sábado, abril 27

MEDO: O QUE É? QUAIS SÃO AS CAUSAS? COMO TRATAR?

O medo faz parte da vida. Essa emoção geralmente ocorre quando você percebe uma ameaça ao seu bem-estar pessoal. Por isso, é importante saber os tipos de medo que existem e quais os tratamentos para aqueles mais persistentes.

VAMOS ENTENDER O QUE É O MEDO:

O medo pode ser descrito como a antecipação mental do perigo a ser enfrentado. Em outras palavras, é a ansiedade sentida antes de enfrentar alguma situação que põe em risco o indivíduo. vale ressaltar que sentir medo é normal e é instintivo a todo ser humano.

Dessa maneira, o medo pode levar as pessoas a experimentarem uma ampla gama de mudanças físicas e mentais. No entanto, o medo exagerado ou irracional pode se tornar prejudicial. Nessas situações, o medo tende a interferir diretamente na felicidade do indivíduo, enfraquecendo o seu senso de segurança e a sua capacidade de agir normalmente.

QUAIS SÃO OS TIPOS DE MEDO:

Sentir medo é algo que todo ser humano sente ao longo da vida. Dessa forma, não há uma idade específica para isso. Muitos nem se lembram como seu maior temor surgiu, mas o medo está lá mesmo assim. Esse sentimento é associado com a ansiedade e com o estresse e o melhor é saber que existe cura.

Como o medo é comum a todos os seres humanos, existem vários tipos de medo. Portanto saber qual é o tipo de medo que você sente pode ser essencial para o autoconhecimento e, se houver necessidade, para um tratamento.
Separei alguns tipos de medo mais comuns que existem:

Falar em público;
Ficar sozinho;
Morrer;
Altura;
Voar;
Sangue;
Escuro;
Lugar fechado;
Ficar doente;
Tempestade;
Animais;
Injeção.

O QUE CAUSA O MEDO?

É provável que todas as pessoas vão vivenciar algum tipo de medo algum dia. Os humanos e os animais possuem reações inatas a certos estímulos, como ruídos inesperados ou altos. Alguns desses estímulos podem variar de uma pessoa para outra. No entanto, alguns tipos de medo são mais frequentemente vistos na maioria das pessoas.

Além disso, novos medos são frequentemente aprendidos todos os dias. Assim, estímulos indutores de medo associados com objetos ou eventos que normalmente não são assustadores podem causar novos medos.

Os efeitos do medo no cérebro
A resposta de uma pessoa ao perigo geralmente envolve muitas áreas diferentes do cérebro. Entretanto, pesquisadores no campo da psicologia identificou a amígdala como essencial no processamento do medo. Quando uma pessoa é confrontada com uma situação potencialmente perigosa, a amígdala envia sinais excitatórios para outras áreas do cérebro. Desse modo, é possível garantir que essas áreas se tornem mais alertas.

Um estudo seguiu uma mulher com doença de Urbach-Wiethe, uma condição que resulta no enrugamento e endurecimento de partes do cérebro. Nesse caso, partes de sua amígdala tinham sido afetadas. Assim, ela não sentia medo quando se deparava com casas assombradas, grandes aranhas ou cobras venenosas.

No entanto, ainda assim experimentou forte medo quando solicitada a inalar dióxido de carbono (um gás que causa asfixia).

Portanto, algo ficou claro para os pesquisadores: ainda que fatores externos perigosos não desencadeiam uma resposta de medo, ameaças à saúde interna podem causar. Isso ocorre principalmente pelo fator de sobrevivência.

OS EFEITOS FÍSICOS E EMOCIONAIS DO MEDO:

Sem o medo, as chances de sobrevivência de um indivíduo provavelmente diminuiriam. Desta forma, o medo pode ser saudável. Ele ajuda as pessoas a se afastarem de situações perigosas, prejudiciais ou ainda fatais ao desencadear uma resposta de luta ou de fuga. Assim, é uma reação corpórea que pode ser extremamente útil ao ser humano.

O medo pode fazer ainda com que alguém experimente uma percepção aprimorada do espaço e do tempo. Além disso, os sentidos de visão, audição e olfato podem ser aumentados. Ademais, em situações de risco de vida, esses ajustes na percepção podem aumentar a chance de sobrevivência de uma pessoa. Portanto o medo frequentemente afeta as pessoas física e emocionalmente.

ALTERAÇÕES FÍSICAS CAUSADA PELO MEDO:

Você pode experimentar uma variedade de respostas físicas ao sentir medo como, separei alguns exemplo:

Paralisia temporária;
Batimento cardíaco irregular;
Dor de estômago, dor de cabeça ou náuseas;
Tontura ou desmaio;
Suor;
Chorar;
Tensão muscular (contrair-se ou tremer);
Engasgar-se;
Padrões de sono irregulares;
Perda de apetite;
Respiração rápida ou superficial.
Alterações psicológicas causadas pelo medo
Os efeitos psicológicos do medo também podem ser representados por diversos sintomas, separei alguns exemplos.

Pensamentos intrusivos ou perturbadores;
Perda de foco;
Confusão;
Terror;
Ansiedade;
Raiva;
Desespero;
Dormência;
Desamparo.

MEDO E A SAÚDE MENTAL:

O medo tem sido associado a inúmeras preocupações com a saúde mental e comportamental. Portanto, é fundamental o equilíbrio desse sentimento para que uma pessoa viva de forma saudável.

Por exemplo, os problemas de ansiedade geralmente envolvem o medo de um evento ou ocorrência futura. As pessoas afetadas por alucinações ou delírios também podem experimentar altos níveis de medo.

Além disso, indivíduos afetados por humores negativos podem ficar com medo de certos acontecimentos como rompimento, perda ou fracasso.

Assim, o medo é listado como um fator contribuinte ou sintoma de condições, separei alguns. 

Ansiedade generalizada;
Fobias Específicas;
Obsessões e compulsões;
Ansiedade social;
Paranoia;
Pânico;
Estresse pós-traumático;
Depressão;
Esquizofrenia. 

Diferença entre medo e fobia
Há uma distinção entre medo e fobia. Enquanto o medo é uma resposta emocional a uma ameaça real ou percebida, uma fobia, no entanto, é semelhante a um medo com uma diferença: a ansiedade é tão forte que interfere na qualidade de vida do indivíduo. Portanto, o medo intenso característico da fobia geralmente é desproporcional à ameaça real daquilo.

Além disso, a fobia muitas vezes paralisa o indivíduo ou faz com que ele evite determinados lugares e situações. Se você apresenta sinais de medo constante ou incapacitante, é necessário buscar ajuda profissional.

TRATAMENTO:

O tratamento mais recomendado para o medo irracional é a terapia. Contudo, a terapia deve ser feita com um profissional qualificado da área. Nesse contexto, você pode consultar um psicólogo, terapeuta ou psicanalista. Em casos mais graves, contudo, é indicado realizar uma análise médica psiquiátrica.

A saúde da mente é essencial para o equilíbrio humano e através da terapia é possível chegar à cura. Portanto, quanto mais cedo a pessoa procurar tratamento, maiores são as chances de levar uma vida normal.

CONCLUSÃO:

Ao longo do artigo, vimos que o medo é inato do ser humano. Dessa forma, é essencial para criar alertas em casos de emergência. Assim, o medo é indispensável para a sobrevivência da espécie. No entanto, quando há um excesso de medo é preciso averiguar a sua origem.

Também podemos perceber os tipos mais comuns de medo e os seus efeitos no organismo humano. Além disso, é importante distinguir o medo da fobia. A fobia, por sua vez, é um medo patológico e que precisa ser tratado. Para isso, é necessário o acompanhamento do profissional de saúde a fim de obter a cura.

 " NÃO DEIXE QUE O MEDO ATRAPALHE A SUA CONFIANÇA "

sexta-feira, abril 26

CISTITE: CAUSAS, SINTOMAS, PREVENÇÃO E TRATAMENTO

Cistite é uma infecção e/ou inflamação da bexiga. Em geral, é causada pela bactéria Escherichia coli, presente no intestino e importante para a digestão. No trato urinário, porém, essa bactéria pode infectar a uretra (uretrite), a bexiga (cistite) ou os rins (pielonefrite). Outros microorganismos também podem provocar cistite. Homens, mulheres e crianças estão sujeitos à cistite. No entanto, ela ocorre mais nas mulheres porque as características anatômicas femininas favorecem sua ocorrência. A uretra da mulher, além de muito mais curta que a do homem está mais próxima do ânus. Nos homens, depois dos 50 anos, o crescimento da próstata provoca retenção de urina na bexiga e pode causar cistite.

SINTOMAS:

Necessidade urgente de urinar com frequência;
Quantidade pequena de urina eliminada em cada micção;
Ardor durante a micção;
Dores na bexiga, nas costas e no baixo ventre;
Febre;
Sangue na urina nos casos mais graves.

TRATAMENTO:

O tratamento das cistites infecciosas requer o uso de antibióticos ou quimioterápicos que serão escolhidos de acordo com o tipo de bactéria encontrada no exame laboratorial de urina. Especialmente nas mulheres, o retorno das cistites pode ser frequente e mais grave, mas, se o tratamento for seguido à risca, a probabilidade de cura é grande. Por isso, é preciso tomar os medicamentos respeitando o tempo recomendado pelo médico mesmo que os sintomas tenham desaparecido com as primeiras doses.

PREVENÇÃO:

Beba muita água. O líquido ajuda a expelir as bactérias da bexiga;
Urine com frequência. Segurar a urina na bexiga por longos períodos é uma contraindicação importante. Urinar depois das relações sexuais favorece a eliminação das bactérias que se encontram no trato urinário;
Redobre os cuidados com a higiene pessoal. Mantenha limpas as regiões da vagina e do ânus;
Evite roupas íntimas muito justas ou que retenham calor e umidade, porque facilitam a proliferação das bactérias;
Suspenda o consumo de fumo, álcool, temperos fortes e cafeína. Essas substâncias irritam o trato urinário;
Troque os absorventes higiênicos com frequência para evitar a proliferação de bactérias.

quinta-feira, abril 25

QUAL A RELAÇÃO DA MICRÓBIOTA INTESTINAL COM TRANTORNOS DEPRESSIVOS?

A ligação direta do eixo intestino-cérebro é cada vez mais debatida como um fator importante no desenvolvimento das doenças mentais, principalmente no transtorno depressivo maior. 

Hà um eixo de comunicação bidirecional entre cérebro e intestino, onde anormalidades na microbiota intestinal afetam o cérebro e o comportamento. 

Neste sentido, as perturbações na microbiota intestinal, que favorecem a disbiose, são consideradas fator de risco chave para o transtorno depressivo, e a regulação desta é um método de terapia e prevenção da depressão. 

Esse artigo analisou o impacto do tratamento com probióticos no desenvolvimento do transtorno depressivo maior, por meio de uma revisão bibliográfica integrativa de estudos clínicos publicados nos últimos 5 anos.  Ao total, foram selecionados 8 artigos, nos quais as bactérias estudadas pertencem aos gêneros Bifidobacterium, Lactobacillus e Lactococcus. 

Os artigos apontam que a intervenção com probióticos atua no transtorno depressivo maior por três mecanismos de ação. 

Referindo-se a produção de ácidos graxos de cadeia curta, reduzindo o pH intestinal e retardando o crescimento de bactérias patogênicas. Promovendo a síntese de IgA a qual protege a barreira intestinal, impedindo a passagem de LPS para a circulação, diminuindo a inflamação sistêmica. 

Conclusão: Através do aumento dos níveis plasmáticos de triptofano e a diminuição da concentração de quinurenina, consequentemente melhorando a produção de serotonina. Assim, o cuidado com a microbiota intestinal e o uso de probióticos pode auxiliar no tratamento de transtornos depressivos e também na prevenção, atuando como uma nova opção terapêutica. 

terça-feira, abril 23

ESQUIZOFRÊNIA: UM OLHAR PSICANÁLITICO

A ESQUIZOFRENIA:

A indústria farmacêutica e seus recentes avanços, não possibilitaram um pleno conhecimento e entendimento pela comunidade científica das causas, da evolução e dos resultados proporcionados pela doença em cada indivíduo. Em termos psicanalíticos, o conceito de “esquizofrenia” foi ampliado por Bleuler, passando do entendimento como “demência precoce”, referenciado por Kraepelin, para ser definido como uma “cisão da mente”, na qual os pensamentos e suas associações são carregadas de prejuízos.

A esquizofrenia apresenta características peculiares, o que a distingue de outros transtornos.

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico das Doenças Mentais (2002), a esquizofrenia se manifesta através de delírios e/ou alucinações, desvantagem social e ocupacional entre outros sintomas. Mais uma vez, a esquizofrenia se caracteriza como “mente fendida ou estilhaçada”.

CARACTERÍSTICAS DOS TRANSTORNOS DA ESQUIZOFRENIA:

Trata-se de doença mental crônica e incapacitante, podendo ser adquirida na adolescência ou princípio da idade adulta, entre 20 e 30 anos de idade. Apresenta sintomas positivos, como diminuição ou perda das funções psíquicas, afetividade e motivação reduzidas, discurso carregado de pobreza e diminuição do contato social além de sintomas negativos, tais como funcionamento psíquico distorcido, alucinações e delírios. (Neurociência, 2005).

Segundo estudiosos aspectos psicodinâmicos como conflitos intrapsíquicos, fatores de aprendizagem, ou seja, o comportamento disfuncional é aprendido.

Quando há impasses na manifestação do conteúdo do pensamento ou quando seus processos se rompem, fisiológicos, quando se apresentam prejuízos no contato sináptico, estrutura cerebral e níveis hormonais e humanístico-existenciais.
Quando o comportamento incomum decorre de escolhas conscientes do indivíduo, escolhas estas derivadas da percepção individual de cada situação, que se mostra singular para cada indivíduo, são alguns dos fenômenos presentes na etiologia e desenvolvimento da esquizofrenia.

ASPECTOS PSICALITICOS DA ESQUIZOFRENIA:

Para estudiosos o conceito psicanalítico de saúde mental se mostra na habilidade individual de promover vinculação com os demais, portanto modos de enfrentar o mal-estar e os problemas os quais se apresentam. Freud, em sua teoria, analisa o comportamento disfuncional como consequência de uma linha de fenômenos caracterizada pelo conflito que leva à ansiedade, e a partir daí, o indivíduo se utiliza de mecanismos de defesa para redução desta ansiedade, mecanismos estes que podem deteriorar a percepção do real e levar ao transtorno.

A ansiedade é suficiente para desencadear manifestações de defesa, quais sejam: repressão, supressão, negação, projeção, deslocamento, regressão, identificação, racionalização, compensação, intelectualização e formação reativa. Quando o indivíduo não encontra a resolução de um conflito por vias normais, torna-se ansioso, manifestando as defesas acima descritas.

Na psicanálise, as manifestações incomuns resultantes de conflitos intrapsíquicos promovem estresse, e sua não resolução distorce e prejudica o funcionamento da personalidade. Em relação ao componente familiar, este representa um papel de importância no desenvolvimento do indivíduo, uma vez que o processo de identificação se origina no sentimento de pertencimento tanto quanto no de separação.

INTERAÇÕES FAMILIARES:

Nas famílias, estes dois aspectos são simultâneos, o que permite construção da identidade pessoal e da socialização. Porém, em relação às interações familiares carregadas de conflitos, há presença do “duplo vínculo”, aspecto este essencial na manifestação esquizofrênica, onde a pessoa se encontra no embate entre sensações de aceitação (amor) e de rejeição, simultâneas e contraditórias, o que causa confusão no sujeito.

Para estudiosos o duplo vínculo sofrido na infância pode explicar o surgimento da esquizofrenia em adultos jovens.O esquizofrênico como tal é o resultado desta comunicação conflituosa, de relações carregadas de ameaças, confusão e imobilização o que o faz não diferenciar o literal do metafórico. Dessa forma, o componente da família imerso nesta dinâmica, encontra na esquizofrenia uma forma de expressar sua confusão, sem entrar em confronto direto com o elemento que o ataca.

De acordo com estudiosos na esquizofrenia o pensamento se mostra incoerente, bem como as ações e a afetividade da pessoa com o transtorno, o que se soma a um afastamento da realidade, a um encontro sobre si mesmo e a um contato interno com produções fantasísticas (autismo) e proximidade com manifestações delirantes mais ou menos acentuadas e fundamentalmente mal sistematizadas.

FREUD E A ESQUIZOFRENIA:

Para Freud em Neurose e Psicose (1924), nas manifestações severas de psicose, a realidade não é percebida de nenhuma forma ou sua percepção não produz efeito (Freud, 1996). Dessa forma, na esquizofrenia, o real se modifica configurando-se como singular ao sujeito, passando a influenciar sua forma de funcionamento mental.

Ainda em Neurose e Psicose (1924), Freud propõe que o ego se encontra a serviço dos impulsos do id, há uma recusa das realidades interna e externa, nasce uma nova realidade, um novo real interno e externo. Este processo ocorre no psicótico como consequência de uma frustração muito forte de seu desejo. O impasse primordial da psicose encontra-se na falha do desenvolvimento egóico e em sua interação com o real externo.

Há um espaço na interação entre mundo externo e interno, e a manifestação da esquizofrenia se caracteriza por sintomatologia a qual requer um esboço de cura ou um processo de reconstrução (Freud, 1996). Há uma tentativa de remendar a fenda existente entre o ego e a realidade, para Freud, os delírios e alucinações são reconhecidos como fenômenos protetores do indivíduo contra a angústia.

O QUE É PARANOIA:

De acordo com estudiosos tanto a esquizofrenia como a paranoia encontram- se na manifestação psicótica, ou seja, no campo da potencialidade psicótica. O desenvolvimento psicopatológico da psicose, o que inclui esquizofrenia, pode ser analisado pela atuação de um pensamento delirante primário adquirido sem repressão, o qual ao romper sua membrana, pode entorpecer o espaço psíquico com seu teor, havendo transferência do potencial ao manifesto.

A forma delirante do pensamento na esquizofrenia caracteriza-se pelo pensamento delirante primário existente na fala do psicótico, o qual pretende explicar sua origem, apesar de incomum na compreensão dos demais.

Para estudiosos o discurso do Eu psicótico tem o objetivo de compensar possível vazio existente no expressar-se do Outro e também de outros, ao discurso faltante lhe é dada nova significação com o intuito de preencher o vazio característico deste Eu fragilizado. Para melhor entendimento da estrutura delirante do pensamento, torna-se adequada uma análise das origens do conflito característico das psicoses.

CONFLITOS NA FASE ORAL:

Segundo estudiosos os conflitos presentes na fase oral, estágio este no qual o eu do indivíduo entra em contato com seu ego especular, se constitui numa etapa em que este eu sofre intensa ruptura em sua estrutura, onde a parte identificada deve preencher a parte identificante para a formação e evolução do ego do sujeito.

Na psicose ocorre uma falha neste processo de formação psíquica, causada por situações conflituosas entre o eu em ascensão e o eu materno, através do viés no discurso parental referente a este novo ser. Normalmente, todos os indivíduos ao nascerem, fazem parte de um lugar determinado e esperado no contexto familiar bem como na cultura a qual estão inseridos.

O psicótico, neste processo, receberá estas informações de forma distorcida, o que afetará sua percepção quanto a suas origens e seu existir, ocupará seu lugar no mundo de forma confusa ou muito frágil, sem um aval para que seu “eu” possa prevalecer sem adversidades.

A ESQUIZOFRENIA É A FIGURA MATERNA:

A figura materna do psicótico não possui a percepção da lei que direciona a cultura e todo seu meio; portanto, não a transmite a seu descendente, o que torna esta mãe a própria lei. De acordo com estudiosos há dificuldades nestas mulheres em perceber seus filhos como autônomos e singulares, são resistentes à castração simbólica, fenômeno este o qual o psicótico irá rejeitar plenamente.

O sujeito psicótico se torna um “objeto orgânico”, uma continuação do corpo da mãe, a qual o reconhece como um prolongamento de seu corpo fisiológico, como algo destruidor e mortal que não traz vida. Conforme estudiosos o precário reconhecimento do eu-corpo-outro presente no psicótico, devido à falha inicial de sua mãe na transmissão da lei, o tornará possuidor de um corpo não limitado, com fragmentos cujos limites são obscuros.

Portanto há uma angústia resultante da não delimitação entre o corpo e o mundo. A estrutura psicótica proporciona uma perda dos limites do ego, não há distinção entre o eu e o não eu, entre o eu e o mundo, entre o corpo e o não corpo, entre o sujeito e o objeto.

O ego não tem autonomia
Este funcionamento mental caracterizado pela indiferenciação entre o eu e o outro é um mecanismo primitivo de função, e apesar do esquizofrênico ter a consciência do eu constituído, assim como do eu e do não-eu, de seu corpo e o corpo materno, seu ego não tem autonomia, o que explica o impasse em delimitar corpo e outro, sujeito e objeto.

Dessa forma, o mundo interno e externo se tornam interligados, a relação estabelecida pelo sujeito com seu corpo será semelhante à estabelecida com o outro, podendo esta tornar-se negativa ou constituir uma defesa contra um outro intrusivo, o sintoma resulta da teoria infantil de que seus pensamentos são de conhecimento dos demais, situação infantil precoce na qual a criança nada pode fazer individualmente, sendo o aprendizado da utilização de seus membros bem como a aquisição da linguagem e do pensamento mecanismos recebidos através deste outro ao qual se relaciona.

De acordo com estudiosos, a forma reforçada no indivíduo esquizofrênico, este entendimento infantil acerca do conhecimento por parte dos outros sobre seus pensamentos se propaga para a vida adulta, cujas consequências o motivarão a se defender por meio desenvolvimento de fenômenos delirantes, funcionando o delírio como uma defesa contra a angústia.

PODEMOS CONCLUIR QUE:

sobre a esquizofrenia
Diante das informações acima descritas, podemos concluir que o desenvolvimento da esquizofrenia envolve aspectos como funcionamento da dinâmica familiar, predominantemente conflituosa, constituição do ego nos primeiros anos de vida através do relacionamento materno, o qual se mostra deficiente quanto à castração simbólica e, portanto, da ascensão do eu da criança, entre outros.

Estes fatores proporcionarão à pessoa uma ruptura com a realidade, bem como sensação de que seus pensamentos são de conhecimento dos demais devido a não delimitação de sua personalidade na fase oral, portanto, seu ego será insuficientemente formulado.

A esquizofrenia é um fenômeno complexo, o qual exige ainda mais estudos a seu respeito além dos aspectos psicanalíticos e gerais acima expostos, o que torna necessária uma maior compreensão de sua dinâmica. 

segunda-feira, abril 22

BIOACUMULAÇÃO E BIOMAGNIFICAÇÃO: UM DESCARTE DESCONTROLADO DE MEDICAMENTOS NOS RIOS E MARES PREJUDICA A NOSSA CADEIA ALIMENTAR


BIOACUMULAÇÃO:

Bioacumulação é o processo pelo qual substâncias são absorvidas pelos organismos. Ocorre que algumas substâncias despejadas no ambiente demoram longos períodos para serem completamente decompostas, contaminado a água e a matéria orgânica presente no solo, rios e mares. Esses resíduos de remédios são então absorvidos pelos pequenos animais que habitam esses ambientes, e ficam acumulados nos seus tecidos. Sendo assim, conforme aumenta o tempo que os animais são expostos aos resíduos, essas concentrações em seus tecidos tendem a aumentar. 

BIOMAGNIFICAÇÃO:

Biomagnificação é o acúmulo progressivo dessas substâncias ao longo da teia alimentar. Os resíduos depositados nos tecidos dos animais pequenos são então ingeridos pelos animais maiores, e o ciclo pode se repetir várias vezes. Dessa forma, e após se alimentarem de diversos animais pequenos, os consumidores do topo da cadeia acabam retendo uma grande quantidade desses poluentes. 

Graças aos fenômenos citados acima, os medicamentos despejados sem tratamento nos corpos d’água conseguem retornar para as pessoas, e como esse envenenamento ocorre de forma muito lenta, é difícil prever quais são as consequências a longo prazo. Algumas pesquisas já começaram a demonstrar os prováveis danos à saúde. 

Estudos indicam que a ingestão de água ou alimentos contaminados por fármacos pode acarretar problemas como disfunções no sistema endócrino e reprodutivo e distúrbios metabólicos. Diversos compostos químicos são capazes de interferir no metabolismo. Entre eles, destacam-se os que estão presentes em hormônios, anti-inflamatórios, antidepressivos, hidrocarbonetos poliaromáticos e pesticidas. 

De acordo com pesquisadores já foram identificadas diversas formas de contaminantes farmacológicos nas mais distintas regiões do mundo – incluindo analgésicos, anti-inflamatórios, antipiréticos, antibióticos, beta bloqueadores e disruptores (ou
desreguladores) endócrinos. O estudo chamou atenção, particularmente, para os disruptores endócrinos encontrados, já que são substâncias causadoras de desregulação hormonal. 

Outros fármacos, também encontrados em recursos hídricos de diferentes países, foram o Ibuprofeno, Paracetamol e o Naproxeno. O primeiro já foi associado a danos celulares e genéticos, além da interferência no sistema imune de animais marinhos, e os três apresentaram efeitos tóxicos descritos na literatura, como alterações genéticas e estresse oxidativo. 

CONCLUSÃO:

Tendo ciência de que o descuido com a natureza sempre provoca consequências negativas, é urgente que as novas legislações voltadas para a preservação ambiental sejam cumpridas e fiscalizadas. Além disso, a educação e a conscientização são peças fundamentais não só para essa, mas para qualquer transformação profunda na sociedade.

" SAÚDE NÃO É AUSÊNCIA DE DOENÇA, SAÚDE É QUALIDADE QUALIDADE DE VIDA ".                           

sábado, abril 20

N- ACETILCISTEINA: O QUE É? PARA QUE SERVE? QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS


O QUE É NAC:

Seu corpo usa N-acetilcisteína (NAC) para fazer seus próprios antioxidantes. Clinicamente, é usado para tratar a toxicidade do paracetamol e fluidificante de muco. 

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DO NAC:

Antioxidante poderoso.

Fornece pre cursores para produção de glutationa.

Pode proteger os pulmões, intestino, cérebro, fígado e rins.

Pode se defender contra toxinas e poluentes.

Pode ajudar a prevenir a gripe.

Potencial para melhorar a fertilidade.

Pode ajudar com muitos problemas crônicos de saúde.

O QUE OS ESTUDOS DIZEM SOBRE O NAC?

1 ) NAC PARA MEMÓRIA:

O estresse oxidativo resulta em danos dos radicais livres nas células cerebrais. Levando à neurodegeneração e, finalmente, Alzheimer, Parkinson e outros distúrbios neuronais relacionados à idade. Proteínas e DNA são danificados, resultando em inflamação, dano aos tecidos e apoptose celular (morte celular).

NEUROPROTEÇÃO:

O NAC, como precursor da glutationa , é um potente antioxidante, antiinflamatório e eliminador de radicais livres. Seu cérebro é especialmente vulnerável à inflamação, radicais livres e danos oxidativos. Afetando cognição , potencialização de longo prazo, memória e humor.
Neurotransmissores 

O NAC modula osníveis de glutamato e aliberação de dopamina no cérebro. O excesso de glutamato no cérebro é tóxico para as células cerebrais, afetando a saúde, a cognição, a memória e o humor dos neurônios . E o NAC protege os receptores de dopamina. Influenciando os níveis de dopamina e a função do cérebro. Mesmo protegendo os terminais nervosos dopaminérgicos do uso crônico de metanfetaminas.
Ansiedade e depressão

O NAC reduz a irritabilidade, ansiedade e depressão. O NAC aumenta a capacidade antioxidante do corpo e equilibra os neurotransmissores excitatórios e inibitórios no cérebro. Resultando em menos ansiedade e depressão.

2 ) O NAC MEDICINA DE EMERGÊNCIA:

O NAC tem sido muito estudado nas unidades de terapia intensiva, como uma possível forma de reduzir os danos aos órgãos antes e após a cirurgia. Ele ajudou a proteger o fígado de 70 pacientes com doença pulmonar, quando administrado pouco antes da cirurgia cardíaca.

Pode ajudar com complicações de ataque cardíaco, respiração assistida, cirurgia abdominal e pancreatite quando usado em casos de emergência, antes ou após a cirurgia.

3 ) DESINTOXICAÇÃO:

Ao aumentar os níveis de glutationa e combater o estresse oxidativo, o NAC pode ajudar a proteger o corpo de várias toxinas e poluentes.

METAIS PESADOS:

De acordo com alguns estudos, o NAC pode ser um remédio seguro para a toxicidade crônica do chumbo. Reduziu os níveis de chumbo e aumentou as enzimas antioxidantes nas células vermelhas e brancas do sangue em 171 trabalhadores expostos ao chumbo após 3 meses.

A combinação de NAC e zinco também pode proteger contra a toxicidade do mercúrio em ratos, evitando o acúmulo de mercúrio no fígado e no sangue. Estudos clínicos precisariam confirmar este efeito.

PESTICIDAS:

O NAC pode ajudar no envenenamento por pesticidas, aumentando a desintoxicação. O NAC dado a 30 pessoas que sofrem de envenenamento por pesticidas aumentou a glutationa e reduziu a necessidade de tratamentos adicionais.

O NAC também reduziu os danos de um pesticida muito tóxico (fosforeto de alumínio) em um estudo. Ele encurtou o tempo de internação, melhorou a respiração e aumentou a sobrevida das pessoas expostas a esses pesticidas.

4 ) DOENÇA PULMONAR: DPOC

O NAC é comumente usado para reduzir a inflamação e o muco em pessoas com doenças pulmonares, como bronquite crônica ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Ele pode quebrar o muco e repor a glutationa nos pulmões, o que reduz os danos às vias aéreas e as dificuldades respiratórias.

De acordo com uma grande revisão, o NAC melhorou os sintomas e evitou o agravamento da doença em pessoas com bronquite crônica, sem efeitos colaterais. Ele precisava ser tomado por pelo menos 3 - 6 meses, pois 2 meses de NAC não melhorou a DPOC em um estudo.

Combinado com a vitamina C, o NAC aumentou o estado nutricional e antioxidante em 79 pessoas com DPOC.

Altas doses durante 1 ano foram seguras e melhoraram a capacidade pulmonar e respiratória em pessoas com DPOC em outro estudo.

O NAC também foi administrado junto com o oxigênio, o tratamento típico da DPOC. Em 45 pacientes, pode prevenir o dano oxidativo que pode resultar do tratamento prolongado com oxigênio.

5 ) SAÚDE DO FÍGADO:

NAC aumenta a glutationa, a maior quantidade da qual está no fígado. É por isso que o NAC está sendo investigado por seu potencial de proteger o fígado de inflamação, envenenamento por drogas e doenças hepáticas graves.

Se o fígado estiver danificado, a inflamação e o estresse oxidativo sempre aumentam. Há algumas evidências de que o NAC pode proteger o fígado reduzindo a inflamação e aumentando as reservas de antioxidantes.

O NAC reduziu os danos ao fígado em 86% de todos os casos, de acordo com um estudo com 69 pacientes. Pode proteger o fígado de fatores como álcool em excesso e poluentes ambientais.

O uso de NAC ajudaram a aumentar a função hepática melhor do que a glutationa em um estudo com 75 pacientes com hepatite B.

6 ) ESTRESSE OXIDATIVO:

Em vários estudos, o NAC aumentou o status antioxidante após apenas 8 dias. Também aumentou os níveis e a atividade da glutationa e reduziu os marcadores de dano oxidativo em mais de 30%.

O estresse oxidativo excessivo pode danificar as células e estar na base de muitas doenças crônicas, desnutrição e exposição a toxinas. Ao repor a glutationa , o NAC pode ser capaz de proteger as células e órgãos que estão sob ataque oxidativo.

7 ) GRIPE:

Como o NAC diminui a resposta inflamatória do corpo, alguns pesquisadores acreditam que ele pode ajudar a prevenir a gripe ou reduzir os sintomas de um resfriado comum. Em um estudo com 262 idosos, o NAC reduziu o risco de pegar gripe em 54%. Pode ser especialmente útil nos meses de inverno, quando a temporada de gripe toma conta.

NAC também é algumas vezes adicionado como um complemento aos tratamentos padrão de inflamação e infecções dos seios da face.

Nas células, o NAC reduziu a replicação do vírus da gripe. Se o vírus não consegue se replicar rapidamente, é mais fácil combatê-lo.

8 ) SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO (SOP)

O citrato de clomifeno é considerado o padrão ouro para ajudar as mulheres com SOP a atingir a ovulação, mas mais da metade das mulheres não reage a ele. O NAC está sendo pesquisado como uma alternativa potencial ou abordagem complementar, mas os estudos até agora têm resultados mistos.

No maior estudo de NAC em 150 mulheres com SOP que anteriormente não responderam aos tratamentos, o NAC adicionado ao citrato de clomifeno melhorou as taxas de ovulação e gravidez após apenas 5 dias. Outro estudo com mais de 100 mulheres confirmou isso.

Em 60 mulheres com SOP, o NAC melhorou a qualidade dos óvulos. Também aumentou a saúde do embrião durante a fertilização in vitro.

Mulheres com SOP geralmente sofrem de ganho de peso. NAC pode melhorar os sintomas metabólicos em 46 mulheres com SOP melhor do que a metformina (um medicamento antidiabético). Ajudou a reduzir:

 1 ) Lipídios do sangue.

 2 ) Glicose de jejum.

 3 ) Insulina.

NAC teve benefícios semelhantes à metformina em um estudo com 100 mulheres com SOP. Ele reduziu a testosterona alta, a insulina alta, os ciclos irregulares e o IMC após 6 meses. Ao contrário da metformina, o NAC também reduziu o colesterol total e LDL.

O NAC melhorou a sensibilidade à insulina em outro estudo com 31 mulheres com SOP ao longo de 5 a 6 semanas.

O NAC sozinho não ajudou mulheres com SOP de difícil tratamento em outros estudos. Possivelmente funciona melhor quando combinado com os medicamentos padrão do que quando usado isoladamente.

9 ) SAÚDE DO CORAÇÃO:

Em quase 100 pacientes que tiveram ataques cardíacos, o NAC acelerou a recuperação em curto prazo. A longo prazo, alguns pesquisadores acreditam que pode melhorar a saúde cardíaca e reduzir complicações.

O dano oxidativo é uma das causas subjacentes das doenças cardíacas. O NAC evitou danos ao coração em camundongos com diabetes.

Também reduziu os danos ao coração em ratos com insuficiência cardíaca crônica, ao mesmo tempo que melhorou a fadiga e a tolerância ao exercício.

As arritmias cardíacas graves também estão relacionadas ao estresse oxidativo. No sangue coletado de pacientes, aqueles que tomaram NAC tinham antioxidantes mais elevados e inflamação reduzida.

CONCLUSÃO:

Além desses benefícios o NAC ainda tem mais uma série de beneficios para o organismo. Essa molécula vem sido muito estudada nos dias de hoje por seus vários beneficios a saúde.                                                                " A DOENÇA OU A SAÚDE VEM DO NOSSO EQUILÍBRIO INTESTINAL ".

sexta-feira, abril 19

ANAFILAXIA: SINTOMAS, DIAGNÓSTICO, CAUSAS E TRATAMENTO

A anafilaxia é uma reação alérgica aguda grave que se incia imediatamente ou após algumas horas, após ao contato a alguma substância alergênica, como alimento, medicamento, veneno de inseto ou material, causando sintomas como dificuldade para respirar, sensação de garganta fechada, inchaço na boca, língua ou rosto, formação de bolhas na pele ou urticária.

A anafilaxia, também conhecida por choque anafilático, é causada por uma reação exagerada do sistema imunológico, ao ter contato com a substância alergênica, produzindo rapidamente anticorpos e substâncias, como histamina, leucotrienos e prostaglandinas, resultando nos sintomas, podendo ser fatal se não for tratada rapidamente.

Em caso de suspeita de anafilaxia deve-se procurar atendimento médico imediatamente ou o pronto-socorro mais próximo para que o tratamento seja feito o mais rápido possível, e geralmente, inclui a aplicação de adrenalina, corticoides e anti-histamínicos injetáveis, soro na veia, broncodilatadores e monitoração dos sinais vitais.

PRINCIPAIS SINTOMAS DE ANAFILAXIA:

Inchaço dos lábios, língua e/ olhos;
Coceira e vermelhidão na pele;
Inchaço da garganta, com a sensação de bolo na garganta, como se estivesse fechada;
Coceira na garganta;
Dificuldade para respirar e sensação de falta de ar;
Respiração mais ofegante, podendo ser notado chiado ao respirar;
Alteração dos batimentos cardíacos e diminuição da pressão;
Palidez;
Tontura ou desmaio.
Os sintomas da anafilaxia iniciam-se imediatamente após o contato com a substância alergênica, evoluindo rapidamente, geralmente dentro de uma hora, sendo que essa primeira hora é fundamental para o tratamento, pois a maioria dos casos de fatalidade ocorre nesse período, se não tiver atendimento médico rápido.

Por isso, ao surgir os sintomas de anafilaxia ou choque anafilático deve-se procurar o atendimento médico imediatamente, o pronto-socorro mais próximo ou ligar para o SAMU, para que o tratamento seja feito o mais rápido possível. 

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA ANAFILAXIA:

O diagnóstico da anafilaxia é feito no hospital pelo clínico geral através avaliação dos sintomas e do contato com substâncias alergênicas, não sendo necessários exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico. Desta forma, o médico deve iniciar o tratamento imediatamente para evitar complicações.

POSSÍVEIS CAUSAS DA ANAFILAXIA:

A anafilaxia é causada por uma reação exagerada do sistema imunológico ao se ter contato com alguma substância alergênica, fazendo com que o corpo produza anticorpos, como a imunoglobulina Ig-E, além de outras substâncias, como histamina, prostaglandinas, leucotrienos, triptase, fatores de ativação plaquetárias e fator de necrose tumoral (TNF-alfa), resultando nos sintomas.

ALGUMAS SUBSTÂNCIAS  ALERGÊNICAS QUE PODEM LEVAR O DESENVOLVIMENTO DA ANAFILAXIA:

Alimentos, como ovo, leite, soja, glúten, trigo, amendoim, nozes e outros frutos secos, peixe, camarão, moluscos, crustáceos e Kiwi;
Medicamentos, sendo mais comum com antibióticos, dipirona, ácido acetilsalicílico, anti-inflamatórios, anestésicos ou vacinas;
Veneno de insetos, como abelhas, formigas, marimbondo ou vespas;
Materiais, como látex ou tecidos sintéticos;
Metais, como níquel, cobalto, cromo ou prata;
Ácaro, mofo, pólen, pêlo ou saliva de animais;
Tintas ou esmaltes;
Produtos medicinais, como iodo ou mercúrio;
Contrastes radiológicos, como iodo ou gadolínio;
Produtos cosméticos, como perfumes, cremes, sabonetes ou shampoo;
Plantas, como urtiga ou hera venenosa;
Variações de temperatura, como no caso da alergia ao frio.
Além disso, embora seja raro a anafilaxia pode surgir quando exercícios físicos, como corrida, caminhada ou ciclismo, ou qualquer outro tipo de esporte, são realizado nas primeiras duas horas após a ingestão de determinados alimentos, como ômega 5 presente no trigo, por exemplo, sendo conhecida como anafilaxia induzida pelo exercício.

TRATAMENTO:

O tratamento da anafilaxia deve ser iniciado o mais rápido possível no hospital com a administração de adrenalina injetável diretamente no músculo e desobstrução das vias aéreas. Se necessário, o médico pode repetir a adrenalina intramuscular, a cada 5 minutos até um máximo de 3 administrações.

Além disso, outros remédios podem ser administrados como anti-histamínicos, como a difenidramina, cimetidina ou ranitidina por via intramuscular ou endovenosa, e corticoides, como a metilprednisolona ou hidrocortisona, diretamente na veia.

Para a hipotensão, pode ser administrado soro fisiológico ou uma solução cristaloide diretamente na veia. Depois disso, a pessoa fica em observação no hospital, onde são monitorados os seus sinais vitais.

Outros remédios que podem ser utilizados após a pessoa estar estabilizada, são corticoides, como metilprednisolona ou prednisolona, broncodilatadores inalatórios, como salbutamol, por exemplo.

Nos casos da pessoa ter o risco de ter reações alérgicas graves, o médico pode receitar injeção de adrenalina para a pessoa ter sempre consigo, e usar em casos de emergência, até que seja atendida no hospital.                                                                           
" A DOENÇA OU A SAÚDE VEM DO NOSSO EQUILÍBRIO INTESTINAL ".

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