As vezes ficamos com dúvidas sobre as opções de fitoterápicos? É, um mesmo fitoterápico pode se apresentar em mais de uma forma para você, por exemplo cápsulas ou tinturas; assim como os alopáticos possuem apresentações diferentes de acordo com o medicamento ou sua administração. E para esclarecer de vez, preparamos um artigo para entender-mos melhor. 

Formas Farmacêuticas na Fitoterapia:

Você provavelmente já tem o costume de entrar em uma farmácia convencional e observar a variedade de medicamentos alopáticos, como comprimidos, cápsulas e xaropes para uso interno ou pomadas e cremes para uso externo. Na realidade, existem muitas outras formas de medicamentos, tanto alopáticos quanto fitoterápicos. Neste artigo vamos falar de diferentes formas farmacêuticas na fitoterapia!

Mas primeiro, vamos entender a razão de diferentes formas farmacêuticas existirem. A forma farmacêutica de um medicamento é como ele se apresenta em seu estado final, para que seja de fácil administração e suas propriedades sejam bem aproveitadas pelo nosso organismo. Isso depende de:

  • Características físico-químicas do medicamento
  • Seu mecanismo de ação
  • Seu local de ação
  • Dosagem

Portanto, existem medicamentos cuja melhor forma farmacêutica é um comprimido para determinado caso; enquanto outros casos pedem outro tipo de forma farmacêutica. É a mesma coisa na Fitoterapia.

Porque além de garantir que você tenha o medicamento necessário da forma mais eficaz, a escolha da forma farmacêutica adequada facilita que o paciente siga o tratamento da maneira indicada. Sim, existem pacientes que não tomam fármacos na quantidade ou tempo correto, fato que acontece por razões como:

  • Incapacidade de usar a forma farmacêutica por motivos físicos
  • Crença de que já está melhor e não precisa mais
  • Vontade de tomar menos ou mais medicamento sem orientação do profissional de saúde.
  • Falta de identificação com a forma farmacêutica

Seguir as orientações de profissionais de saúde é muito importante! Mesmo que você fique em dúvida, não faça as coisas por iniciativa própria. Consulte profissionais confiáveis da área e tire dúvidas. 

E é claro, a escolha de formas farmacêuticas que atendam suas necessidades é fundamental. Se existe uma maneira de ter um medicamento que se adapte melhor a sua rotina, fica mais fácil de seguir as orientações.

Agora que já entendemos a razão dessas diferentes formas farmacêuticas existirem e como elas nos ajudam, vamos conferir os tipos de formas farmacêuticas na fitoterapia.

Classificação das Formas Farmacêuticas:

As formas farmacêuticas podem ser classificadas de maneiras diferentes! Uma das classificações ocorre através de seu estado: sólidas, gasosas, líquidas e semissólidas. E caso você queira exemplos disso, é só pensar em cápsulas, aerossóis, xaropes e pomadas, respectivamente. Nos podemos falar com mais detalhes da classificação por uso interno e uso externo:

USO INTERNO:

Cápsula do pó:

A cápsula do pó da planta é resultado de um processo de moagem da erva já seca, seja inteira ou uma parte específica. Os princípios ativos da planta estão dentro da cápsula, que é o invólucro produzido industrialmente à base de gelatina ou de vegetal. A vantagem dessa opção é principalmente a praticidade, pois você pode levar a embalagem para o trabalho ou em viagens e continuar o seu tratamento.

Cápsula oleosa:

A cápsula oleosa contém o óleo extraído da planta e costuma ser selada em processo industrial, em um invólucro de gelatina maleável. Ela é utilizada quando o paciente quer os benefícios específicos do óleo. Um exemplo disso é a cápsula de Ômega 3 ou DHA, que vem do óleo de peixe.

Cápsula do extrato seco:

Também é uma cápsula, mas o que vai dentro dela é mais especializado do que simplesmente a planta moída até virar pó. O extrato seco é obtido através de processos mais sofisticados a fim de extrair os princípios ativos mais específicos e potencializar a ação. 

Chá (infusão e decocção)

O chá é bem conhecido! Basta ter água quente e a erva. Mas há uma diferença importante! Confira a seguir:

  • Na infusão, aquecemos a água até a fervura e despejamos sobre as ervas, de preferência folhas e flores. Tampamos, deixamos em repouso por alguns minutos e depois filtramos, caso o chá não já seja em sachê.
  • Na decocção, fervemos as partes das plantas junto com a água, pois as partes escolhidas para esse método são as sementes, raízes e cascas, que são mais rígidas e precisam de mais calor e tempo de extração.

Tintura (Concentração a 20%)

A tintura, por sua vez, é obtida através de um processo em um sistema fechado com soluções de água e álcool, que permite a retirada dos compostos da planta de uma maneira mais profunda do que simples fervura na água. A absorção é mais rápida e o estômago não se desgasta para digerir. Também é indicado para quem tem dificuldades em engolir cápsulas. Como existe álcool em sua composição, ele pode ser retirado na hora de tomar, pingando as gotas da tintura em um pouco de água morna. 

Extrato fluido (Concentração a 100%)

Mais concentrado do que a Tintura, o Extrato Fluido também é obtido por processos que retiram os principais compostos das plantas em meio líquido, que é a solução de água e álcool também. Também é absorvido mais rapidamente, o estômago não tem necessidade de trabalhar muito para digerir e quem tem dificuldade em engolir cápsulas prefere o Extrato Fluido. As gotas de Extrato Fluido também podem ser pingadas em um pouco de água morna a fim de evaporar o álcool antes de tomar.

Xarope:

Na fitoterapia, são utilizados xaropes a base de mel, açúcar ou de xilitol (sem açúcar) para facilitar o consumo de fitoterápicos devido a seu sabor mais agradável e por ser mais fácil de engolir. Quando preparado em mel, apresenta alta viscosidade e pode receber componentes fitoterápicos importantes, como Guaco e Tanchagem. Seu sabor doce facilita o tratamento em crianças, pois elas costumam ter dificuldade de engolir cápsulas e não aguentam o sabor intenso da tintura e do extrato fluido.

USO EXTERNO:

Pomada:

A pomada é semissólida, sendo absorvida pela pele conforme a aplicação e com a temperatura do corpo. Por sua consistência mais firme do que cremes e géis, é indicada para áreas menores e com menos pêlos.

Creme/Loção:

O creme também é semissólido, mas sua consistência já é mais suave e se espalha com maior facilidade pela pele, seguido da loção, que tem maior espalhabilidade. Portanto, são indicadas para áreas mais extensas da pele e podem ser aplicadas em regiões com pêlos. Os cremes e loções aceitam componentes variados, por exemplo para aliviar dores ou para fins estéticos.

Gel:

Nesta apresentação semissólida, não há óleos em sua composição. Recebem princípios ativos variados e possuem agente gelificante para tornar essa solução firme, na textura de gel. Podem ter objetivos terapêuticos, como o Gel analgésico, e objetivos estéticos, como Gel esfoliante. Justamente por ser livre de óleos, é uma opção muito escolhida por pessoas que já tem pele oleosa e não desejam facilitar o aparecimento de acne na pele. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( O USO DA FITOTERÁPIA PERMITE QUE O PACIENTE SE RECONECTE COM O MUNDO NATURAL E RESTABELEÇA OS RITMOS NATURAIS ).