Nome em outros idiomas:
- Inglês: carob bean, carob tree
- Francês: caroubier
- Alemão: johannisbrotbaum, karubenbaum
- Italiano: carrubo
- Espanhol: algarrobo, garrover
Origem, distribuição:
Nativa da costa do Mediterrâneo.
Descrição:
A alfarroba (do árabe al karrub, a vagem) é o fruto da alfarrobeira, usado na forma de chá numa composição com erva-mate e menta. É uma vagem comestível, semelhante ao feijão, de cor marrom escuro e sabor adocicado, mede em torno de 10 a 20 cm de comprimento e demora em torno de um ano para amadurecer. Dentro dessa vagem encontram-se de 10 a 16 sementes.
Consta que as sementes foram usadas no antigo Egito para a preparação de múmias. Vestígios das vagens foram encontrados em túmulos.
Os romanos mastigavam as suas vagens ainda verdes, as quais eram muito apreciadas pelo seu sabor adocicado.
Uso popular e medicinal:
Do fruto da alfarrobeira tudo pode ser aproveitado, embora a sua excelência esteja ligada à semente, de onde é extraída a goma constituída por hidratos de carbono complexos (galactomananos), que têm uma elevada qualidade como espessante, estabilizante, emulsionante e múltiplas utilizações na indústria alimentar, farmacêutica, têxtil e cosmética.
Mas a semente representa apenas 10% da vagem e o que resta - a polpa - tem sido essencialmente utilizada na alimentação animal. Devido ao sabor e características químicas e dietéticas, pode ser bem aproveitada em preparações culinárias.
A farinha de alfarroba é a fração obtida pela trituração e posterior torrefação da polpa da vagem. Contém em média 48 - 56% de açúcar (essencialmente sacarose, glucose, frutose e manose), 18% de fibra (celulose e hemicelulose), 0,2 - 0,6% de gordura, 4,5% de proteína e elevado teor de cálcio (352 mg/100 g) e de fósforo. Por outro lado, as características particulares dos seus taninos (compostos polifenólicos) fazem com que a farinha de alfarroba seja muitas vezes utilizada como antidiarreico, principalmente em crianças.
Atualmente as sementes são utilizadas na indústria de alimentos na produção de gomas e espessantes. O pó, utilizado para substituir o cacau, é derivado da polpa da vagem que é torrada e moída. Esse pó possui expressiva diferença em relação ao cacau no conteúdo de açúcar e de gordura. Enquanto o cacau possui até 23% de gordura e 5% de açúcar, a alfarroba possui 0,7% de gordura e um alto teor de açúcares naturais (sacarose, glucose e frutose) em torno de 38 a 45%.
Um trabalho científico analisou os principais componentes, ácidos graxos e compostos fenólicos da alfarroba. Concluiu que a polpa tem um elevado teor de açúcares e taninos e baixos teores de proteína e gordura. Em pó contém altos níveis de carboidratos (75,92%), proteínas (6,34%) e baixo nível de gordura (1,99%). O teor de fibra bruta é 7,30%. As fibras solúveis exercem um papel preventivo contra doenças cardíacas e diminuição do colesterol sérico (o colesterol presente na corrente sanguínea). É rica em ferro, cálcio, sódio, potássio, fósforo e vitaminas E, D, C, niacina, ácido fólico e B6.
A alfarroba em pó consiste de 11 compostos fenólicos, cujos maiores valores são pirogalol, catecol, clorogênico e protocatecuico, enquanto cumarina, cinâmico, ferúlico, ácido gálico e vanílico registram os menores valores desses compostos.
Óleo de alfarroba em pó consiste de 17 ácidos graxos sendo os principais: oleico (40,45%), linoleico (23,19%), palmítico (11,01% ) e esteárico (3,08%).
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