terça-feira, abril 16

DOR NA ESCÁPULA: CAUSAS, SINTOMAS E TRATAMENTO

A dor na escápula pode ser causada por má postura, levantar peso de forma errada, uso excessivo da articulação, pancadas ou acidentes, podendo ocasionar lesões musculares ou fratura na escápula, por exemplo, mas também pode ser causada por problemas cardíacos, no fígado ou vesícula biliar.

Dependendo da sua causa, a dor na escápula pode estar acompanhada de outros sintomas, como dificuldade para movimentar o braço, dor que irradia para o ombro ou braço, dor no peito, coloração amarelada da pele e olhos, falta de ar ou palidez.

Na presença de dor na escápula, é importante sempre consultar o ortopedista, para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento mais adequado. No caso de problemas cardíacos deve-se procurar o pronto-socorro imediatamente.

AS PRINCIPAIS CAUSAS DA DOR NA ESCÁPULA SÃO:

1) MÁ POSTURA:

A dor na escápula pode ser causada por má postura, por ficar longos períodos sentado em frente ao computador, por usar muito celular ou tablet, o que pode gerar uma tensão na musculatura dos ombros, refletindo na escápula.

O que fazer: deve-se fazer mudanças no estilo de vida, alterando a postura ao trabalhar em frente ao computador, optando por manter as costas apoiadas na cadeira, além de reduzir o tempo de uso de celular ou tablet sempre que possível. Além disso, exercícios como alongamentos ou aqueles indicados pelo fisioterapeuta, podem ser realizados para melhorar a postura.

2 ) PANCADAS EM ACIDENTES:

A dor na escápula pode ser causada por traumas, como uma pancada forte provocada por queda, um acidente de trânsito ou uma lesão esportiva, por exemplo, podendo causar fraturas na escápula.

Além disso, pancadas ou acidentes podem causar compressão do nervo supraescapular, causando dor intensa na escápula. No entanto, essa compressão também pode estar à síndrome do manguito rotador. Entenda o que é a síndrome do manguito rotador.  

O que fazer: após um acidente ou queda que tenha gerado um trauma na região da escápula é necessário procurar atendimento de ortopedista que irá solicitar exames como raio X para verificar se tem fratura. Caso a fratura seja confirmada, o médico pode indicar o uso de remédios para aliviar a dor, fisioterapia e imobilização com tipoia e talas, e em casos mais graves, cirurgia.

1 ) LEVANTAR PESO DE FORMA ERRADA:

Levantar peso de forma errada ou carregar objetos pesados, pode provocar lesões musculares ou em ligamentos, resultando em dor na escápula. 

Esse tipo de lesão é mais comum em pessoas que praticam atividades físicas como musculação ou crossfit, ou que trabalham em profissões que exijam carregar peso como trabalhadores da construção civil, mecânicos ou enfermeiros, por exemplo.

O que fazer: aplicar uma compressa morna na região durante 15 minutos, 2 vezes por dia, ou aplicar uma pomada anti-inflamatória. Além disso, também é importante evitar levantar pesos nesse período e manter uma postura correta no dia a dia, bem como realizar alongamentos para diminuir a tensão muscular e aliviar o desconforto. 

4 ) O USO EXCESSIVO DA ARTICULAÇÃO:

O uso excessivo da articulação, também pode causar dor na escápula, e geralmente ocorre devido a esforços repetitivos, sendo mais comum de surgir em pessoas que praticam esportes como vôlei ou basquete, ou profissões como pintor ou dentista, por exemplo.

Esses movimentos repetitivos podem causar lesões musculares ou nos ligamentos, entorse ou bursite, resultando na dor na escápula.

O que fazer: deve-se evitar o uso excessivo da articulação e aplicar compressas frias na primeiras 48 horas no local para aliviar o desconforto. Caso a dor seja intensa, deve-se consultar o ortopedista para que seja avaliado o tipo de lesão e indicado o tratamento mais adequado.

5 ) PROBLEMAS NA COLUNA:      

Alguns problemas na coluna, como hérnia de disco cervical, espondilose cervical ou osteoporose, podem causar dor na escápula, além de outros sintomas como dor que irradia para os braços ou dedos, fraqueza nos braços, sensação de queimação ou dormência dos dedos das mãos, por exemplo.

O que fazer: deve-se consultar o ortopedista para identificar a condição que está causando dor na escápula, e assim ser indicado o tratamento mais adequado. 

6 ) BURSITE NO OMBRO:

A bursite é a inflamação da bursa, uma pequena bolsa cheia de líquido que serve como um amortecedor entre os ossos, tendões e músculos, podendo afetar a região do ombro, causando dor na escápula.

A bursite no ombro, geralmente, está associada a traumas ou movimentos repetitivos do ombro, como no caso de atletas ou pessoas que trabalham com pintura, carpintaria ou limpeza, por exemplo.  

O que fazer: o tratamento deve ser orientado pelo ortopedista para reduzir a inflamação da bursa, podendo ser indicado o uso de remédios anti-inflamatórios, fisioterapia, injeção de corticoide na articulação do ombro ou até cirurgia. Além disso, para complementar o tratamento médico, pode-se fazer uma compressa de gelo no local, por cerca de 20 minutos, 1 ou 2 vezes ao dia.

7 ) ESCÁPULA ALADA:

A escápula alada, também conhecida por discinesia de escápula, ocorre quando o posicionamento e o movimento da escápula acontece de forma incorreta, dando a sensação de estar fora do lugar, provocando dor e incômodo na região do ombro. 

A escápula alada pode acontecer em qualquer um dos lados do corpo, no entanto, é mais comum do lado direito e pode ser provocada por artrose, fratura de clavícula não consolidada, paralisias e alterações dos nervos do tórax e cifose.

O que fazer: o tratamento deve ser feito pelo ortopedista que pode indicar medicamentos para aliviar a dor, entretanto, na maioria dos casos, é recomendada a realização de cirurgia para reparação dos nervos da parte de trás do tórax.

8 ) FIBROMIALGIA:

A fibromialgia é uma das doenças reumatológicas mais comuns, cujo principal sintoma é a dor generalizada, em vários pontos do corpo, inclusive na escápula. 

Além disso, outros sintomas da fibromialgia são fadiga, rigidez muscular, formigamento nas mãos e também depressão e distúrbios do sono, levando a uma piora da qualidade de vida.

O que fazer: o tratamento deve ser orientado pelo reumatologista que pode indicar o uso de remédios analgésicos ou antidepressivos, fisioterapia ou exercício físico. 

9 ) SÍNDROME DA ESCÁPULA CREPITANTE:

A síndrome da escápula crepitante ocorre quando, ao mexer o braço e o ombro, se ouve um estalo na escápula, causando dor intensa. 

Esta síndrome é provocada por excesso de atividade física e traumas no ombro, sendo muito comum em adultos jovens.

O que fazer: o tratamento consiste no uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, para aliviar a dor e reduzir a inflamação, fisioterapia para fortalecimento dos músculos escapulares e cinesioterapia. 

10 ) DOENÇA DE GORHAM:

A doença de Gorham é uma alteração rara sem causa definida, que provoca perda óssea, causando dor na região escapular. 

A dor na escápula gerada por esta doença tem inicio súbito, aparece de repente, sendo que a pessoa pode ter dificuldade de movimentar o ombro. 

O que fazer: o tratamento é definido pelo ortopedista, dependendo da localização da doença e dos sintomas apresentados pela pessoa, sendo que podem ser indicados medicamentos para ajudar na reposição de osso, como os bifosfonatos, e cirurgia.

11 ) PROBLEMAS CARDÍACOS:

Alguns problemas cardíacos, como ruptura da artéria aorta ou infarto, podem causar dor intensa e repentina na região da escápula. 

Além disso, podem surgir outros sintomas como dor forte e intensa no peito, dor que irradia para o ombro ou braço, falta de ar, tontura, mal estar, náuseas, suor frio ou palidez.

O que fazer: deve-se procurar ajuda médica imediatamente ou o pronto-socorro mais próximo, pois são condições graves que podem colocar a vida em risco, se não tratadas rapidamente. 

12 ) PROBLEMAS NO FÍGADO E NA VESÍCULA BILIAR:

O surgimento de pedras na vesícula e problemas no fígado, como abscessos, hepatite e até mesmo o câncer podem levar ao aparecimento de dor na escápula, principalmente do lado direito.

Este sintoma também pode estar acompanhado de outros sinais como coloração amarelada da pele e olhos, dor nas costas, também do lado direito, enjoos, febre e diarreia.

O que fazer: deve-se consultar o clínico geral para que exames sejam feitos para confirmar se existe algum problema no fígado ou na vesícula biliar e depois disso, o médico poderá recomendar o tratamento mais adequado de acordo com a doença diagnosticada.

É importante procurar atendimento médico ou o pronto-socorro imediatamente se a dor na escápula estiver acompanhada de sintomas como, como:

Dor tipo pontada no peito;
Falta de ar;
Paralisia de um lado do corpo;
Suor excessivo;
Tosse com sangue;
Palidez;
Aumento dos batimentos cardíacos.
Além disso, outro sintoma que se deve ficar atento é o desenvolvimento de febre que, quando surge, pode indicar alguma infecção e, nestes casos, poderá ser recomendado outros exames para descobrir a causa deste sintomas. 

segunda-feira, abril 15

LEUCEMIAS: QUAIS OS TIPOS DE CÂNCERES NO SANGUE? ORIGEM E TRATAMENTO

Câncer no sangue é uma forma genérica de se referir a um grupo de doenças malignas que afetam os componentes do sangue e da medula óssea. Essas doenças são conhecidas como “cânceres hematológicos” ou “neoplasias hematológicas” e incluem leucemias, linfomas e mielomas múltiplos.

No Brasil, atualmente a leucemia é o 9º câncer mais comum entre os homens e o 11º entre as mulheres. houve 6.837 mortes por leucemias, sendo 3.692 de homens e 3.145 de mulheres. Em 2020, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima o surgimento de 10.810 novos casos, sendo dentre eles de 5.920 do sexo masculino e 4.980 do sexo feminino.

O QUE É LEUCEMIA?                    

A leucemia é um câncer que afeta os glóbulos brancos, que são as células responsáveis pela defesa do corpo contra infecções.

Na leucemia, a medula óssea produz glóbulos brancos anormais e imaturos em grande quantidade, que acabam se acumulando no sangue e atrapalhando a função normal do sistema imunológico.

O QUE É HEMITOPOIESE?

As leucemias são doenças malignas que se caracterizam pela quebra do equilíbrio da produção dos elementos do sangue, causada pela proliferação descontrolada de células. Tendo isso em vista, é fundamental conhecermos como este processo ocorre normalmente, a fim de entendermos as alterações encontradas na leucemia.

A hematopoiese é o processo pelo qual são formadas as células do sangue. Envolve todos os fenômenos relacionados a origem, multiplicação e maturação das células precursoras das células sanguíneas.

No período pós-natal, a medula óssea constitui o único local de produção da porção celular do sangue, isto é, de eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Apesar de essas três linhagens celulares serem distintas umas das outras, elas são oriundas de uma célula-mãe única, chamada célula pluripotente.

MEDULA ÓSSEA:

A medula óssea é um tecido líquido gelatinoso que preenche a cavidade interna de vários ossos e é responsável pela produção de células que compõem o sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas).

Na medula óssea, as células pluripotentes proliferam-se e podem ser estimuladas tanto a autorrenovar-se quanto a dar origem a células progenitoras diferenciadas. Essas células, que originam as distintas linhagens de células sanguíneas, são chamadas de células comprometidas. Elas possuem um maior grau de diferenciação, sendo assim unipotentes, isto é, capazes de originar apenas uma determinada linhagem sanguínea.

COMO SÃO CONSTITUÍDAS AS SÉRIES SANGUÍNEAS?

AS SÉRIES SANGUÍNEAS SÃO CONSTITUÍDAS PELOS:

Eritrócitos: também chamados de hemácias ou células vermelhas
Células granulocíticas
Monócitos
Linfócitos
Plasmócitos
Plaquetas (ou trombócitos).
Os glóbulos vermelhos são basicamente responsáveis pelo transporte de oxigênio. Os glóbulos brancos possuem função de defesa do organismo. Por fim, as plaquetas são responsáveis pela coagulação sanguínea, evitando hemorragias.

PROCESSO DE HEMATOPOIESE NA MEDULA ÓSSEA:

É importante estar atento ao fato de que os granulócitos, os monócitos, os linfócitos e os plasmócitos recebem a denominação geral de leucócitos, os glóbulos brancos do sangue. Além disso, vale lembrar que as células granulocíticas, ou granulócitos, incluem os mastócitos, neutrófilos, basófilos e eosinófilos.

ETIOLOGIA DAS LEUCEMIAS:

As leucemias, geralmente, são de origem desconhecida. Sua principal característica é o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

Nessa condição, uma célula que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa ou leucêmica, como pode ser chamada. Essa célula anormal, além de não funcionar de maneira adequada, multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células normais, fazendo com que as células saudáveis da medula sejam progressivamente substituídas.

Dessa forma, além de perderem a função de defesa do organismo, os leucócitos doentes produzidos descontroladamente reduzem o espaço na medula óssea para a fabricação das outras células que compõem o sangue. Adicionalmente, os glóbulos brancos não se desenvolvem por completo e caem na corrente sanguínea antes de estarem preparados, não exercendo assim as suas funções corretamente.

Esses leucócitos anormais que atingem a corrente sanguínea podem também invadir outros órgãos, tais como:

Fígado;
Baço;
Linfonodos;
Rins;
Cérebro.

Resumidamente, nas leucemias há uma produção inadequada das células de defesa, o que predispõe o organismo a infecções. Em adição, o acúmulo de células anormais na medula óssea prejudica a produção de outros tipos celulares, predispondo o indivíduo a anemia e hemorragias, entre outros sintomas.

O sangue normal contém células vermelhas, células brancas e plaquetas. Na leucemia, há produção exagerada de leucócitos danificados, diminuindo assim a produção de hemácias e plaquetas. Essa proporção pode ser observada no sangue dos pacientes. 

DIAGNÓSTICO DA LEUCEMIA:

O diagnóstico da leucemia envolve uma série de etapas para identificar a presença da doença, determinar o tipo específico de leucemia e avaliar o estágio da doença.

Anamnese e exame físico
O médico realizará uma entrevista detalhada com o paciente para coletar informações sobre os sintomas, histórico médico, histórico familiar e outros aspectos relevantes para o diagnóstico.

Em seguida, um exame físico será realizado para verificar a presença de sinais físicos da leucemia, como aumento dos gânglios linfáticos, baço ou fígado.

EXAME DE SANGUE:

A análise de amostras de sangue é um passo importante no diagnóstico da leucemia. Os exames de sangue podem revelar a presença de células leucêmicas anormais, bem como fornecer informações sobre a contagem de:

Glóbulos brancos
Glóbulos vermelhos
Plaquetas no sangue
Exame de medula óssea (mielograma)
Para confirmar o diagnóstico de leucemia e determinar o tipo específico, é necessário realizar uma biópsia da medula óssea.

Nesse procedimento, uma pequena amostra de medula óssea é coletada, geralmente da parte posterior do quadril, e examinada sob um microscópio para detectar a presença de células leucêmicas.

Citogenética e biologia molecular
Análises adicionais podem ser realizadas para avaliar as características genéticas das células leucêmicas. A citogenética estuda os cromossomos para identificar anomalias genéticas específicas que podem estar relacionadas à leucemia.

A biologia molecular analisa os genes e moléculas presentes nas células leucêmicas para obter informações adicionais sobre a doença.

IMUNOFENOTIPAGEM:

Esse teste utiliza marcadores específicos para determinar o tipo de células leucêmicas presentes na medula óssea e no sangue.

Essa informação é útil para classificar a leucemia em subtipos específicos, como leucemia linfocítica aguda (LLA) ou leucemia mieloide aguda (LMA).

COMO É FEITO A CLASSIFICAÇÃO DAS LEUCEMIAS:

As leucemias são classificadas de acordo com o tipo de leucócitos que afetam. Baseando-se neste critério, temos dois grandes grupos de leucemias, separados segundo a linhagem de células brancas acometida.

Uma leucemia é chamada linfocítica, linfoblástica ou linfoide quando atinge as células linfoides, isto é, aquelas derivadas do precursor linfoide (células NK, linfócitos T, linfócitos B e plasmócitos). Quando uma leucemia é classificada como mieloide ou mioloblástica, significa que as células alteradas são as mieloides, derivadas do precursor mieloide (mastócitos, basófilos, neutrófilos, eosinófilos e monócitos).

Em pacientes com leucemia, o crescimento celular ocorre descontroladamente e há um rápido aumento de leucócitos anormais.

Leucemias agudas e crônicas
As leucemias podem também se apresentar de duas outras maneiras distintas, diferindo agora em relação não mais ao tipo celular acometido, mas sim quanto a velocidade de reprodução celular e da evolução da doença.

Nas leucemias agudas observamos o rápido crescimento de células imaturas, que não desempenham seu papel como deveriam e que se multiplicam aceleradamente. Nas leucemias crônicas há um aumento de células maduras, porém anormais. Elas se reproduzem de forma um pouco mais lenta e podem ter mantidas algumas de suas funções.

Existem mais de 12 tipos de leucemias, mas que podem ser agrupados em quatro grupos primários, conforme a classificação discutida:

Leucemia mieloide aguda (LMA)
Mieloide crônica (LMC)
Leucemia linfocítica aguda (LLA)
Leucemia linfocítica crônica (CLL).

LMA – Leucemia mieloide aguda
A LMA é um tipo de câncer que afeta as células mieloides imaturas na medula óssea, resultando em uma produção excessiva de glóbulos brancos imaturos e anormais.

Essas células cancerígenas, também conhecidas como blastos, substituem as células sanguíneas normais, incluindo glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.

FISIOPATOLOGIA DA LMA:

A LMA ocorre devido a mutações genéticas nas células mieloides, que fazem com que elas se multipliquem descontroladamente. Com o acúmulo de células cancerígenas imaturas na medula óssea, a produção de células sanguíneas normais é prejudicada, resultando em uma quantidade insuficiente de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas circulando no sangue.

Esse desequilíbrio afeta a capacidade do organismo de combater infecções, coagular o sangue e transportar oxigênio adequadamente.

Manifestações clínicas
Os sintomas da LMA podem variar, mas geralmente incluem:

FADIGA E FRAGUESA:

Palidez e dificuldade para respirar
Infecções frequentes devido à supressão do sistema imunológico
Sangramentos inexplicados, como gengivas sangrando ou hematomas
Aumento de gânglios linfáticos ou do baço
Dores ósseas ou articulares
Perda de peso não intencional
Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
A leucemia mieloide crônica é uma doença clonal da célula progenitora hematopoiética.

Nessa doença, há a multiplicação excessiva de células precursoras da linhagem mieloide sanguínea, sendo que a transformação maligna ocorre nas células mais maduras.

O CROMOSSOMO PH:

Diferentemente dos outros tipos de leucemias, em que a etiologia costuma ser desconhecida, nos pacientes com LMC é possível identificar a presença de uma mutação genética bem definida, conhecida como cromossomo Philadelphia (Ph). Trata-se de uma translocação entre os cromossomos 9 e 22, nas localizações q34 e p11, representada por t(9;22) (q34; p11).

Essa fusão de genes dá origem a um gene híbrido, chamado BCR-ABL, que irá definir a transcrição de uma proteína com alta atividade de tirosina quinase. Essa atividade enzimática está envolvida com a regulação da proliferação celular. Dessa forma, quando há essa mutação genética, observamos a alteração nessa regulação, fazendo com que as células se proliferem desgovernadamente.

A translocação cromossômica e oncogenes associados na leucemia mieloide crônica. Bases Patológicas das Doenças, 8. ed.
Epidemiologia
A ocorrência de LMC corresponde a 14% da ocorrência de todas as leucemias. No Brasil, observa-se a incidência de 1,6 casos a cada 100 mil habitantes por ano.

É uma doença que costuma acometer adultos mais velhos, por volta dos 50 ou 60 anos, sendo apenas 4% dos pacientes crianças. É observada uma discreta predominância de casos no sexo masculino.

O único fator de risco bem conhecido para o aparecimento da mutação –cromossomo Ph –, e portanto, da doença, é a exposição a radiação ionizante (raios X e gama). Normalmente, ela é proveniente de procedimentos médicos e o risco oferecido depende da dose, da exposição e da idade do paciente.

QUADRO CLÍNICO:

O quadro clínico da LMC é caracterizado por uma hiperplasia mieloide acompanhada de leucocitose, neutrofilia e basofilia. É muito comum também a presença de esplenomegalia, observada em mais de 80% dos casos.

A história natural da doença é dividida em três fases: fase crônica, fase acelerada e crise blástica. A fase crônica costuma ser pouco sintomática e geralmente tem duração de 3 a 5 anos. Na fase acelerada, há o aparecimento de mais sintomas e observa-se a duração de alguns meses.

Por fim, na crise blástica a doença passa a se comportar como uma leucemia aguda, porém com quadro clínico mais grave do que o observado quando a doença já tem início agudamente, como é o caso da LMA. Essa fase é considerada fatal e, algumas vezes, pode ser alcançada sem que o paciente passe pela fase acelerada.

Na fase crônica, o paciente pode estar assintomático ou apresentar poucos sintomas. Quando os sintomas se manifestam, eles costumam aparecer sob a forma de:

Fadiga
Perda de peso
Sudorese
Febre
Palidez, devido a anemia associada
Além disso, a maioria dos pacientes apresenta esplenomegalia importante. A intensidade dos sintomas está relacionada ao grau de leucocitose no sangue periférico, observado no hemograma, e com a presença de organomegalias.

Leucemia linfocítica aguda (LLA)
A Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) é um tipo de câncer que afeta as células linfoides imaturas na medula óssea, resultando em uma produção excessiva de linfócitos imaturos e anormais. Essas células cancerígenas, também conhecidas como blastos linfoides, substituem as células sanguíneas normais na medula óssea, prejudicando a produção adequada de glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.

A LLA é mais comum em crianças, mas também pode afetar adultos. Existem dois principais subtipos de LLA com base no tipo de linfócitos afetados:

LLA de linfócitos B (LLA-B)
LLA de linfócitos T (LLA-T)
A LLA-B é mais comum em crianças, enquanto a LLA-T é mais comum em adolescentes e adultos jovens.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICA:

Sintomas: Os sintomas da LLA podem variar dependendo do estágio da doença, mas geralmente incluem:

Fadiga e fraqueza
Palidez e dificuldade para respirar
Infecções frequentes devido à redução das células normais do sistema imunológico
Sangramento excessivo ou hematomas
Aumento dos gânglios linfáticos ou do baço
Dor óssea ou articular
Perda de peso não intencional
Inchaço abdominal (principalmente em crianças)
Leucemia linfocítica crônica (CLL)
A Leucemia Linfocítica Crônica (CLL) é um tipo de câncer do sangue e da medula óssea que afeta os linfócitos, um tipo de glóbulos brancos. Ao contrário da Leucemia Linfocítica Aguda (LLA), a CLL é uma doença crônica de progressão lenta, onde as células leucêmicas se acumulam gradualmente na medula óssea e no sangue ao longo do tempo.

A CLL é mais comum em adultos mais velhos, geralmente acima de 60 anos, e a causa exata ainda não é completamente compreendida. Algumas pesquisas indicam que mutações genéticas podem estar envolvidas no desenvolvimento da CLL, mas a influência de outros fatores ambientais e de estilo de vida ainda é objeto de estudo.

COMO É FEITO O TRATAMENTO DA LEUCEMIA:

O tratamento da leucemia pode variar significativamente com base no tipo específico da doença, estágio, idade do paciente, condição geral de saúde e outras características individuais. Geralmente, o tratamento da leucemia envolve uma abordagem multidisciplinar, combinando diferentes modalidades terapêuticas. As principais opções de tratamento incluem:

Quimioterapia
Radioterapia
Imunoterapia

Transplante de células-tronco: o transplante de células-tronco é uma opção de tratamento que pode ser considerada em alguns casos de leucemia em que a quimioterapia ou outros tratamentos não são suficientes. Nesse procedimento, células-tronco saudáveis são coletadas do paciente ou de um doador compatível e são então infundidas no paciente após a destruição das células cancerígenas por altas doses de quimioterapia ou radioterapia.

domingo, abril 14

HIPERMINÉSIA: CAUSAS E SINTOMAS

 
A hipermnésia é uma condição rara caracterizada por uma memória extremamente vívida e detalhada, muitas vezes descrita como quase ilimitada. Pessoas com hipermnésia têm a capacidade de lembrar-se de eventos passados com grande precisão, mesmo de detalhes aparentemente insignificantes. As causas exatas da hipermnésia ainda não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que possa estar relacionada a diferenças na estrutura do cérebro ou em processos neuroquímicos. Os sintomas incluem uma capacidade excepcional de recordação, que pode ser acompanhada por ansiedade, estresse e dificuldades de concentração. Embora a hipermnésia possa ser uma habilidade impressionante, pode também ser uma fonte de desconforto para aqueles que a experimentam.

QUAIS SÃO AS CAUSAS DA HIPERTIMESIA?

A hipertimesia, também conhecida como memória quase ilimitada, é um fenômeno raro em que uma pessoa consegue lembrar-se de praticamente todos os eventos de sua vida. Mas afinal, quais são as causas desse distúrbio de memória extraordinário?

Embora ainda não exista uma explicação definitiva para a hipermnésia, os especialistas acreditam que ela possa estar relacionada a diferenças na estrutura do cérebro. Estudos apontam para uma maior atividade em áreas específicas do cérebro responsáveis pela memória, como o hipocampo e o córtex pré-frontal.

Além disso, fatores genéticos também podem desempenhar um papel importante na hipertimesia. Algumas pessoas podem ter uma predisposição genética que as torna mais propensas a desenvolver esse tipo de memória excepcional.

Outras teorias sugerem que traumas emocionais ou eventos impactantes podem desencadear a hipermnésia em algumas pessoas, levando-as a armazenar uma quantidade incomum de informações em suas mentes.

Embora as causas exatas da hipertimesia ainda não sejam totalmente compreendidas, é importante destacar que esse distúrbio de memória pode causar impactos significativos na vida da pessoa afetada. Alguns sintomas comuns incluem dificuldade em se concentrar no presente, ansiedade e estresse relacionados à sobrecarga de informações.

A compreensão dessas causas pode ajudar no desenvolvimento de estratégias de manejo e tratamento para as pessoas que sofrem desse distúrbio de memória extraordinário.

Descubra se você tem hipertimesia através de sintomas e características específicas.
A hipermnésia, também conhecida como memória quase ilimitada, é um fenômeno raro em que uma pessoa possui uma capacidade extraordinária de lembrar detalhes minuciosos do seu passado. Se você acha que pode ter hipertimesia, fique atento aos sintomas e características específicas.

Algumas das principais características da hipertimesia incluem a capacidade de lembrar com precisão eventos do passado, mesmo aqueles ocorridos há muitos anos, a capacidade de recordar detalhes específicos, como datas, horários e até mesmo conversas exatas, e a incapacidade de esquecer certas memórias, por mais insignificantes que pareçam.

Além disso, pessoas com hipertimesia costumam apresentar uma memória autobiográfica extremamente detalhada, sendo capazes de relembrar eventos da sua vida com uma riqueza de detalhes impressionante. Outro sintoma comum é a sensação de reviver intensamente as memórias, como se estivessem acontecendo novamente.

Se você se identificou com essas características e sintomas, é importante procurar a orientação de um profissional de saúde mental para um diagnóstico adequado. A hipertimesia pode ser um fardo emocional, já que a sobrecarga de memórias pode causar ansiedade e estresse. No entanto, com o acompanhamento adequado, é possível aprender a lidar com essa condição e viver de forma saudável.

QUEM POSSUI MEMÓRIA EXCEPCIONAL CAPAZ DE LEMBRAR DE TUDO COM FACILIDADE?

A hipermnésia é uma condição rara que afeta a memória de algumas pessoas, permitindo que elas se lembrem de praticamente tudo com facilidade. Essas pessoas possuem uma capacidade extraordinária de reter informações e recordar detalhes de eventos passados.
                             
Os 7 tipos de enxaqueca (características e causas)
Quem sofre de hipermnésia pode lembrar-se de conversas específicas, datas exatas e até mesmo pequenos detalhes que a maioria das pessoas esqueceria facilmente. Essa habilidade de recordar com tanta precisão pode ser tanto uma bênção quanto uma maldição, dependendo do contexto.

As causas da hipermnésia ainda não são completamente compreendidas pela ciência, mas acredita-se que esteja relacionada a diferenças na estrutura do cérebro ou em seu funcionamento. Alguns estudos sugerem que a hipermnésia pode estar ligada a distúrbios neurológicos ou psicológicos, mas mais pesquisas são necessárias para confirmar essas hipóteses.

Os sintomas da hipermnésia incluem uma capacidade excepcional de lembrar de eventos passados, uma memória detalhada e precisa, e uma dificuldade em esquecer informações. No entanto, é importante ressaltar que nem todas as pessoas com uma memória excepcional possuem hipermnésia.

Aqueles que possuem essa habilidade extraordinária podem lembrar-se de tudo com facilidade, mas também podem enfrentar desafios únicos em sua vida cotidiana.

O motivo pelo qual minha memória do passado está em branco.
Se você está se perguntando por que sua memória do passado está em branco, pode ser devido a um fenômeno conhecido como hipermnésia. A hipermnésia é um distúrbio raro que se caracteriza pela memória quase ilimitada, onde a pessoa consegue lembrar-se de detalhes minuciosos de eventos passados.

As causas da hipermnésia ainda não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que possa estar relacionada a alterações no funcionamento do cérebro, como um aumento na atividade das áreas responsáveis pela memória. Essas mudanças podem levar a uma hiperatividade cerebral que resulta em uma capacidade de recordação muito acima da média.

Os sintomas da hipermnésia incluem a capacidade de lembrar-se de eventos passados com extrema precisão, mesmo aqueles ocorridos há muitos anos. Por outro lado, a pessoa pode apresentar dificuldades em esquecer informações irrelevantes ou traumáticas, o que pode causar distress emocional.

Portanto, se sua memória do passado está em branco, pode ser que você não esteja sofrendo de hipermnésia, mas sim de um bloqueio temporário ou de um processo de repressão inconsciente. É importante buscar a ajuda de um profissional de saúde mental para investigar as causas desse sintoma e receber o tratamento adequado.

Ser capaz de lembrar as coisas que vivemos é algo que a maioria das pessoas valoriza como algo positivo , o que nos permite aprender e valorizar o que vivemos. Com o tempo, tendemos a esquecer a maioria das informações que recebemos, o que é adaptável porque nos permite abrir espaço em nossa consciência para a chegada de novas informações.

Muitas pessoas gostariam de manter em sua memória uma maior quantidade de informações mais tempo, fazer as suas memórias nunca desaparecem. No entanto, isso não acontece nos casos de hipermnésia, em que todos os tipos de lembranças permanecem vivas e frescas permanentemente na memória .

HIPERMNESIA:                      

quando nos lembramos de tudo
A maioria das pessoas consegue se lembrar dos momentos específicos que o marcaram profundamente. O primeiro beijo, a última vez que vimos um ente querido antes de morrer … As emoções que esses eventos nos causam fazem com que alguns detalhes permaneçam conosco para sempre. No entanto, mesmo nesses tipos de lembranças, geralmente guardamos apenas pequenos pedaços, esquecendo uma grande quantidade de detalhes que consideramos de pouca importância.

Pessoas que sofrem de hipermnésia, também chamadas de hipertireia, têm capacidade de memória e evocação muito acima da média , podendo lembrar com grande precisão e detalhar uma grande quantidade de material. Essa capacidade permite que eles sejam capazes de codificar, armazenar e recuperar novos conteúdos muito rapidamente, para usá-los no momento em que são necessários. É uma capacidade tremendamente útil que nada tem a ver com o nível de inteligência da pessoa que o possui e que por si só não é patológica.

A capacidade de memória desses sujeitos está principalmente sujeita a um tipo específico de memória: memória autobiográfica. Pessoas com hipermnésia são capazes de lembrar quase todos os detalhes dos fatos que viveram. No entanto, como regra geral, eles não são mais capazes de outros tipos de memória, a menos que sejam capazes de vincular os estímulos às memórias pessoais.

PROBLEMA NESTE DISTÚRBIO DE MEMÓRIA:

No entanto, em algumas ocasiões, a memória não se concentra apenas nos aspectos que o indivíduo deseja lembrar, mas pode ter sérias dificuldades de abstração e seleção do material lembrado, assumindo um desconforto significativo para o sujeito que diminui sua funcionalidade e pode causar ansiedade e sérias alterações de humor. Nestes casos, poderia ser considerada uma patologia, chamada síndrome hipermnésica.

Em muitos casos, hipermnésia ou hipertimia aparece em pessoas com características obsessivas , sendo este um dos fatores que contribui para a capacidade de retenção ou um efeito indireto dessa capacidade.

Embora existam muito poucas pessoas que sofrem dessa síndrome estranha, vários casos foram documentados no passado e nos últimos tempos, quando alguns indivíduos indicam que são capazes de se lembrar de todos os detalhes do que viveram desde a infância ou adolescência 

Algumas diferenças no nível neuroanatômico
Os poucos casos de indivíduos com hipermnésia estudados demonstraram ter algumas peculiaridades em algumas áreas e elementos cerebrais.

Foi detectado que nessas pessoas as partes frontal e temporal do cérebro têm uma conexão mais forte, com maior densidade de substância branca, do que na maioria da população. Aparentemente, existem alterações nas voltas temporais inferior e medial do lobo temporal, uma área na qual está localizado o fascículo não uniforme que tem um papel importante na memória autobiográfica. Em pessoas com hipermnésia, esse fascículo é amplamente desenvolvido .

Da mesma forma, um tamanho maior da amígdala e suas conexões com o hipocampo foram detectados em alguns casos em comparação com indivíduos sem hipermnésia. Esse fato sustenta a crença de que o aumento do nível de memória está ligado à conexão entre estímulos e emoções.

FENÔMENO HIPERGÊNICOS:

A hipermnésia é um fenômeno incomum, com muito poucos casos registrados . No entanto, há um grande número de fenômenos relacionados a esse tipo de problema que aparecem em tempo hábil em alguns sujeitos.

Em alguns casos, grandes momentos que nos marcaram podem aparecer como lembranças agudas na forma de um flash, especialmente quando nos referimos a momentos importantes nos quais nos lembramos claramente do que estávamos fazendo quando esse caso ocorreu.

Também existem fenômenos semelhantes à hipermnésia em alguns distúrbios, como psicóticos ou maníacos , especialmente quando essas memórias são usadas para um propósito específico, como justificar comportamentos anômalos.

Também é possível que um evento que nos causou uma profunda alteração emocional, geralmente eventos vividos na infância ou alguns eventos traumáticos , seja lembrado de maneira particularmente vívida, confundindo-se mesmo entre o passado e o presente e considerando que a memória é a experiência atual Este fenômeno é conhecido como ecmnesia.

BENEFÍCIO OU TORTURA?

Como dissemos antes, para muitas pessoas lembrar de todos os fatos de sua vida ou simplesmente reter na memória uma quantidade muito maior de informações é algo positivo. A lembrança rápida de informações pode facilitar o aprendizado de várias disciplinas e habilidades , nos dá uma boa capacidade de lembrar as coisas importantes para nós e nossos entes queridos e pode até abrir as portas para empregos ou outras oportunidades.

características e técnicas
No entanto, enquanto algumas pessoas com hipermnésia têm uma vida relativamente normal, para outras, sua condição pode ser extremamente dolorosa e incapacitante. E, em alguns casos, o que poderia ter sido um presente se tornou uma maldição que lhes causou sérias dificuldades em todas as áreas da vida.

Nesse sentido, não poder esquecer significa que toda vez que precisamos realizar uma ação concreta, precisamos parar por um longo tempo para organizar nosso conteúdo mental, resultando em um alto nível de propensão a distrair-nos e uma diminuição na produtividade de nossas ações.

Pode dificultar o discernimento entre o necessário e o circunstancial, dando grande importância a elementos que realmente não precisam ser necessários. Também pode gerar um alto nível de indecisão naqueles que sofrem com isso.

MEMÓRIAS EMOCIONALMENTE DOLOROSA:

Da mesma forma, ser capaz de lembrar com grande clareza significa que os eventos dolorosos que ocorreram ao longo de nossas vidas não podem ser superados rapidamente, enquanto permanecem sentimentos como culpa e humilhação na própria psique e tornando os processos de luto um desafio muito maior do que o habitual.

DIMINUIR A ATENÇÃO E A CAPACIDADE DE APRENDIZADO:

A aquisição de novos conhecimentos também é complicada, pois o nível de atenção diminui com a aplicação de recursos mentais para tentar filtrar e usar as memórias necessárias e não outras.

Da mesma forma, o passo entre o aprendizado e a automação de tarefas é difícil , pois não apenas o procedimento básico é lembrado, mas também todo o conjunto de detalhes associados e, portanto, é mais difícil abstrair o necessário do acessório.

Além disso, em alguns casos, a vivacidade da memória pode causar uma confusão entre passado e presente, e pode levar a ilusões ecnesianas nas quais se acredita que o que é realmente uma memória está sendo vivido.

É REALMENTE MEMÓRIA INFINITA:

Lembre-se de que a hipermnésia, embora seja um fenômeno muito marcante, ainda está confinada ao escopo dos processos mentais (cognitivo, especificamente) e, portanto, depende do funcionamento do cérebro. Isso ocorre porque manter o oposto significaria defender o dualismo na psicologia , a crença de que há algo incorpóreo separado do mundo material que, ao mesmo tempo, repercute no último. Ou seja, um ponto de vista não científico.

Por outro lado, em muitos casos de pessoas com hipermnésia, isso acompanha o cérebro anormal.Kim Peek, por exemplo, além de poder memorizar livros inteiros, não tinha um corpo caloso que unisse os dois hemisférios cerebrais. Seria muita coincidência que esses dois fatos não tivessem nada a ver. Obviamente, existem habilidades mentais extraordinárias porque por trás delas existe um sistema nervoso extraordinário .

Isso significa que a hipermnésia tem um limite pelo simples fato de surgir de algo que também é limitado: o cérebro, por sua natureza material.

sábado, abril 13

GLÂNDULAS SUPRARRENAIS: ANATOMIA, FUNCIONAMENTO E TRATAMENTO:

As Glândulas Suprarrenais desempenham papel na regulação da resposta adaptativa do organismo ao estresse, na manutenção do equilíbrio da água corporal, do sódio e do potássio, bem como no controle da pressão arterial.

Os principais hormônios produzidos pelas Glândulas Suprarrenais nos seres humanos pertencem a duas famílias diferentes, com base em sua estrutura:

  • Hormônios esteroides: Glicocorticoides, mineralocorticoides e androgênios
  • Catecolaminas: Noradrenalina e adrenalina

ANATOMIA E ZONALIDADES FUNCIONAIS DAS  GLÂNDULAS SUPRARRENAIS:

Elas estão localizadas acima dos rins, são pequenas, pesando cerca de 6 a 11g, cada, e são constituídas pelo córtex e medula, tendo, cada um deles, uma origem embrionária distinta.

Córtex externo: Deriva do tecido mesodérmico.

Medula interna: Origina-se de uma subpopulação de células da crista neural.

O suprimento sanguíneo para essas glândulas é próprio e provém das artérias suprarrenais superior, média e inferior. 

Ramos dessas artérias formam uma rede capilar organizada, de modo a propiciar o fluxo de sangue do córtex externo para a área central, com um sistema de sinusoides. 

A drenagem venosa envolve uma única veia renal de cada lado: a veia direita drena na veia cava inferior, enquanto a veia esquerda drena na veia renal esquerda.

Quando essas estruturas são acometidas por necrose, geralmente ocorre a necrose de liquefação por enzimas lisossômicas.

HORMÔNIOS DO CÓRTEX SUPRARRENAL:

O córtex suprarrenal consiste em três zonas:

ZONA GLOMERULOSA:

A Zona glomerulosa contém um retículo endoplasmático liso em quantidade abundante e constitui a única fonte do mineralocorticoide aldosterona.

ZONA FASCICULADA:

A zona fasciculada: possui quantidades abundantes de gotículas lipídicas e produzem os glicocorticoides, cortisol e corticosterona, bem como os androgênios, DHEA (desidroepiandrosterona) e sulfato de DHEA.

ZONA RETICULAR:

A zona reticular desenvolve-se na vida pós-natal e também produz glicocorticoides e androgênios.

As três classes de hormônios produzidos pelo córtex são os glicocorticoides como o cortisol, os mineralocorticoides como a aldosterona e os precursores androgênios suprarrenal como o DHEA.

Os glicocorticoides e os mineralocorticoides atuam em receptores nucleares específicos que regulam uma série de aspectos relacionados a resposta fisiológica ao estresse, a pressão e homeostase de eletrólitos.

Os precursores androgênios são convertidos nas gônadas e nas células alvo-periféricos em esteroides sexuais que atuam via receptores nucleares de androgênios e estrogênios.

GLÂNDULAS SUPRARRENAIS: QUÍMICA E BIOSINTESE:

Os hormônios esteroides compartilham uma etapa inicial, a conversão do colesterol em pregnenolona pela enzima P450scc. Essa etapa é conhecida como etapa limitadora de velocidade e necessita da proteína reguladora de esteroides: A StAR.

GLICOCORTICOIDES:

SÍNTESE E LIBERAÇÃO:

A liberação é estimulada diretamente pelo hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), liberado na hipófise. O ACTH é sintetizado na forma de um grande precursor, a pró-opiomelanocortina (POMC).

A estimulação da liberação do cortisol ocorre 15 minutos após o surto de ACTH. A liberação do cortisol é maior durante as primeiras horas de vigília, e os níveis declinem à medida que o dia prossegue. Por sua liberação pulsátil, os níveis variam durante o dia.

A produção dos glicorcorticoides e dos androgênios suprarrenais ocorre pelo controle do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal (HHSR) e sua síntese é resultado do controle inibitório por retroalimentação do hipotálamo e da hipófise.

MINERALOCORTICOIDES:

A produção dos mineralocorticoides são regulados pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAA). A causa mais comum de excesso de mineralocorticoides é o hiperaldosteronismo primário, que é a produção excessiva de aldosterona na zona glomerulosa.

O rastreio diagnóstico para essa condição é recomendado para pacientes com hipertensão associada a resistência a fármacos, hipopotassemia, massa suprarrenal ou início da doença antes dos 40 anos.

DISTÚRBIOS DO CÓRTEX SUPRARRENAL:

Os distúrbios dessa região são caracterizados pela deficiência ou pelo excesso de corticoesteroides, podendo ser apenas de um ou mais desses.

A deficiência hormonal pode ter como causa distúrbios da glândula ou de enzimas – ambos hereditários – ou pela destruição hipofisária ou da glândula suprarrenal por doenças autoimunes, infecções, infartos ou iatrogenia.

A avaliação da deficiência é realizada pela estimulação da produção de cortisol pelo ACTH. O teste padronizado envolve a administração de ACTH 0,25mg por via intramuscular ou intravenosa.

Após a administração do ACTH 1-24, são coletadas a amostra sanguínea em 3 tempos (0, 30 e 60 minutos). A resposta normal é definida por nível de cortisol em valor superior a 20 μg/dL após estimulação.

Já o excesso de hormônio tende a ocorrer no contexto de neoplasia e pode ter como efeito secundário uma das duas das situações abaixo:

  1. Produção aumentada de ACTH pela hipófise ou por células neuroendócrinas;
  2. Produção aumentada de glicocorticoides, mineralocorticoides ou precursores androgênicos por nódulos suprarrenais.

O excesso de mineralocorticoides pode ser avaliado pelo teste de renina plasmática.

SÍNDROME DE CUSHING:

A hiperfunção das glândulas suprarrenais origina a Síndrome de Cushing (SC), uma síndrome muito importante devido a múltiplas manifestações clínicas.

A exposição crônica a um excesso de glicocorticoides é o que origina a SC, independe de qualquer etiologia dessa exposição. Esse é um distúrbio que pode ser dependente de ACTH ou independente ou iatrogênico.

Quando nos referíamos à doença de Cushing, o entendimento é de que existe um adenoma de corticotrofos hipofisários, mas a síndrome é mais comum e está geralmente mais associada a administração de glicocorticoides para o tratamento de inflamações.

SINAIS E SINTOMAS DE SÍNDROME DE CUSHING:

Os sinais e sintomas da SC estão associados a ação que os glicocorticoides possuem em quase todas as células do corpo, nesse contexto em ampla quantidade. Esses efeitos incluem suprarregulação:

  • gliconeogênese
  • lipólise
  • catabolismo das proteínas

Dessa forma, compreende-se que os sintomas e sinais costumam a ser o aumento do peso, obesidade central, pletora facial, hirsutismo, osteopenia, osteoporose, hipertensão, edema, miopatia proximais, amenorreia, maior suscetibilidade a infecções, entre outros.

O excesso de glicocorticoides é detectado pelo teste de supressão da dexametasona, que é muito útil para estabelecer o diagnóstico da Síndrome de Cushing.

Pacientes com SC tem risco de eventos trombóticos devido ao estado de hipercoagulabilidade associado à SC, podendo ocorrer trombose venosa profunda e embolia pulmonar. 

Manifestações psiquiátricas como depressão ou ansiedade também podem estar presentes.

PROGNÓSTICO E TRATAMENTO:

O prognóstico desses pacientes tende a ser ruim se a SC não for tratada adequadamente. O tratamento pode incluir a terapia para controle imediato do excesso de cortisol.

Os medicamentos via oral mais eficazes no tratamento da SC são a metirapona e o cetoconazol, o primeiro atuando na inibição da síntese de cortisol e o segundo na inibição das etapas iniciais da esteroidogênese.

CATECOLAMINAS:

As catecolaminas são sintetizadas a partir da tirosina e atuam como resposta à estimulação nervosa simpática na região da medula da glândula suprarrenal.

Elas são liberadas geralmente em contexto de estresse à agressões de ordem física ou psicológica com o propósito de manter a atenção e o estado de alerta. Por conta disso, os efeitos das catecolaminas no corpo provocam:

  • Sudorese
  • Broncodilatação
  • Taquicardia
  • Piloereção (arrepios)
  • Midríase
  • Constrição de esfíncteres, principalmente no trato gastrointestinal
  • Entre outros.            

quinta-feira, abril 11

PEPSINA: QUAL SUA PRINCIPAL FUNÇÃO DURANTE A DIGESTÃO?

A pepsina é a principal enzima produzida pelo estômago, a sua função é a digestão de proteínas.

A pepsina é inicialmente liberada em uma forma inativa, o pepsinogênio. Apenas quando entra em contato com o ácido clorídrico (HCl) transforma-se na forma ativa, a pepsina. A pepsina atua apenas em meio ácido.

A pepsina foi descoberta em 1835 e seu nome deriva do grego "pepsis" que significa digestão.


A AÇÃO DA PEPISINA DURANTE A DIGESTÃO:

A pepsina atua durante a digestão química dos alimentos. Nesta etapa, os alimentos são quebrados em partes menores devido à ação de várias enzimas presentes no suco digestivo.

A pepsina é produzida pelas paredes do estômago. A sua ação é controlada pela gastrina, um hormônio que também é produzido pelo estômago.

No momento em que as proteínas do alimento entram em contato com as paredes do estômago, a gastrina estimula a produção de ácido clorídrico, aumentando a acidez do órgão para um pH=2.

O baixo pH interrompe a digestão dos carboidratos por inativar a enzima amilase salivar e desnatura as proteínas, expondo as suas ligações peptídicas. Assim, essa acidez cria o ambiente favorável para a atuação da pepsina.

A pepsina catalisa a quebra das ligações peptídicas e transforma as moléculas grandes de proteínas em pequenas cadeias peptídicas.

O alimento pode passar até 4 horas no estômago sob a ação da pepsina e de outras enzimas (amilase e lipase). Ao final, o bolo alimentar transforma-se em quimo e segue para o intestino delgado.

terça-feira, abril 9

LINFADENOPATIA O QUE É? QUAIS SÃO AS CAUSAS? QUAIS SÃO AS ABORDAGENS?

Linfadenopatia, a qual comumente é chamada de adenopatia ou linfadenomegalia, é definida como linfonodos apresentando tamanho > 1 cm, consistência ou número anormais. A extensão da linfadenopatia é definida como localizada quando envolve apenas uma região e generalizada quando envolve mais de uma região. 

Diante de linfadenopatia, deve-se avaliar tamanho, local, consistência e número de linfonodos aumentados, assim como idade do paciente, duração da linfadenopatia, exposições e sintomas associados. 

ETIOLOGIAS:

Câncer.
Hipersensibilidade.
Infecções. 
Doença vascular do colágeno.
Distúrbios linfoproliferativos atípicos.
Doença granulomatosa.
Outras causas. 
Câncer
No paciente com linfadenopatia, câncer é mais frequente se idade > 40 anos. Geralmente, as neoplasias hematológicas manifestam-se com sintomas constitucionais (febre, sudorese noturno, perda de peso não intencional (> 10% nos últimos 6 meses). 

Os linfonodos supraclaviculares têm maior probabilidade de estarem associados a câncer que os linfonodos aumentados em outros sítios.

SÍNDROME DE HIPERSENSIBILIDADE:

Linfadenopatia reativa pode ocorrer pelas seguintes síndromes de hipersensibilidade: doença do soro, sensibilidade a medicamentos, relacionada à vacinação, doença do enxerto contra hospedeiro. 

Os medicamentos que causam linfadenopatia são alopurinol, atenolol, captopril, carbamazepina, hidralazina, penicilinas, fenitoína, quinidina, SMX-TMP, terbinafina. 

INFECÇÃO É CAUSA COMUM DE LINFADENOPATIA:

Ao EF, pode haver sinais de doença localizada para indicar a presença de infecção, incluindo IVAS, febre, ulceração cutânea ou picada de insetos recentes. Deve-se questionar sobre consumo de carne mal passada, comportamentos sexuais de alto risco, uso de drogas IV, transfusão recente e viagem recente. 

Infecções virais: EBV, CMV, HBV, HCV, adenovírus, herpes-zóster, HSV, HIV, HTLV-1, caxumba, sarampo, rubéola. 
Infecções bacterianas: estafilococos, estreptococos, TB, sífilis primária e secundária, tularemia, brucelose, leptospirose, clamídia (LGV). 
Infecções fúngicas: histoplasmose, coccidiodomicose, criptococose.  
Parasitárias: toxoplasmose e leishmaniose. 
Doença Vascular do Colágeno
Suspeita-se de DAI se linfadenopatia associada a artralgias, mialgias, rigidez matinal ou exantema. Sendo as principais LES, AR, síndrome de Sjögren.

DISTÚRBIOS DE LINFOPROLIFERATIVOS ATIPICOS:

São doenças raras em que há febre, sudorese noturna, perda de peso, hepatoesplenomegalia e linfadenopatia. Geralmente, necessita-se de biópsia para o diagnóstico. 

Exemplos são doença de Castleman, doença de Kawasaki, doença relacionada à Ig64. 

Doença Granulomatosa
Linfadenopatia ocorre em sarcoidose, TB e hanseníase, principalmente. 

ABORDAGEM E HISTÓRIA:

Idade: em idade avançada, há maior probabilidade de etiologia maligna. 

Sintomas de infecção: incluem faringite, conjuntivite, ulceração cutânea, sensibilidade localizada, feridas ou secreções genitais, febre e sudorese noturna.

Sintomas de câncer metastático: perda de peso não intencional, disfagia, disfonia, tosse, hemoptise, dor óssea, entre outros.

Sintomas constitucionais: febre, sudorese noturna e/ou perda de peso sugerem neoplasia maligna, especialmente linfomas. Artralgias, erupções cutâneas e mialgias sugerem DAI. 

HISTÓRIA MEDICAMENTOSA: INDAGAÇÃO AO PACIENTE SOBRE DROGAS USADAS:

Duração da linfadenopatia: a linfadenopatia persistente (> 4 semanas) sugere infecção crônica, doença vascular do colágeno ou neoplasia maligna subjacente, enquanto a linfadenopatia localizada e de curta duração geralmente acompanha algumas infecções. 

EXAME FÍSICO:

Avalia-se os linfonodos quanto ao tamanho, consistência, mobilidade, distribuição e simetria dos linfonodos.

Tamanho: são anormais se > 1 cm (no entanto, os linfonodos inguinais podem ter até 2 cm). Linfonodos < 1 cm raramente são clinicamente significativos. Os linfonodos > 2 cm que persistem > 4 semanas devem ser avaliados.
Consistência: não é confiável para diferenciar entre etiologias malignas e benignas. Em geral, os linfonodos rígidos são mais comumente observados em neoplasias malignas. Linfonodos sensíveis à palpação sugerem etiologia inflamatória. 
Mobilidade: linfonodos normais podem ser movidos livremente no espaço subcutâneo. Os anormais podem se tornar fixos ou emaranhados aos tecidos adjacentes ou a outros nódulos por cânceres invasivos. A avaliação da mobilidade de linfonodos supraclaviculares é melhorada se o paciente realizar manobra de Valsava durante o exame. 
Distribuição: pode ser localizada (linfonodos aumentados em 1 região) ou generalizada (linfonodos aumentados em 2 ou mais regiões não contíguas). Geralmente, a linfadenopatia generalizada é manifestação de doença sistêmica. 
Localização: linfonodos supraclaviculares, poplíteos, ilíacos e epitrocleares palpáveis são anormais e são mais sugestivos de neoplasias. Adenopatia supraclavicular esquerda (nódulo de Virchow) sugere câncer gastrointestinal ou torácico. Linfadenopatia inguinal pode ocorrer em pacientes saudáveis.

LINFADENOPATIA CERVICAL:

Os linfonodos cervicais drenam o couro cabeludo, pele, cavidade oral, laringe e pescoço. Causas mais comuns de linfadenopatia cervical são infecção e neoplasia maligna. 

As infecções mais comuns são faringite bacteriana, abscesso dentário, mononucleose infecciosa, TB e tinha capilar (em crianças). 

AS NEOPLASIAS INCLUEM  CABEÇA,  PESCOÇO E TIREÓIDE:

LINFADENOPATIA SUPRACLAVICULAR:

Esses linfonodos drenam o TGI, TGU e pulmões. Se aumentados, suspeita-se de neoplasias malignas. A prevalência de neoplasias malignas na presença de linfadenopatia supraclavicular é de 54 a 85%. O nódulo de Virchow está associado à presença de neoplasia abdominal ou torácica. Outras causas comuns incluem LH, LNH, carcinoma broncogênico e de mama. 

LINFADENOPATIA AXILAR DRENA OS MMSS,MAMA E TÓRAX:

Causas de linfadenopatia axilar incluem infecções cutânea estreptocócica ou estafilocócica, carcinoma de mama metastático, melanoma metastático, implantes mamários de silicone. 

LINFADENOPATIA EPTROCLEAR:

Drena a ulna, antebraço e mão. É raro linfadenopatia em saudáveis.

Causas incluem linfoma, LLC, mononucleose infecciosa, infecções locais em MMSS, sarcoidose, sífilis secundária e HIV. 

LINFADENOPATIA INGUINAL:

Drena o abdome inferior, genitália externa, canal anal, terço inferior da vagina e MMII. Aumento de até 2 cm pode ser normal. 

Causas incluem celulite, IST, LH, LNH, melanoma metastático e CEC metastático das regiões penianas e vulvar. 

LINFADENOPATIA MEDIASTINAL:

Se unilateral, pode ser secundária a infecções ou neoplasias malignas. Se bilateral, pode ser causada por sarcoidose e outras doenças granulomatosas e cânceres. Se linfonodos calcificados, sugere TB, histoplasmose ou silicose. 

LINFADENOPATIA ABDOMINAL:

Se limitada ao espaço mesentérico ou retroperitoneal, sugere altamente câncer. Os aumentos em linfonodos periumbilicais são conhecidos como nódulos é um sinal clássico de adenocarcinoma gástrico. 

ESPLENOMEGALIA:

Pode estar associado à linfadenopatia em mononucleose, cânceres hematológicos, linfoma, TB, HIV, LES. 

EXAMES COMPLEMENTARES:

Se história e EF forem insuficientes para diagnóstico específico, pode-se realizar exames como hemograma completo, cultura faríngea, teste monospot, teste de HIV, sorologias para hepatite, inoculação de PPD, radiografia torácica. 

BIÓPSIA:

Linfadenopatia generalizada, nos quais os estudos iniciais não são diagnósticos.

LINFADENOPATIA PERSISTENTES:

localizada, nos quais os estudos iniciais não são diagnósticos e há risco elevado para neoplasia maligna. 
Pacientes que apresentem linfadenopatia cervical com risco aumentado de neoplasia. Deve-se encaminhar a ORL. 
Suspeita de neoplasia maligna.
A biópsia é feita excisional. Caso não seja possível, pode-se fazer punção por agulha grossa. A punção por agulha fina é mais útil para obter células para a citopatologia. 

EXAMES DE IMAGEM:

Podem diferenciar entre linfadenopatia benigna e maligna e ser usadas para selecionar linfonodo com características suspeitas de neoplasia maligna para biópsia. 

US: os linfonodos malignos apresentam-se mais arredondados, com hilo não é visível, necrose intranodal, reticulação, calcificação, fosqueamento. 
TC: permite diferenciar entre linfonodos benignos e malignos com base na composição. 

CONCLUSÃO:

Uma linfadenopatia, pode, portanto, ser benigna ou maligna. As causas malignas, mais raras, devem ser descartadas. Há diversos exames complementares que permitem estabelecer um diagnóstico etiológico, entretanto o mais importante é uma história clínica bem colhida e um exame físico feito adequadamente, os quais, na maioria das vezes, permitem chegar a um diagnóstico etiológico.

segunda-feira, abril 8

CÂNCER DE INTESTINO: O QUE É? QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINTOMAS E COMO EVITAR

CÂNCER DE INTESTINO O QUE É?
É um tumor que se desenvolve no intestino grosso, chamado também de câncer do cólon e do reto. É uma doença que pode ser prevenida, pois quase sempre se desenvolve a partir de pólipos, que são lesões benignas que crescem na parede do intestino. Quando o pólipo é retirado evita-se que ele se transforme em câncer.

QUAIS FATORES PODE CONTRIBUIR PARA O DESENVOLVIMENTO DESSE CÂNCER?

Alimentação rica em gorduras e pobre em fibras;
Fumo;
Consumo freqüente de bebida alcoólica;
Idade acima de 50 anos;
História de pólipos colorretais e de doenças inflamatórias do intestino.

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINTOMAS?

Mudanças no hábito intestinal (diarréia ou prisão de ventre);
Sangue nas fezes;
Vontade freqüente de ir ao banheiro, com sensação de evacuação incompleta;
Dor ou desconforto abdominal, como gases ou cólicas;
Perda de peso sem razão aparente;
Cansaço, fraqueza e anemia.

Quando a doença está no início, não é comum a ocorrência de sintomas, por isso é importante a realização de exames preventivos para a detecção precoce da doença. Quanto mais cedo o câncer for tratado, maior é a chance de cura.

O QUE FAZER PARA DESCOBRIR O CÂNCER DE CÓLON DE INTESTINO NO INÍCIO?

É recomendada a realização anual do exame de sangue oculto nas fezes para pessoas acima de 50 anos. Trata-se de exame laboratorial relativamente simples e que pode ser solicitado pelo médico clínico. Para as pessoas com maior risco pode ser necessária a realização de colonoscopia.

O QUE FAZER PARA REALIZAR O EXAME DE SANGUE OCULTO NAS FEZES?

Devemos procurar o 
ambulatório, posto ou centro de saúde mais próximo de nossa casa para que um médico possa solicitar a realização do exame.

O QUE DEVEMOS FAZER PARA DIMINUIR O RISCO DE CÂNCER DE INTESTINO?

Fazer atividade física na maioria dos dias da semana;
Ter uma alimentação rica em fibras (frutas, vegetais e grãos) e pobre em gorduras animais;
Não fumar;
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
Realizar exames anuais, após os 50 anos, para detecção precoce e tratamento de pólipos.

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?