "adoçar a respiração". O fruto tem efeito antibacteriano semelhante à penicilina. Quando usado para mastigar, o fruto deve ser colhido verde. Os frutos maduros servem para extrair o óleo essencial e são secos para uso em decocção e pó. Um remédio homeopático é preparado a partir da semente.

Os frutos secos podem conter de 5 a 8% de óleo essencial dominado por anetol (85 a 90%). Os outros componentes methylchavicol, felandreno, linalol, safrol e terpineol têm pequeno efeito sobre o aroma. Traços de 1,4 cineol podem ser usados para distinguir o anis-estrelado do anis-verde que, como a maioria das outras especiarias, é livre deste composto.

 Dosagem indicada:

Expectorante e antiflatulento.
Componentes: frutos secos (3g); água q.s.p (150 mL). Preparar por infusão considerando a proporção indicada na fórmula. Uso interno: acima de 12 anos, tomar 150 mL do infuso após 10 minutos do preparo, 3 a 4 vezes ao dia. 

 Advertência:
Não utilizar em gestantes e no hiperestrogenismo. O uso pode ocasionar reações de hipersensibilidade cutânea, respiratória e gastrointestinal. 

 Culinária:   

Anis estrelado, erva doce, canela, cravo, pimenta do sichuan são especiarias que compõem uma mistura conhecida como Asian “Chinese 5 Spices”, usada em uma variedade de pratos de carne assada e refogada na cozinha chinesa. É o tempero principal do famoso Char Siu (carne de porco grelhada). Essa mistura é totalmente vegano, não contém sal, aditivos, conservantes, glutamato monossódico (msg), corantes artificiais e glúten. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE A CARTA DO APÓSTOLO PAULO AOS GÁLATAS:

Carta de Paulo aos Gálatas é um dos livros que compõe o Novo Testamento e faz parte de uma das treze cartas escritas pelo apóstolo. Neste estudo bíblico faremos um panorama da Carta aos Gálatas, conhecendo o contexto histórico, propósito e características da epístola.

O autor da Carta aos Gálatas:

Historicamente o apóstolo Paulo sempre foi aceito como sendo o autor da Carta aos Gálatas, embora alguns estudiosos a partir do século 18 começaram a sugerir que a epístola tenha sido pseudônima, ou seja, alguém a escreveu usando o nome de Paulo.

No entanto, o estilo literário e a teologia empregada na epístola não deixam dúvidas que o apóstolo Paulo foi o autor em questão, e os argumentos contrários a essa afirmação são demasiadamente fracos.

Também vale dizer que nos primeiros versículos da epístola já encontramos uma declaração de autoria do próprio Paulo, além de sua menção a um grupo de pessoas que o acompanhava na ocasião em que a carta foi escrita (Gl 1:1,2).

Data e contexto histórico da Carta aos Gálatas:

Existe uma grande dificuldade em determinar a data em que a Carta aos Gálatas foi escrita, isso porque também há uma dificuldade considerável em estabelecer os destinatários da carta. É bastante claro que o apóstolo escreveu aos “gálatas” (Gl 1:2; 3:1), porém não sabemos exatamente a quais gálatas ele estava se referindo, se aos gálatas do sul ou do norte.

Ele poderia estar escrevendo a toda comunidade cristã da província da Galácia, ou especificamente ao povo celta que habitava o norte da Galácia e que eram conhecidos como “gálatas”.

Se considerarmos a primeira sugestão, a melhor data seria entre 48 e 49 d.C., após sua primeira viagem missionária. Lembrando também que em sua primeira e segunda viagens missionárias o apóstolo visitou as cidades do sul da Galácia, sendo elas: Antioquia da Pisídia, Icônico, Listra e Derbe. Se essa data estiver correta então a Carta aos Gálatas pode ser o escrito mais antigo do apóstolo que temos disponível.

Caso o apóstolo tenha escrito a epístola aos gálatas do norte, então provavelmente isso ocorreu em uma data próxima a sua terceira viagem missionária, quando passou pela região da Galácia e Frígia (At 18:23).

Boa parte dos estudiosos que defendem essa possibilidade acredita que o apóstolo tenha escrito a epístola durante o período de dois anos em que esteve em Éfeso (At 19), ou durante o período de viagem pela Macedônia rumo à Grécia (At 20:1-6; 2Co 2:13). Logo, a epístola teria sido escrita entre 54 e 55 d.C.

Com base em toda dificuldade apresentada, o mais correto seria estabelecer um período entre 49 e 55 d.C. a qual certamente a epístola foi escrita.

Propósito e características da Carta aos Gálatas:

Sabemos que foi o apóstolo Paulo quem fundou as igrejas da Galácia. Todavia, logo depois dos gálatas terem recebido o verdadeiro Evangelho que havia sido pregado pelo apóstolo, surgiram pessoas que começaram a se levantar contra o ministério de Paulo (Gl 4:17) e também a pregar um “outro evangelho” completamente distorcido do que tinha sido ensinado (Gl 1:6,7).

Basicamente esse falso evangelho que estava sendo pregado ensinava que os gentios que se tornavam cristãos deveriam seguir as tradições judaicas e praticar as obras da lei, pois isso influenciaria diretamente no processo de salvação (Gl 6:12).

Assim, esses falsos mestres ensinavam aos gálatas que a fé em Cristo não era o suficiente, mas eles também deveriam praticar a circuncisão (Gl 2:3-5; 5:2,6,11; 6:12-15). Uma das principais táticas dessas pessoas era atacar pessoalmente o apóstolo Paulo.

A defesa feita pelo próprio apóstolo no decorrer da Epístola aos Gálatas nos ajuda a entender um pouco o tipo de artimanha que esses indivíduos estavam utilizando. Em Gálatas 2:1-10, Paulo fala de sua relação com os apóstolos de Jerusalém, os líderes da Igreja Primitiva, destacando sua autoridade apostólica e legitimidade do Evangelho que ele anunciava. Talvez com isto ele estivesse respondendo algum tipo de acusação que afirmava que, de alguma forma, ele era insubordinado e agia por conta própria, sem a autorização dos anciãos da Igreja.

É possível também que tenham acusado o apóstolo de ter mudado de ideia quanto ao seu parecer com relação aos gentios que se tornavam cristãos, ou seja, sugerindo que Paulo teria inicialmente defendido a circuncisão (Gl 5:11), mas depois mudou seu discurso para poder atrair mais facilmente os gentios (Gl 1:10). Sobre isso, o próprio apóstolo deixou bem claro que sua mudança de pensamento aconteceu em decorrência de uma revelação divina recebida diretamente de Cristo (Gl 1:11-24).

Infelizmente, como toda heresia, rapidamente esse falso evangelho começou a se alastrar entre os gálatas, fazendo com que eles abraçassem o falso ensino, questionassem a autoridade de Paulo e iniciassem um processo de deserção do verdadeiro Evangelho.

Essa era a situação dos gálatas quando o apóstolo escreveu essa epístola (Gl 1:6-7), onde vários cristãos queriam estar sob o julgo da Lei e ser, principalmente, circuncidados (Gl 4:21; cf. 5:1). O resultado foi uma série de conflitos e dissensões na comunidade cristã da Galácia (Gl 5:15; 6:3-5).

Logo, o principal propósito de Paulo ao escrever a Carta aos Gálatas foi expor a verdade sobre o Evangelho, mostrando a suficiência da obra de Cristo e ensinando que a salvação vem pela fé no Senhor Jesus (Gl 2:5,14).

Na Epístola aos Gálatas, Paulo foi enfático ao afirmar que a salvação é um dom gratuito de Deus, que todo o processo pertence a Ele, isto é, não qualquer participação humana na salvação, e que tudo se resume na graça de Deus e não no merecimento do homem (Gl 1:3,6,15; 2:19,21; 6:18) que apenas pode recebê-la pela fé e não por obras (Gl 2:15,16).

O apóstolo também demonstrou toda a sua indignação ao explicar que aqueles agitadores negavam completamente os pontos principais do verdadeiro Evangelho de Cristo (Gl 3:1; 5:12). Também alertou que o novo ensino transmitido por eles corrompia o Evangelho genuíno e precisava ser combatido a todo custo (Gl 1:8).

Na Carta aos Gálatas Paulo pregou sobre a obra redentora de Cristo na cruz, onde o Senhor carregou sobre si a maldição da Lei que estava sobre nós, nos libertando do pecado e da morte (Gl 3:13; 6:14), nos vestindo com sua justiça (Gl 3:26,27), nos unindo a Ele e fazendo-nos novas criaturas, nos dando o direito de adoção de filhos (Gl 4:4,5; 6:15). O apóstolo também apontou para a verdade de que é o Espírito Santo que nos capacita a vivermos de uma forma que agrada a Deus (Gl 5:16-25).

Esboço da Carta aos Gálatas:

  1. Saudações iniciais (1:1-5): Um pequeno prefácio onde Paulo se identifica como apóstolo de Jesus e saúda seus leitores.
  2. Descrição do problema (1:6-10): Paulo denuncia o falso evangelho que surgiu na Galácia, o qual exigia dos cristãos gentios a prática de costumes judaicos como circuncisão para que a salvação fosse efetuada, num tipo de salvação por obras, um ensino completamente contrário à doutrina da justificação pela fé.
  3. Autenticação e relatos históricos (1:11-2:21): Paulo demonstra a autoridade de seu apostolado, enfatizando que ele recebeu a mensagem do Evangelho diretamente de Cristo. Nessa seção Paulo fala sobre seu chamado (1:11-17), sobre os líderes da Igreja em Jerusalém (1:18-2:10) e sobre o conflito com o apóstolo Pedro (2:11-21).
  4. Provas teológicas da justificação pela fé (3:1-4:31): Paulo expôs diversos argumentos teológicos para explicar que a salvação pela fé é a verdadeira mensagem do Evangelho de Cristo. Nesta seção, Paulo usou principalmente o registro sobre a fé de Abraão presente no Antigo Testamento.
  5. Exortações práticas (5:1-6:10): Paulo fala sobre a liberdade em Cristo e o poder do Espírito Santo que nos capacita a viver do modo que agrada a Deus sem confiarmos na carne. Ele também fala sobre as bênçãos que alcançam aqueles que vivem pela fé e o julgamento divino que aguarda os que se desviam do Evangelho genuíno.
  6. Conclusão apostólica (6:11-18): O apóstolo faz uma advertência final resumindo a sua carta e também faz uma saudação final! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONDUZ, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, E AINDA NOS ANIMA ".

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?