quarta-feira, janeiro 18

RESUMO SOBRE A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS NA CRUZ: O QUE ACONTECEU COM JESUS? COMO ELE FOI CRUCIFICADO? VAMOS ENTENDER?

A morte de Jesus na cruz foi o evento que marcou para sempre a História. A crucificação de Jesus e sua ressurreição revelaram ao mundo a grandeza da misericórdia de Deus e a imensidão de seu amor (Efésios 2:4-6). O Cristo crucificado ensinou ao pecador o significado da graça divina.

Diante deste importante tema, muitas pessoas ficam curiosas em saber o que aconteceu com Jesus na cruz. Neste estudo bíblico iremos meditar em todos os eventos relacionados à crucificação.

Antes da crucificação:

Muito provavelmente Jesus foi crucificado numa sexta-feira. Então esse será o dia da semana que iremos considerar neste estudo. Nos dias anteriores à crucificação de Jesus, ocorreu uma série de eventos importantes. Vamos citar aqui os mais significativos.

No domingo antes da crucificação, Jesus entrou em Jerusalém cavalgando em um jumentinho. Nesse evento ele foi aclamado pela multidão como o Messias. Mas apesar de o povo reconhecê-lo como o Filho de Davi e gritar “Hosana nas Alturas" eles não entenderam o verdadeiro propósito do ministério de Cristo.

A prova disto é que os mesmos que o aclamaram no domingo, gritaram crucifica-o na sexta-feira. Essa rejeição explica por que Jesus chorou quando olhou para Jerusalém (Lucas 19:28-44).

A purificação do Templo foi o evento mais importante da segunda-feira antes da crucificação de Jesus (Mateus 21:12-17). Na terça-feira, Ele proferiu seu sermão profético (Marcos 13). Na quarta-feira Jesus foi ungido por uma mulher com unguento que ela trazia num vaso de alabastro (Marcos 14:3-9). Nesse dia a conspiração para matar Jesus começou tomar sua forma final. O traidor Judas Iscariotes se reuniu com os sacerdotes para firmar o acordo de traição (Mateus 26:14,15).

Na quinta-feira antes da crucificação, Jesus celebrou a última Páscoa com seus discípulos e instituiu a Ceia como uma ordenança que seu povo deveria observar. Ele também lavou os pés de seus discípulos, e depois de suas últimas instruções, partiu para o Monte das Oliveiras. Ali Ele orou ao pai num jardim chamado de  Getsemem  Sua agonia foi tão profunda que seu suor tornou-se como sangue. Essa já era a noite de sua prisão (Lucas 22:7-46).

A prisão de Jesus antes da crucificação:

Na quinta-feira à noite Judas iscariotes formalizou sua traição ao se aproximar de Jesus e saudá-lo com um beijo no rosto. Então rapidamente a guarda do Templo e os legionários romanos que acompanhavam Judas, se aproximaram de Jesus para prendê-lo (Mateus 26:47-56; Marcos 14:43-50; Lucas 22:47-53; João 18:2-11).

Naquela ocasião o apóstolo Pedro até tentou impedir a prisão de Jesus, chegando a cortar uma das orelhas do servo do sumo sacerdote, mas Jesus o repreendeu. A crucificação de Jesus não poderia ser evitada. Jesus estava comprometido com o cumprimento das Escrituras que revelam os decretos de Deus. Curiosamente, conforme Jesus havia avisado, no mesmo dia o vigoroso Pedro negou o Senhor (Mateus 26:69-75; Marcos 14:66-72; Lucas 22:54-62; João 18:15-27).

Jesus perante o Sinédrio:

Após ser preso, Jesus foi levado ao Sinédrio. O Sinédrio era uma assembleia com funções relacionadas à política, religião e jurisdição. Devido à inocência de Jesus, o Sinédrio teve dificuldade em formular uma acusação contra Ele. Por isto Ele acabou sendo condenado sob falso testemunho (Mateus 26:59-61; Marcos 14:58).

Além disso, na sequencia Jesus fez uma declaração profunda de sua divindade ao ser interrogado pelo sumo sacerdote. Ele afirmou ser o Filho do homem, Aquele que virá sob as nuvens e reinará como o Todo-Poderoso, conforme as Escrituras anunciam (cf. Salmo 10:1; Daniel 7). Diante disto o sumo sacerdote o acusou de blasfêmia.

O julgamento de Jesus antes da crucificação:

Depois de o Sinédrio conseguir sua acusação formal, Jesus foi entregue a pôncio Pilatos  o governador romano da Judeia. Diante de tantas acusações, Jesus permaneceu calado, conforme as palavras do profeta Isaías (Isaías 53:7).

Naquele tempo Pilatos estava enfrentando uma situação política complicada. Para evitar qualquer transtorno, ele até enviou Jesus a Herodes Antipas que era a autoridade sobre a tetrarquia da Galileia. Depois de outro interrogatório em que permaneceu completamente calado, Jesus foi devolvido a Pilatos.

A resistência que Pilatos demonstrou em condenar Jesus à morte, não tinha por base a compaixão. Antes, era muito mais por não querer complicações políticas. Ele temia se indispor com Roma, e por isto queria evitar problemas. Ele propôs surrar Jesus e depois liberá-lo. Também ofereceu a alternativa de o povo escolher entre Jesus e um criminoso conhecido,Barabàs  Nada disto deu certo. A multidão exigia a crucificação de Jesus.

A tortura de Jesus antes da crucificação:

Antes da crucificação de Jesus, houve uma seção de tortura. Jesus foi açoitado antes de seguir para a cruz. A seção de açoites feita pelos romanos era muito cruel e dolorosa. O instrumento de tortura possuía um pequeno cabo de madeira no qual era preso um chicote feito com um combinado multirretorcido de tiras de couro. Em suas pontas, eram colocados pedaços de ossos cortantes e ganchos de metal.

Esse castigo era tão pesado, que não era raro um homem morrer em decorrência dos ferimentos causados pelos açoites. A vitima ficava despida e encurvada, enquanto dois homens, um de cada lado, aplicavam os açoites.

Com a violência do impacto, o cordão de couro criava profundos hematomas e cortes, enquanto que as pontas de ossos e os ganchos de metal, cravavam e rasgavam a pele. A carne do açoitado ficava tão dilacerada, que veias e até órgãos internos ficavam expostos entre os profundos ferimentos.

A zombaria antes da crucificação de Jesus:

Depois de Jesus ter sido injuriado pelo povo e açoitado violentamente, os soldados do governador se reuniram em torno dele. O objetivo daqueles soldados era se divertir às custas de Jesus. Eles queriam zombar do “Rei dos Judeus”.

A Bíblia diz que primeiramente os soldados despiram Jesus. Depois o vestiram com um manto de púrpura que provavelmente estava muito velho e desgastado. Talvez tivesse sido as vestes já descartadas de um soldado. De qualquer forma, o objetivo era representar as vestes da realeza. Aqui devemos nos lembrar de que o corpo de Jesus estava completamente ferido pelos açoites. Esse simples ato de despi-lo e vesti-lo novamente, deve ter sido extremamente doloroso.

Os soldados também providenciaram uma coroa de espinho e colocaram-na sobre Jesus. O propósito dos soldados, além de escarnecer de Jesus, era feri-lo ainda mais. Os espinhos da coroa obviamente causaram intensos sangramentos em sua fronte. Mas o significado daquela coroa era ainda mais profundo. Os espinhos da coroa de Jesus estavam em conexão com os espinhos que resultaram da maldição do pecado sobre a natureza (Gênesis 3:18). Ele tomou essa maldição sobre si.

Além da coroa, os soldados deram-no um caniço como cetro, e começaram a simular uma reverência diante dele. Eles o saudavam dizendo: “Salve, rei dos judeus!” (Mateus 27:29).

Como se não bastasse tudo isto, eles conseguiram levar aquela injúria até o seu limite mais baixo e degradante. Eles começaram a cuspir em Jesus. Depois, ainda não satisfeitos, tomaram dele o caniço que tinham dado e passaram a golpeá-lo na cabeça enquanto o insultavam. Por fim, mais uma vez eles despiram Jesus, vestiram-no com sua roupa e o levaram para ser crucificado.

À caminho da crucificação:

Depois de ter sido açoitado e maltratado pelos soldados, Jesus foi conduzido à crucificação. De acordo com a Lei, a execução devia ser realizada fora da cidade (cf. Levítico 24:14; Números 15:35,36; 19:3; 1 Reis 21:13; João 19:20; Hebreus 13:12,13). Além disso, um homem condenado à crucificação era obrigado a carregar seu próprio instrumento de execução, isto é, a cruz.

Na maioria das vezes, acredita-se que os condenados carregavam pelo menos a trave horizontal da cruz. O peso dessa viga de madeira variava entre treze e dezoito quilos. Já a viga vertical ficava preparada no próprio local da crucificação. No entanto, os estudiosos indicam que havia casos em que a cruz inteira era carregada pelo condenado.

Seja como for, Jesus carregou sua própria cruz (João 19:16,17). Porém, por causa das limitações de seu corpo físico completamente debilitado àquela altura, Jesus não conseguiu carregá-la por muito tempo. Quando Jesus chegou à exaustão física, os legionários obrigaram um homem chamado Simão de Cirene a carregar a cruz de Jesus pelo caminho restante (Marcos 15:21).

Durante o percurso até o local de sua crucificação, Jesus foi seguido por uma grande multidão. O evangelista Lucas informa que nessa multidão havia mulheres que se lamentavam sentido grande dor pelo que estava ocorrendo com Jesus (Lucas 23:27).

O que era a crucificação?

A crucificação era o modo mais cruel, humilhante e vergonhoso de pena de morte daquela época. Apesar de a origem da Cruz ser discutida, acredita-se que a crucificação já era utilizada desde a Pérsia, e foi adotada como forma de execução pela civilização cartaginesa.

Mais tarde, os romanos também passaram a aplicar a crucificação em suas condenações capitais. Porém, ficava proibido que um cidadão romano fosse executado em uma cruz. Por isto a crucificação era usada principalmente na condenação de escravos e insurgentes que se levantavam contra o Império Romano.

A morte por crucificação era lenta e terrivelmente agonizante. As mãos ou os pulsos eram pregados na madeira com grandes cravos de metal, e depois amarrados em torno da viga para aumentar a sustentação. Os pés, apoiados numa pequena tábua, também recebiam cravos que os transpassavam na altura dos calcanhares. Esses ferimentos causavam na vitima sangramento e dor excruciante.

Por causa da posição em que a pessoa era crucificada e a debilidade de seu corpo, a força da gravidade dificultava muito a respiração. Isto causava movimentos involuntários das pernas, que tentavam suportar o corpo. Mas por causa dos cravos nos calcanhares, tais movimentos tornavam-se inexplicavelmente dolorosos. Além disso, a vitima sofria uma dor de cabeça muito forte, e uma sede extrema.

Todo esse processo continuava até que o corpo da vitima alcançava a total exaustão. Por isto o processo de morte poderia demorar dias, e geralmente ocorria por asfixia. Em muitos casos as pernas das vitimas eram quebradas para acelerar o processo de morte. Como as pernas não poderiam mais sustentar o tronco da vitima, asfixia ocorria mais rapidamente.

A crucificação de Jesus:

Jesus foi crucificado num lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira” (Marcos 15:22). Ele foi crucificado entre dois criminosos, um à sua direita e o outro à esquerda (Lucas 23:32,33). Apesar de aquela ser mais uma afronta contra Aquele que sempre foi justo, ali se cumpria as Escrituras que dizem que Ele “foi contado com os transgressores” (Isaías 53:12).

No momento da crucificação de Jesus, deram-lhe vinho com fel, ou mais precisamente, vinho com mirra (Mateus 37:34; Marcos 15:23). Os estudiosos acreditam que essa mistura possuía um efeito anestésico, no sentido de que entorpecia a vitima. Seja como for, Jesus recusou essa mistura. Depois, já crucificado, alguns soldados lhe ofereceram uma esponja embebida com vinagre (Mateus 27:47-49; Lucas 23:36,37).

Em ambos os casos, mesmo que talvez tivessem motivações diferentes, a sede de Jesus seria aumentada pelo fel amargo que tornava o vinho intragável, e pelo vinagre ácido. Mas o principal é que de forma impressionante as palavras do Salmo 69:21 foram cumpridas.

Foi colocada em acima da cabeça de Jesus na cruz, uma placa que dizia: “Este é Jesus, o Reis dos Judeus” (Mateus 27:37). Suas vestes foram divididas entre os soldados que lançaram sorte. Provavelmente isto incluía o manto que cobria sua cabeça, suas sandálias, seu cinto, sua capa e sua túnica sem costura. Dessa forma se cumpriu a profecia do Salmo 22:18.

Durante a crucificação, parece que Jesus foi acompanhado de poucas pessoas que se compadeciam dele. Alguns seguidores olhavam de longe, e algumas das mulheres que acompanharam fielmente o seu ministério também estavam ali ao lado do apóstolo João (João 19:25-27). Os nomes que se destacam são: Maria Mãe de Jesus; Maria Madalena; Salomé e Maria, esposa de Cleofas. João é o único dos apóstolos mencionados próximos a Jesus na cruz.

As palavras de Jesus na cruz:

Os Evangelhos registram algumas frases ditas por Jesus na cruz. São elas:

  • “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34).
  • “Eu lhe declaro solenemente: hoje você estará comigo no paraíso” (Lucas 23:43).
  • “Aí está seu filho… Eis aí a tua mãe” (João 19:26,27).
  • “Meu Deus, Meu Deus! Por que me abandonaste?” (Marcos 15:34).
  • “Tenho sede” (João 19:28).
  • “Está consumado” (João 19:30).
  • “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito” (Lucas 23:46).

Todas essas palavras de Jesus na cruz possuem um importante significado, inclusive apontando para o cumprimento das Escrituras que testificaram sobre aquele momento. 

A morte de Jesus na cruz:

Jesus foi crucificado às nove horas da manhã, e morreu por volta das três horas da tarde. Durante esse tempo houve um período de trevas que durou do meio-dia até às três horas (Lucas 23:44,45). Essas trevas significaram o juízo de Deus sobre os pecados que Cristo expiava naquela cruz.

Além das pessoas que verdadeiramente sofriam por ver Jesus na cruz, muitas outras presenciaram a crucificação de Jesus. Vale lembrar que havia muitos peregrinos que tinham ido até Jerusalém por ocasião da festividade da Páscoa.

A Bíblia também destaca que mesmo com Jesus na cruz, os insultos contra sua pessoa não cessavam. As pessoas blasfemavam contra Ele principalmente atacando sua divindade. Até mesmo os ladrões que foram crucificados ao lado de Jesus o insultavam (Mateus 27:39-44).

Com relação a tanta injúria, o silêncio tomou conta dos lábios de Jesus na cruz. A única coisa que Ele disse em conexão aos seus algozes foi a oração para que o Pai perdoasse aquelas pessoas (Lucas 23:34). Por fim, um dos ladrões que estavam crucificados, se arrependeu de seu pecado e reconheceu Cristo como seu Senhor. Esse ladrão ouviu de Jesus as doces palavras: “Hoje você estará comigo no Paraíso” (Lucas 23:43).

Quando Jesus entregou seu espírito a Deus e morreu, o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo. Isto significa que por meio de sua morte o caminho para o santuário celestial foi aberto. Houve também um tremor de terra que partiu as rochas e abriram-se os sepulcros.

Sem maiores explicações, o texto bíblico informa que em conexão com a morte de Jesus muitos corpos de santos que dormiam ressuscitaram. Nada é dito sobre quem eram essas pessoas, apenas que elas apareceram a muitos em Jerusalém (Mateus 27:51-53).

Então o centurião e os que com ele guardavam Jesus na cruz, foram acometidos de grande temor. Eles começaram a glorificar a Deus e disseram: “Verdadeiramente este era o Filho de Deus” (Mateus 27:54; Lucas 23:47).

Jesus é retirado da cruz:

Após a morte de Jesus na cruz, um dos saldados transpassou o lado de seu corpo com uma lança. Ao perfurar o corpo de Jesus com a lança, saiu sangue e água. Isto foi mais um indicativo direto sobre sua plena humanidade.

O soldado que transpassou o corpo de Jesus na cruz queria se certificar que Ele realmente estava morto. Os judeus não queriam que nenhum corpo estivesse na cruz durante o sábado. Então eles pediram que as pernas dos homens crucificados fossem quebradas. Já explicamos aqui o efeito disto.

As pernas dos dois ladrões que tinham sido crucificados ao lado de Jesus foram quebradas, pois ainda estavam vivos. Mas Jesus já havia morrido, e nenhum de seus ossos foi quebrado.  Dessa forma se cumpriu as Escrituras que diziam que nenhum de seus ossos seria quebrado, e que Ele seria transpassado (João 19:36,37; cf. Números 9:12; Salmo 34:20; Zacarias 12:10).

Depois disso o corpo de Jesus foi retirado da cruz e lavado para ser sepultado por José de Arimateia  um seguidor secreto de Jesus. Nicodemos e as mulheres fieis que estavam presentes na crucificação, também estiveram envolvidos com o sepultamento de Jesus (Mateus 27:61; Marcos 15:47; Lucas 23:55; João 19:39). Nunca ninguém havia sido sepultado no tumulo em que Jesus foi colocado (Mateus 28:57-60). Mas no domingo pela manhã esse mesmo tumulo já estava vazio. Jesus ressuscitou!

O significado da crucificação de Jesus:

Apesar de terrivelmente dolorosa, a morte de Jesus na cruz não deve ser vista simplesmente pelo seu aspecto físico. Muitas pessoas eram em olhar para a crucificação de Jesus enfatizando as torturas físicas que Ele suportou. Sim, a dor de seu corpo foi inimaginável, mas outros homens, antes e depois dele, enfrentaram a mesma dor física. Segundo a tradição cristã, o apóstolo Pedro teria sido um que morreu crucificado de cabeça para baixo.

Mas por outro lado, na cruz Jesus foi submetido a uma dor que homem algum seria capaz de suportar. Seus sofrimentos não foram meramente intensos, mas principalmente vicários. A Bíblia diz que Ele foi transpassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidade. O profeta Isaías diz que o castigo que nos traz a paz estava sobre ele. O resultado disto é que pelas suas pisaduras fomos sarados (Isaías 53:5; 1 Pedro 2:24).

A crucificação de Jesus o expôs publicamente como o Filho de Deus sob a maldição do Pai (Gálatas 3:13). estudiosos dizem  que na cruz Jesus desceu das regiões do deleite infinito da mais íntima comunhão com o Pai ao mais profundo abismo do inferno. A dor inimaginável que atingiu Jesus na cruz foi receber sobre si todo peso da ira divina por causa do pecado. Aquele que nunca pecou, e que diante d’Ele todo universo declara “Santo, Santo, Santo”, na cruz do Calvário se fez pecado por nós (2 Coríntios 5:21).

A ira de Deus caiu sobre Jesus na cruz:

Por isto, Aquele que por toda eternidade desfrutou do mais perfeito relacionamento com o Pai, na cruz, agonizante, gritou: “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?” (Marcos 15:34). Essa não foi uma frase romântica de Jesus na cruz. Também é mentira o que alguns dizem que naquele momento o Pai não suportou olhar o sofrimento do Filho na cruz.

Quando Jesus exclamou essa frase, Ele estava sendo sincero e honesto. Ele estava desamparado! Ele havia tomado sobre si todo nosso pecado, e o Pai virou seu rosto porque seus olhos são tão puros e santos que não suportam ver a iniquidade (Habacuque 1:13; cf. Isaías 59:2).

Na cruz Jesus estava realmente abandonado pelo céu e sendo moído como um verme em favor de seu povo (Salmo 22:1-6). estudiosos dizem que se alguma vez alguém se sentiu desamparado por Deus, com certeza esse foi Jesus na cruz do Calvário o próprio Filho de Deus.

A crucificação de Jesus e o amor de Deus:

Mas de uma forma incompreensível e maravilhosa, a Bíblia também revela que o amor de Deus não é o efeito da crucificação de Jesus, mas a sua causa. Deus não nos ama porque Jesus esteve na cruz, mas Jesus esteve na cruz porque Deus nos ama.

Esse amor grandioso é uma realidade desde antes que existisse o tempo. Ainda na eternidade, Deus escolheu para si um povo, com o qual ele se relacionou de forma especial, a ponto de não poupar seu próprio Filho para redimir de suas iniquidades aqueles que são seus (Efésios 1-2). A crucificação de Jesus é a revelação mais perfeita desse amor indescritível, e a Bíblia não deixa qualquer duvida sobre isto ao descrever tudo o que aconteceu com Jesus na cruz. Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

terça-feira, janeiro 17

RESUMO SOBRE CAPÍTULO 3 DE MALAQUIAS; QUAL O SIGNIFICADO DE FAZEI PROVA DE MIM ?

O texto de Malaquias 3 que fala sobre fazer prova de Deus, entregando o dízimo, é um desafio para crer em Deus. Ele é fiel e não abandona quem O ama na miséria. Quem crê de verdade em Deus não tem medo de ofertar, porque sabe que seu sustento vem todo de Deus.

O tema principal do livro de Malaquias é a infidelidade e Israel para com Deus e a importância de servir a Deus de todo coração. Na época de Malaquias, os israelitas não estavam cumprindo as ordenanças de Deus, porque seus corações não estavam voltados para Ele. E uma ordem que eles não estavam cumprindo era o dízimo (Malaquias 3:8-9).

Os israelitas e o dízimo:

Todo israelita deveria dar o dízimo (a décima parte) do seu sustento para Deus. O dízimo servia para a manutenção do templo, o sustento dos sacerdotes e levitas, que trabalhavam para Deus, e o cuidado dos mais necessitados. Mas os israelitas não estavam cumprindo seu dever e não havia sustento para o trabalho no templo. Cada um estava mais preocupado em juntar dinheiro para si do que em cuidar das coisas de Deus.

Por isso, Deus lançou o desafio: se queriam ver as bênçãos de Deus, deveriam obedecê-lo (Malaquias 3:10-12). Enquanto cuidavam só de si mesmos, não eram abençoados e o sustento diminuía, mas se obedecessem a Deus teriam mais que suficiente para viverem!

Os israelitas não tinham o direito de se queixarem que Deus não os abençoava, porque não cumpriam Suas ordens. Eles deveriam pôr sua fé em Deus e obedecê-lo de todo coração. Assim, eles veriam que Deus é fiel e cuida de quem o ama.

As bênçãos da dedicação à obra de Deus:

Deus convidou os israelitas a pôr sua fé à prova com os dízimos e hoje também convida os cristãos fazer o mesmo com suas ofertas e dedicação às Suas obras. Não devemos dar para ficar ricos mas sim porque amamos as coisas de Deus e queremos ver Seu Reino crescer. Também podemos confiar que Deus vai suprir nossas necessidades.

Em 2 Coríntios 9:10-11 temos a garantia que Deus vai cuidar daquilo que precisamos. Muitas pessoas não querem ofertar porque têm medo de ficar sem nada ou porque são demasiado apegados ao dinheiro. Mas quem é que nos dá a vida, a força, o emprego, a comida, o chão que pisamos? Tudo vem de Deus! Nada que temos é nosso; tudo pertence a Deus.

Se Deus já nos deu tudo que temos, será que Ele não consegue nos sustentar se dermos uma parte para Sua obra? Mas Deus não quer ofertas dadas por obrigação, de mau grado. Nossas ofertas devem ser fruto de nossa fé e dedicação a Deus (2 Coríntios 9:7-8).

É muito fácil cair no mesmo erro que os israelitas, pensando somente em nós próprios. E as coisas de Deus ficam para segundo lugar. Mas uma igreja não se sustenta apenas com o trabalho do pastor. Todos precisam se envolver e fazer sua parte. Além de ofertar, há muito mais que podemos fazer para espalhar o evangelho e fazer crescer o Reino de Deus!

Deus promete que vai nos sustentar e abençoar de muitas maneiras se dedicamos nossa vida a Ele. E esse é o desafio que Ele lança a cada pessoa: atreva-se a pôr sua fé em ação e veja como Deus vai te abençoar! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " ECHINACEA PURPUREA ( L. ) MOENCH. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Echinacea purpurea (L.) Moench
Família: 
Compositae
Sinonímia científica: 
Brauneria purpurea (L.) Britton
Partes usadas: 
Partes aéreas, raízes.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Glicosideos do ácido fenilcarbônico, resinas, óleos essenciais, flavonoides, taninos, vitaminas.
Propriedade terapêutica: 
Imunomoduladora, anti-inflamatória, anti-infecciosa, antioxidante.
Indicação terapêutica: 
Infecções do trato respiratório superior, sinusite. Para uso tópico, apresenta atividade bacteriostática e fungistática sobre o Trichomona vaginalis e Candida albicans.

Nomes em outros idiomas:

  • Inglês: black sampson, niggerhead, sampson root, purple coneflower, hedgehog, red sunflower
  • Francês: rudbeckie

Origem, distribuição:
Aparece em gramados, terras improdutivas, lugares abertos e secos desde o sul do Canadá até o centro e leste dos EUA. É cultivada na Europa.

Descrição:
​Trata-se de uma erva perene, com altura média de 0,5 m. Raiz axonomorfa, talo delgado, aveludado. Folhas ásperas, lanceoladas ou lineares, opostas, inteiras, com largura entre 7,5 e 20 cm.

Inflorescência solitária sobre um pedúnculo terminal, com pétalas radiais de 3 cm de largura, nas cores rosa púrpura ou branca e com pétalas discoides eretas, de 3 cm de largura e de cor púrpura. Florescem desde meados do verão até o princípio do outono.

Outras espécies de equinácea também apresentam propriedades medicinais: E. angustifoliaE. pallida.

As partes utilizadas variam segundo a espécie:

  • E. purpurea: partes aéreas da planta fresca, colhidas na época da floração; ou raízes frescas ou secas, colhidas no outono.
  • E. angustifolia: raízes frescas ou secas coletadas na floração.
  • E. pallida: partes aéreas fresca e secas, colhidas na época da floração.

A equinácea precisa de 3 a 4 anos para que suas raízes tenham utilidade medicinal.

Uso popular e medicinal:
Foi utilizada pelos índios nativos americanos, que a chamavam de ek-ih-nay-see-uh, para tratar ou prevenir doenças infecciosas e tumorais e neutralizar os efeitos tóxicos de mordidas de serpentes ou animais venenosos. Os índios Sioux foram os primeiros que reconheceram na equinácea seu uso como antídoto contra a raiva, muito tempo antes de Pasteur.

Os nativos Meskwakis utilizavam a raiz ralada como antiespasmódico e os Cheyennes a mastigavam como parte do ritual da Dança do Sol. Nas culturas indígenas e dos primeiros colonizadores americanos, a planta era fumada para combater cefaléias (dores de cabeça), sendo sua fumaça soprada nas narinas de cavalos enraivecidos com a finalidade de acalmá-los.

Os feiticeiros lavavam as mãos com o suco de equinácea antes de mergulhá-las em água fervente. Índios da tribo winnebago utilizavam a equinácea antes de colocar um carvão em brasa na boca. A raiz mastigada era utilizada, também, para as dores de dentes, aumento de gânglios, como na caxumba e seu suco era aplicado sobre queimaduras e feridas. Foi introduzida na Inglaterra em 1699, cujos colonos adotaram como remédio para quadros gripais e resfriados.

Em 1890, a Lloyd Brothers tornou-se a primeira companhia norteamericana a exportar a equinácea para o mercado europeu. No final daquele século, a Farmacopeia norteamericana considerou a tintura de equinácea um imunomodulador.

Na década de 30 Gerhard Madaus (fundador do Laboratório Dr. Madaus & Co. da Alemanha), em visita aos EUA, interessou-se pela planta e levou diversas sementes para iniciar um cultivo em seu país.

O gênero Echinacea, conhecido como "antibiótico natural" é o mais estudado e utilizado como imunoestimulante. Embora originária da América do Norte, os maiores estudos ocorrem na Alemanha, país onde o uso de plantas medicinais é o maior do mundo. A Austrália também se encaixa entre os grandes consumidores de Echinacea.

Princípios ativos
A composição química varia de uma espécie de equinácea para outra.

  • Glicosídeos do ácido fenilcarbônico: equinaceína, cinarina e equinacosídeo (formado por glicose, ramnose, ácido cafeico e benzocatequina-etil-álcool).
  • Resinas contendo ácidos graxos (oleico, linolênico, cerotínico e palmítico) e fitoesteróis.
  • Óleos essenciais na parte aérea: humuleno, burneol, burnil acetato, germacreno D, cariofileno, canferol; mucopolissacarídeos ou heteroglicanos: arabinose, xilose, galactose e ramnose.
  • Alcaloides pirrolizidínicos: tussilagina e isotussilagina.
  • Polissacarídeos: inulina, betaína.
  • Minerais: zinco e enxofre.
  • Equinolona, ácido chicórico (presente nas folhas e nas raízes), triterpenos.
  • Ácidos orgânicos: clorogênico e isoclorogênico
  • Flavonoides, taninos, vitaminas (tiamina e riboflavina).

 Contraindicações:
Tem havido confusão quanto às contraindicações e aos efeitos colaterais listados nas monografias, principalmente no que diz respeito as preparações injetáveis. As contraindicações para preparações de equinácea em casos de HIV positivo ou de SIDA, tuberculose, leucose, colagenose e esclerose múltipla têm sido mal interpretadas ao afirmar que o uso da equinácea pode exacerbar tais condições." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA EFICAZ REQUER SABER COMO PREPARAR A PLANTA E COMO MELHOR USÁ-LA ).

segunda-feira, janeiro 16

RESUMO SOBRE O LIVRO DE ATOS DOS APÓSTOLOS CAPÍTULO 10; " O REINO É PARA TODOS ".

Cornélio foi um centurião romano convertido ao cristianismo no século 1 d.C. na época em que os apóstolos lideravam a Igreja Primitiva. Ele é o primeiro gentio registrado nominalmente no Novo Testamento a ser convertido ao cristianismo. A história de Cornélio está registrada no capítulo 10 do livro de Atos dos Apóstolos.

O centurião Cornélio:

Cornélio era um nome próprio comum e honrado no Império Romano do primeiro século, especialmente por conta do ditador Públio Cornélio Sula, que em aproximadamente 82 a.C. libertou e listou um grupo de até dez mil escravos em seu próprio exército privado na Gens Cornelia.

Cornélio era um centurião, isto é, um oficial do exército romano que liderava uma companhia de aproximadamente cem soldados a pé chamada de “centúria”. Em uma legião Romana havia sessenta centuriões. Além de Cornélio, outros três centuriões são mencionados com certo destaque no Novo Testamento (Mateus 8:5-13; 27:54; Atos 27:1,8,43).

O centurião Cornélio morava na cidade de Cesaréia da Palestina, a capital da Judeia que estava sob o comando dos procuradores romanos e que ficava a cerca de cem quilômetros de Jerusalém. Nessa cidade existiam prédios imponentes e um porto, e devido à mistura étnica de sua população, os atritos entre judeus e gentios eram comuns. O evangelista Felipe  morou nessa cidade, e mais tarde o apóstolo Paulo ficou aprisionado ali durante o comando dos procuradores Félix e Festo (Atos 23:23-26:32).

Cornélio era um gentio, e é descrito pelo evangelista Lucas  em Atos como um homem “piedoso e temente a Deus, com toda sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a Deus” (Atos 10:2).

Alguns estudiosos, com base nessa descrição, sugere que ele era um prosélito do judaísmo, enquanto que outros defendem que ele era apenas um homem que havia reconhecido o Deus de Israel como verdadeiro Deus e estava familiarizado com as práticas religiosas dos judeus, mas não era exatamente um prosélito.

A conversão de Cornélio:

A conversão de Cornélio foi muito significativa no contexto do livro de Atos dos Apóstolos, pois tornou evidente que os cristãos gentios também receberam o Espírito Santo. Na verdade a conversão que ocorreu na casa de Cornélio foi tão importante que é mencionada duas vezes em Atos.

A primeira vez encontra-se no capítulo 10, onde relata a ocasião da conversão, e a segunda no capítulo seguinte, 11, onde o próprio apóstolo Pedro explica o caráter miraculoso de sua ida até Cesaréia onde Cornélio estava.

Além disso, o próprio apóstolo fez alusão à conversão de Cornélio durante sua defesa no Concílio de Jerusalém, enfatizando que o derramamento do Espírito Santo entre os gentios significa que a salvação de Deus era unicamente pela graça, ou seja, não estando dependente de qualquer observância da Lei de Moisés (Atos 15:7-11).

Apesar de Cornélio ser descrito como alguém que temia ao verdadeiro Deus, certamente ele não havia tido contado direto e explicito com o Evangelho de Cristo. A Bíblia diz que Cornélio teve uma visão de um anjo de Deus que lhe ordenou a mandar chamar Simão Pedro o apóstolo, e que este lhe explicaria sobre a salvação.

Cornélio enviou homens até Jope, a cidade em que o apóstolo estava vivendo naquela ocasião, e que ficava a aproximadamente cinquenta quilômetros de Cesaréia da Palestina. No dia seguinte, o apóstolo Pedro teve um arrebatamento de sentidos na qual viu o céu aberto, e um vaso, como se fosse um lençol atado pelas pontas, descendo em direção a terra, e contendo “todos os animais quadrúpedes e feras e répteis da terra, e aves do céu” (Atos 10:13).

Então Pedro ouviu uma voz que lhe ordenava a matar e comer aqueles animais, mas ele se recusou dizendo que nunca havia comido coisa alguma comum e imunda. Pedro então foi advertido a não considerar imundo o que Deus purificou.

Isso aconteceu por três vezes até que o vaso foi recolhido ao céu. Pedro ficou bastante pensativo com relação àquela visão, buscando entender seu significado. Mais tarde, quando foi então conduzido à casa de Cornélio, ele entendeu que aquela visão se referia ao fato de que Deus não faz acepção de pessoas, e que a pregação do evangelho  e a salvação pela graça mediante a fé em Jesus Cristo é tanto para judeus como para gentios (Atos 10:28-36).

Então o apóstolo pregou sobre a salvação através de Jesus Cristo, e do perdão de pecados para aqueles que creem em seu nome, conforme todos os profetas deram testemunho. Ao dizer essas palavras, o texto bíblico informa que caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam.

Os cristãos judeus que estavam acompanhando o apóstolo Pedro ficaram maravilhados quando perceberam que o dom do Espírito Santo foi derramado sobre os gentios, igualmente como havia sido derramado entre os cristãos de Jerusalém no Pentecostes (Atos 2).

O texto termina mostrando que o centurião Cornélio e os demais gentios de sua casa foram batizados em nome do Senhor Jesus, deixando claro que Deus tem apenas um único povo, e que o chamado de sua graça não está baseado em qualquer distinção de nacionalidade. Ali era a internacionalização da Igreja, onde judeus e gentios formam um único corpo. Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " GRIFFONIA SIMPLICIFOLIA ( DC. ) BAILL. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Griffonia simplicifolia (DC.) Baill.
Família: 
Leguminosae
Sinonímia científica: 
Bandeiraea simplicifolia (DC.) Benth.
Partes usadas: 
A planta toda.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Óleo volátil, cumarina, cianoglucosídeo grifonina, 5-HTP.
Propriedade terapêutica: 
Antisséptico, emético, afrodisíaco, purgante,
Indicação terapêutica: 
Anemia, ferida, tosse, problema renal, olhos inflamados, queimadura, constipação, cárie, dor intercostal, depressão, fibromialgia, obesidade, insônia, dor de cabeça.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês, francês, espanhol: griffonia

Origem, distribuição:

África tropical ocidental, da Libéria à Nigéria, Gabão, Congo.

Descrição:

Grifonia é um arbusto perene ou uma grande trepadeira com gavinhas lenhosas fortes e curtas. A madeira é dura e bastante resistente. Cresce cerca de 3 m de altura.

Folhas alternadas, simples, glabras, estípulas triangulares. São utilizadas na produção de vinho de palma.

Inflorescência em racemo axilar, piramidal com 5–20 cm de comprimento.

Flor bissexual, fruto em vagem oblíquo-cilíndrico, sementes orbiculares, mudas com germinação epígea.

Uso popular e medicinal:

A casca despolpada é aplicada a feridas sifilíticas. A decocção de folhas é usada como emético, remédio para tosse e afrodisíaco. 

A seiva da folha é bebida ou aplicada como um enema para curar problemas renais. Esta seiva é também usada como colírio para curar olhos inflamados. Uma pasta feita com as folhas é aplicada nas queimaduras. 

A decocção de caules e folhas é um purgante para tratar a constipação e serve externamente como um antisséptico para tratar feridas supurativas. Mastigar os caules produz um efeito afrodisíaco. Os caules e a casca do caule são transformados em uma pasta que é aplicada em dentes cariados. A casca do galho em pó, combinada com suco de limão e pimenta Capsicum é aplicada às escarificações para tratar a dor intercostal (neuralgia intercostal). 

Um extrato das raízes em pó tem sido usado para tratar a anemia falciforme. 

A semente é fonte comercial de 5-hidroxitriptofano (5-HTP), um precursor da serotonina. Em humanos o 5-HTP aumenta a síntese de serotonina no sistema nervoso central e tem se mostrado eficaz no tratamento de uma ampla variedade de condições incluindo depressão, fibromialgia, obesidade, dores de cabeça crônicas e insônia. 

As folhas contêm um óleo volátil e cumarinas. 

Isolado das raízes, o cianoglucosídeo grifonina é o ingrediente ativo contra a anemia falciforme. Outro componente de G. simplicifolia, isolectin B4 é usado como marcador de pequenos neurônios sensoriais primários em pesquisas neurológicas." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL; FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ).

domingo, janeiro 15

ESPERAR NO SENHOR? QUAL O SIGNIFICADO DE ESPERAR NO SENHOR? VAMOS ENTENDER?

Esperar no Senhor significa entregar a Ele todas as suas inquietações e depositar n’Ele toda sua confiança, independentemente de qualquer coisa que aconteça. Frequentemente os textos bíblicos dizem de alguma forma a frase: “Espera no Senhor”. Esperar no Senhor é um exercício de paciência e fé.

Mas há muitas pessoas que realmente não entendem tudo o que implica o ensino bíblico de que devemos esperar no Senhor. Isso acontece principalmente porque o tempo de espera no Senhor frequentemente é um período longo e angustiante.

Espera no Senhor!

O significado de esperar expressa o sentido de confiança e expectativa. Quando a Bíblia diz “espera no Senhor” isso significa que o cristão deve ter plena esperança em Deus; ele deve contar fielmente com a ação divina. Essa espera não é uma espera comum, mas uma espera com fé.

Consequentemente, aquele que espera no Senhor não desiste no meio do caminho; não toma decisões por sua própria força; e não cede aos desejos de sua própria vontade. Ao esperar no Senhor, o cristão tem por certo que no momento adequado o socorro divino virá. Esse momento, no entanto, não é fundamentado na pressa humana, mas no propósito de Deus.

O salmista Davi foi um dos escritores bíblicos que mais escreveu sobre a necessidade de esperar no Senhor. No Salmo 27, por exemplo, Davi declara: “Eu creio que verei a bondade do Senhor na terra dos viventes. Espere no Senhor. Seja forte! Coragem! Espere no Senhor” (Salmo 27:13,14).

Os salmo de romagem também instruem o cristão esperar no Senhor em qualquer circunstância. O autor do Salmo 130 diz: “Aguardo ao Senhor; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra” (Salmo 130:5). Em seguida, o mesmo autor convoca o povo do Senhor a esperar em sua provisão: “Espere Israel no Senhor, porque no Senhor há misericórdia, e nele há abundante redenção” (Salmo 130:7; cf. Salmo 131:3).

Esperar no Senhor inclui ser perseverante no sofrimento:

Em certo momento de sua vida, Davi escreveu: “Esperei com Paciência no senhor, e Ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor” (Salmo 40:1). No texto hebraico dessa frase há uma ênfase muito grande no conceito de esperar no Senhor por um longo tempo em meio à angústia.

O cristão deve esperar no Senhor em meio ao sofrimento sem desistir, aguardando o tempo da resposta de Deus. Enquanto o cristão espera no Senhor, sua fé é verdadeiramente provada, aperfeiçoada e aprovada.

O apóstolo Paulo escreve que os redimidos se gloriam também nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência produz a experiência, e a experiência produz a esperança. Essa esperança, porém, jamais traz confusão. Isso porque ela é uma certeza infalível cuja base está no amor de Deus derramado nos corações dos cristãos pelo Espírito Santo que lhes foi dado (Romanos 5:3-5).

O que espera no Senhor jamais é confundido:

Davi, mais uma vez falando sobre a importância de esperar no Senhor, diz algo que se harmoniza com o que Paulo escreve. Ele afirma: “Na verdade, não serão confundidos os que esperam em ti; confundidos serão os que transgridem sem causa” (Salmo 25:3).

As pessoas que vivem longe da vontade do Senhor muitas vezes demonstram ter um suposto controle de suas vidas. Aos olhos humanos, o ímpio até parece ser senhor de seu caminho ao aparentemente viver uma vida estável. Mas tudo isso é ilusão. Na verdade o ímpio vive uma permanente confusão e uma completa ausência da verdadeira esperança.

O homem mau transgride a Lei de Deus e sente prazer nisso, pois pensa estar fazendo um bom negócio. Ele vive como se o dia do juízo jamais fosse chegar. Mas aquele que espera no Senhor não apenas confia em seu socorro misericordioso, mas também confia que em breve a santa ira divina será derramada sobre os pecadores impenitentes. O cristão que espera no Senhor nunca ficará confundido quanto a essas coisas.

Quem espera no Senhor possui um alvo superior:

A Bíblia sagrada  contrasta o ímpio que se entrega às vaidades enganosas com o justo que confia no Senhor (Salmo 31:6). A prosperidade e o sucesso daqueles que confiam na força de seus próprios braços são realidades frágeis e passageiras, mas aquele que espera no Senhor e guarda o seu caminho é herdeiro de uma bem-aventurança eterna (salmo 37 ).

O sábio escritor de provérbios, exorta seus leitores a nunca buscar vingança pessoal, mas esperar pelo Senhor que d’Ele vem o verdadeiro livramento (Provérbios 20:22). Ainda no livro de Provérbios, o escritor bíblico aconselha o cristão a confiar no Senhor de todo seu coração, e jamais se apoiar em seu próprio entendimento (Provérbios 3:5).

O povo de Deus não apenas espera n’Ele por um socorro temporal nesta vida, mas por um livramento definitivo e eterno. Numa profecia com implicações escatológicas, o profeta Isaías diz: “E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem esperávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos” (Isaías 25:9).

Tiago escreve que a vida do verdadeiro cristão deve ser marcada pela espera no Senhor. Isso porque o grande desejo do cristão respeito ao tão aguardado dia do retorno de Cristo. Portanto, os santos devem ser pacientes até que esse dia venha (Tiago 5:7-8). Além disso, o próprio Jesus, na parábola das dez virgens, indica que essa espera deve ser zelosa, perseverante e vigilante (Mateus 25:1:13). O cristão deve esperar no Senhor até o fim. Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " TURNERA DIFFUSA WILLD. EX. SCHULT. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Turnera diffusa Willd. ex Schult.
Família: 
Passifloraceae
Sinonímia científica: 
Turnera humifusa (C. Presl) Endl. ex Walp.
Partes usadas: 
Partes aéreas, folha.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Óleo essencial, eucaliptol, pinenos, copaeno, cadineno, calameno, p-cimeno, goma, amido, açúcares, tetrafilina, arbutina, taninos, ácidos, alcanos, daminiana, flavona.
Propriedade terapêutica: 
Tônica, estimulante, afrodisíaca, antidiarreica, diurética, expectorante, adstringente.
Indicação terapêutica: 
Sífilis, úlceras gastrintestinais, leucorreia, diabetes, má-digestão, diarreia, tosses catarrais, neurastenia, bronquites, dificuldades sexuais masculina e feminina, paralisia, albuminúria.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: damiana, mexican-holly
  • Francês: thé bourrique
  • Alemão: schmalblättrige damiana
  • Espanhol: damiana de Guerrero

Descrição:
É um arbusto aromático de Vênus com sabor agradável, pubescente, ramoso, cujas folhas são pecioladas ovado-rombas, espatuladas, obtusas e revolutas nas margens. O pedúnculo é curto e as pétalas são espatuladas com estames curtos.

O fruto é uma cápsula subglobosa de cerca de 5 mm.

Uso popular e medicinal:
A damiana é uma planta medicinal mexicana, tônica, estimulante, afrodisíaca e antidiarreica, diurética, expectorante e adstringente, usada caseiramente nas manifestações sifilíticas, úlceras gastrintestinais, leucorreia, diabetes (em animal há comprovação), má digestão, diarreia, tosses catarrais, neurastenia, bronquites e nas dificuldades sexuais masculina e feminina, principalmente com componente neurótico ansioso.

Segundo estudos científicos, auxilia no tratamento da paralisia. Um extrato alcoólico mostrou ação depressora sobre o sistema nervoso central.

Combate a albuminúria (presença de albumina na urina).

No México serve como aroma de licores e como substituto do chá-da-Índia. Consta da Farmacopédia oficial dos EUA onde é vendida em extrato fluido como “Turnerae afrodisiacae”. Já teve destaque na Europa como tônico nervoso na amaurose (cegueira total ou parcial) e tônico geral na neurastenia e impotência.

Existe no Brasil desde o Amazonas até São Paulo e uma outra espécie, T. opifera, conhecida também como chananadamiana-turneraerva-damiana e turnera-afrodisíaca, é encontrada no Sul e Sudeste do Brasil. À mesma atribuem-se iguais propriedades, principalmente a ação tônica e imediata sobre os órgãos geniturinários.

As propriedades curativas são atribuidas ao seu 1% de óleo essencial (com mais de vinte componentes) amargo e adstringente com sabor de cânfora. Tem 1,8 cineol (eucaliptol), 13% de pinenos (alfa e beta), copaeno, cadineno e calameno. Não se confirmam 2% de p-cimeno. Tem ainda 13,5% de goma, 6% de amido, açúcares, tetrafilina (glicosideo cianogênico), arbutina (glicosideo fenólico), taninos, 3,5% ácidos (graxos e vegetais), alcanos, daminiana (7%), flavona, beta-sitosterol, 6,5% de resina.

 Dosagem indicada:
Utilizam-se em uso interno, 1 colher de sopa de folhas desidratadas (4 g) em infusão (1 litro de água), 3 xícaras ao dia. Pode ser administrada a crianças, em sexta, terça ou meia parte, dependendo da idade.

Externamente é usada em compressas e duchas. Para a leucorreia faz-se aplicações diárias em seringa de borracha de um infuso com 6 colheres de sopa das folhas em 1 litro de água.

 Toxicidade:
Já foi relatado convulsão com dose de 200 g de extrato e 1 g de arbutina, então é considerada tóxica, mas isto não preocupa porque equivale a 100 g da erva.

Por outro lado o efeito afrodisíaco não foi comprovado, há pouca documentação sobre esta planta, não se conhece bem sua composição. Devido a possibilidade de conter glicosideo cianogênico, além da arbutina, deve-se tomar cuidar ao usar esta planta. Talvez seja interessante procurar mais informações para que se justifique o seu uso. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( O USO DE FITOTERÁPIA PERMITE QUE O PACIENTE SE RECONECTE COM O MUNDO NATURAL E RESTABELEÇA OS RITIMOS NATURAIS ).

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