sexta-feira, janeiro 27

RESUMO SOBRE O LIVRO DE ECLESIASTES CAPÍTULO 8; ( CUIDADO COM AS CONSEQUÊNCIAS )

Como vimos no capítulo 7, aqui no capítulo 8 vemos o pregador começando a ter algumas conclusões sobre tudo o que ele avaliou e sobre a nossa vida.

Estudar os capítulos anteriores nos ajuda a entender as conclusões que ele está tendo aqui, por isso não deixe de ler os textos anteriores.

Vemos que aqui ele traz uma diferença mais clara entre o tempo debaixo do sol e a eternidade.

“Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo.”

Eclesiastes 8:5

Numa análise rasa, encontraremos no texto acima uma contradição com o texto do versículo 15 do capítulo 7, onde ele diz:

“Tudo isto vi nos dias da minha vaidade: há justo que perece na sua justiça, e há ímpio que prolonga os seus dias na sua maldade.”

Eclesiastes 7:15

E até mesmo com outros trechos da Palavra, como:

“Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.”

Mateus 5:45

Aqui não temos uma contradição, mas sim um pensamento complementar: aqueles que guardarem os mandamentos podem até ter dias ruins debaixo do sol, mas não experimentarão o mal na eternidade.

Talvez por isso ele diga que o sábio, aquele que entendeu que há tempo para todas as coisas, inclusive para o justo chorar, vai saber discernir qual tempo ele está vivendo. O tempo onde nossa fidelidade trará o fruto será, principalmente, na eternidade.

Não é a primeira vez que vemos o pregador nos ensinando sobre manter o foco naquilo que é eterno. Este é um tema que aparece mais de uma vez no livro de Eclesiates.

“Porque para todo o propósito há seu tempo e juízo; porquanto a miséria do homem pesa sobre ele.”

Eclesiastes 8:6

Aqui ele nos lembra da nossa miséria, talvez para não considerarmos apenas o versículo imediatamente anterior e acharmos que não teremos nenhum mal nessa vida.

Precisamos nos lembrar de nossa miséria, de que sem Deus não somos nada, de que somos totalmente dependentes dele.

“Porque não sabe o que há de suceder, e quando há de ser, quem lho dará a entender?”

Eclesiastes 8:7

Então ele volta a afirmar que não sabemos o que há de ser, ou seja, não podemos crer que não sofreremos nenhum mal debaixo do sol, pois não sabemos o que vai acontecer. Sabemos apenas que, se guardarmos o mandamento, estaremos livres da ira divina no dia do juízo.

Essa é uma notícia fantástica para os que temem a Deus e desesperadora para aquelas pessoas que não ignoram os mandamentos do SENHOR.

“Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.”

Eclesiastes 8:11

O que o pregador está nos ensinando aqui é que se as pessoas tivessem noção da eternidade, de que a impiedade delas, cedo ou tarde, trará o seu fruto, a impiedade seria menor. Mas nós somos imediatistas, queremos ver o resultado de tudo o que faz o quanto antes. Sem a graça de Deus não temos como perceber o que é eterno, não temos como valorizar o que é eterno.

“Ainda que o pecador faça o mal cem vezes, e os dias se lhe prolonguem, contudo eu sei com certeza que bem sucede aos que temem a Deus, aos que temem diante dele.”

Eclesiastes 8:12

Então o pregador diz que mesmo que não vejamos o ímpio pagando pelos seus erros aqui nessa vida, com certeza – e essas são palavras fortes do pregador – ele sabe que, na eternidade, isso terá um peso.

Com este capítulo temos 2 apelos:

1 – Precisamos aprender a valorizar a eternidade, deixando de focar naquilo que é passageiro, naquilo que o pregador, sabiamente, chama de vaidade.

2 – Não podemos desejar que o ímpio pague pelos seus erros. Muitas vezes a nossa justiça quer ver o ímpio pagando, indo para o inferno. Se esse sentimento existe em nós precisamos nos conectar com o coração de Cristo, que deseja que todos se salvem! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " JATROPHA MULTIFIDA L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Jatropha multifida L.
Família: 
Euphorbiaceae
Sinonímia científica: 
Adenoropium multifidum (L.) Pohl
Partes usadas: 
Raiz, folha, látex.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Saponina (folha).
Propriedade terapêutica: 
Cicatrizante, purgativo, emética, catártico, abortivo.
Indicação terapêutica: 
Ferida infectada, úlcera, infecção cutânea, sarna, indigestão, cólica, orquite, edema, disenteria.

Origem, distribuição:
Ocorre naturalmente no México,  América Central e Brasil. É um exemplar popular na paisagem ao sul da Flórida (EUA). 

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: coral plant, physic nut
  • Alemão: korallenstrauch

Descrição:
Arbusto perene ou semi-decíduo, ligeiramente suculento, ou árvore com uma coroa solta e espalhada. Pode crescer até 6 m de altura, embora em cultivo é provável que alcance entre 2 a 3 m.

As flores são muito pequenas de cor vermelho-brilhantes e agrupadas em cachos. A folha tem de 10 a 20 cm de largura, dividida em segmentos ou lóbulos estreitos, afilados, longos e podem ter as extremidades lisas ou dentadas.

Os frutos são amarelos e normalmente contém 3 sementes. Apresenta seiva abundante leitosa ou incolor.

A planta é coletada na natureza como medicamento e fonte de óleo. Foi introduzida como ornamental na região dos trópicos da Europa, mas há muito tempo é cultivada como uma sebe. A inflorescência vermelha tem grande demanda por floristas e confecção de pequenos buquês usados por mulheres na cintura, ombro e pulso.

Uso popular e medicinal:
O óleo da semente é às vezes usado como catártico (acelera a evacuação de fezes), embora possa causar forte irritação e até intoxicação. O óleo é aplicado internamente e externamente como abortivo.

As sementes são usadas como purgativo e emética (provova vômito). Seu uso foi quase abandonado na medicina tradicional mexicana, embora conste da Farmacopeia deste país.

O látex é usado externamente no tratamento de feridas infectadas, úlceras, infecções cutâneas e sarna. Na Indonésia um dos nomes locais é iodium (iodo), que reflete o uso popular como remédio para feridas.

Na Indochina as raízes secas são dadas em decocção contra indigestão e cólica. São também prescritas como um tônico para tratar orquite (inflamação dos testículos) e edemas (inchaços).

As folhas contêm saponinas, são usadas como purgativo e no tratamento de disenteria e sarna.

No noroeste do Estado do Paraná (Brasil), onde é conhecida por mertiolate ou bálsamo, tem sido utilizada na cicatrização de feridas. A seiva incolor extraída da folha é aplicada diretamente sobre a lesões. Em alguns casos é ingerida para tratamento de úlceras gastrointestinais.

Um trabalho acadêmico verificou a atividade cicatrizante do exudato das folhas aplicado localmente sobre lesões induzidas em ratos.  Conclui-se que o exudato apresentou uma tendência em acelerar o processo de cicatrização, porém os autores sugerem mais estudos para desvendar o mecanismo de melhora da ação cicatrizante ocasionado pela planta.

  Cuidado:
Todas as partes da planta são venenosas. As sementes maduras e secas contêm um óleo perigoso. Overdose pode ser contrabalanceada com um copo de vinho branco. Suco de lima e estimulantes são os melhores antídotos em casos de envenenamento pelas sementes.                                                              contato da seiva com a pele pode causar dermatite. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( NÃO É POSSÍVEL TER SAÚDE FÍSICA SEM TER SAÚDE ESPIRITUAL ).

RESUMO SOBRE O CAPÍTULO 37 DE GENESIS: A INTRIGA DA FAMÍLIA DE JACÓ.

Gênesis 37 é o capítulo que registra o episódio em que José foi vendido pelos seus irmãos. O estudo bíblico de Gênesis 37 revela as intrigas na família de Jacó e o cuidado providencial do Senhor.

Esse capítulo abre a última seção do livro de Gênesis e trata exclusivamente da história de Jacó e seus descendes (Gênesis 37-50). A história começa de forma dramática – com uma grande traição familiar –, mas mostra como Deus, em sua providência, graciosamente usou essa situação para conduzir todas as coisas ao cumprimento do seu bom propósito.

O esboço de Gênesis 37 pode ser organizado da seguinte forma:

  • A intriga na família de Jacó (Gênesis 37:1-4).
  • Os sonhos de Jacó (Gênesis 37:5-11).
  • O atentado dos irmãos de José (Gênesis 37:12-24).
  • José é vendido por seus irmãos (Gênesis 37:25-28).
  • A tristeza de Jacó (Gênesis 37:29-36).

Gênesis 37 começa falando do tempo em que a família de Jacó já estava habitando em Canaã (Gênesis 37:1). Com dezessete anos de idade, José – um dos filhos de Jacó – apascentava os rebanhos de seu pai com seus irmãos. Mas aparentemente os irmãos de José não agiam corretamente, porque o escritor bíblico informa que José “trazia más notícias deles a seu pai” (Gênesis 37:2). O texto bíblico não explica se ele fazia isso por iniciativa própria ou a pedido do pai – embora essa última possibilidade seja a mais provável.

A Bíblia também diz que Jacó amava mais a José do que a todos os seus filhos. Por isso ele lhe deu uma túnica ornamentada que indicava sua posição de filho preferido (Gênesis 37:3). Curiosamente esse versículo revela que Jacó repetiu os erros de seus pais, Isaque e Rebeca.

Isaque tinha Esaú como filho preferido, enquanto que Rebeca preferia Jacó (Gênesis 25:28). O resultado foi que esse favoritismo acabou promovendo a discórdia na família de Isaque e resultou na fuga de Jacó para longe de casa durante muitos anos (Gênesis 27). Embora a situação fosse diferente, a mesma história voltaria a se repetir. José seria levado para longe de casa.

O favoritismo de Jacó por José alimentou o ira invejosa de seus outros filhos. Eles odiavam tanto a José que nem havia mais um diálogo pacífico entre eles. A expressão hebraica indica que os irmãos de José não podiam saudá-lo com a paz (Gênesis 37:4).

Gênesis 37 relata que José teve dois sonhos que afloraram ainda mais a ira de seus irmãos. No primeiro sonho José e seus irmãos estavam no campo atando os feixes da colheita. Então o feixe que ele tinha preparado se levantou e ficou de pé, enquanto que os feixes de seus irmãos rodearam e se inclinaram perante o dele (Gênesis 37:8). Quando José contou o sonho a seus irmãos, eles lhe questionaram: “Reinarás, com efeito, sobre nós? E sobre nós dominarás realmente?” (Gênesis 37:8).

No segundo sonho José viu o sol, a lua e onze estrelas se inclinando perante ele. Novamente José contou o sonho a seus irmãos e a seu pai, e foi repreendido. O próprio Jacó lhe disse: “Que sonho é esse que tiveste? Acaso, viremos, eu e tua mãe e teus irmãos, a inclinar-nos perante ti em terra?” (Gênesis 37:10). A “mãe” mencionada por Jacó provavelmente era uma referência a Lia, a madrasta de José, pois sua mãe, Raquel, já havia falecido naquele tempo (Gênesis 35:16-20).

Obviamente os dois sonhos destacam a mesma mensagem: José teria uma posição proeminente na família da aliança. Esses não foram sonhos comuns, mas foram revelações da parte de Deus acerca do que logo haveria de acontecer. A repetição da mensagem, inclusive, indica que seu cumprimento era inevitável. Como diz os estudiosos os sonhos proféticos de José mostram que o propósito de Deus estava por detrás de todos os eventos da história que estava sendo desenvolvida.

De fato tudo aconteceu conforme Deus revelou a José em sonhos. A pergunta de seus irmãos: “Reinarás, com efeito, sobre nós?” foi literalmente respondida quando José foi levado ao posto de governador de toda a terra do Egito e acabou também governando sobre sua família que se mudou para aquelas terras. Além disso, posteriormente José recebeu o direito de primogenitura e a porção dobrada de seu pai (Gênesis 48:5,6).

Embora Jacó tenha inicialmente repreendido José pelos sonhos, a Bíblia diz que ele “considerava o caso consigo mesmo”. Isso quer dizer que secretamente ele continuava a ponderar sobre o significado dos sonhos.

Quando os filhos de Jacó estavam apascentando os rebanhos em Siquém, Jacó enviou José desde Hebrom para que ele pudesse lhe trazer notícias (Gênesis 37:12-14). Siquém ficava localizada a cerca de oitenta quilômetros de Hebrom.

José foi a Siquém, mas não conseguiu encontrar seus irmãos. Um homem que o viu andando pelo campo foi quem o informou que seus irmãos tinham ido até Dotã. Então José seguiu viagem para se encontrar com seus irmãos (Gênesis 37:15-17).

Dotã ficava a mais de vinte quilômetros ao norte de Siquém. A sequência da narrativa bíblica mostra que essa mudança de itinerário foi algo providencial. Isso porque nas proximidades de Dotã ficava a via comercial principal usada por comerciantes que seguiam para o Egito.

Os irmãos de José o viram de longe e conspiraram contra ele. O plano era matar José, lançar seu corpo numa cisterna e depois dizer a Jacó que um animal selvagem o devorou. Mas Rúben escutou o plano de seus outros irmãos e não deixou que eles tirassem a vida de José. Ele conseguiu convencê-los de jogar José numa cisterna vazia. O objetivo de Rúben era proteger José e devolvê-lo a seu pai (Gênesis 37:21,22).

Rúben era o irmão mais velho e assumiu a liderança de seus irmãos. Quando José chegou, rapidamente seus irmãos lhe tiraram a túnica que ele havia recebido como presente de Jacó, e o lançaram na cisterna (Gênesis 37:24).

Enquanto José estava preso na cisterna, seus irmãos se alimentavam de pão. Então eles viram uma caravana de ismaelitas que vinha de Gileade e seguia em direção ao Egito. No mesmo texto os ismaelitas também são identificados como midianitas. Tanto os ismaelitas quanto os midianitas eram descendentes de Abraão e obviamente acabaram se misturando (cf. Gênesis 25:2,12).

Foi nesse momento que Judá teve a ideia de vender José aos comerciantes ismaelitas ao invés de sujar as mãos com o sangue do próprio irmão ao matá-lo. Judá viu uma forma de lucrar com a desgraça de seu irmão mais novo. Os outros irmãos de José concordaram com a proposta de Judá. Assim, José foi vendido aos ismaelitas pela quantia de vinte siclos de prata (Gênesis 37:3). Os estudiosos dizem que esse era o preço médio de um escravo naquele tempo.

Historicamente os cristãos têm enxergado um paralelo entre a vida do Senhor Jesus e a história de José, que foi traído por seus irmãos e vendido sem dignidade por vinte peças de prata (cf. Mateus 26:15). Tal como José, o Senhor Jesus foi perseguido e tentado, mas saiu vitorioso. Ele salvou e reconciliou o seu povo e foi exaltado soberanamente sobre todos (cf. Filipenses 2:9,10). É nesse sentido que José é identificado pelos cristãos  como um tipo de Cristo.

Quando Rúben voltou à cisterna, seus irmãos já tinham vendido José. Ele ficou muito preocupado a ponto de rasgar suas vezes. Ele sabia que como filho mais velho teria que dar uma explicação a seu pai.

Então os irmãos de José seguiram com a parte do plano que faria Jacó acreditar que José havia morrido. Eles mataram um bode e molharam a túnica de José no sangue. Depois eles entregaram a túnica de José a Jacó que prontamente reconheceu que a aquela realmente era a túnica de seu filho favorito. Ao ver a túnica, Jacó acreditou que um animal selvagem tinha matado José (Gênesis 37:31-33).

Jacó ficou profundamente entristecido e lamentou muito a suposta morte de José. Mas ao ler sobre como Jacó foi enganado por seus próprios filhos, é impossível não se lembrar do episódio em Jacó também enganou seu próprio pai ao ocupar o lugar de seu irmão que era o filho favorito (Gênesis 27).

Gênesis 37 termina mostrando não apenas a tristeza de Jacó, mas também informando o paradeiro de José. Ele foi levado pelos midianitas ao Egito, onde foi vendido como escravo para servir na casa de Potifar, o comandante da guarda de Faraó. Essa história tinha tudo para terminar de forma trágica e sem qualquer esperança. Mas da forma mais improvável, o escravo se tornaria o governador da nação mais poderosa da terra naquele tempo, e serviria como o salvador de seu povo num tempo de grande crise. Deus estava no controle! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

quinta-feira, janeiro 26

ESTUDO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DE APOCALIPSE:

Apocalipse é o livro bíblico que traz a revelação de Jesus Cristo acerca dos tempos do fim. É o último livro da Bíblia e foi escrito pelo apóstolo João, provavelmente entre os anos 93 e 96 d.C, enquanto esteve exilado na ilha de Patmos.

A palavra 'Apocalipse' tem origem no grego (apocalypsis- 'apo': tirado, 'kalumna': véu/ 'kaliptós': coberto) e significa revelação ou descoberta. Trata-se de um livro profético, do gênero apocalíptico e encerra os livros inspirados do Novo Testamento.

A revelação dos acontecimentos futuros foi dada por Deus aos Seus servos:

Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer. Ele enviou o seu anjo para torná-la conhecida ao seu servo João, que dá testemunho de tudo o que viu, isto é, a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo.

Apocalipse 1:1-2

Como entender o Apocalipse?

Em primeiro lugar, precisamos ter humildade para aceitar que trata-se de um livro de difícil interpretação. Provavelmente, teremos dificuldades de identificar símbolos ou figuras estranhas que aparecem no livro do Apocalipse. Para compreender melhor o Apocalipse, precisamos lê-lo à luz dos outros livros da Bíblia. Além disso é preciso considerar o tipo de texto e o contexto no qual foi escrito para entendermos melhor o seu propósito.

Em segundo, precisamos entender que o Apocalipse retrata o desfecho final da revelação de Deus ao homem. Não é sobre o que nós queremos que seja, mas sobre o que Deus permitiu que soubéssemos. Nele é descrito como tudo culminará e sobre a soberania de Deus no controle da história, encerrando o quadro bíblico geral iniciado em Gênesis.

Em geral, importa saber que:

  • O Apocalipse, tal como toda a Bíblia, é centralizado em Jesus Cristo.
  • O propósito do livro é mostrar a soberania de Cristo e trazer uma resposta de esperança e consolo ao povo de Deus.
  • Há um alerta real aos incrédulos sobre o julgamento e a condenação eterna (para quem não crê e nem se arrepende).
  • O livro traz aos leitores (em todos os tempos) uma última advertência ao arrependimento e à perseverança em Cristo.
  • As profecias estão se cumprindo e o tempo do fim se aproxima.

Para quem foi escrito?

Os destinatários imediatos do livro do Apocalipse foram as sete igrejas da Ásia Menor (atual Turquia). Os cristãos enfrentavam uma perseguição hostil naquela época por parte dos pagãos, dos judeus e do imperador Domiciano. O próprio apóstolo João havia sido banido para Patmos, ilha que servia como exílio penal, devido à intensa perseguição religiosa. O objetivo do autor era levar encorajamento aos cristãos que eram diariamente confrontados na sua fé.

Nos primeiros capítulos (2 e 3) podemos ver um pouco dos problemas que as igrejas enfrentavam localmente. Mas, de modo geral, a Igreja de Cristo era atribulada por todos os lados. Assim, Deus transmite à João uma mensagem de esperança e alento: o prenúncio da vitória final contra todo o mal.

Características da mensagem:

Trata-se de uma mensagem de esperança e confiança para os que são fiéis a Cristo. Contudo, o Apocalipse é considerado um livro de difícil compreensão, por conter determinados símbolos, figuras e códigos, tão comuns ao gênero apocalíptico. João, inspirado por Deus, usa esse tipo de texto para descrever a revelação maravilhosa que Jesus lhe concedeu.

Certamente, não era a intenção descrever com exatidão a ordem cronológica dos acontecimentos futuros. Mas de descrever as visões e o testemunho de Cristo revelados para a Igreja.

Através desse registro, os cristãos desde o primeiro século, tem sido confortados com a expectativa da vitória e da vida eterna com Deus. As dores dos filhos serão recompensadas na intervenção final e definitiva de Cristo contra os Seus inimigos, no Seu reino eterno. Cristo voltará com poder e glória para buscar os Seus remidos, cumprir seus juízos e estabelecer o Seu Reino eternamente.

A soberania de Deus é realçada aqui no anúncio prévio da derrota do Maligno, do pecado e do sofrimento. Não se trata de um embate, cujo final é desconhecido. A revelação de Jesus antecipa-nos que o Cordeiro de Deus é vitorioso eternamente e dará fim a todas as forças do mal.

Além desses pontos, o Apocalipse é um livro que comunica esperança para o povo de Deus. Ele mostra-nos que aconteça o que acontecer, os filhos de Deus estarão seguros no Senhor e terão, pela graça de Jesus Cristo, a vida eterna.

Estrutura:

O último livro da Bíblia pode ser dividido em três partes:

  1. Introdução e saudação do apóstolo João; prenúncio da visão que teve de Jesus Cristo glorificado (Capítulo 1)
  2. Sete cartas às sete igrejas na Ásia Menor. Essas cartas exortavam acerca da condição das igrejas nos tempos de João, mas também prefiguram a condição da Igreja nos dias de hoje (Capítulos 2 a 3 ).
  3. Visões acerca do fim (várias imagens sobre a grande tribulação, do Reino triunfal de Cristo, da vingança do Cordeiro, a destruição da besta e do falso profeta, o Juízo final, o novo céu e nova terra). Seis visões de João que esboçam uma espécie de paralelismo. Abrangem eventos que vão sendo revelados, ao longo da história até que tudo seja consumado no grande final. Muitos desses eventos, possuem interpretações distintas (Capítulos 4 a 22:5). Conclusão (22:6-21).

É provável que as profecias descritas no Apocalipse contenham duas possibilidades interpretativas: um elemento próximo e um distante. No primeiro caso, referindo-se a eventos da época de João, e o último elemento retratando eventos futuros.

Tipo e gênero literário:

O Apocalipse é um livro Profético e o seu gênero é o Apocalíptico. E isso deve estar claro para o leitor antes de iniciar seu estudo do livro. Certamente o Apocalipse não deve ser lido como um texto de gênero jornalístico, dissertativo ou romance, por exemplo. O gênero apocalíptico floresceu no período entre o Antigo e Novo Testamentos e possui características particulares, que são:

  • o uso de linguagem figurada
  • riqueza de símbolos e imagens
  • relato de visões e sonhos
  • uso simbólico de números, cores e outros elementos enigmáticos
  • discurso futurístico impactante

Este gênero literário teve seu auge entre 200 a.C e 200 d.C. No contexto judaico, o gênero apocalíptico se expandiu durante o exílio do povo de Israel na Babilônia. No período inter testamentário, diversos escritos apocalípticos (apócrifos) foram escritos com o intuito de encorajar e anunciar o fim do sofrimento na chegada de um novo tempo em que o Messias viria num reino glorioso de paz.

Na Bíblia há outros livros que apresentam algum traço de estilo apocalíptico, tais como: Daniel, Ezequiel, Isaías e Zacarias. Mas sem a predominância encontrada em Apocalipse. Muitos recursos linguísticos emblemáticos foram utilizados para transcrever a visão gloriosa e transcendente que João teve. Tendo em conta o estilo literário, devemos estar atentos para não tornar literal todos os símbolos e imagens que aparecem no texto.

Cumprimento das profecias apocalípticas:

As profecias dadas na revelação de Deus sobre os finais dos tempos já começaram a se cumprir mas ainda não terminaram. No entendimentos de muitos, as profecias vão se cumprindo ao longo dos tempos até a volta de Jesus. Nesse entendimento, os símbolos tiveram referências históricas para os contemporâneos de João, também têm nos nossos dias e terão no futuro.

Um bom exemplo disso é a figura da 'besta'. Nos tempos de João, a 'besta' poderia ser facilmente associada ao imperador Nero (ou Domiciano); no século XX poderia ser considerado o nazista Hitler. Atualmente, a 'besta' poderia ser associada aos sistemas políticos corrompidos, ou outras personalidades e, no futuro, poderá haver referência mais específica.

Apesar das diferentes interpretações sobre o cumprimento das profecias apocalípticas, fato é que esse livro é atemporal. Fala à Igreja de Cristo em todos os tempos. As cartas às sete igrejas da Ásia, por exemplo, advertiram às igrejas daquele tempo mas continuam exortando aos cristãos das igrejas espalhadas pelo mundo todo, pelos anos seguintes, até hoje.

Encoberto ou revelado?

Notamos que o livro do Apocalipse ao mesmo tempo que revela, também parece encobrir certos detalhes do leitor. Nem todos os pormenores da nossa curiosidade serão completamente sanados. Mas não é por isso que não devemos estudá-lo proveitosamente. O seu caráter misterioso deve aguçar o nosso desejo de conhecer mais a Deus e a nossa meta de estar eternamente com Ele.

Mesmo para estudiosos e comentaristas da Bíblia, alguns trechos do Apocalipse são considerados velados ou misteriosos. O próprio autor inspirado foi advertido a encobrir certos detalhes, do que viu na visão (Apocalipse 10:3-4). Parte do que João ouviu foi "selado" e não foi escrito.

As referências da revelação que João recebeu do Senhor Jesus podem não ser consensuais no meio cristão, hoje. Em muitos momentos, ele transcreve símbolos que eram facilmente reconhecidos por seus primeiros leitores mas que precisam ser contextualizados por leitores dos nossos tempos.

Algumas passagens são bastante emblemáticas, como o capítulo 20, por exemplo. Alguns pormenores causam tremendas discussões devido às diferentes interpretações e leituras que podem ser feitas da mesma.

Existe muitas interpretações do livro de Apocalipse. Mas este livro deve sempre ser lido à luz dos demais livros bíblicos. Na interpretação da Bíblia, passagens mais claras sempre iluminam passagens obscuras.

Há quatro maneiras diferentes para interpretar o Apocalipse: PreterismoFuturismoHistoricismo e Idealismo. Estas são as principais escolas escatológicas que esboçam diferentes posicionamentos acerca dos eventos finais, descritos no livro do Apocalipse.

Há aqueles que defendem:

  1. que as profecias já aconteceram no passado (preteristas).
  2. que tudo irá se cumprir no futuro (futuristas).
  3. que as profecias do Apocalipse vão acontecendo ao longo da história, até culminar na vinda do Senhor (historicistas).
  4. que o Apocalipse fala de princípios gerais, constantes na luta do bem contra o mal, que se cumprirão espiritualmente (idealistas).

Existem muitas discussões acerca das possíveis interpretações do Apocalipse. As escolhas ou métodos de interpretação foram desenvolvidos tendo como base diferentes estudos e análises no decorrer da história do cristianismo. Essas maneiras de compreender o texto não devem ser tomadas como dogmáticas (absolutas ou arbitrárias) para o leitor da Bíblia. Mas podem servir de aliados para o melhor entendimento do livro.

1. Preterista:

Linha de interpretação que acredita que as profecias do Apocalipse já tiveram o seu cumprimento no primeiro século, com a destruição de Jerusalém (70 d.C) e a queda do Império Romano.

2. Futurista:

Essa linha entende que as profecias do livro do Apocalipse terão o seu cumprimento no final dos tempos. Portanto, a maioria dos eventos do livro (bem como outras passagens bíblicas escatológicas) ainda vai se cumprir futuramente.

3. Historicista:

É a linha interpretativa que esboça, em grande parte, a posição evangélica (era a posição de Lutero e outros protestantes). Entende que o Apocalipse descreve simbolicamente as diferentes fases da história da humanidade, bem como as épocas da Igreja, desde o Novo Testamento até o fim dos tempos. Essa linha de interpretação, acompanhou predominantemente o protestantismo até o século XIX, quando o futurismo ganhou espaço no meio pentecostal.

4. Idealista ou Eclética:

Compreende as profecias apocalípticas espiritualmente e não num sentido literal. Não afirma assertivamente sobre detalhes das visões misteriosas, nem considera que eventos narrados no Apocalipse acontecerão histórica e literalmente. Entende e assimila as verdades representadas através dos embates entre o bem e o mal.

Ainda existem diferentes escolas interpretativas relacionadas ao Milênio e à Grande Tribulação:

O capítulo 20, principalmente os versículos de 1 a 10, gera bastante controvérsia interpretativa. Nesse trecho, Apocalipse 20:1-10, faz-se menção do Milênio - período de tempo (literal ou não, consoante a interpretação), em que Cristo reina e Satanás será preso, impossibilitado de enganar as nações. Acerca dessa tese, existem três posicionamentos:

Amilenismo:

Negação à teoria do Milênio. Afirma que não há bases suficientes para esperarmos o governo visível de Cristo apenas num milênio (espaço limitado de tempo de mil anos). Considera que o Reino de Deus se dará de forma definitiva e gloriosa depois de findar essa era, na volta do Senhor. Era a posição mais aceita entre os primeiros cristãos e também mais tarde nos círculos reformados.

Pré-milenismo:

Esperam um milênio no futuro e acreditam que a segunda vinda de Jesus será anterior ao milênio. Atualmente essa crença está relacionada ao Dispensacionalismo.

Pós-milenismo:

Acreditam que a segunda vinda de Cristo será depois do milênio. Assim, esperam que a sociedade irá melhorar gradativamente (desde a 1ª vinda de Cristo) e que o milênio irá acontecer no seu ápice. Depois disso, se daria a volta do Senhor.

A grande tribulação é um período de tempo (indeterminado) que antecederá a segunda vinda de Cristo. Esse período terrível da história é mencionado em Apocalipse e noutros livros da Bíblia (Mateus 24:21). Esse tempo de tragédias será marcado por:

  • guerras, fomes, terremotos
  • apostasia da fé
  • esfriamento do amor
  • aparecimento de falsos profetas e falsos cristos
  • perseguição aos cristãos
  • imposição de grande sofrimento aos que são leais a Cristo.

Quanto a este tempo também existem diferentes interpretações:

Pré-tribulacionismo:

Acreditam que acontecerá o arrebatamento secreto da igreja e que a segunda vinda de Cristo irá acontecer antes da grande tribulação. Defendem que a volta de Jesus será em duas etapas: primeiro no arrebatamento da igreja e depois dos sete anos da Grande Tribulação, para destruir o império do Anticristo.

Mid-tribulacionismo ou Meso-tribulacionismo:

Também esperam que acontecerá um arrebatamento secreto, e que a segunda vinda se dará no meio da grande tribulação. Neste período, com supostos sete anos de duração, o Anticristo tomará o poder, depois da saída dos cristãos da terra.

Pós-Tribulacionismo:

Os defensores dessa tese acreditam que o arrebatamento acontecerá no fim da grande tribulação, e que a igreja não será retirada da terra durante esse tempo. Acreditam que os cristãos passarão por tribulações, ao longo dos tempos, cada vez mais intensas até a Segunda vinda de Jesus.

Dentro dessas escolas de interpretação há posições mais extremadas ou moderadas. No entanto, entendemos que acima de preferências ou inferências humanas, a Bíblia interpreta-se a Si mesma. Por isso a importância da leitura e estudo completos da Bíblia Sagrada para se compreender melhor o Apocalipse.

O livro do Apocalipse é uma profecia enviada por Deus ao Seu povo. É também um livro pastoral que encoraja, exorta e adverte a todos acerca dos últimos acontecimentos neste mundo. Apesar das perseguições e tribulações que a Igreja tem enfrentado, há vitória certa, consolo e glória eterna ao lado de Cristo. Para os descrentes há um convite para o arrependimento e fé, mas também um alerta para o risco da eternidade longe de Deus.

O Apocalipse é um convite para se conhecer mais a Cristo, testemunhar Dele ao mundo e estar preparado para a Sua vinda. Temos na Bíblia Sagrada, a preciosa revelação do Pai e tudo que precisamos saber sobre os tempos finais.

Em linhas gerais, o livro do Apocalipse assegura-nos que:

  • Deus é soberano sobre o universo e tem um plano para a Sua criação
  • Jesus tem controle sobre toda a história da humanidade
  • podemos ter certeza da vitória de Cristo e do Seu povo contra o mal
  • Deus conhece o sofrimento dos Seus Filhos e promete recompensá-los
  • o juízo de Deus se manifestará na história - os opressores serão julgados
  • o mal (pecado, o diabo e os demônios) será destruído e punido eternamente
  • o novo céu e a nova terra serão a nova realidade para os filhos de Deus

Nessa segurança gloriosa, podemos nos desprender desse mundo, tendo clareza sobre tudo que Deus revelou e ser abençoados pela esperança futura com Cristo. Para isso, devemos nos dedicar à leitura contextualizada e sóbria do Apocalipse, atentando-nos para a interpretação que a própria Bíblia dá de si mesma. Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

quarta-feira, janeiro 25

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " HYDROCOTYLE UMBELLATA L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Hydrocotyle umbellata L.
Família: 
Araliaceae
Sinonímia científica: 
Hydrocotyle polystachya A. Rich.
Partes usadas: 
Toda a planta. Formas farmacêuticas: emplasto ou infuso.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Triterpenos, saponinas, flavonoides, compostos poliacetilenos, leucoceramidas.
Propriedade terapêutica: 
Anticatártico, anti-hidrópico, antirreumático, antissifilítico, aperiente, desobstruente do fígado e intestino, diurético, emético, purgante, tônico.
Indicação terapêutica: 
Síndrome de Down, infecção dos olhos, hipertensão arterial, tônico para o cérebro, coceiras, alergias de pele.

Origem, distribuição:
Nativa na Argentina, Cuba, Índia e Brasil.

Descrição:
Planta perene, herbácea, prostrada, acaule, rizomatosa, aquática, de solo pantanoso, arenoso ou restinga litorânea. Os rizomas são extensos e enterrados na areia, de contorno irregular. 

Folhas simples, coriáceas, peltadas, longo-pedunculadas, glabras em ambas as faces, com presença de cera epicuticular. Apresenta flores discretas de cor verde amarelada, dispostas em panículas de umbelas no ápice, de longa haste floral que as dispõe acima da folhagem.

Os frutos são pequeninos, com duas sementes dentro e formato de cápsula achatada. 

Espécie considerada daninha (invasora).

Uso popular e medicinal:
Estudos etnobotânicos relatam que essa planta é usada como verdadeira panaceia, sendo empregada como diurético, anti-hipertensivo, para tratar úlceras na pele, eczema, dermatite, psoríase, erisipela, reumatismo, tuberculose e distúrbios do baço, do fígado e intestino. 

Na medicina popular brasileira a decocção das folhas (fresca ou seca) é usada em banhos e oralmente para o tratamento de processos inflamatórios, conforme a Pharmacopeia dos Estados Unidos do Brasil (Farmacopeia Brasileira, 1926).

Hydrocotyle umbellata e uma outra bastante conhecida, a Centella asiatica (sinonimia Hydrocotyle asiatica), têm grande interesse na Ayurveda (Sistema Indiano de Saúde) por causa de seu potencial ansiolítico, efeitos estimulantes na memória e uso na indústria cosmética.

Apresenta potencial medicinal na folha, no pecíolo e no rizoma, sendo que as folhas são também consideradas tóxicas.

Já foram extraídos flavonoides das partes aéreas, dentre eles quercetina.

A planta toda é empregada na medicina caseira. O suco das folhas e do pecíolo é usado na remoção de sardas e manchas na pele. O suco do rizoma é de uso interno e é tido como anticatártico, anti-hidrópico, antirreumático, antissifilítico, aperiente, desubstruente do fígado e intestino, diurético, emético e tônico.

A análise do óleo essencial desta planta revelou a presença de isotiocianatos como um dos componentes principais. Suas folhas e raízes possuem metabólitos secundários que possibilitam aplicação na indústria química e farmacêutica. 

Constituintes químicos presentes nas folhas e raizes: triterpenos, saponinas, flavonoides, compostos poliacetilenos e leucoceramidas. Folhas e rizomas apresentam os mesmos constituintes, com diferenças apenas na intensidade entre os picos, o que denota diferença quantitativa entre as substâncias presentes. O rendimento do extrato dos rizomas é menor que o rendimento das folhas.

Indicada para infecção dos olhos, cujas folhas e hastes devem ser maceradas em água para banhar. Ligeiramente tóxica, seu uso não deve ser abusivo. Recomenda-se 5 folhas com as respectivas hastes para 1 chávena de chá. Médicos indianos recomendam-na principalmente como tônico para o cérebro, tendo-se conseguido melhoras até com crianças retardadas. É ainda diurético e calmante. É indicado para doenças da pele como coceiras e alergias, neste caso esfregando as folhas (sempre com as hastes), banhando com a planta em infusão ou macerada em água e tomando o chá. Resolve também problemas de hipertensão arterial.

Usam-se as folhas frescas, secas e feitas em pó. Para  a planta fresca, usam-se 1 chávena (xícara de chá) de leite ou água e 5 folhas com hastes batidas ou fervidas. Adicionar 1 pitada de açafrão e 1 colherinha de mel de abelhas. Se preferir pode extrair o suco. Para o pó, 1 colherinha (chá) em meio copo de água ou leite, adicionando 1 colherinha de açafrão ou mel.

Um trabalho científico avaliou as atividades antinociceptivas e anti-inflamatórias do extrato etanólico das partes subterrâneas de acariçoba (EEA). EEA reduziu a resposta nociceptiva em animais conforme avaliação em teste de contorção abdominal com ácido acético e em ambas as fases do teste da formalina (injeção de formalina). EEA apresentou uma atividade analgésica supraspinal aumentando a latência da dor no teste de "placa quente" (teste que avalia o tempo em que os animais permanecem sobre uma chapa metálica aquecida até reagirem ao estímulo térmico levantando ou lambendo as patas). E também reduziu a migração de leucócitos e extravasamento de plasma para a cavidade pleural na pleurística induzida por carragenina, além de reduzir o edema induzido por carragenina até a segunda hora e o edema induzido pelo dextrano. 

Os resultados mostraram que EEA apresenta atividade analgésica e anti-inflamatória em diferentes modelos experimentais, sugerindo uma migração e ação antiedematosa que pode ser devido ao bloqueio ou inibição na liberação de histamina ou serotonina.

Uma obra relata as características de Hydrocotyle bonariensis (sinonímia Hydrocotyle umbellata var. bonariensis). Os rizomas são usados como diurético, vomitivo e antirreumático. Na Ayurveda é recomendada para crianças portadoras de Síndrome de Down por aumentar a capacidade de aprendizado em 25%. Emplastos são usados como cicatrizante e na medicina popular como purgante e diurético. Análise do óleo essencial desta planta revelou a presença de isotiocianatos. Contém velariana, uma substância amarga, a qual é atribuída a sua atividade." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( O USO DA FITOTERÁPIA PERMITE QUE O PACIENTE SE RECONECTE COM O MUNDO NATURAL E RESTABELEÇA OS RITMOS NATURAIS ).

RESUMO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DE SALMO 1:

O Salmo 1 é um salmo de sabedoria que serve de introdução à coletânea do saltério. O estudo bíblico do Salmo 1 revela um contraste entre a atitude do justo e do ímpio para com a Lei de Deus. O justo ama e medita constantemente na Lei do Senhor, enquanto o ímpio a odeia.

Isso significa que o Salmo 1 fala da Palavra de Deus e revela dois caminhos: o caminho da bênção e o caminho do juízo. A bênção divina é derramada sobre aqueles que meditam na Palavra de Deus, mas o juízo divino é derramado sobre aqueles se rebelam e transgridem essa Palavra.

O Salmo 1 está organizado em duas grandes partes. Estudiosos dizem que a primeira parte indica que, por observação, todas as pessoas estão separadas eticamente (Salmo 1:1-4). Já a segunda parte indica que, por consequência, todas as pessoas estão separadas judicialmente (Salmo 1:5,6).

Então um esboço do Salmo 1 pode ser sugerido da seguinte maneira:

  • Um retrato do justo e seu compromisso com a Lei de Deus (Salmo 1:1-3).
  • Um retrato do ímpio e sua reprovação diante da Lei de Deus (Salmo 1:4,5).
  • A confirmação do justo e a ruína do ímpio (Salmo 1:6).

Não é possível afirmar quem escreveu o Salmo 1. Também não se sabe exatamente quando esse salmo foi escrito.

O salmista começa dizendo que o homem justo é bem-aventurado. Nesse contexto essa expressão é ainda mais enfática do que a ideia de felicidade. Na Bíblia uma pessoa bem-aventura é aquela que desfruta do favor e da graça especiais de Deus. O homem justo possui plena alegria e satisfação no Senhor.

O salmista diz que a pessoa reta “não anda no conselho dos ímpios”. Os ímpios são aquelas pessoas deliberadamente perversas. Essas pessoas estão ativamente envolvidas com o mal. O justo não anda segundo o conselho dessas pessoas porque ele é guiado pela Palavra de Deus.

O salmista também diz que o homem justo “não se detém no caminho dos pecadores”. Os pecadores são aquelas pessoas que frequentemente e costumeiramente quebram a Lei de Deus e não se importam nem um pouco com isso. Por último, o salmista diz que a pessoa reta “não se assenta na roda dos escarnecedores”. Os escarnecedores são aqueles que debocham e ridicularizam as coisas de Deus; para eles desobedecer ao Senhor é como entretenimento.

É interessante notar a forma progressiva com que o salmista aplicou os verbos no Salmo 1. Ele diz que o homem justo “não anda”, “não se detém” e “não se assenta”. Sua intenção é fornecer um retrato do homem justo revelando aquilo que ele evita.

Na sequência, o salmista passa do aspecto negativo para o aspecto positivo. Ele explica por que o homem justo não está envolvido no estilo de vido dos ímpios, pecadores e escarnecedores. O motivo para isso é que ele tem prazer na Lei do Senhor, e medida nela dia e noite. A expressão “Lei de Deus” não se refere apenas a um mandamento específico, mas também à Escritura inteira.

A palavra traduzida pelo verbo “meditar”, no hebraico significa “dizer em voz baixa”. O que o salmista está dizendo é que o homem justo está constantemente meditando nas Escrituras, isto é, pensando e recitando para si mesmo a Palavra de Deus. Estudiosos dizem que se falarmos com o Senhor sobre a Palavra, a Palavra falará conosco sobre o Senhor.

Por fim, o salmista compara o homem justo com uma árvore plantada junto a corrente de águas (Salmo 1:3). Essa é uma figura muito apropriada e frequente nas Escrituras para falar sobre as bênçãos de Deus sobre seu povo. Uma árvore plantada onde há abundância de águas está sempre viçosa, florescendo e produzindo seus frutos adequadamente.

O salmista deixa claro no Salmo 1 que os ímpios agem de forma completamente contrária e oposta aos justos. Enquanto o justo é como a árvore plantada num solo onde há corrente de águas, o ímpio é como a palha que o vento dispersa. Essa é outra figura comum nas Escrituras para se referir ao que é frágil, inútil e sem valor.

Uma árvore imponente possui fortes e profundas raízes, mas a palha é espalhada até com o vento. Aqui o contraste entre os justos e os ímpios fica ainda mais evidente. O justo é como uma planta vigorosa, mas o ímpio é como uma planta morta e seca, isto é, palha. Na verdade a palha só serve para ser queimada.

Por esse motivo, explica o salmista, os perversos não prevalecerão no juízo. Isso significa que os ímpios jamais serão aprovados no julgamento de Deus. Ainda que muitas vezes eles se infiltrem no meio dos justos, eles não poderão permanecer entre eles para sempre. A parábola do joio e do trigo fala justamente sobre isto (Mateus 13:24-46).

No dia do retorno de cristo essa separação final ocorrerá. João Batista anuncia Cristo como sendo aquele que traz em sua mão uma pá para limpar a eira, recolher o trigo no celeiro e queimar a palha com fogo que nunca se apaga (Mateus 3:12).

O salmista termina o Salmo 1 mostrando o resultado final do contraste entre o caminho dos justos e o caminho dos ímpios. O Salmo 1 ensina que os dois caminhos nesta vida, isto é, o caminho de retidão e o caminho de impiedade, são determinados pela relação do indivíduo com o Senhor.

Por isso o salmista diz que “o Senhor conhece o caminho dos justos”. Essa declaração não significa apenas um conhecimento cognitivo de Deus acerca da conduta dos justos.

Deus é onisciente e conhece exaustivamente todas as coisas. Então quando o salmista diz que “o Senhor conhece o caminho dos justos” ele está se referindo a um envolvimento pessoal; um relacionamento especial entre Deus e seus servos. Isso significa que o próprio Deus se envolve ativamente de forma íntima no estilo de vida do justo.

Por outro lado, o salmista diz na frase final do Salmo 1 que “o caminho dos ímpios perecerá”. Muitas vezes os ímpios prosperam nesta vida terrena; inclusive isso ocorre frequentemente em conexão com a opressão aos justos.

Muitos salmos tratam exatamente dessa questão. Davi falou especificamente sobre isso no salmo 37,  por exemplo. Asafe foi outro que admitiu no Salmo 73 que havia tido certa dificuldade em entender essa condição. No entanto, assim como no Salmo 1, todos esses salmos no final revelam o caráter temporário da falsa e superficial alegria dos ímpios. Haverá o dia em que o caminho dos perversos terminará em ruína.

Podemos citar aqui três aplicações principais que aprendemos com o Salmo 1:

  • O Salmo 1 nos ensina que o justo é bem-aventurado. Essa bem-aventurança, porém, não é fruto de sua própria capacidade ou habilidade. Essa bem-aventurança é decorrente de seu relacionamento com Deus. Ele é dirigido pela Palavra da Verdade.
  • O Salmo 1 nos ensina que a condição do ímpio é ilusória. Estudiosos dizem  que do ponto de vista do mundo, os ímpios até parecem ricos e fortes, mas do ponto de vista de Deus, são desprezíveis, frágeis e destinados ao julgamento.
  • O Salmo 1 nos ensina que o justo sempre está amparado por Deus. Ainda que ele tenha que enfrentar muitas dificuldades e aflições, o curso de sua vida não foge do controle de Deus; o Senhor conhece intimamente o seu caminho e não permite que ele termine em ruína como o caminho do perverso. Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

terça-feira, janeiro 24

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " PTYCHOPETALUM OLACOIDES BENTH " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Ptychopetalum olacoides Benth.
Família: 
Olacaceae
Sinonímia científica: 
Não existe sinônimo desta espécie, segundo o sistema de classificação APG III.
Partes usadas: 
Raiz, casca.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Allo-aromadreno, β-bisaboleno, borneol, δ-cadineno, canfeno, cânfora, β-cariofileno, óxido de cariofileno, p-cimeno, α-copaeno, cubebeno, α-elemeno, elixeno etc.
Propriedade terapêutica: 
Tônico muscular, cardiotônico, antidepressivo, afrodisíaco, estimulante do sistema nervoso central, analgésico.
Indicação terapêutica: 
Calvície, dispepsia, cansaço, fraqueza gastrointestinal, impotência, infertilidade, aumento da libido, irregularidade menstrual, paralisia muscular, dor nos nervos etc.

​Origem, distribuição:
Muirapuama é nativa da Amazônia brasileira e outras áreas da Floresta amazônica.

Descrição:
Árvore de tamanho médio (cresce até 5m de altura), apresenta folhas pequenas verdes na parte superior e cinza-azulada na parte inferior, pendentes em ramos longos e finos. 

Flores são pequenas, brancas e tem fragrância pungente similar ao jasmim.

Uso popular e medicinal:
Historicamente todas as partes de muirapuama tem sido utilizadas pela medicina popular, mas a casca e raiz são as mais indicadas. Povos indígenas da Amazônia ao longo do Rio Negro usam o caule e a raiz de plantas jovens como um tônico para tratar problemas neuromusculares. A decocção da raiz serve em banhos e massagens para o tratamento da paralisia e beribéri. E o chá de raiz e casca serve para tratar a debilidade sexual, reumatismo, gripe, fraqueza cardíaca e gastrointestinal. Também é valorizada como preventivo da calvície. 

Na fitoterapia brasileira muirapuama é tida como estimulante sexual, sendo reputada como poderoso afrodisíaco. Foi listada na Farmacopeia Brasileira na década de 1950. As propriedades mais evidenciadas são tônico neuromuscular para fraqueza e paralisia, dispepsia, distúrbios menstruais, reumatismo crônico (uso tópico), impotência sexual, gripe e distúrbios do sistema nervoso central.

A British Herbal Medicine Association recomenda muirapuama para disenteria e impotência. Na Alemanha é indicada como tônico do sistema nervoso central, ancilostomíase (conhecida como "amarelão", doença causada por vermes parasitas), distúrbios menstruais e reumatismo. Na Europa é indicada para tratar a impotência, infertilidade, distúrbios menstruais e disenteria.

Muirapuama vem ganhando popularidade nos EUA, onde herbalistas e profissionais de saúde a usam para tratar impotência, depressão, cólicas menstruais, TPM, dores nos nervos e distúrbios do sistema nervoso central.

Em outros países muirapuama é indicada como afrodisíaco, estimulante do sistema nervoso central, para a calvície, dispepsia, cansaço, fraqueza gastrointestinal, impotência, infertilidade, baixo libido, irregularidades menstruais, paralisia muscular, dor nos nervos, problemas neuromusculares, distúrbios reprodutivos, reumatismo, estresse, trauma.

Uma análise química dos componentes do óleo essencial de muirapuama foi feita pelos pesquisadores, A extração foi realizada por dois métodos: tintura (raiz e casca); e Soxhlet com solvente (casca da raiz, caule e folha). No óleo essencial das raízes foram encontrados allo-aromadreno, β-bisaboleno, borneol, δ-cadineno, canfeno, cânfora, β-cariofileno, óxido de cariofileno, p-cimeno, α-copaeno, cubebeno, α-elemeno, elixeno, trans- β-farneseno, αguaineno, limoneno, linalol, mirceno, γ-muuroleno, α-pineno, β-pineno e α-terpineno.

Outras substâncias: presentes citadas em outros trabalhos são flobafenos (0,6%), taninos, ácidos behênico, lignocérico, α-resínico, β-resínico e araquídico, lupeol, campesterol, estigmasterol, β-sitosterol, cumarina e um alcalóide relacionado a ioimbina chamado muirapuamina (0,05%).

Outros usos:
O extrato de muirapuama é empregado em formulações cosméticas para o tratamento de queda de cabelo. Uma receita consiste em água-de-colônia (250g), glicerina (20g), tintura de muirapuama (15g) e nitrato de pilocarpina (50cg).

 Dosagem indicada:

Uso geral. Usam-se o infuso da casca em dose normal: 20g do material verde ou 10g do material seco para cada litro de água. Adultos tomam de 4 a 5 xícaras por dia. Adolescentes entre 10 a 15 anos tomam 3 a 4 xícaras ao dia.

Afecções locomotoras. Triturar 100g de muirapuama e colocar em 1 garrafa com álcool. Deixar repousar por aproximadamente 6 dias. Friccionar as partes afetadas pela paralisia parcial ou antiga.

Reumatismo. Esmagar 20g de raiz de muirapuama, 20g de raiz de gengibre e 20g de mucura-caá. Colocar em infusão em 1 litro de álcool, deixando em repouso por 7 dias. Em seguida, friccionar a parte afetada.

Aumentar a potência sexual. Colocar em infusão em 1 garrafa de vinho moscatel 10g de muirapuama e 10g de catuaba. Deixar em repouso e tomar 1 cálice às refeições." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA EFICAZ REQUER SABER COMO PREPARAR A PLANTA E COMO MELHOR USÁ-LA ).

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?