quarta-feira, março 27

FERRITINA ALTA: INTERPRETAÇÃO, CAUSAS E TRATAMENTO

A ferritina é uma proteína que se liga ao ferro e ajuda a armazenar o mineral dentro das células. Ela é encontrada em muitos tecidos do corpo, incluindo o fígado, baço e medula óssea. 

A ferritina consiste em um indicador importante do nível de ferro no corpo, pois a quantidade de ferritina presente no sangue é proporcional à quantidade de ferro armazenada. Os níveis normais de ferritina variam dependendo do sexo e idade da pessoa. 

QUANDO O EXAME DE FERRITINA E SOLICITADO?

O exame de ferritina é geralmente solicitado para avaliar os níveis de ferro no corpo. O teste é frequentemente solicitado para diagnosticar e monitorar o tratamento de condições relacionadas à deficiência ou sobrecarga de ferro. 

Algumas das condições em que o exame de ferritina pode ser solicitado incluem: 

Anemia;
Hemocromatose
Doenças do fígado
Distúrbios autoimunes
Infecções
Avaliação da eficácia do tratamento

COMO INTERPRETAR UM EXAME DE FERRITINA ALTA?

A interpretação de um exame de ferritina alta depende do contexto clínico do paciente, pois existem várias condições que podem levar a um aumento nos níveis de ferritina.

Os valores que servem como referência para normalidade da ferritina podem variar conforme o laboratório utilizado. Porém, existe uma média utilizada segundo a literatura, são eles: 

Normais: < 200 ng/mL para mulheres na pré-menopausa e < 300 ng/mL para homens; 
Limite superior a normalidade: < 200 a 300 ng/mL para mulheres na pós-menopausa; 
Acima de 1000 ng/mL: o paciente deve ser encaminhado a um especialista, como hematologista, endocrinologista ou gastroenterologista.

QUAIS OS SINTOMAS DA FERRITINA ALTA?

A ferritina alta em si não causa sintomas específicos. Na maioria dos casos, ela é detectada por meio de exames de sangue realizados para avaliar a função hepática, renal ou metabólica, ou para investigar sintomas como: 

Fadiga
Fraqueza 
Dor abdominal

Os sintomas associados à causa subjacente da ferritina alta também podem variar dependendo da condição. Por exemplo, pacientes com hemocromatose podem ter fadiga, dor nas articulações, dor abdominal, aumento do fígado e do baço, e alterações na cor da pele.

Principais causas de ferritina alta
A ferritina alta pode ser ocasionada por diversas etiologias, dentre as principais causas é possível citar: 

Sobrecarga de ferro
Inflamação
Doenças hepáticas
Obesidade
Sobrecarga de ferro
A sobrecarga de ferro pode ocorrer quando há o acúmulo de ferro no organismo por causa da ingestão de elevado índice de suplementos de ferro, grande número de transfusões de sangue ou distúrbios em que não há possibilidade de formar glóbulos vermelhos de maneira eficiente.

Nesse caso a ferritina alta pode indicar que o paciente está tendo uma sobrecarga de ferro no organismo.

INFLAMAÇÃO:

A inflamação crônica pode aumentar a produção de ferritina, mesmo que os níveis de ferro no organismo estejam normais. Isso ocorre porque quanto maior o componente inflamatório da doença do paciente, menor será a concentração de transferrina e a capacidade ferropéxica e maior será a ferritina.

Isso pode ser causado por doenças autoimunes, como: 

Artrite reumatoide
Doença inflamatória do intestino 
Infecções crônicas. 
Doenças hepáticas
A ferritina é uma proteína que armazena ferro no organismo e é produzida principalmente pelo fígado. A doença hepática pode afetar a função hepática e, consequentemente, aumentar os níveis de ferritina no sangue. Na doença hepática, a inflamação crônica do fígado pode levar a um aumento na produção de ferritina pelas células hepáticas. 

Portanto, doenças hepáticas, como hepatite crônica ou cirrose, podem aumentar os níveis de ferritina no sangue

OBESIDADE:

A obesidade é uma condição em que há um acúmulo excessivo de gordura no organismo. A ferritina é uma proteína que armazena ferro no organismo e pode ser produzida não apenas pelo fígado, mas também pelo tecido adiposo. 

Na obesidade, a produção de ferritina pelo tecido adiposo pode aumentar devido à inflamação crônica que ocorre no tecido adiposo. A obesidade também pode levar a um aumento da resistência à insulina, que pode afetar a função do fígado e aumentar os níveis de ferritina. Por isso, a obesidade pode estar associada a níveis elevados de ferritina. 

TRATAMENTO DA FERRITINA ALTA:        

O tratamento da ferritina alta depende da causa subjacente. É importante consultar um médico para avaliação e diagnóstico adequados, e determinar a causa exata da ferritina alta. 

Se a causa da ferritina alta for a sobrecarga de ferro, o tratamento pode incluir sangrias terapêuticas, que consistem em remover regularmente uma quantidade de sangue para reduzir a quantidade de ferro no organismo. Em alguns casos, medicações quelantes de ferro podem ser prescritas para remover o excesso de ferro do organismo. 

Se a causa da ferritina alta for uma doença hepática, o tratamento pode incluir medicações para controlar a inflamação e a progressão da doença hepática, além de mudanças no estilo de vida, como evitar o álcool e uma dieta saudável. 

Se a causa da ferritina alta for a obesidade, o tratamento pode incluir mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios para perder peso e reduzir a inflamação crônica. Em alguns casos, se a causa da ferritina alta não puder ser identificada e tratada, o médico pode prescrever a flebotomia terapêutica, que consiste na retirada de sangue regularmente para diminuir os níveis de ferro e, consequentemente, de ferritina no organismo." UM CORPO INFLAMATÓRIA E UMA PORTA ABERTA PARA DOENÇAS CRÔNICAS E DEGENERATIVAS ".

segunda-feira, março 25

NERVO VAGO: O QUE É, ANATOMIA, FUNÇÕES E TRATAMENTO

O nervo vago, também conhecido como nervo craniano X, é um dos 12 pares de nervos cranianos que se estendem diretamente do cérebro. Ele é um dos nervos mais longos e importantes do corpo humano, e desempenha um papel fundamental no sistema nervoso autônomo, que controla funções vitais como a respiração, a frequência cardíaca e a digestão.

ANATOMIA DO NERVO VAGO:

O nervo vago é composto por fibras nervosas que se originam no tronco cerebral, na região do bulbo, e se estendem até os órgãos do tórax e do abdômen. Ele é um nervo misto, ou seja, contém tanto fibras motoras quanto fibras sensoriais. As fibras motoras do nervo vago controlam os músculos da laringe, faringe, palato mole e esôfago, enquanto as fibras sensoriais são responsáveis por transmitir informações do trato gastrointestinal, do coração e dos pulmões para o cérebro.

FUNÇÕES DO NERVO VAGO:

O nervo vago desempenha uma série de funções essenciais para o bom funcionamento do organismo. Ele é responsável por regular a frequência cardíaca, controlando a contração e a dilatação dos vasos sanguíneos. Além disso, o nervo vago também influencia a respiração, estimulando a contração dos músculos respiratórios e controlando a produção de muco nos pulmões. Ele também desempenha um papel importante na digestão, estimulando a produção de ácido clorídrico no estômago e regulando o movimento do intestino.

DISFUNÇÕES DO NERVO VAGO:

Quando o nervo vago não está funcionando corretamente, podem ocorrer uma série de disfunções que afetam o organismo. Uma das disfunções mais comuns é a síndrome do intestino irritável, que causa dor abdominal, diarreia e constipação. Além disso, disfunções no nervo vago também podem levar a problemas cardíacos, como arritmias e taquicardias, e distúrbios respiratórios, como a apneia do sono. É importante ressaltar que qualquer alteração no funcionamento do nervo vago deve ser avaliada por um especialista.

TRATAMENTO PARA DISFUNÇÕES DO NERVO VAGO:

O tratamento para disfunções do nervo vago depende da causa subjacente do problema. Em alguns casos, é possível tratar a disfunção com medicamentos que ajudam a regular a atividade do nervo vago. Em outros casos, pode ser necessário recorrer a terapias complementares, como a estimulação elétrica do nervo vago, que envolve a aplicação de pequenas correntes elétricas no nervo para estimular a sua atividade. Em casos mais graves, pode ser necessário recorrer a cirurgias para corrigir problemas estruturais no nervo vago.

IMPORTÂNCIA DO NERVO VAGO PARA SAÚDE MENTAL:

Além de desempenhar funções vitais para o funcionamento do organismo, o nervo vago também desempenha um papel importante na saúde mental. Estudos têm mostrado que a estimulação do nervo vago pode ser eficaz no tratamento de transtornos como a depressão e a ansiedade. Isso ocorre porque o nervo vago está diretamente ligado ao sistema límbico, que é responsável pelas emoções e pelo controle do humor. A estimulação do nervo vago pode ajudar a regular a atividade do sistema límbico, reduzindo os sintomas de transtornos mentais.

EXERCÍCIOS PARA ESTIMULAR O NERVO VAGO:

Existem alguns exercícios simples que podem ajudar a estimular o nervo vago e melhorar o seu funcionamento. Um exemplo de exercício é a respiração profunda e lenta, que estimula a atividade do nervo vago e ajuda a reduzir a ansiedade. Outro exercício é a prática de técnicas de relaxamento, como a meditação e o yoga, que também estimulam o nervo vago e promovem a sensação de calma e bem-estar. É importante ressaltar que esses exercícios devem ser realizados de forma regular e orientados por um profissional qualificado.

PODEMOS CONCLUIR QUE:

Em resumo, o nervo vago é um dos nervos mais importantes do corpo humano, desempenhando funções vitais para o bom funcionamento do organismo. Ele está envolvido no controle da frequência cardíaca, da respiração e da digestão, além de desempenhar um papel importante na saúde mental. Disfunções no nervo vago podem levar a uma série de problemas de saúde, mas existem tratamentos disponíveis que podem ajudar a corrigir essas disfunções. Além disso, a prática de exercícios para estimular o nervo vago pode trazer benefícios para a saúde física e mental. É importante buscar orientação do profissional de saúde caso haja qualquer alteração no funcionamento do nervo vago. "UM CORPO INFLAMADO É UMA PORTA ABERTA PARA DOENÇAS CRÔNICAS E DEGENERATIVAS ".

domingo, março 24

PREBIÓTICO: O QUE É, QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS E ONDE ENCONTRA-LO

Uma alimentação balanceada e saudável deve incluir diversas substâncias. Nesse sentido, alguns nutrientes e componentes da dieta são mais conhecidos que outros. Por exemplo, vamos entender o que é um prebiótico

Os prebióticos, também conhecidos como fibras alimentares, fazem parte dos alimentos que ingerimos, mas nosso corpo não é capaz de digerir nem de absorvê-los. 

Porém, mesmo sem serem absorvidas, essas substâncias são responsáveis por uma série de benefícios para o organismo e devem fazer parte da alimentação diariamente.

O que é prebiótico?

De acordo com as ( Diretrizes mundiais da Organização de Gastroenterologia) os prebióticos são ingredientes que podem ser fermentados no intestino e causam mudanças na composição e/ou na atividade da microbiota (conjunto de bactérias) gastrointestinal e assim, conferem benefícios à saúde.

Alguns tipos de prebióticos são bastante utilizados na indústria de alimentos e fazem parte da produção diversos produtos alimentícios como bolachas, chocolate, laticínios, cereais e pastas, entre outros. 

São exemplos de prebióticos: o prebiótico inulina (utilizado na produção de alimentos), a oligofrutose, os frutoligossacarídeos (prebiótico fos), os galactooligossacarídeos (gos), a lactulose (usada no tratamento da constipação e da encefalopatia hepática) e os oligossacarídeos presentes no leite materno.

Como funciona o prebiótico?

Para entender como o prebiótico funciona, primeiramente é importante ter em mente que nosso intestino conta com milhões de bactérias, que juntas formam a microbiota intestinal. 

A microbiota intestinal é fundamental para diversas funções, como: melhora da imunidade, prevenção de diferentes tipos de câncer, controle da glicemia (açúcar no sangue), controle de peso, controle do colesterol e produção de hormônios. 

Esses são apenas alguns exemplos e atualmente ainda estão sendo feitos mais estudos científicos para descobrir outras funções da microbiota intestinal e sua importância para a manutenção da saúde e prevenção do surgimento de doenças. 

Precisamos entender que o prebiótico funciona basicamente como alimento para as bactérias intestinais. Como mencionamos inicialmente, o corpo humano não é capaz de digerir e absorver esses componentes dos alimentos, contudo, as bactérias se beneficiam deles através do processo de fermentação. 

As fibras ou prebióticos podem ser solúveis e insolúveis em água. Por isso, têm características e conferem benefícios diferentes. 

As fibras solúveis formam um gel e servem para atrasar o processo de digestão, por isso aumentam o tempo de saciedade e são ótimas para quem deseja emagrecer. 

As fibras insolúveis, por sua vez, diminuem o tempo de trânsito intestinal. Em outras palavras, elas fazem as fezes percorrem seu curso natural mais rápido e contribuem para que o intestino funcione corretamente, sem que haja constipação. 

Entretanto, para os prebióticos cumprirem seu papel de forma adequada é necessária a ingestão adequada de pelo menos dois litros de água por dia. Isso é especialmente importante no caso das fibras solúveis, para a formação do gel. 

Qual a importância de consumir prebióticos?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo de fibras, ou seja, de prebióticos, seja de 25g por dia para adultos ( O Guia alimentar segue essa mesma para população Brasileira) segue essa mesma recomendação. 

Essa quantidade é suficiente para que o prebiótico contribua para a saúde e cumpra seu papel como alimento para as bactérias próprias do organismo, por esse motivo, deve estar presente na alimentação diariamente. 

Sem a ingestão de prebióticos na quantidade adequada, as bactérias boas são prejudicadas e sua quantidade no intestino diminui. 

Isso ocorre principalmente se o baixo consumo de fibras for associado ao aumento do consumo de gorduras e açúcares, que favorecem o aumento de bactérias ruins.  

Como consequência, podem surgir uma série de problemas de saúde. Sendo assim, a grande importância de consumir prebióticos é manter a microbiota intestinal saudável.

Benefícios do prebiótico:

Já vimos alguns benefícios do prebiótico, mas agora vamos  entender melhor. Cabe destacar que todos esses efeitos positivos já foram comprovados através de estudos científicos e instituições de saúde muito respeitadas divulgam essas informações.                                                                    AUMENTA BACTÉRIAS BENEFICAS PARA O ORGANISMO:

Segundo a ( Organização mundial de Gastroenterologia) os prebióticos contribuem para o aumento das bactérias benéficas para o organismo, como os lactobacilos e as bifidobactérias, enquanto diminuem a quantidade de microrganismos que podem causar doenças. 

DIMINUI BACTÉRIAS QUE CAUSAM DOENÇAS:

Os microrganismos que habitam o intestino humano são considerados competidores. Desse modo, a partir do momento que o prebiótico fortalece as espécies de bactérias benéficas, elas conseguem se manter em maioria e, consequentemente, as espécies causadoras de doenças diminuem. 

MENOS CONSTIPAÇÃO:

A ingestão de fibras, junto com o consumo de água e a prática de atividade física são fundamentais para acabar com a constipação (intestino preguiçoso). 

Os prebióticos diminuem a constipação de maneiras diferentes, pois as fibras solúveis atuam de uma forma e as insolúveis de outra maneira.

As fibras solúveis deixam as fezes mais macias e também aumentam o volume fecal, pois conseguem “sequestrar” alguns componentes da dieta e impedir sua absorção completa, como o colesterol, por exemplo. 

As fibras insolúveis, por sua vez, aumentam o peso das fezes e a velocidade com que elas chegam ao reto para serem eliminadas, por essa razão é comum dizerem que as fibras aceleram o trânsito intestinal. 

MENOR RISCO DE OSTEOPOROSE:

O prébiótico oligofrutose é fundamental para a diminuição do risco de desenvolvimento de osteoporose porque sua fermentação no cólon aumenta a absorção do mineral cálcio, que é essencial para a saúde dos ossos.

O processo de fermentação no intestino humano, que é realizado pelas bactérias, tem como produto alguns ácidos. É a produção dessas substâncias que faz com que o meio intestinal seja mais favorável para a absorção de minerais.

Além da oligofrutose, um outro prebiótico que também contribui para o aumento da absorção do cálcio é a inulina, um tipo de fibra solúvel da classe dos frutanos. 

Podemos destacar também que o cálcio depende da vitamina D para ser absorvido e bem aproveitado pelo organismo. Nesse sentido, já existem estudos mostrando que a vitamina D também é importante para a microbiota intestinal. 

MENOR RISCO DE ATEROSCLEROSE:

O processo de aterosclerose é uma inflamação devido à formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos que pode levar ao aumento da pressão arterial e complicações como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. 

A formação dessas placas de gordura tem relação com o aumento do colesterol no sangue. Por esse motivo, o consumo de prebióticos, principalmente das fibras solúveis, é recomendado para diminuição do risco de aterosclerose.

A ( Sociedade Brasileira de Cardiologia ) explica que quanto mais solúveis em água são as fibras, maior é o seu poder de se ligar ao colesterol e impedir que ele seja absorvido, fazendo com que ele seja eliminado nas fezes. 

Além disso, os ácidos produzidos pelas bactérias intestinais a partir da fermentação dos prebióticos também contribuem para a diminuição do colesterol.

MENOS RISCO DE CÂNCER DE CÓLON:

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer ( INCA ), os cânceres de cólon e reto foram responsáveis por 9.038 mortes no Brasil em 2017. Em 2020, o câncer de cólon levou 12.422 pessoas a óbito no país,segundo ( O Atlas de mortalidade por câncer ).

A alimentação é um dos principais fatores de risco para o surgimento do câncer de intestino e principalmente do câncer de cólon.

O ( INCA ) recomenda que o consumo de carnes processadas seja limitado, enquanto a ingestão de frutas, legumes e grãos integrais seja maior, pois esses alimentos são ricos em prebióticos. 

Uma vez que os prebióticos fortalecem as bactérias boas, o intestino e o corpo como um todo ficam mais protegidos, principalmente o ( Sistema imunológico ) que é responsável pela nossa defesa.

Além disso, os prebióticos auxiliam na manutenção do peso corporal saudável e podem ser usados para contribuir com a perda de peso, quando necessário. 

Esses mecanismos são extremamente importantes para diminuir a inflamação e a produção de substâncias que favorecem o surgimento do câncer do cólon. 

Um outro motivo pelo qual os prebióticos colaboram com a prevenção do câncer é que ao aumentar o trânsito intestinal, as paredes do intestino têm menos tempo de contato com substâncias cancerígenas presentes na alimentação. 

LISTA DE ALIMENTOS PREBIÓTICOS:

Os alimentos de origem vegetal são os mais ricos em prebióticos. Também são conhecidos como alimentos in natura ou minimamente processados e devem fazer parte da alimentação diariamente. Por exemplo.

Aveia – A aveia possui uma fibra solúvel chamada beta-glucana, é um prebiótico excelente para a redução do colesterol e o controle do açúcar no sangue.

Oleaginosas (castanhas, amêndoas, nozes) – As oleaginosas são ótimas fontes de prebióticos, principalmente os insolúveis. 

Leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico, soja, ervilha) — As leguminosas são excelentes fontes de fibras. Como a maior parte da população brasileira gosta de um bom feijão, é uma boa forma de inserir os prebióticos na dieta.

Banana — Praticamente todas as frutas são ricas em prebióticos, com destaque para a banana-verde, que é rica em amido resistente, um ótimo prebiótico. 

Maçã – A maçã é outra fruta que merece destaque quando o assunto são fibras, pois ela contém pectina, uma fibra solúvel muito utilizada na indústria de alimentos e que faz muito bem ao intestino. 

Grãos integrais – Os grãos podem e devem ser consumidos para aumentar a ingestão de prebióticos. Você pode incluir sem medo na dieta o arroz integral, a linhaça, a cevada e a chia, que se tornou muito popular nos últimos anos justamente por sua quantidade de fibras.

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE PROBIOTICOS E PREBIÓTICOS:

Conforme a definição da ( Organização mundial de Gastroenterologia ) os probióticos são microrganismos vivos que nas quantidades adequadas são capazes de promover benefícios para a saúde do hospedeiro, no caso, os humanos.

A diferença entre prebiótico e probiótico é que enquanto o prebiótico se refere à fibra que serve como alimento para as bactérias do intestino, os probióticos são justamente esses microrganismos que são alimentados e fortalecidos.

VAMOS ENTENDER O QUE É SIMBIOTICO:

Ainda de acordo com a   (Organização mundial de Gastroenterologia ) simbióticos são produtos que contém em sua composição tanto os prebióticos quanto os probióticos e, assim, conferem benefícios à saúde.

O PAPEL DO PREBIÓTICO NA LUTA CONTRA O CÂNCER:

Já vimos que as fibras podem auxiliar na prevenção do câncer. Agora, saiba que também são úteis durante o tratamento, uma vez que a doença tenha surgido. 

Geralmente o tratamento do câncer inclui radioterapia e quimioterapia. Tais procedimentos podem causar diarreia em alguns pacientes e contribuir para a perda de peso e, consequentemente, piora do estado nutricional. 

Nesses casos, o uso do prebiótico solúvel é de grande importância, pois esse tipo de fibra é capaz de ajudar na melhora do quadro diarreico. 

PODEMOS CONCLUIR QUE: 

Agora com todas essas  informações mais importantes sobre o que é um prebiótico, quais são as suas funções, como esse componente atua no organismo, assim como quais são os alimentos em que pode encontrá-los e até mesmo opções de suplementação. 

Lembre-se que os prebióticos são essenciais para uma boa saúde, assim como a alimentação como um todo. Por isso, cuide-se.

sábado, março 23

MITOCÔNDRIAS: AS ORGANELAS E A RELAÇÃO COM A ENERGIA CELULAR:

O nosso corpo é repleto de substâncias e componentes que agem em função do bom funcionamento do organismo e sempre procuramos abordá-los por aqui.

Hoje, vamos falar sobre as mitocôndrias, estrutura presente nas células no nosso corpo e que desempenha um papel essencial, sobretudo quando falamos de energia celular, indispensável para o funcionamento do nosso organismo. 

O QUE SÃO AS MITOCÔNDRIAS?

As mitocôndrias são organelas essenciais na fisiologia celular e possuem diversas funções para o bom funcionamento das células humanas. Tratam-se de pequenas estruturas encontradas no interior de todas as células do corpo e que possuem um formato cilíndrico rígido e alongado, com uma membrana externa e a outra interna. 

No organismo humano, há uma média de 500 a 2.000 mitocôndrias por célula. Além disso, você sabia que essas organelas possuem o seu próprio DNA? A herança do DNA mitocondrial, inclusive, é materna, pois, na formação do embrião, ele recebe apenas as mitocôndrias do ovócito, não dos espermatozoides.

Um outro fato interessante é que as mitocôndrias são responsáveis por produzir aproximadamente 90% de energia do corpo. A partir da utilização de nutrientes e oxigênio, é gerada uma energia química chamada de trifosfato de adenosina, mais conhecida como ATP, uma molécula essencial para a realização de todas as atividades no organismo dos seres vivos. 

Sendo assim, visto a importância das mitocôndrias para o corpo, ressaltamos que a disfunção dessas organelas pode provocar desordens e doenças, trazendo riscos à nossa saúde. O que se sabe é que tais distúrbios podem acarretar em problemas patológicos, como isquemias, cardiomiopatias, diabetes e até doenças degenerativas, como Parkinson, Alzheimer e ELA (esclerose lateral amiotrófica). 

Se as mitocôndrias não estão operando de forma correta, qualquer órgão pode ser afetado, pois todos eles precisam de energia para o crescimento, funcionamento e a manutenção. O cérebro, o coração e os músculos esqueléticos são os que mais sofrem com as mitocondriopatias, por exigirem uma grande quantidade de energia para funcionar. Certas doenças mitocondriais afetam apenas um órgão, mas muitas outras podem afetar múltiplos órgãos.

Mitocôndria e energia celular
Até aqui, você descobriu que as mitocôndrias são as organelas responsáveis pela maior parte da produção de energia (ATP) exigida por praticamente todas as células dos seres aeróbicos, ou seja, aqueles seres que dependem do oxigênio para obter energia. 

Presente em todas as células eucarióticas (que apresentam núcleo), a principal finalidade das mitocôndrias é converter energia em um condicionamento biologicamente utilizável nas diversas reações celulares, sendo responsáveis pelo processo de respiração celular. 

O mecanismo de produção de energia aeróbica é um tanto complexo e compreende diversas reações químicas e biológicas para a formação de ATP, que acontece no interior das mitocôndrias e envolve dois meios metabólicos cooperativos: o ciclo de Krebs e a cadeia respiratória. 

Ainda sobre energia, destacamos a função mitocondrial da produção de calor para o organismo. Durante a concepção de ATP pela mitocôndria, pode suceder a formação de calor como um subproduto feito no momento da transformação de energia. Até então, quase todo o calor biológico é gerado pelos processos da síntese e da hidrólise de ATP, pois, quanto maior o gasto de ATP, mais calor será produzido.

Mitocôndria e exercícios físicos
Quando inspiramos você a se cuidar, uma das principais mudanças na rotina é a prática de exercícios físicos, certo? A atividade física é essencial para um emagrecimento saudável, além de contribuir para a saúde e o bom desempenho de todo o corpo.

Não demora muito para conhecermos novos conceitos e um deles é o de “exercícios aeróbicos”. Você já sabe que a definição “aeróbico” está ligada aos seres que dependem do oxigênio para obter energia, sendo assim, é possível estabelecer uma relação entre as mitocôndrias com a prática de atividades aeróbicas, sobretudo pelo processo bioquímico que ocorre nesse meio. 

Ao realizarmos exercícios aeróbicos, como andar, correr, nadar, dançar e pedalar, ocorre a indução do aumento da nossa capacidade oxidativa, sendo um dos principais benefícios para a saúde ao realizarmos essa prática. A musculatura dos ossos é um dos tecidos mais envolvidos na realização de atividades físicas, com alta capacidade de adaptação metabólica e estrutural frente a um estímulo. Além disso, os músculos esqueléticos são ricos em mitocôndrias, portanto, grande parte do aumento da capacidade aeróbica induzido pelos exercícios aeróbicos ocorre em função de adaptações mitocondriais. 

O oxigênio que inspiramos é fundamental para a respiração celular, função principal das mitocôndrias. Estamos falando de uma condição que é prioritária para a vida humana, já que nós não vivemos sem oxigênio. Por essa razão, o metabolismo aeróbico é muito importante. Quando praticamos atividades aeróbicas, nossos movimentos corporais demandam muito mais oxigênio, por conta da maior necessidade de oxidação de substratos energéticos, como os ácidos graxos livres e glicose circulante, provenientes de carboidratos e gorduras da dieta. 

O importante é que, quanto mais intensa a contração muscular, maior será o grau de transporte, distribuição e captação de oxigênio pela célula. É por esse motivo que a atividade física realizada de modo regular e sem exageros é um bom aliado da nossa saúde. Quando a praticamos, aumentamos a nutrição celular que gerencia todo o nosso corpo. " UM CORPO INFLAMADO É UMA PORTA ABERTA PARA DOENÇAS CRÔNICAS E DEGENERATIVAS ".

terça-feira, fevereiro 27

MIGRÂNIA: COMO A VITAMINA D PODE AJUDAR NO TRATAMENTO:

A migrânea é uma doença crônica, paroxística e neurovascular comum que afeta aproximadamente 14% da população mundial. É causada por uma hiperexcitabilidade neuronal com alteração da percepção da dor e pode afetar significativamente a qualidade de vida, o funcionamento social e a produtividade dos indivíduos.

FISIOPATOLOGIA DA MIGRÂNIA:

A fisiopatologia da migrânea envolve uma vasta gama de mecanismos que incluem: 
depressão cortical, ativação das vias trigeminovasculares e disfunção vascular sistêmica. Existe também a ação de diferentes neuropeptídeos, tais como:  peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) e o peptídeo ativador da adenilato ciclase pituitária (PACAP) apresentam propriedades vasoativas e são liberados durante os ataques de migrânea. Esses neuropeptídeos ativam o sistema trigeminovascular e subsequente pode induzir a liberação de mediadores inflamatórios, vasodilatação e extravasamento plasmático. Todos esses fatores contribuem para o início dos ataques de migrânea.


TRATAMENTO COM VITAMINA  D3:

A deficiência de vitamina D tem sido associada a um grande número de desordens dolorosas, incluindo as dores de cabeça. Em geral, a insuficiência dessa vitamina pode ocorrer devido aos seguintes fatores: inadequada exposição solar ou ingestão não suficiente e variações genéticas no metabolismo da vitamina D. A suplementação de vitamina D3 pode reduzir o número de ataques de dor de cabeça, diminuir a necessidade de consumo de analgésicos e atenuar a intensidade e a duração das dores de cabeça. Também observa-se que essa vitamina pode suprimir a neuroinflamação na migrânea, diminuindo os níveis de óxido nítrico sintase indutível (iNOS) e provavelmente interleucina (IL-6). 

RESULTADOS:

Através de um estudo conduzidos por pesquisadores em (2020) investigou o uso de vitamina D3 em pacientes com migrânea. Foi obtido os seguintes resultados:

A média de idade no grupo tratado com vitamina D foi de 37 anos e no grupo 2 de 38 anos

A suplementação com vitamina D resultou em significativa melhora nos escores do MIDAS após 12 semanas de intervenção (21,49) comparado com o placebo (31,16) – p=0,016

Os níveis do CGRP apresentaram diminuição significativa no grupo tratado com a vitamina D (153,26 ng/l) quando comparado com os pacientes tratados com placebo (188,35 ng/l) – p=0,022.

CONCLUSÃO:

A suplementação de vitamina D em indivíduos com migrânea, particularmente aqueles com aura, pode potencialmente melhor os episódios de dores de cabeça e também de outras desabilidades. A suplementação também pode atenuar os níveis do CGRP. A vitamina D com base nos resultados pode ser usada potencialmente em pacientes com  migrânea. 

quinta-feira, fevereiro 22

A COR DA URINA PODE NOS REVELAR DOENÇAS RENAIS OU NO FÍGADO:

Quando a cor da urina estiver Laranja e marrom são tons que merecem alerta:

A cor do xixi pode falar muito sobre sua saúde e é bom estar atento a algumas alterações que podemos reconhecer só de olhar para ele, especialmente se o vaso sanitário for branco.
Uma urina que se aproxima da água pode significar que bebeu muito líquido ou que seus rins perderam a capacidade de concentrar o xixi, como ocorre na doença renal crônica. Amarelo claro, por sua vez, é a cor da urina normal.

AMARELO FORTE:

A coloração amarela forte ou alaranjada pode ser apenas porque está faltando líquidos no organismo, mas pode significar que outras coisas estejam acontecendo. Por exemplo, em caso de infecção da urina há uma grande quantidade de células chamadas leucócitos que deixam a urina mais forte e frequentemente má cheirosa devido à presença especialmente de bactérias. Podem existir outros sintomas associados como dor ou ardor para urinar, a pessoa acometida pode fazer xixi diversas vezes em pequenas quantidades e mediante esforço, dor na região inferior da barriga, enfim, características de cistite (infecção na bexiga) ou uretrite (infecção na uretra, que é o canal que liga a bexiga ao meio externo).

VERMELHO, MARROM OU MAIS ESCURO:

A urina de cor avermelhada ou alaranjada "como suco de laranja", ou ainda cor de "chá mate", ou cor de "refrigerante de cola" é geralmente sinal de perda de sangue pela urina. Este sangue pode estar vindo dos rins (glomérulos) ou das vias urinárias. Por exemplo, pedras que andam pelos canais que levam o xixi podem machucá-los e o sangue sair, geralmente acompanhado de dor na região lombar de forte intensidade. Mas pode ser mais preocupante até do que isso, como é o caso de tumores, nefrites, tuberculose, enfim, apenas o profissional de saúde poderá por meio de um exame simples, saber exatamente o que ocorre.
Quando o fígado está doente o paciente pode produzir excesso de bilirrubinas, que podem ser eliminadas pelos rins e colorir a urina de cor acastanhada ou mesmo marrom.

OUTRAS CORES:

Não podemos nos esquecer que alguns corantes naturais como o da beterraba, amora e mirtilo podem colorir a urina, sem qualquer significado de doença. O mesmo em relação aos corantes artificiais que podem tornar a urina de cores inimagináveis e estão contidos principalmente em remédios.
Além disso, algumas bactérias não tão habituais na urina, geralmente infecções adquiridas em ambiente hospitalar ou na presença de entupimentos da via urinária, são capazes de produzir um pigmento azul ou verde. São as pseudomonas, conhecidas como bacilos piociânicos (ciano=azul).

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Enfim, prestar atenção na cor da urina deve ser um hábito simples que pode prevenir que doenças evoluam sem diagnóstico. E os nefrologistas recomendam que, sempre que possível, o vaso sanitário seja claro, de forma a permitir que pequenas alterações possam ser notadas. Beber bastante líquido também é uma recomendação universal, a menos que o indivíduo esteja em tratamento de insuficiência renal. O certo é que urinemos cerca de 2,0 a 2,5 litros de xixi ao dia, de cor amarelo clara, sem cheiro forte e sem dor. Fique de olho!
A qualquer dúvida, procure um médico. Um exame de urina simples pode trazer muitas informações importantes a um custo baixo e sem qualquer incômodo.

sábado, fevereiro 17

SISTEMA TEGUMENTAR: A PELE, FUNÇÃO, ESTRUTURA, FISIOLOGIA, EMBRIOLOGIA

A pele é um órgão vital no corpo de um ser vivo. Se apresenta com boa influência sobre o índice de massa corpórea, envolve o organismo de modo semelhante à uma capa, impõe limites entre os espaços, proteção contra agressões exógenas e endógenas e fornece uma ponte de comunicação com o ambiente. A moldabilidade é uma particularide marcante, em prol da alta flexibilidade e resistência propicia o estiramento e retorno á posição normal da pele, acompanhada de potencial reciclagem, restauração e baixo nível de permeabilidade. 

A origem embrionária é oriunda dos folhetos dos tipos mesodérmicos que formam a derme e a hipoderme, ectodérmicos que originam arranjos epiteliais como a epiderme, glândulas, pêlos, unhas e neurais a qual fundam os melanócitos e nervos.

O sistema tegumentar pode em termos de função, ser classificado como multifuncional, em decorrência de no ser humano garantir a engrenagem harmônica dos vários sistemas; a qual se destaca a síntese e metabolização de hormônios, dentre eles a testosterona, di-hidrotestosterona e vitamina D, a correta eliminação de produtos do metabolismo através do processo de excreção, em que são liberados para o meio externo através de glândulas écrinas o suor, ureia e glicose, a secreção de caráter interno, ou seja a expulsão dentro do corpo dos resíduos das glândulas internas, ênfase para citoquerarina, melanina, suor e sebo. A manutenção da temperatura corporal dentro dos limites, reagindo através de constrições, desvio da circulação para a rede capilar, absorção de calor através do suor, vasodilatações e vasoconstrição às oscilações  do ambiente. A percepção tátil, provinda de altas terminações nervosas possibilita as sensações, gerando respostas aos estímulos nocivos. No reino animalia, a contribuição também é relevante, a qual vale destacar o papel dos feromônios, a troca gasosa e a integridade física.

A cútis é subdividida em camadas interdependentes que possuem seus próprios estratos. A epiderme é a que mais está em contato com o ambiente, composta de tecido epitelial estratificado ceratinizado, avascularizado, espessura e textura dependente do local do corpo, sendo mais delgada na palma das mãos e mais espessa na planta dos pés, constituída de células epiteliais chamadas queratinócitos, mas também conhecidos por ceratinócito as quais são abundantes na epiderme, fundam as cinco camadas desta, a camada basal que contém numerosos ribossomos livres, filamentos intermediários, pequeno aparelho de golgi ,mitocôndrias e reticulo endoplasmático rugoso contando com pequenas células, de cúbicas a colunares, com núcleos ovais e citoplasma basófilo, ancoradas na membrana basal, a camada espinhosa com células maiores em comparação ao estrato basal, contando com muitos prolongamentos citoplasmáticos, a camada  granulosa composta de numerosos grânulos de querato-hialina, a camada lúcida de aspecto claro e a depender da região analisada, especialmente em termos de baixa espessura quase não é visível  e a camada  córnea têm células anucleadas e preenchidas com filamentos de queratina e por último a camada germinativa. Logo, a principal função dos queratinócitos é produzir queratina, uma proteína fibrosa, a qual apesar de serem células mortas, envolvem às  células epidérmicas evitando desperdício de água, proteção do ambiente externo através de uma película protetora. Constituem a pele e seus anexos (pelos, unhas e glândulas) e além da importância estrutural atuam em processos inflamatórios e imunológicos, como células alvo em quadros de LES, líquen plano, psoríase, secretores de citocina, peptídeos, neuropeptídios e outros mediadores e a síntese de endógenos (autocrinos, parácrinas e endócrinas). Os melanócitos derivados da crista neural (melanoblastos) localizados na camada basal, na conformidade de 1 melanócito para 10 queratinócitos basais, estas células dendríticas relacionam cada melanócito em média com 36 queratinócitos, as quais emitem o seu pigmento, estabelecendo o elemento  epidermomelanica, são sintetizadoras da pigmentação da pele, a denominada melanina que absorve e distribue a ação dos RUV, a abundância é variada na anatomia e a fração é quase a mesma em todas as raças. Mas, o que diferencia é a questão de os melanossomas em negros serem maiores e mais maturos do que nos brancos se organizando em unidades e não em grupos. As células de Langerhans são essenciais do sistema imune, oriundos da medula óssea, sendo APC com efetiva reação imunológica e mediante patologias se reduzem, a citar sarcoidose e dermatite de contato. As células de Merkel de origem neural é um mecanorreceptor de regiões de sensibilidade tátil, estimuladas por agressões. Os anexos da epiderme são os folículos pilossebáceos presentes em toda a pele, de menos na regiões palmoplantares e genitália, os folículos pilosos com uma glândula sebácea anexa, recebem essa designação, com função sensorial, termorreguladora, protetora, papel estético e reparação tecidual, arcando ciclicamente por três processos; a anagena (crescimento ativo), a catagena (morte do fio) e a telogena (fio morto é substituído por um novo). A glândula sebácea, holocrina, libera sebo, que forma o manto lipídico com ação antimicrobiana e  protetora. O músculo eretor do pelo é liso, que emerge da porção superior da derme, inferior à epiderme e se insere obliquamente no folículo piloso. As glândulas sudoríparas podem ser classificadas em apocrinas, oleosas, inodoras, cheias de material orgânico que sob ação bacteriana origina o odor característico, presentes nas axilas, genital e areolar a citar as mamas e as pálpebras. Às ecrinas estão  presentes nas porções palmoplantares, são termorreguladoras devido a perda evaporativa de calor que sob controle hipotalâmico é liberado a substância acetilcolina quê estimula secreção de suor e contração mioepitelial, promovendo a sudorese. As apoecrinas de caráter misto e exclusiva de adultos. As unhas são placas de citoqueratina (CK) proteínas estruturais dos epitélios, de origem ungueal contendo lúnula, eponiquio, lâmina ungueal, leito ungueal e hiponiquio.

A Derme é uma capa de tecido conjuntivo, fibrosa e amorfa, situada abaixo da epiderme, altamente vascularizada pelo seu papel de manutenção da pressão arterial e da temperatura, reparação de cicatrizes e no sistema imune. Detém como células residentes os mastócitos que são grandes e redondos, localização abundante em partes mais expostas à invasões, sendo que no tecido conjuntivo são ricos em histamina (vasodilatadora) e heparina (anticoagulante) e na mucosa contêm, em seus grânulos, sulfato de condriotina (constituinte de cartilagem) e pouca histamina, as células dendríticas, fibroblastos e histiocitos enquanto que de forma escassa e temporária: linfócitos, plasmócitos e outros constituintes hemodinâmicos. Sua comunicação com a epiderme é essencial para o equilíbrio de ambos, por estes atuarem na junção dermoepidérmica, nos anexos e em processos de reparação. Esta camada se divide em: superficial com muitas células e delgados feixes fibrilares de colágeno; profunda tem leves ondulações e feixes mais espessos de colágeno e a adventicial disposta em torno dos anexos e vasos composta de finos feixes de colágeno. O colágeno é a estrutura protéica mais abundante no corpo, ampla distribuição nos tecidos conjuntivos, alta influência percentual sobre o peso da derme e confere resistência e elasticidade ao tecido, todas as formas de colágeno são compostas por três cadeias polipeptídicas entrelaçadas com prolina e hidroxiprolina dando um aspecto helicoidal e alta resistência à tração. Este é liberado para o meio extracelular como pró-colágeno, que sob ação de proteases, leva à formação de fibras que se arranjam em feixes, a harmonia entre a produção e eliminação de colágeno, varia de acordo com o tecido e em situações normais e de reparação. Em um indivíduo são conhecidos vinte e oito tipos de colágeno, mas na derme só onze, o tipo um abrange mais a derme no adulto, o tipo três predomina na vida embrionária, o tipo quatro constituem as membranas basais, o tipo cinco e seis são ubíquos e o tipo sete é o mais importante das fibrilas de junção dermoepidérmica. As fibras elásticas são longos fios da proteína elastina, que propiciam elasticidade ao tecido, completando a resistência das fibras colágenas, compostas de três tipos de fibras: oxitalanicas que são feixes sem elasticidade, à elaunica proveniente do acúmulo de elastina e na medida em que vai se agregando a fibrilina até ocupar todo o espaço disponível. A substância fundamental é uma mistura incolor, viscosa e altamente hidratada, composta por GAG, proteoglicanos e glicoproteínas, encarregada de preencher os espaços entre as células e fibras do tecido conjuntivo, além de atuar como lubrificante e barreira contra a penetração de microorganismos.

A hipoderme é a parte mais funda de todas, composta de lóbulos de adipócitos separados por septos de colágeno juntos aos vasos hemodinâmicos. As células adiposas provém do mesênquima, em quê funcionam como acúmulo de gordura, isolante, modelação do corpo e proteção contra impactos.

As células tronco são unidades especiais de material encontrado em embriões, fetos e no adulto com particularidade de se dividir e produzir cópias de si próprias por um tempo indefinido de tempo e mediante situações ou impulsos se diferenciar em variações celulares especializadas dos tecidos. Estas se dividem em células-tronco embrionárias em que são pluripotentes, potencialidade de gerar os três tipos de células germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma), as células tronco-adultas são menos comuns, indiferenciadas, localizadas em tecidos do organismo que sofrem renovação, com certa limitação e se diferenciam em todas as células especializadas do tecido em que foi originada, ou seja são multipotentes. Estas células indiferenciadas têm um ciclo celular lento, a cisão destas é um ocorrido incomum e bem organizado. As células tronco por suas características, podem ser utilizadas em aplicações como restauração tecidual, através de restituição de seus componentes, que para este fim enfrentam o obstáculo de não serem diretamente introduzidas, devem estar alteradas e o preparo correto do sistema imune a fim de evitar estranhamento ao enxerto, em pesquisas científicas por ajudar no raciocínio da formação embrionária e na detecção e prevenção de defeitos congênitos e na indústria farmacêutica por oferecer resultados com mais certeza, confiança e ser mais acessível. Porém, apesar de estas serem multifuncionais e propiciarem vantagens estas não podem ser feitas, manuseadas e utilizadas de qualquer jeito, em razão de serem conteúdos embrionários, a qual são alvo de discussões de ordem moral, social, religiosa e filosófica. Logo, de acordo com o imposto é necessário que os embriões sejam excedentes, sem capacidade de virar um feto e que estejam congelados há mais de 3 anos em local apropriado, a obtenção pode se dar por doações e com a concordância dos pais, estando vedado a comercialização e sua fabricação, manuseio genético e a clonagem terapêutica.

No interior da célula ocorrem muitos eventos, a apoptose também conhecida por “morte celular programada” ou “suicídio celular é uma reação fisiológica rápida e não exibe resposta inflamatória de difícil análise histológica diante de danos no material genético ou em estruturas protéicas, que terminam em decomposição do núcleo e cisão celular, analisando que as aderências constituintes não ficam destruídas, mas menos úteis e logo são eliminadas sem transbordar, sendo estas cruciais na embriologia, manutenção, equilíbrio e correto descarte de materiais desnecessários. Em ocasiões onde há aumento ou redução alta deste são acompanhadas de patologias, falhas neste evento são relacionados com modificações da base cutânea  A necrose é um quadro patológico, oriundo de elevado impacto das membranas, com extravasamento, digestão celular e notável excreção. 

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?