sábado, maio 4

HIPOMANIA: CAUSAS, SINTOMAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

A hipomania trata-se de um estado de euforia passageira, sendo uma das principais características do transtorno bipolar, onde se prevalece a depressão. Embora parecidos, a hipomania e a mania possuem características diversas, que precisam ser analisadas em específico, para a pessoa ter o diagnóstico e tratamento adequados.  

Precisamos entender que as causas e sintomas da hipomania se apresenta em inúmeras formas. Por isso, é muito importante aprendermos mais sobre os seus detalhes, para entender se estamos passando por este problema ou também  podemos ajudar alguém. 

O QUE É HIPOMANIA:

A hipomania pode ser caracterizada como uma mania mais leve, de forma a afetar em menor escala a vida da pessoa, tendo em vista que seus sintomas são de menor intensidade. A pessoa está com uma energia inesgotável, com sensação de bem-estar excessiva, quando também são característicos problemas para dormir e aumento da libido. 

Porém, ela deve ser analisada com atenção especial, pois é uma das características do transtorno bipolar, com prevalência à depressão. Neste caso, principalmente, quando acontece oscilação entre episódios de hipomania e depressão, onde é reconhecido como bipolaridade secundária ou também chamada de Tipo 2. 

A hipomania é uma condição caracterizada por humor, pensamentos e comportamentos anormalmente eufóricos. Durante um episódio de hipomania, uma pessoa pode apresentar alegria, animação, irritação ou extravagância incomuns.  

Além disso, outros sinais podem incluir inquietação, falar muito, distração, diminuição no tempo necessário de nosso e, por fim, foco intenso em uma atividade específica. 

QUAL A DIFERENÇA ENTRE HIPOMANIA E MANIA?

A mania é descrita como uma euforia intensa que se manifesta por sintomas como agitação, irritabilidade, delírios, alucinações e gentileza exagerada. Já a hipomania é um quadro leve da mania, com menor impacto na vida do paciente e, geralmente, mais fácil de controlar.  

Assim, no caso de hipomania, a pessoa apresenta-se mais irritada, impaciente, agressiva e falante do que o normal, mas ainda tem disposição para realizar tarefas diárias. Nesse caso vale destacar que o transtorno bipolar é caracterizado pela oscilação entre crises de mania ou hipomania e episódios depressivos. 

Devemos entender que ao se alternarem episódios maníacos e depressivos, a doença é denominada transtorno bipolar primário ou tipo 1. Ao passo que quando há oscilação entre hipomania e depressão, trata-se de transtorno bipolar secundário ou tipo 2. 

QUAIS SÃO AS CAUSAS DA HIPOMANIA:

Primeiramente, a hipomania tem como uma de suas principais causas o desenvolvimento do transtorno bipolar. Entretanto, ela poderá advir de outros causas, separei algumas. 

depressão; 
estresse intenso; 
efeito colateral de medicamento; 
privação de sono; 
uso de drogas ou álcool; 
predisposição genética; 
fatores bioquímicos no cérebro. 

Hipomania e transtorno bipolar 
Quando uma pessoa com transtorno bipolar vivencia um episódio de hipomania, ela pode experimentar sentimentos de felicidade, energia e vivacidade por vários dias. Porém, na sequência, a mesma pessoa tende a se sentir deprimida e, até mesmo, envergonhada com suas atitudes durante o episódio de hipomania. 

Pode acontecer, inclusive, da pessoa, durante o período de hipomania, assumir responsabilidades que não conseguirá assumir ou até se esquecerem do compromisso firmado. Além disso, após dias de hiperatividade e sono insuficiente, as pessoas que sofrem com crises de hipomania, resultantes de transtorno bipolar, podem se sentir extremamente cansadas e letárgicas. 

Sobremaneira, é fundamental para quem sofre de transtorno bipolar compreender quais são seus gatilhos que desencadeiam as crises de hipomania. Como, por exemplo, ser o uso de substâncias, a falta de sono ou o estresse. Pois, se uma hipomania tiver início, o indivíduo pode usar estratégias de enfrentamento que serão eficazes para diminuir alguns dos sintomas. 

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINTOMAS DO HIPOMANIACO?

Precisamos entender que a hipomania é considerada um transtorno menos intenso do que a mania. Assim, seus sintomas incluem altos níveis de energia, ansiedade, inquietação e impulso descontrolado, mas são percebidos em níveis menores que os presentes na mania. 

É importante entender que os episódios hipomaníacos costumam durar apenas alguns dias ou semanas. Porém, ainda que a pessoa consiga lidar com esse distúrbio, é recomendável que se procure um profissional de saúde para reduzir os efeitos nocivos em sua vida pessoal e profissional. Afinal, a hipomania, assim como a mania, pode ser prejudicial à saúde mental e induzir a tomada de decisões perigosas. 

O mais importante é enfatizar que não existe uma relação direta entre hipomania e transtorno bipolar. Assim, nos casos suspeitos, a recomendação é buscar uma consulta psiquiátrica para que seja possível realizar um diagnóstico correto e, consequentemente, iniciar o tratamento o mais rápido possível. 

Contudo, dentre os principais sintomas da hipomania, podemos destacar os seguintes: 

autoestima elevada, porém, sem episódios delirantes; 
diminuição na necessidade de sono; 
falta de concentração; 
prática de atividades específicas, mais objetivas e direcionadas; 
agitação psicomotora; 
se envolver em atividades arriscadas, que podem trazer consequências negativas graves.

O que muitas vezes acontece é a hipomania passar despercebida, sendo confundida com o aumento saudável no humor. Algumas pessoas podem acreditar que estes sintomas fazem parte da sua personalidade, quando, na verdade eles não são normais. 

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA HIPOMANIA?

Para se diagnosticar hipomania, é necessário que ocorra uma combinação de sintomas e características específicas. Dentre elas, se destaca o humor animado de forma extrema, que se torna anormal, expansivo e, até mesmo, irritável. Sendo que para ser caracterizada o distúrbio, deve esse estado permanecer por, ao menos, quatro dias. 

Nesse sentido, o que se destaca na hipomania é a falta de alteração desse humor elevado, que se destoa significativamente do humor visto comumente nas pessoas. Ainda, importante que, durante a realização do diagnóstico – lembrando, que deve ser feito por um profissional especializado em saúde mental -, se verifique a diferença entre a hipomania e a mania. 

PRINCIPAIS TRATAMENTOS PARA HIPOMANIA: 

No geral, os tratamentos para distúrbios da mente envolvem, principalmente, o nível da doença e também o comprometimento do paciente para aceitá-la e buscar ajuda necessária. Assim, para hipômano, importante evitar a negação e procurar ajuda de profissionais especializados na saúde mental.  

Os tratamentos para hipomania são voltando, em sua maioria, para diminuição dos seus episódios, para redução dos conflitos que estes causam. Assim, dentre os mais recomendados, está o tratamento através de sessões de terapia, onde o paciente terá ajuda aprender a lidar com as crises e, até mesmo, eliminá-las.  

Entretanto, nos casos mais graves, é recomendado o tratamento multidisciplinar, procurando ajuda também de um médico psiquiatra. Que, então, possivelmente receitará o uso de medicamentos, como ansiolíticos e antidepressivos.  

CONCLUSÃO:

Portanto, é importante entender que a hipomania pode afetar significativamente o bem-estar e qualidade de vida da pessoa, principalmente advêm do transtorno de personalidade. Sendo assim, o tratamento com profissionais especializados na saúde mental é primordial para que, assim, o indivíduo entenda sua doença e aprenda como enfrentá-la. 

quarta-feira, maio 1

ANATOMIA DO NARIZ: FUNÇÃO, VASCULARIZAÇÃO E CAVIDADE

O nariz é o órgão do aparelho respiratório que fica situado acima do palato duro e no andar médio da face, contendo o órgão periférico do olfato. 

O nariz carrega importantes aspectos estéticos e funcionais. Sua presença é fundamental para a concepção de uma face normal " podendo ser acometida por enfermidades sistêmicas, como no caso da hanseníase virchowiana, por exemplo " mesmo que se apresente de tamanhos e formatos distintos, baseados em aspectos étnicos e raciais. 

QUAL A FUNÇÃO DO NARIZ?

Além da sua participação fundamental na estética facial, o nariz tem relevantes funções de inspiração e expiração do ar de que necessitamos.

Esta estrutura apresenta condições anatômicas especiais para desempenhar as seguintes funções: olfação, respiração, filtração de impurezas e umidificação do ar inspirado, além de recepção e eliminação de secreções dos seios paranasais e ductos lacrimonasais.

ANATOMIA DO NARIZ:

Está incluída a parte externa do nariz, o esqueleto e a cavidade nasal, que é dividida em direita e esquerda pelo septo nasal. 

COMO É A PARTE EXTERNA DO NARIZ?

A parte externa do nariz é a porção visível externamente do órgão, que se projeta na face. Seu esqueleto estrutural é principalmente cartilaginoso. As dimensões e o formato dos narizes variam muito, principalmente por causa das diferenças nessas cartilagens. 

O dorso do nariz estende-se da raiz até o ápice " ou, ponta " do nariz. A face inferior do nariz é perfurada por duas aberturas piriformes, as narinas " aberturas nasais anteriores " , que são limitadas lateralmente pelas asas do nariz. A parte óssea superior do nariz, inclusive sua raiz, é coberta por pele fina.

A pele sobre a parte cartilaginosa, móvel e macia do nariz é coberta por pele mais espessa, que contém muitas glândulas sebáceas " comum surgir muitas acnes e comedões" A pele estende-se até o vestíbulo do nariz " região interna, após as narinas ", onde há um número variável de pêlos rígidos "chamados de vibrissas ". 

As vibrissas geralmente estão úmidas, e atuam na filtração de partículas de poeira do ar que adentra a cavidade nasal. A junção da pele e da túnica mucosa está além da área que tem pelos, mais posteriormente.

ESQUELETO DE SUSTENTAÇÃO DO NARIZ:

O esqueleto de sustentação do nariz é formado por duas estruturas: osso e cartilagem hialina. 

A parte óssea do nariz consiste em ossos nasais, processos frontais das maxilas, parte nasal do osso frontal e sua espinha nasal, e partes ósseas do septo nasal. 

Já a parte cartilaginosa do nariz é formada por cinco cartilagens principais: duas cartilagens laterais " processos laterais das cartilagens do septo ", duas cartilagens alares " que formam as asas do nariz " e uma cartilagem do septo. 

As cartilagens alares, em forma de U, são livres e móveis. Elas dilatam ou estreitam as narinas quando há contração dos músculos que atuam sobre o nariz, sendo comum o surgimento do sinal semiológico  "batimento de asa de nariz " quando lactentes e crianças apresentam importante desconforto e esforço respiratório.. 

O septo nasal divide a cavidade nasal em duas partes, região esquerda e região direita. Ele é formado por uma parte óssea e uma parte cartilaginosa móvel flexível. Os principais componentes do septo nasal são a lâmina perpendicular do osso etmoide, o vômer e a cartilagem do septo. 

A fina lâmina perpendicular do etmoide, que forma a parte superior do septo nasal, desce a partir da lâmina cribriforme. Superiormente a essa lâmina ela se estende como a crista etmoidal. O vômer, um osso fino e plano, forma a parte posteroinferior do septo nasal, com alguma contribuição das cristas nasais da maxila e do palatino. 

A cartilagem do septo tem uma articulação importante com as margens do septo ósseo.

CAVIDADE NASAL DO NARIZ:

São as regiões abertas entre cada lado do nariz e o septo, ou seja, são bilaterais " direita e esquerda ". A entrada da cavidade nasal é anterior, através das narinas. Posteriormente a cavidade se encerra na parte nasal da faringe, sendo finalizada nos cóanos.

Trata-se de uma porção anatômica revestida por túnica mucosa, com exceção do vestíbulo nasal, que é revestido por pele. A túnica mucosa do nariz está firmemente unida ao periósteo e pericôndrio dos ossos e cartilagens que sustentam o nariz. 

A túnica mucosa é contínua com o revestimento de todas as câmaras com as quais as cavidades nasais se comunicam, como a parte nasal da faringe na parte posterior, os seios paranasais nas regiões superior e lateral, e com o saco lacrimal e a túnica conjuntiva na parte superior. 

Os dois terços inferiores da túnica mucosa do nariz correspondem à área respiratória e o terço superior é a área olfativa. Fisiologicamente, o ar inspirado pelo nariz passa sobre a área respiratória, onde é aquecido e umedecido antes de atravessar o restante das vias respiratórias superiores até os pulmões. 

A área olfativa contém o órgão periférico do olfato, " região com epitélio especializado, formado por células quimiorreceptoras dotadas de prolongamentos muito sensíveis, cílios ".

Na inspiração, as narinas captam inúmeras moléculas dispersas no ar e as levam até essa área posterior da cavidade, permitindo contato dessas partículas de odor e fragrância com o receptor, levando a uma resposta sensorial importante e a percepção sensitiva de cheiros e aromas  "olfato ".

Nas cavidades, são encontrados as conchas nasais " superior, média e inferior " que se curvam em sentido inferomedial, pendendo da parede lateral como persianas ou cortinas curtas. As conchas ou cornetos são estruturas muito convolutas, semelhantes a rolos, que oferecem uma grande área de superfície para troca de calor.

Tanto seres humanos com conchas nasais simples, semelhantes a lâminas, quanto animais com conchas complexas, têm um recesso ou meato nasal  "passagem na cavidade nasal " sob cada formação óssea. Desse modo, a anatomia da cavidade nasal pode ser dividida em cinco passagens: 

um recesso esfenoetmoidal posterossuperior;
três meatos nasais laterais "superior, médio e inferior ";
um meato nasal comum medial, no qual se abrem as quatro passagens laterais. 

A concha nasal inferior é a mais longa e mais larga sendo formada por um osso independente " de mesmo nome, concha nasal inferior " coberto por uma túnica mucosa que contém grandes espaços vasculares que aumentam afetando o calibre da cavidade nasal. Já as conchas nasais média e superior são processos mediais do osso etmoide. 

A infecção ou irritação da túnica mucosa pode ocasionar o rápido surgimento de edema, com obstrução de uma ou mais vias nasais daquele lado, gerando obstrução nasal e dificuldade para respirar, como na rinite alérgica.

Quanto aos limites das cavidades nasais, infere-se que elas possuem teto, assoalho e paredes medial e lateral, bem definidas: 

TETO:

curvo e estreito, com exceção da extremidade posterior, onde o corpo do esfenoide, que é oco, forma o teto. É dividido em três partes " frontonasal, etmoidal e esfenoidal ", nomeadas de acordo com os ossos que formam cada parte.

ASSOALHO:

O assoalho é mais largo do que o teto e é formado pelos processos palatinos da maxila e pelas lâminas horizontais do palatino.
Parede medial: é formada pelo septo nasal

PAREDES LATERAIS:

As paredes laterais são irregulares por causa de três lâminas ósseas, as conchas nasais, que se projetam inferiormente, como persianas. 

VASCULARIZAÇÃO DO NARIZ:

A irrigação arterial das paredes medial e lateral da cavidade nasal tem cinco origens: 

Artéria etmoidal anterior da artéria oftálmica;
Artéria etmoidal posterior da artéria oftálmica;
Artéria esfenopalatina da artéria maxilar;
Artéria palatina maior da artéria maxilar;

Ramo septal da artéria labial superior da artéria facial. 
A parte anterior do septo nasal é a sede de um plexo arterial anastomótico do qual participam todas as cinco artérias que vascularizam o septo área de Kiesselbach. 

A drenagem venosa fica sob responsabilidade de um rico plexo venoso submucoso situado profundamente à túnica mucosa do nariz e proporciona escoamento sanguíneio por meio das veias esfenopalatina, facial e oftálmica. O plexo venoso é uma parte importante do sistema termorregulador do corpo, trocando calor e aquecendo o ar antes de entrar nos pulmões. 

O sangue venoso do nariz drena principalmente para a veia facial através das veias angular e nasal lateral. Cabe lembrar que a vascularização nasal está localizada no “triângulo perigoso” da face em razão das comunicações com o seio cavernoso.

Em relação à inervação do nariz, sabe-se que a inervação da região posteroinferior da túnica mucosa do nariz é feita principalmente pelo nervo maxilar, através do nervo nasopalatino para o septo nasal, e os ramos nasal lateral superior posterior e nasal lateral inferior do nervo palatino maior até a parede lateral.

A inervação da parte anterossuperior provém do nervo oftálmico " NC V, em seu primeiro ramo "  através dos nervos etmoidais anterior e posterior, ramos do nervo nasociliar. A maior área da parte externa do nariz " dorso e ápice " também é suprida pelo NC V.

Os nervos olfatórios, associados ao olfato, originam-se de células no epitélio olfatório na parte superior das paredes lateral e septal da cavidade nasal. Os processos centrais dessas células " que formam o nervo olfatório " atravessam a lâmina cribriforme e terminam no bulbo olfatório, a expansão rostral do trato olfatório, no sistema nervoso central.

terça-feira, abril 30

NUTRACÊUTICOS: COMO PODEM AUXILIAR NA SAÚDE HUMANA

Pesquisas mostram um alto índice de pessoas que vivem com obesidade, hipertensão, diabetes ou câncer. 

Essa situação demonstra que, cada vez mais, é necessário  dar atenção à alimentação e a um estilo de vida saudável, essenciais para quem busca curar ou evitar patologias e, até mesmo, garantir longevidade e qualidade de vida.

Mesmo assim ainda é muito difícil seguir uma dieta equilibrada devido a correria do dia a dia. 

Portanto vamos entender mais um pouco sobre os nutracêuticos e como eles podem nos auxiliar nesse processo. 

O QUE SÃO OS NUTRACÊUTICOS?

O termo, criado em 1989 pela Foundation for Innovation in Medicine dos Estados Unidos, é definido como “uma substância que pode ser um alimento ou parte de um alimento que proporciona benefícios medicinais, incluindo prevenção ou tratamento de doenças”. 

A legislação brasileira não apresenta nenhuma nomenclatura oficial para o termo nutracêuticos, entretanto, pode ser chamado como substância bioativa, que seria a definição oficial mais compatível.  A substância bioativa é definida como nutrientes ou não nutrientes que possuem ação metabólica ou fisiológica específica.

HÁBITOS ALIMENTARES:

compreendem um dos fatores não genéticos mais importantes para a longevidade. Alguns alimentos possuem compostos bioativos que podem auxiliar na prevenção de doenças, podendo ser comercializados em diferentes apresentações farmacêuticas como cápsulas ou comprimidos.

QUAL A INFLUÊNCIA DOS NUTRACÊUTICOS NA SAÚDE HUMANA?

De maneira geral, os nutracêuticos são reconhecidos como suplementos alimentares que fornecem de forma concentrada um composto bioativo presente nos alimentos, com o objetivo de trazer benefícios à saúde. Lembrando que o termo não deve ser confundido com o de alimentos funcionais, que inclui alimentos prontos para o consumo, seja ele integral, fortificado, enriquecido ou melhorado, com efeito potencialmente benéfico à saúde quando consumidos regularmente.

Os nutracêuticos possuem o objetivo de melhorar a saúde através de seus efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e moduladores do sistema imunológico. Promovem bem-estar, regulam e equilibram o organismo, fornecendo compostos que complementam a alimentação. Dessa forma  podem prevenir doenças e auxiliar na redução de sintomas  de determinadas doenças.

SEPAREI ALGUNS NUTRACÊUTICOS MAIS COMUNS:

ÔMEGA-3:

Encontrado principalmente no óleo de peixe de linhaça, auxilia na redução do risco de doenças cardiovasculares e degenerativas, tem função anti-inflamatória, auxiliando em diversas doenças, tais como câncer, asma e rinite;

LICOPENO:

Presente na melancia, goiaba, tomate, entre outros. Auxilia na redução do risco de doenças cardiovasculares e ajuda na proteção contra o câncer;

PROBIÓTICOS:

Presentes no leite fermentado e iogurtes. Atuam no bom funcionamento do intestino e auxiliam na redução do risco de câncer de intestino por exemplo. 

QUERCENTINA: 

Principal flavonóide na alimentação, é encontrada em alimentos como cebola, maçã, brócolis, entre outros. Potente antioxidante e anticarcinogênico, com efeitos protetores aos sistemas renal, cardiovascular e hepático.

LUTEINA: 

Carotenóide de pigmentação amarela encontrado em vegetais folhosos verde escuro, milho, gema do ovo, entre outros. Auxilia na redução do risco de doenças oculares relacionadas à idade, como degeneração macular (DM) e catarata;

ZEAXANTINA:

Carotenóide de pigmentação amarelo-alaranjada encontrado no ovo, brócolis, milho, dentre outros. Possui ação antioxidante que previne o envelhecimento, reduz o colesterol LDL, promove proteção à visão e estimula o sistema imunológico;

RESVERATROL:

Eencontrado nas cascas de uvas roxas. Potente ação antioxidante, protege o interior dos vasos sanguíneos, reduz o colesterol LDL, auxilia na prevenção do câncer, na melhora da cognição e no aspecto da pele.

CONCLUSÃO:

A suplementação de nutracêuticos não substitui uma alimentação equilibrada, mas pode auxiliar na melhora do funcionamento do organismo, potencializando um excelente resultado para o ser humano. 

segunda-feira, abril 29

SISTEMA GENITAL FEMININO: FISIOLOGIA E PRINCIPAIS FUNÇÕES

O sistema genital feminino é composto por dois grupos de órgãos, os internos e os externos.

Os órgãos internos são o útero, os ovários, as tubas uterinas e a vagina. Já os externos são o monte do púbis, os grandes lábios, os pequenos lábios e o clitóris.

FISIOLOGIA DOS OVÁRIOS:

Os ovários, parte crucial do sistema genital feminino, desempenham funções vitais na produção de óvulos e na regulação hormonal. A ovogênese, processo de formação de óvulos, ocorre periodicamente, resultando na maturação de um óvulo maduro durante cada ciclo menstrual.

CICLO MESTRUAL:

Intrinsecamente ligado aos ovários, é governado por flutuações hormonais. Estrogênio e progesterona, os principais hormônios sexuais femininos, são liberados pelos ovários em diferentes fases do ciclo. O momento crucial é a ovulação, quando um óvulo é liberado de um dos ovários, estimulado pelo hormônio luteinizante (LH).

Após a ovulação, o folículo transforma-se no corpo lúteo, que secreta progesterona e estrogênio. Esses hormônios preparam o útero para a possível implantação de um óvulo fertilizado. Se a gravidez não ocorre, o corpo lúteo degenera, diminuindo os níveis de progesterona e iniciando um novo ciclo menstrual.

Os ovários, portanto, são centrais na orquestração de eventos hormonais e reprodutivos. Seu papel na produção de óvulos e regulação hormonal é essencial para a saúde e a fertilidade femininas.

PRINCIPAISFUNÇÕES DO ÚTERO:

O útero, também conhecido como matriz, é um órgão fundamental no sistema genital feminino. Sua forma é semelhante à de uma pera, e sua localização na pelve torna-o central para o processo reprodutivo.

O útero é composto por três camadas distintas. A camada interna, chamada endométrio, é vital durante o ciclo menstrual. Ao longo desse ciclo, o endométrio passa por mudanças cíclicas, espessando-se e se tornando mais vascularizado em preparação para a possível implantação de um óvulo fertilizado.

No cenário de uma gravidez bem-sucedida, o útero é o local onde o embrião se implanta e se desenvolve. O miométrio, a camada muscular do útero, desempenha um papel crucial nas contrações uterinas durante o parto.

Além disso, o útero está conectado ao colo do útero, que se abre para a vagina. O colo do útero é um ponto-chave na saúde reprodutiva, sendo o local onde ocorre a coleta de células para exames como o Papanicolau, importante na detecção precoce de condições como o câncer cervical.

TUBAS UTERINAS:

Estrutura essencial no sistema genital feminino as tubas
uterinas, também conhecidas como trompas de Falópio, são estruturas tubulares essenciais no sistema genital feminino. Elas conectam os ovários ao útero, desempenhando um papel crucial no processo de fertilização.

Essas tubas têm aproximadamente 10 a 12 centímetros de comprimento e são compostas por três partes principais: a infundíbulo, o amplo e o ístmo. O infundíbulo é a parte alargada próximo ao ovário, e sua extremidade tem projeções em forma de dedos chamadas fímbrias, que ajudam a capturar o óvulo liberado durante a ovulação.

Quando um óvulo é liberado de um dos ovários, as fímbrias ajudam a guiá-lo para o interior da tuba uterina. A fertilização geralmente ocorre na ampola, a parte média da tuba, onde o óvulo pode encontrar um espermatozoide.

FUNÇÕES DAS TUBAS UTERINAS:

As tubas uterinas desempenham um papel crucial na fertilização, mas também têm funções adicionais. Elas proporcionam um ambiente propício para a fertilização, facilitando a união dos gametas masculino e feminino.

Além disso, as células ciliadas ao longo das tubas ajudam a transportar o óvulo fertilizado em direção ao útero. É importante notar que, em casos de obstrução ou danos às tubas uterinas, a fertilidade pode ser afetada, dificultando a ocorrência natural da gravidez. Portanto, a saúde e a funcionalidade das tubas uterinas são cruciais para o sucesso do processo reprodutivo  feminino.

VAGINA:

A vagina é um órgão tubular e muscular do sistema genital  feminino, localizado entre a vulva e o colo do útero. Este canal flexível é responsável por várias funções, incluindo o ato sexual, a passagem do fluxo menstrual e a via de parto durante o parto.

Anatomicamente, a vagina é constituída por tecidos musculares e membranas mucosas. Sua elasticidade permite acomodar mudanças de tamanho durante o ato sexual e, mais notavelmente, durante o parto, quando se expande para permitir a passagem do bebê.

Esse órgão também desempenha um papel importante na autolimpeza. As glândulas na parede vaginal produzem um muco que ajuda a manter a umidade e o equilíbrio bacteriano adequado, contribuindo para a saúde geral da região.

A flora vaginal, composta por bactérias benéficas, é uma parte fundamental do sistema imunológico local, ajudando a prevenir infecções. No entanto, desequilíbrios podem ocorrer, levando a infecções fúngicas ou bacterianas, destacando a importância da higiene adequada e do monitoramento da saúde vaginal.

Em termos de saúde reprodutiva, a vagina serve como o canal de parto, permitindo que o bebê passe do útero para o mundo exterior. Durante o ciclo menstrual, ela também desempenha um papel na saída do fluxo menstrual.

MONTE DO PÚBIS:

O monte do púbis é uma região rica em tecido adiposo, localizada à frente da sínfise púbica.

GRANDES LÁBIOS:

Os grandes lábios são pregas cutâneas que protegem o óstio da uretra, o clitóris e a vagina. Os pequenos lábios circundam o vestíbulo da vagina, também como fator de proteção.

CLITÓRIS:

O clitóris é um órgão erétil com grande quantidade de terminações nervosas sensitivas que atuam exclusivamente na estimulação sexual.

PUBERDADE FEMININA:

Durante a puberdade, o hipotálamo inicia gradualmente a liberação do GnRH, que estimula a hipófise a secretar de hormônios gonadotróficos: LH e FSH. Esse hormônios estimulam os ovários a produzir os hormônios sexuais femininos, levando a menarca, a primeira menstruação de uma mulher, que marca o início de sua vida reprodutiva.

A menarca pode ocorrer entre 9 e 16 anos, com idade média, no Brasil, de 12 anos e 4 meses. Os primeiros ciclos menstruais costumam ser irregulares e podem permanecer assim por até 2 ou 3 anos.

Chamamos de menacme o período fértil da mulher. Este intervalo de tempo ocorre entre a menarca e a menopausa. Durante o menacme acontecem os ciclos sexuais mensais femininos ou ciclos menstruais. A duração média do ciclo menstrual é de 28 dias, variando entre 25 e 35 dias. Nesse período de 28 dias, existem 2 diferentes ciclos que ocorrem ao mesmo tempo: o ciclo ovariano e o ciclo endometrial.

FISIOLOGIA DA MENOPAUSA:

A menopausa é uma fase natural na vida de uma mulher que marca o fim da sua capacidade reprodutiva. Ela ocorre geralmente entre os 45 e 55 anos, embora a idade exata possa variar. Durante esse período, a fisiologia do corpo feminino passa por várias mudanças significativas devido à diminuição dos hormônios sexuais, especialmente estrogênio e progesterona.

Na menopausa, os ovários diminuem gradualmente a produção de óvulos e hormônios reprodutivos. As mulheres podem passar por vários sintomas, incluindo ondas de calor, sudorese noturna, alterações de humor, secura vaginal, diminuição da libido e alterações no sono.

domingo, abril 28

TUMORES CÉREBRAIS NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

O cérebro é o centro do pensamento, sentimento, memória, fala, visão, audição, movimento, entre outros. A medula espinhal e os nervos cranianos transmitem os sinais entre o cérebro e o corpo. Esses sinais conduzem aos músculos informações entendidas pelos sentidos e coordenam as ações dos órgãos internos.

O cérebro é protegido pelos ossos do crânio. Da mesma forma, a medula espinhal é protegida pelos ossos da coluna vertebral.

O cérebro e a medula espinhal são rodeados e protegidos pelo líquido cefalorraquidiano (LCR). O LCR contém basicamente água com proteínas, açúcar (glicose), glóbulos brancos e hormônios. Esse líquido é produzido pelo plexo coroide, que está localizado nos ventrículos. Tanto os ventrículos, como os espaços em torno do cérebro e da medula espinhal são preenchidos com LCR.

ESTRUTURA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL:

Sistema nervoso central
As principais áreas do SNC incluem o cérebro, cerebelo e tronco cerebral. Cada uma destas partes tem uma função especial.

CÉREBRO:

O cérebro é o centro de controle do corpo enviando mensagens ao longo das fibras nervosas. O cérebro é dividido em duas metades, os hemisférios cerebrais direito e esquerdo. Os hemisférios cerebrais controlam o movimento, o pensamento, a memória, as emoções, os sentidos e a fala. Os sintomas causados por um tumor num hemisfério cerebral dependendo da sua localização, podem incluir convulsões, problemas na fala, mudanças de humor, mudanças na personalidade, fraqueza ou paralisia em parte do corpo, problemas na visão ou na audição ou em outros sentidos.
 
CEREBELO:

O cerebelo está localizado abaixo e na parte posterior do cérebro. O cerebelo mantém o equilíbrio e a postura, controla o tônus muscular e os movimentos voluntários. Os tumores do cerebelo podem causar problemas de coordenação dos movimentos, perda do equilíbrio, diminuição do tônus da musculatura esquelética, problemas de deglutição ou sincronização dos movimentos oculares, e alteração do ritmo da fala.
 
TRONCO CÉREBRAL:

O tronco cerebral ou tronco encefálico está situado entre a medula espinhal e o cérebro. É a área do SNC responsável pelo controle da pressão arterial, deglutição, respiração e batimentos cardíacos. O tronco cerebral possui três porções: o bulbo raquidiano, a ponte (protuberância) e o mesencéfalo. É no tronco encefálico que se encontra fixo o cerebelo. Tumores nesta região podem provocar fraqueza, visão dupla, rigidez muscular ou problemas com a sensibilidade, movimentos dos olhos, audição, movimento facial, coordenação dos pés ou deglutição.
 
NERVOS CRANIANOS:

Os nervos cranianos são os que se conectam com o encéfalo. Esses nervos transmitem sinais diretamente entre o cérebro e o rosto, olhos, língua, boca e algumas outras áreas. Os tumores que acometem os nervos cranianos podem provocar problemas de visão, problemas de deglutição, perda de audição, paralisia facial, dormência ou dor, entre outros.
 
MEDULA ESPINHAL:

A medula espinhal é composta por fibras nervosas que transportam sinais relacionados ao controle muscular, sensação e controle da bexiga e intestino. Os tumores da medula espinhal podem provocar fraqueza, paralisia ou dormência.

SISTEMA NERVOSO CENTRAL:

GLÂNDULA PITUITÁRIA E HIPOTÁLAMO:

A glândula pituitária ou hipófise é uma glândula, situada na sela túrcica (cavidade óssea localizada na base do cérebro), ligado ao hipotálamo pelo pedúnculo hipofisário. A hipófise é responsável por várias funções do organismo como crescimento, metabolismo, produção de corticoides naturais, menstruação e produção de óvulos, produção de espermatozoides, e produção de leite nas mamas. O crescimento de tumores próximos à glândula pituitária ou do hipotálamo, assim como a cirurgia ou radioterapia nessas áreas podem interferir nessas funções.
 
GLÂNDULA PINEAL:

A glândula pineal não é exatamente uma parte do cérebro, na verdade é uma pequena glândula endócrina localizada entre os hemisférios cerebrais. A glândula pineal produz a melatonina. Esse hormônio sincroniza os vários ritmos circadianos do organismo com o ciclo dia/noite. As alterações diárias da melatonina, com seu pico se situando durante a noite, agem em receptores do próprio hipotálamo, que se encarregam de sincronizar o ciclo vigília/sono do corpo e o funcionamento de outros hormônios. Os tumores mais frequentes da glândula pineal são denominados pineoblastomas.
 
BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA:

A barreira sangue cérebro (barreira hematoencefálica) é uma estrutura que atua principalmente para proteger o sistema nervoso central de substâncias químicas presentes no sangue, permitindo ao mesmo tempo a função metabólica normal do cérebro. É composta de células endoteliais, que são agrupadas nos capilares cerebrais. Essa densidade aumentada restringe muito a passagem de substâncias a partir da corrente sanguínea, muito mais do que as células endoteliais presentes em qualquer lugar do corpo. Infelizmente, essa barreira também impede a entrada dos medicamentos quimioterápicos usados para destruir as células cancerígenas.
 
PLEXO COROIDE:

O plexo coroide é a área do cérebro localizada dentro dos ventrículos que produz o líquido cefalorraquidiano (LCR) para nutrir e proteger o cérebro.

TIPOS DE CÉLULAS E TECIDOS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: 

O sistema nervoso central (SNC) é formado por vários tipos de células e tecidos:

NEURÔNIOS:

Os neurônios são as células mais importantes no cérebro. Eles são responsáveis pela recepção e transmissão dos estímulos do meio interno e externo, possibilitando ao organismo a execução de ações e respostas adequadas. Ao contrário de muitos outros tipos de células que podem crescer e se dividirem para reparar os danos causados por uma lesão ou uma doença, os neurônios param de se dividir cerca de um ano após o nascimento. Os neurônios não costumam formar tumores, mas muitas vezes são danificados por tumores que se iniciam nas proximidades.
 
CÉLULAS GLIAIS: 

São células de suporte do cérebro. As células gliais podem se tornar cancerígenas e crescer formando um tumor cerebral. Os tumores que se desenvolvem nas células gliais são denominados gliomas. Existem três tipos de células gliais, além de um quarto tipo denominado micróglia, que não é verdadeiramente uma célula glial, mas faz parte do sistema imunológico:

ASTRÓCITOS:

Essas células têm a função de sustentação e nutrição dos neurônios. Quando o cérebro está lesionado, os astrócitos formam o tecido de cicatrização para reparar o dano. Os principais tumores que se iniciam nestas células são os astrocitomas ou glioblastomas.

OLIGODENDRÓCITOS: 

Essas células são responsáveis pela produção da bainha de mielina, uma substância gordurosa, que tem a função de isolante elétrico para os neurônios do SNC. Os tumores que se iniciam nestas células são chamados oligodendrogliomas.

CÉLULAS EPENDIMÁRIAS: 

São células epiteliais colunares que revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinhal. Em algumas regiões, essas células são ciliadas, facilitando a movimentação do líquido cefalorraquidiano. Os tumores que se iniciam nessas células são chamados ependimomas.

MICRÓGLIA:

Eestas células participam do processo de inflamação e reparação do SNC, secretam também diversas citocinas reguladoras do processo imunológico e removem os restos celulares que surgem nas lesões do SNC.

CÉLULAS NEUROECTODÉRMICAS:

As células neuroectodérmicas são células primitivas, provavelmente remanescentes das células embrionárias, e encontradas em todo o cérebro. O tumor mais comum dessas células no cerebelo é o meduloblastoma.
 
MENINGES:

As meninges são membranas de tecido conjuntivo que revestem e protegem o cérebro e a medula espinhal. Apesar de sua função protetora, as meninges podem ser alvo de patologias importantes, como tumores benignos, meningiomas e as conhecidas meningites.

sábado, abril 27

MEDO: O QUE É? QUAIS SÃO AS CAUSAS? COMO TRATAR?

O medo faz parte da vida. Essa emoção geralmente ocorre quando você percebe uma ameaça ao seu bem-estar pessoal. Por isso, é importante saber os tipos de medo que existem e quais os tratamentos para aqueles mais persistentes.

VAMOS ENTENDER O QUE É O MEDO:

O medo pode ser descrito como a antecipação mental do perigo a ser enfrentado. Em outras palavras, é a ansiedade sentida antes de enfrentar alguma situação que põe em risco o indivíduo. vale ressaltar que sentir medo é normal e é instintivo a todo ser humano.

Dessa maneira, o medo pode levar as pessoas a experimentarem uma ampla gama de mudanças físicas e mentais. No entanto, o medo exagerado ou irracional pode se tornar prejudicial. Nessas situações, o medo tende a interferir diretamente na felicidade do indivíduo, enfraquecendo o seu senso de segurança e a sua capacidade de agir normalmente.

QUAIS SÃO OS TIPOS DE MEDO:

Sentir medo é algo que todo ser humano sente ao longo da vida. Dessa forma, não há uma idade específica para isso. Muitos nem se lembram como seu maior temor surgiu, mas o medo está lá mesmo assim. Esse sentimento é associado com a ansiedade e com o estresse e o melhor é saber que existe cura.

Como o medo é comum a todos os seres humanos, existem vários tipos de medo. Portanto saber qual é o tipo de medo que você sente pode ser essencial para o autoconhecimento e, se houver necessidade, para um tratamento.
Separei alguns tipos de medo mais comuns que existem:

Falar em público;
Ficar sozinho;
Morrer;
Altura;
Voar;
Sangue;
Escuro;
Lugar fechado;
Ficar doente;
Tempestade;
Animais;
Injeção.

O QUE CAUSA O MEDO?

É provável que todas as pessoas vão vivenciar algum tipo de medo algum dia. Os humanos e os animais possuem reações inatas a certos estímulos, como ruídos inesperados ou altos. Alguns desses estímulos podem variar de uma pessoa para outra. No entanto, alguns tipos de medo são mais frequentemente vistos na maioria das pessoas.

Além disso, novos medos são frequentemente aprendidos todos os dias. Assim, estímulos indutores de medo associados com objetos ou eventos que normalmente não são assustadores podem causar novos medos.

Os efeitos do medo no cérebro
A resposta de uma pessoa ao perigo geralmente envolve muitas áreas diferentes do cérebro. Entretanto, pesquisadores no campo da psicologia identificou a amígdala como essencial no processamento do medo. Quando uma pessoa é confrontada com uma situação potencialmente perigosa, a amígdala envia sinais excitatórios para outras áreas do cérebro. Desse modo, é possível garantir que essas áreas se tornem mais alertas.

Um estudo seguiu uma mulher com doença de Urbach-Wiethe, uma condição que resulta no enrugamento e endurecimento de partes do cérebro. Nesse caso, partes de sua amígdala tinham sido afetadas. Assim, ela não sentia medo quando se deparava com casas assombradas, grandes aranhas ou cobras venenosas.

No entanto, ainda assim experimentou forte medo quando solicitada a inalar dióxido de carbono (um gás que causa asfixia).

Portanto, algo ficou claro para os pesquisadores: ainda que fatores externos perigosos não desencadeiam uma resposta de medo, ameaças à saúde interna podem causar. Isso ocorre principalmente pelo fator de sobrevivência.

OS EFEITOS FÍSICOS E EMOCIONAIS DO MEDO:

Sem o medo, as chances de sobrevivência de um indivíduo provavelmente diminuiriam. Desta forma, o medo pode ser saudável. Ele ajuda as pessoas a se afastarem de situações perigosas, prejudiciais ou ainda fatais ao desencadear uma resposta de luta ou de fuga. Assim, é uma reação corpórea que pode ser extremamente útil ao ser humano.

O medo pode fazer ainda com que alguém experimente uma percepção aprimorada do espaço e do tempo. Além disso, os sentidos de visão, audição e olfato podem ser aumentados. Ademais, em situações de risco de vida, esses ajustes na percepção podem aumentar a chance de sobrevivência de uma pessoa. Portanto o medo frequentemente afeta as pessoas física e emocionalmente.

ALTERAÇÕES FÍSICAS CAUSADA PELO MEDO:

Você pode experimentar uma variedade de respostas físicas ao sentir medo como, separei alguns exemplo:

Paralisia temporária;
Batimento cardíaco irregular;
Dor de estômago, dor de cabeça ou náuseas;
Tontura ou desmaio;
Suor;
Chorar;
Tensão muscular (contrair-se ou tremer);
Engasgar-se;
Padrões de sono irregulares;
Perda de apetite;
Respiração rápida ou superficial.
Alterações psicológicas causadas pelo medo
Os efeitos psicológicos do medo também podem ser representados por diversos sintomas, separei alguns exemplos.

Pensamentos intrusivos ou perturbadores;
Perda de foco;
Confusão;
Terror;
Ansiedade;
Raiva;
Desespero;
Dormência;
Desamparo.

MEDO E A SAÚDE MENTAL:

O medo tem sido associado a inúmeras preocupações com a saúde mental e comportamental. Portanto, é fundamental o equilíbrio desse sentimento para que uma pessoa viva de forma saudável.

Por exemplo, os problemas de ansiedade geralmente envolvem o medo de um evento ou ocorrência futura. As pessoas afetadas por alucinações ou delírios também podem experimentar altos níveis de medo.

Além disso, indivíduos afetados por humores negativos podem ficar com medo de certos acontecimentos como rompimento, perda ou fracasso.

Assim, o medo é listado como um fator contribuinte ou sintoma de condições, separei alguns. 

Ansiedade generalizada;
Fobias Específicas;
Obsessões e compulsões;
Ansiedade social;
Paranoia;
Pânico;
Estresse pós-traumático;
Depressão;
Esquizofrenia. 

Diferença entre medo e fobia
Há uma distinção entre medo e fobia. Enquanto o medo é uma resposta emocional a uma ameaça real ou percebida, uma fobia, no entanto, é semelhante a um medo com uma diferença: a ansiedade é tão forte que interfere na qualidade de vida do indivíduo. Portanto, o medo intenso característico da fobia geralmente é desproporcional à ameaça real daquilo.

Além disso, a fobia muitas vezes paralisa o indivíduo ou faz com que ele evite determinados lugares e situações. Se você apresenta sinais de medo constante ou incapacitante, é necessário buscar ajuda profissional.

TRATAMENTO:

O tratamento mais recomendado para o medo irracional é a terapia. Contudo, a terapia deve ser feita com um profissional qualificado da área. Nesse contexto, você pode consultar um psicólogo, terapeuta ou psicanalista. Em casos mais graves, contudo, é indicado realizar uma análise médica psiquiátrica.

A saúde da mente é essencial para o equilíbrio humano e através da terapia é possível chegar à cura. Portanto, quanto mais cedo a pessoa procurar tratamento, maiores são as chances de levar uma vida normal.

CONCLUSÃO:

Ao longo do artigo, vimos que o medo é inato do ser humano. Dessa forma, é essencial para criar alertas em casos de emergência. Assim, o medo é indispensável para a sobrevivência da espécie. No entanto, quando há um excesso de medo é preciso averiguar a sua origem.

Também podemos perceber os tipos mais comuns de medo e os seus efeitos no organismo humano. Além disso, é importante distinguir o medo da fobia. A fobia, por sua vez, é um medo patológico e que precisa ser tratado. Para isso, é necessário o acompanhamento do profissional de saúde a fim de obter a cura.

 " NÃO DEIXE QUE O MEDO ATRAPALHE A SUA CONFIANÇA "

sexta-feira, abril 26

CISTITE: CAUSAS, SINTOMAS, PREVENÇÃO E TRATAMENTO

Cistite é uma infecção e/ou inflamação da bexiga. Em geral, é causada pela bactéria Escherichia coli, presente no intestino e importante para a digestão. No trato urinário, porém, essa bactéria pode infectar a uretra (uretrite), a bexiga (cistite) ou os rins (pielonefrite). Outros microorganismos também podem provocar cistite. Homens, mulheres e crianças estão sujeitos à cistite. No entanto, ela ocorre mais nas mulheres porque as características anatômicas femininas favorecem sua ocorrência. A uretra da mulher, além de muito mais curta que a do homem está mais próxima do ânus. Nos homens, depois dos 50 anos, o crescimento da próstata provoca retenção de urina na bexiga e pode causar cistite.

SINTOMAS:

Necessidade urgente de urinar com frequência;
Quantidade pequena de urina eliminada em cada micção;
Ardor durante a micção;
Dores na bexiga, nas costas e no baixo ventre;
Febre;
Sangue na urina nos casos mais graves.

TRATAMENTO:

O tratamento das cistites infecciosas requer o uso de antibióticos ou quimioterápicos que serão escolhidos de acordo com o tipo de bactéria encontrada no exame laboratorial de urina. Especialmente nas mulheres, o retorno das cistites pode ser frequente e mais grave, mas, se o tratamento for seguido à risca, a probabilidade de cura é grande. Por isso, é preciso tomar os medicamentos respeitando o tempo recomendado pelo médico mesmo que os sintomas tenham desaparecido com as primeiras doses.

PREVENÇÃO:

Beba muita água. O líquido ajuda a expelir as bactérias da bexiga;
Urine com frequência. Segurar a urina na bexiga por longos períodos é uma contraindicação importante. Urinar depois das relações sexuais favorece a eliminação das bactérias que se encontram no trato urinário;
Redobre os cuidados com a higiene pessoal. Mantenha limpas as regiões da vagina e do ânus;
Evite roupas íntimas muito justas ou que retenham calor e umidade, porque facilitam a proliferação das bactérias;
Suspenda o consumo de fumo, álcool, temperos fortes e cafeína. Essas substâncias irritam o trato urinário;
Troque os absorventes higiênicos com frequência para evitar a proliferação de bactérias.

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?