sexta-feira, maio 24

EXAME PARASITOLÓGICO


EXAME PARASITOLÓGICO: 

DEFINIÇÃO:

Utilizado para identificação das diversas infestações parasitárias (ovos e larvas de helmintos e cistos de protozoários) e na triagem das infecções intestinais. A intensidade do parasitismo influi no número de formas parasitárias eliminadas. Conhecido também por Exame Parasitológico de Fezes (EPF).

INDICAÇÃO CLÍNICA: 

Exame útil na investigação de helmintíases e protozooses intestinais.

PREPARO DO PACIENTE:

Evacuar/defecar em recipiente limpo e seco. Evitar que se misture com urina;

Obter um pouco de amostra do início, meio e fim das fezes; se tiver muco, pus ou sangue, preferir;

Colocar a amostra em frasco bem vedado;

Se coletado com conservante, observar as orientações contidas no frasco;

O número de amostras a serem coletadas e a periodicidade dependem da orientação médica;

É recomendável o exame de fezes em 03 amostras colhidas em dias diferentes, pois a ausência de parasitas em uma amostra de fezes não elimina a possibilidade da presença do mesmo no organismo;

Identificar o frasco com nome completo sem abreviaturas.

VALORES DE REFERÊNCIA:

Resultado negativo:

“Não foram encontrados ovos ou larvas de helmintos na amostra analisada”.

“Não foram encontrados cistos ou trofozoítos de protozoários na amostra analisada”.

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA:

Realizar consulta de enfermagem, iniciando com a anamnese para queixas de diarreia, vômitos, prurido anal, anemia, perda de peso e apetite. Em seguida proceder ao exame físico por meio da palpação abdominal e avaliação das mucosas.

MARCADORES DO ANTICORPOS ESPECÍFICOS


1 ) TOXOPLASMOSE:

DEFINIÇÃO:

A toxoplasmose é uma zoonose que adquire especial relevância para a saúde pública quando a mulher se infecta, pela primeira vez, durante a gestação pelo risco elevado de transmissão vertical e acometimento fetal.

A presença de anticorpos IgG indica imunidade ou exposição prévia ao Toxoplasma gondii. A presença de anticorpos da classe IgM é útil no diagnóstico da toxoplasmose aguda ou recente. Para diferenciar entre infecções adquiridas recentes e infecções passadas, as amostras positivas para anticorpos IgG e IgM devem ser testadas para avidez de IgG. Um alto índice de avidez para anticorpos IgG é um forte indicador de que a infecção ocorreu há mais de 4 meses.

Em gestantes, há o risco de infecção fetal, pois, na fase aguda, os parasitas permanecem três semanas em circulação, aproximadamente, o que facilita a transmissão transplacentária. O teste sorológico é útil para o diagnóstico da toxoplasmose ou, então, para saber se o indivíduo já teve a infecção provocada pelo toxoplasma no passado. Sinônimo são Anticorpos anti-toxoplasma gondii.

INDICAÇÃO CLÍNICA:

ANTICORPOS ANTI-TOXOPLASMOSE GONGII- IGM:

Exame de triagem para a Toxoplasmose de pessoas assintomáticas, sendo de indicação formal na rotina laboratorial da gestante juntamente com a IgG. É usado também para o diagnóstico de infecção aguda e congênita pelo Toxoplasma gondii.

ANTICORPOS ANTI-TOXOPLASMOSE GONDII-IGM:

Exame aplicado no diagnóstico de infecção pelo Toxoplasma gondii; na triagem de pessoas assintomáticas, e como marcador epidemiológico de contato prévio com o agente infeccioso da Toxoplasmose.

AVIDEZ- IgG

Exame aplicado quando IgG e IgM são reagentes realiza-se o teste de avidez, que avalia o tempo de infecção.

PREPARO DO PACIENTE:

Necessário jejum mínimo de 4 horas.

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA:

Deve realizar anamnese, abordando aspectos epidemiológicos, além dos antecedentes familiares, pessoais, ginecológicos e obstétricos e a situação da gravidez atual.

VALOR DE REFERÊNCIA:

TOXOPLASMOSE IgM:

Não reagente: índice inferior a 0,50

Indeterminado: índice de 0,50 a 0,59

Reagente: índice superior a 0,59

• Toxoplasmose IgG:

Não reagente.

• AVIDEZ IgG:

Fraca avidez: Índice menor que 0,200

Inconclusivo: Índice entre 0,200 e 0,300

Forte avidez: Índice maior que 0,300

Observações 

Todo recém-nascido cuja mãe teve diagnóstico de certeza ou suspeita de toxoplasmose adquirida na gestação deve ser submetido à investigação completa para o diagnóstico da toxoplasmose congênita, incluindo exame clínico e neurológico, exame oftalmológico completo com fundoscopia, exame de imagem cerebral (ecografia ou tomografia computadorizada), exames hematológicos e de função hepática.

Na presença de alta avidez, deve-se considerar como diagnóstico de infecção antiga, não havendo necessidade de tratamento nem de testes adicionais. Se a avidez for baixa, deve-se iniciar imediatamente o uso de espiramicina, pois pode ser uma infecção recente.

A infecção fetal pelo T. gondii pode provocar abortamento, crescimento intrauterino restrito (CIUR), morte fetal, prematuridade e a síndrome da toxoplasmose congênita: retardo mental, calcificações cerebrais, microcefalia, hidrocefalia, retinocoroidite, hepatoesplenomegalia.

Quanto mais precoce a idade gestacional, na qual a mulher apresenta a primoinfecção, mais grave será o acometimento fetal, entretanto o risco da transmissão para o feto é maior nas idades gestacionais mais avançadas.

A IgG anti- T. gondii surge ao final da segunda semana de infecção (aproximadamente 7 a 10 dias após o surgimento da IgM); apresenta um pico dos títulos entre seis e oito semanas seguido de decréscimo gradual e manutenção de níveis séricos baixos e detectáveis por toda a vida.

Se no primeiro exame solicitado na primeira consulta detecta-se anticorpos IgM, caso a gestação tenha menos de 16 semanas, deve ser feito imediatamente o teste de avidez de IgG, na mesma amostra de soro.

Noticiar à Vigilância Epidemiológica os casos de toxoplasmose aguda na gestação.

2 ) RUBÉOLA:

DEFINIÇÃO:

A rubéola é uma doença aguda, de alta contagiosidade, que é transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus, da família Togaviridae.

A infecção por rubéola na gravidez acarreta inúmeras complicações para a mãe, como aborto e natimorto (feto expulso morto) e para os recém-nascidos, como malformações congênitas (surdez, malformações cardíacas, lesões oculares e outras). Para o diagnóstico da rubéola são feitos exames laboratoriais, disponíveis na rede pública em todos os estados, para confirmação ou descarte de casos, como titulação de anticorpos IgM e IgG para rubéola. Sinônimo: Anti-Rubéola – IgM, sorologia para Rubéola.

INDICAÇÃO CLÍNICA:

ANTICORPOS ANTI- RUBÉOLA IgG:

Exame de triagem para a Rubéola de pessoas assintomáticas, sendo de indicação formal na rotina laboratorial da gestante juntamente com a IgG.

É usado também para o diagnóstico de infecção aguda e da Rubéola congênita.

ANTICORPOS ANTI-RUBÉOLA IgG:

Exame aplicado no diagnóstico de infecção pelo Toxoplasma gondii; na triagem de pessoas assintomáticas, e como marcador epidemiológico de contato prévio com o vírus da rubéola.

AVIDEZ IgG:

Este exame pode confirmar se a IgM detectada no teste sorológico é indicativa de doença aguda ou não.

PREPARO DO PACIENTE:

Jejum mínimo de 4 horas

Interpretação e condutas

Deve realizar anamnese, abordando aspectos epidemiológicos, além dos antecedentes familiares, pessoais, ginecológicos e obstétricos e a situação da gravidez atual.

VALOR DE REFERÊNCIA:

RUBÉOLA IgM:

Não reagente: índice inferior a 0,80

Indeterminado: índice de 0,80 a 1,19

Reagente: índice superior ou igual a 1,20

Rubéola IgG:

Não reagente.

Avidez IgG:

Baixa avidez: inferior a 30% -infecção aguda

Indeterminado: 30 a 60% - não permite definir o provável período

Alta avidez: superior a 60% - infecção pregressa. 

A gestante com IgG antivírus da rubéola positivo significa contato prévio com esse vírus. Nessa situação, o risco de transmissão vertical é mínimo. A gestante com IgG antivírus da rubéola não reagente ou negativo indica que ela é suscetível, ou seja, não entrou em contato com o vírus da rubéola. Portanto a mesma deverá ser vacinada contra a rubéola (tríplice ou dupla viral) logo após o parto, preferencialmente ainda na maternidade.

Um resultado positivo de anticorpo IgM indica infecção congênita ou recente.

A dosagem de anticorpos da classe IgM para determinação de infecção na fase aguda é recomendada para todas as faixas etárias.

A determinação de anticorpos IgM contra rubéola geralmente não é recomendada quando o cliente tem mais de 6 meses de idade.

A gestante com IgG antivírus da rubéola positivo, significa contato prévio com esse vírus. Nessa situação, o risco de transmissão vertical é mínimo.

OBSERVAÇÕES:

A rubéola adquirida nas primeiras 12 semanas de gestação está associada com risco de 95% de más-formações no bebê. A presença de IgM no soro de um neonato é considerada como a confirmação da rubéola congênita 3.

A presença de IgM no soro da gestante sugere infecção aguda ou recente. Entretanto, estes anticorpos podem estar presentes por vários meses após infecção natural, vacinação ou reinfecção assintomática, situações onde a transmissão fetal é menos provável.

A IgG anti-Rubéola surge ao final da terceira semana de infecção (aproximadamente 7 a 10 dias após o surgimento da IgM); apresenta um pico dos títulos entre seis e oito semanas seguido de decréscimo gradual e manutenção de níveis séricos baixos e detectáveis por toda a vida

quinta-feira, maio 23

HEMATOSPERMIA OU HEMOSPERMIA E DEFINIDA COMO SANGUE NO ESPERMA

O sangue no ejaculado pode causar grande preocupação para alguns homens.A hemospermia pode ser o primeiro indicador de outras doenças urológicas. Hematospermia foi escrita há séculos. Hipócrates, Galeno, Morgagni e Fournier descreveram essa condição. 

FISIOPATOLOGIA:
 
semen-specimen Para uma compreensão das causas da hemospermia, um conhecimento prático da anatomia do complexo ejaculatório é útil. As vesículas seminais têm a função de produzir e armazenar fluido seminal, que é essencial para a fertilidade masculina. Estas são bem estudadas pela ultrassonografia. As vesículas seminais são estruturas pares que se encontram cefálicas à próstata por trás da bexiga . Elas são simétricas, bem definidas, saculares, alongadas. Em um ultrassom transretal, as dimensões são estimados em 30 ± 5 mm de comprimento, 15 ± 4 mm de largura, e 13,7 ± 3,7 mL, em volume médio. A idade do paciente e do grau de crescimento da próstata pode causar a variação no tamanho das vesículas seminais.

SANGUE-NO-ESPERMA:

Os achados de uma ressonância magnética também podem ajudar a delinear a anatomia normal da vesícula seminal: a intensidade do sinal das vesículas seminais pode ser comparada com os tecidos ao redor (ou seja, muscular, esquelético, gordura, urina). As vesículas seminais e ampolas dos vasos deferentes se unem para formar o duto ejaculatório. O ducto ejaculatório entra na próstata ao nível da uretra,( ao nível do verumontanum).

HISTÓRIA CLÍNICA:

 A história do paciente se concentra em trauma, infecção e distúrbios hemorrágicos.
A maioria dos homens com hemospermia são jovens (idade média, menores que 40 anos) e têm os sintomas que variam em duração de 1 a 24 meses.
A maioria dos pacientes tem mais de um episódio, que ocorrem ao longo de semanas a meses. Hemospermia crônica tem sido determinada quando o sangue no ejaculado que persiste por mais de 10 ejaculações: quando requer avaliação mais aprofundada.
 
EXAME FÍSICO:

O exame físico deve incluir a medição da pressão arterial do paciente porque a hipertensão pode estar associada com hemospermia. Essa associação é bem reconhecida, porém, o mecanismo exato pelo qual isso ocorre é desconhecido. Pode ter uma base semelhante à associação da hipertensão com hemorragias nasais.
O pênis deve ser cuidadosamente inspecionado para descartar todas as lesões que podem sangrar.

Os vasos deferentes devem ser palpados ao longo de seu curso inteiro para garantir a sua presença e para afastar qualquer endurecimento ou nódulos. 

Qualquer nodularidade na ausência dos vasos deferentes, antes de alguma cirurgia (incluindo vasectomia) deve aumentar a preocupação de uma infecção tuberculosa. Quando presentes, os nódulos raramente representam extensão de neoplasias malignas da próstata ou da bexiga.

Ao exame retal digital, atenção especial deve ser dada às vesículas seminais e da presença de massas medianas. As vesículas seminais são estruturas normalmente não palpáveis. Se eles são palpáveis, isto geralmente indica patologia subjacente significativa. Em homens mais velhos (mais de 50 anos), a atenção especial deve ser dada à próstata porque a hemospermia pode ocasionalmente ser um prenúncio de câncer de próstata.
 
QUAIS SÃO AS CAUSAS:

Hematospermia é geralmente associada a condições inflamatórias das vesículas seminais ou da próstata. A condição é muitas vezes auto-limitada e resolve dentro de 1 a 2 meses. Se a hemospermia persistir para além de 2 meses, uma investigação adicional é recomendada para determinar a causa. Em aproximadamente metade dos casos, a etiologia é idiopática. No entanto, isto pode refletir uma avaliação incompleta.

CONDIÇÕES DA PRÓSTATA:

A etiologia mais comum é a biópsia da próstata, que produz hemospermia auto-limitada a alguns dias. Em uma série de casos, a prostatite foi citada como a etiologia em 30% dos pacientes. Outros autores têm reconhecido o câncer de próstata como um fator etiológico. 

Neoplasias malignas são responsáveis por 2% dos casos. Em um estudo de longo prazo de seguimento de 150 pacientes com hemospermia, apenas 6 pacientes evoluíram para carcinoma de próstata, e nenhum tinha carcinoma de próstata diagnosticado no momento da avaliação inicial.

No entanto, um estudo recente realizado por Han et al relataram um aumento significativo do risco de câncer de próstata entre os homens com hemospermia. De 139 homens com hemospermia, 19 (13,7%) foram diagnosticados com câncer de próstata. Na coorte total de 26.126 pacientes, a taxa de detecção do câncer de próstata foi de 6,5%. Na análise de regressão logística, a presença de hemospermia foi um preditor significativo do diagnóstico de câncer de próstata. Esta ainda é uma área controversa da investigação. 

Mais recentemente, Prando (2008) relatou uma série de 86 homens com hemospermia e descobriu o câncer de próstata em apenas um paciente.

Hemospermia também pode ser causada por telangiectasia da próstata e varizes locais. Para diagnosticar essa condição, pode ser necessária uma cistoscopia realizada após uma ereção por indução farmacológica.

A hemospermia não é um sintoma da síndrome reconhecida como prostatite crônica.

Pode haver um número significativo de pacientes com cálculos da próstata.
É possível uma dilatação cística do utrículo prostático, em associação com hemospermia
Outras causas: braquiterapia, biópsia da próstata, resseção endoscópica da próstata.
 
CONDIÇÕES DA URETRA:

 Uretrite tem sido reconhecida como uma causa da hemospermia, especialmente em homens mais jovens.
Outras lesões da uretra levando a hemospermia incluem cistos, pólipos, condilomas, estenoses, pólipos benignos da uretra.
 
VESÍCULAS SEMINAIS:

CISTOS ADQUIRIDOS DA VERSICULAS SEMINAIS:

Cisto congênito resultado de um erro no desenvolvimento embrionário e estão associados com a agenesia renal ipsilateral e / ou da ausência congênita ipsilateral dos vasos deferentes.  

Cistos adquiridos geralmente resultam de processos infecciosos, neoplasias das vesículas seminais e são uma causa rara de hemospermia.
Mais recentemente, amiloidose das vesículas seminais foi descrito estar relacionado com hemospermia.

Lesões hemorrágicas ou cistos da vesícula seminal e ducto ejaculatório são as causas mais identificáveis de hemospermia.
 
INFECÇÕES:

 Infecções e doenças inflamatórias correspondem a 40% dos casos. 

CAUSAS INFECCIOSAS INCLUEM:

Tuberculose, esquistossomose, hidatidose, infecções por citomegalovírus, herpes, Chlamyia trachomatis, Enterococcus faecalis e Ureaplasma urealyticum.
 
TRAUMA:

Injeção esclerosante hemorroidária, instrumentação uretral, e testicular, trauma contuso perineal e biópsia prostática trans retal também devem ser incluídos nesta categoria.
 
DOENÇAS SISTEMÁTICAS:

Hipertensão, doença hepática crônica, amiloidose, linfoma e diáteses hemorrágicas.
 
DIAGNÓSTICO:
 
A história do paciente é típica. Raramente chega-se ao ponto de fazer um exame do conteúdo do esperma. Na avaliação do paciente devemos descartar o uso de ácido acetilsalicílico o qual altera a coagulação. Todo o paciente deve ser examinado do ponto de vista urológico principalmente os que apresentam sintomas paralelos.

EXAME DE URINA, UROCULTURA COM ANTIBIOGRAMA FAZEM PARTE DA ROTINA DO DIAGNÓSTICO:

URETROCISTOSCOPIA:

As vesículas seminais são bem estudadas pela ultrassonografia. 

As vesículas seminais são estruturas pares que se encontram cefálicas à próstata por trás da bexiga e tem uma aparência de gravata borboleta em uma imagem transversal. 

Elas são simétricas, bem definidas, saculares, alongadas. Caudalmente, as vesículas seminais se divergem lateralmente.                                

As dimensões das vesículas seminais variam com a idade, mas não com o estado ejaculatório. Em um ultrassom transretal, as dimensões são estimadas em 30 ± 5 mm de comprimento, 15 ± 4 mm de largura, e 13,7 ± 3,7 mL, em volume médio. A idade do paciente e do grau de crescimento da próstata pode causar a variação no tamanho das vesículas seminais. Cálculos prostáticos ou de ductos ejaculadores, obstrução dos ductos deferentes e vesículas seminais, cistos prostáticos ou de condutos deferentes poderão aparecer como causa da hemospermia.

UMA URETROCISTOSCOPIA PODE MOSTRAR ALTERAÇÕES DA MUCOSA UROTELIAL:

Os achados de uma ressonância magnética também podem ajudar a delinear a anatomia normal da vesícula seminal: a intensidade do sinal das vesículas seminais pode ser comparada com os tecidos ao redor (ou seja, muscular, esquelético, gordura, urina). As vesículas seminais e ampolas dos vasos deferentes se unem para formar o duto ejaculatório. O ducto ejaculatório viaja através da próstata e entram na uretra, ao nível do verumontanum. A junção entre a vesícula seminal e ducto ejaculatório está dentro da próstata e é difícil de ver em um sistema saudável desobstruído.

TRATAMENTO:
 
TRATAMENTO-HEMATOSPERMIA:

O tratamento pode ser conservador com interrupção da atividade sexual por um breve período, evitar traumatismos sobre a próstata (períneo) como andar de bicicleta, moto ou fazer hipismo. Drogas antiinflamatórias podem ser usadas com um efeito questionável. Inibidores do crescimento prostático têm sido usados ultimamente com relativo sucesso como a finasterida. Em casos selecionados o uso de Destilbenol pode ajudar na hiperplasia da vesícula seminal. Quando uma causa objetiva for encontrada deve ser tratada. Por exemplo, uma prostatite bacteriana pode ser causa de hemospermia.                        

Nessa situação, antibióticos devem ser instituídos.

PODEMOS CONCLUIR QUE:

A hematospermia é uma condição benigna e auto-limitada na maioria dos casos, porém que acarreta grande desconforto e ansiedade ao paciente.

ENDORFINA: O QUE É, PARA QUE SERVE E COMO PODEMOS AUMENTAR

A endorfina é um hormônio produzido naturalmente pela glândula hipófise no cérebro, e quando é liberado na circulação sanguínea age estimulando a sensação de prazer, bem estar, bom humor, motivação e felicidade. Além disso, a endorfina também age como um analgésico opioide, reduzindo a dor física e o estresse, sendo por isso, conhecida como “opioide endógeno”, ou seja, “opioide do próprio corpo”.

Os baixos níveis de endorfina no corpo podem causar irritação, tristeza ou irritabilidade, e podem aumentar o risco de desenvolver problemas de saúde como depressão, ansiedade, fibromialgia ou enxaqueca crônica, por exemplo. 

No entanto, existem algumas formas de estimular a produção de endorfinas, como praticar atividades físicas, ter contato íntimo, comer chocolate ou estar entre amigos, que são atividades que levam à liberação de endorfina no sangue, aumentando a sensação de bem estar e prazer.

PARA QUE SERVE A ENDORFINA?

A endorfina é muito importante para diversas funções do organismo, por isso, é importante que os seus níveis se encontrem em concentrações saudáveis. As principais funções da endorfina são:

1 ) MELHORA DO HUMOR:

A endorfina atua no cérebro regulando a ansiedade, aumentando a felicidade e melhorando o humor e, por isso, baixos níveis desse neurotransmissor podem causar ansiedade e levar à depressão.

2 ) AUMENTAR A AUTO-ESTIMA:

A liberação de endorfina pelo corpo aumenta a sensação de bem estar, felicidade e prazer, o que ajuda a aumentar a autoconfiança, melhorando a auto-estima.

3 ) REDUZ A DOR:

A endorfina possui ação analgésica, semelhante aos remédios opioides como a morfina, sendo liberada naturalmente pelo corpo nos momentos de dor, como ao fazer esforços físicos extremos, quebrar um osso ou após cirurgias, por exemplo. 

Apesar de ter ação semelhante aos opioides, a endorfina não causa dependência ou vício como os remédios opioides.

4 ) REDUZ O ESTRESSE:

Além da diminuição da sensação da dor, a endorfina também ajuda a reduzir o estresse pois age regulando a liberação de hormônios relacionados ao estresse.

Além disso, a endorfina aumenta a sensação de bem estar e prazer, o que ajuda a reduzir o estresse.  

5 ) MELHORA A MEMÓRIA E A ATENÇÃO:

A endorfina também ajuda a melhorar a memória e a atenção, pois quando é liberada aumenta a sensação de bem estar, o que facilita a atenção aos estímulos externos, além permitir que estímulos externos sejam percebidos de forma mais clara.

6 ) FORTALECE O SISTEMA IMUNOLÓGICO:

A liberação de endorfina ajuda a fortalecer o sistema imunológico, por reduzir o estresse emocional. Isto porque em situações de estresse crônico ou depressão, o sistema imunológico pode ficar enfraquecido, diminuindo sua capacidade de combater microorganismos e aumentando o risco de doenças. 

7 ) AUMENTAR O DESEJO POR CONTATO ÍNTIMO:

A endorfina influencia na sexualidade, pois induz a síntese e liberação de outros hormônios, como a ocitocina, por exemplo, também conhecida como o hormônio do amor, o que leva a um aumento do desejo pelo contato íntimo, além de facilitar o vínculo amoroso, por causar sensação de felicidade e bem estar. 

DOENÇAS RELACIONADAS A ENDORFINA BAIXA:

Os baixos níveis de endorfina no corpo têm sido relacionados ao maior risco de desenvolvimento de algumas condições, como:

Depressão;
Ansiedade;
Fibromialgia;
Enxaqueca crônica;
Problemas de sono e vigília.
Além disso, a pessoa pode ainda sentir-se constantemente cansada, triste, irritada e ficar sem paciência facilmente, o que pode indicar que o corpo precisa de mais endorfina na corrente sanguínea.

COMO AUMENTAR AS ENDORFINAS?

Algumas formas de aumentar a liberação de endorfinas na corrente sanguínea são:


1 ) FAZER EXERCÍCIO FÍSICO:

Uma das melhores formas de aumentar a liberação de endorfinas é fazer uma corrida, pelo menos 1 vez por semana. No entanto, para pessoas que não gostam desse tipo de exercício, pode-se optar por praticar aulas de grupo numa academia ou algo mais tranquilo como uma aula de pilates ou yoga, por exemplo.

Além disso, pode-se fazer uma atividade que dê prazer e ao mesmo tempo ajude a exercitar o corpo, como andar de bicicleta, caminhar, surfar ou praticar uma modalidade de dança de que se goste, por exemplo.

O importante é encontrar algum momento durante a semana para se dedicar a esta prática. 

1 ) COMER CHOCOLATE:

O chocolate estimula a liberação de neurotransmissores relacionados com o bem-estar, pois contém uma endorfina chamada anandamida,que faz com que a pessoa se sinta mais feliz e satisfeita.

Para usufruir dos benefícios do chocolate, basta comer um quadradinho por dia, e o ideal é que seja chocolate negro com 70% de cacau, no mínimo, porque tem menos gordura e açúcar na composição, reduzindo assim o impacto negativo na balança.

3 ) DAR GARGALHADAS:

Estar com os amigos contando histórias, relembrar momentos felizes ou até mesmo assistir filmes com cenas divertidas ou espetáculos de comediantes, podem garantir momentos de grande alegria e por isso devem ser realizados com frequência.

O riso é benéfico e, por isso, pode ser usado até mesmo como forma de terapia alternativa, chamada de terapia do riso ou risoterapia, que tem como objetivo promover o bem-estar mental e emocional por meio do riso. 

4 ) TER CONTATO ÍNTIMO:

O prazer do contato íntimo libera endorfinas que promovem a felicidade e, por isso, é importante manter um relacionamento amoroso em que o contato íntimo seja satisfatório e regular.

Para se usufruir ao máximo do contacto íntimo, o ideal é que a pessoa se sinta à vontade com o parceiro, e que todo o envolvimento afetivo contribua para a satisfação do casal, de forma a promover a felicidade e a fortalecer o relacionamento.

5 ) SER GRATO 

A gratidão pela vida, pelo que se tem ou conquistou, pela presença dos amigos ou da família também libera endorfinas, deixando as pessoas mais felizes, por isso, é sempre bom tirar um tempo para refletir e encontrar motivos para agradecer.

Assim, para manter o hábito de agradecer pelas coisas boas da vida, mesmo as pequenas coisas, pode-se fazer uma lista de motivos de gratidão. Para isso, pode-se tentar colocar pelo menos 1 item nessa lista todos os dias, e meditar nela, fazendo isso como um exercício.

6 ) RELEMBRAR OS BONS MOMENTOS:

Quanto mais se pensa em situações tristes, mas abatida a pessoa pode ficar. Por outro lado, quanto mais frequentes forem os bons pensamentos e a lembrança de bons momentos, maiores serão as chances de a pessoa se sentir feliz.

As pessoas que têm o hábito de passar a vida reclamando, devem tentar identificar todas as vezes em que tiveram um pensamento ruim ou fizeram um comentário negativo, e focar a sua atenção na substituição desses pensamentos maus pelos bons. Além disso, também é muito importante para a felicidade ter a capacidade de ver o lado positivo de cada acontecimento ou pensamento aparentemente mau.

7 ) FAZER PLANOS PARA O FUTURO:

A chave para o sucesso está no equilíbrio entre o sonho e a realidade. Sonhar com o que se deseja é uma boa forma de ajudar a alcançá-lo, no entanto, deve-se manter os pés no chão para evitar decepções. Por isso, a pessoa pode sonhar mas ao mesmo tempo deve construir formas para tornar esse sonho realidade. Quando isso acontecer, haverá mais um motivo de gratidão, o que também traz felicidade.

Uma outra forma de alcançar a felicidade é investir no consumo de alimentos que contêm ou estimulam a produção de serotonina, como tomate, castanha do pará, por exemplo.

Já as drogas ilícitas como a maconha, cocaína e remédios como anfetaminas podem aparentemente trazer felicidade, mas apenas de forma momentânea, prejudicando o funcionamento do cérebro e a saúde.                              

quarta-feira, maio 22

MARCADORES DO EQUILÍBRIO HIDROELETROLITICO

1. DOSAGEM DE SÓDIO

Definição

Os sais de sódio são determinantes da osmolaridade celular. Relacionados a aldosterona e hormônio antidiurético. Sinônimo: Natremia; Dosagem de Na+1.

Indicação clínica

Avaliação dos distúrbios hidroeletrolíticos.

Preparo do paciente  

Jejum mínimo de 4 horas – recomendável;

Evitar atividades físicas vigorosas 24 horas antes do teste;

Manter o uso de drogas que não possam ser interrompidas;

Não fazer esforço físico durante a coleta;

O cliente deve manter sua rotina diária.

Valores de referência  

Adultos: 135 a 145 mmol/L (ou meq/L)

Valores críticos:

Menor ou igual a 120 mmol/L (hiponatremia)

Maior ou igual a 160 mmol/L (hipernatremia)

Interpretação e Conduta

Realizar consulta de enfermagem, iniciando com a anamnese para ingestão e eliminação, falta de ar e alteração na pressão sanguínea. Em seguida proceder ao exame físico por meio da avaliação de sinais de desidratação e aferição da pressão arterial.

6.2 DOSAGEM DE POTÁSSIO

Definição

O potássio participa de vários processos, como equilíbrio interno (passagem entre o meio intracelular e extracelular) e externo (ingestão, transporte gastrointestinal e reabsorção e eliminação renal). Na urina ou no soro é responsável por controlar os níveis de aldosterona, a reabsorção de sódio e no equilíbrio ácido-base. Sinônimos: Calemia; Dosagem de K.

Indicação clínica

Avaliação do equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico;

Acompanhamento de pacientes em terapia com diuréticos;

Monitorização em casos de nefropatias, principalmente com insuficiência renal, na cetoacidose diabética, no manejo da hidratação parenteral e na insuficiência hepática;

Avaliação de quadros de hiper e hipoaldosteronismo.

Preparo do paciente

Jejum mínimo de 4 horas – recomendável;

Evitar atividades físicas vigorosas 24 horas antes do teste;

Manter o uso de drogas que não possam ser interrompidos;

Valores de referência

Adultos: 3,5 a 5,1 mmol/L (ou meq/L)

Valores críticos

Menor ou igual a 2,5 mmol/L (hipocalemia)

Maior ou igual a 6,5 mmol/L (hipercalemia)

Interpretação e Conduta

Realizar consulta de enfermagem, iniciando com a anamnese para queixas de fraqueza da musculatura dos membros, histórico de ingestão de potássio nos alimentos e/ou por medicamentos. Em seguida proceder ao exame físico.

6.3 DOSAGEM DE ÁCIDO ÚRICO

Definição

O ácido úrico em níveis elevados (hiperuricemia) é sugestivo para doenças reumáticas como gota, insuficiência renal, etilismo, cetoacidose diabética, psoríase, pré-eclâmpsia, dieta rica em purinas, neoplasias, pós-quimioterapia e radioterapia, uso de paracetamol, ampicilina, aspirina (doses baixas), didanosina, diuréticos, beta-bloqueadores, dentre outras drogas. A redução dos seus níveis sanguíneos está associada a defeitos dos túbulos renais, uso de tetraciclina, alopurinol, aspirina, corticoides, indometacina, metotrexato, metildopa, verapamil, intoxicação por metais pesados e nas modificações do clearance renal. Sinônimos: Urato; Uricemia.

Indicação clínica

Exame importante no auxílio diagnóstico de condições clínico-patológicas, doenças reumáticas, renais, hepáticas.

Preparo do paciente

O paciente poderá manter sua rotina diária;

Evitar esforço físico no dia da coleta;

Não é necessário aumentar a ingestão de líquidos, exceto sob orientação médica.

Valores de referência

Sexo feminino: 2,8 – 6,5 mg/dL (143 – 357 μmol/L)

Sexo masculino: 3,7 – 7,8 mg/dL (202 – 416 μmol/L)

Criança: 1,5 a 6,0 mg/dL

Interpretação e Conduta

Realizar consulta de enfermagem, iniciando com a anamnese para queixas, em seguida proceder ao exame físico. Avaliar dor à palpação, calor e limitação da amplitude de movimento das articulações. Avaliar manifestações extra articulares, como pele, mucosas e aparelho gênito urinário.         

SEROTONINA: O QUE É? SINTOMAS E PRINCIPAIS FUNÇÕES

A serotonina é um neurotransmissor que atua no cérebro, estabelecendo comunicação entre as células nervosas, podendo também ser encontrada no sistema digestivo e nas plaquetas do sangue. Esta molécula, também conhecida por "hormônio da felicidade" é produzida a partir do aminoácido triptofano, que é obtido através dos alimentos. 

A serotonina atua regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade e funções cognitivas e, por isso, quando se encontra numa baixa concentração, pode causar mau humor, dificuldade para dormir, ansiedade ou mesmo depressão.

Uma das formas de aumentar a concentração de serotonina na corrente sanguínea é consumindo alimentos ricos em triptofano, praticar exercícios físicos com regularidade e, em casos mais severos, tomar remédios de acordo com a orientação do neurologista. 

AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DA SEROTONINA É:

1 ) REGULAR O HUMOR:
A serotonina atua no cérebro regulando a ansiedade, aumentando a felicidade e melhorando o humor e, por isso, baixos níveis desta molécula podem causar ansiedade e levar à depressão.

2 ) REGULA O SONO:
A serotonina um neurotransmissor que também estimula as regiões no cérebro que controlam o sono e o despertar.

3 ) ATUA NOS MOVIMENTOS DO INTESTINO:
A serotonina encontra-se em grande quantidade no estômago e no intestino, ajudando no controle da função e dos movimentos do intestino.

4 ) REGULA AS NÁUSEAS:
A produção de serotonina aumenta quando o organismo necessita eliminar substâncias tóxicas do intestino, como, por exemplo, em casos de diarreia. Esse aumento estimula também uma região do cérebro que controla a náusea.

5 ) COAGULAÇÃO SANGUÍNEA:
As plaquetas do sangue liberam serotonina para ajudar a cicatrizar feridas. A serotonina leva à vasoconstrição, facilitando assim a coagulação do sangue.

6 ) ATUA NA SAÚDE ÓSSEA:
A serotonina desempenha um papel na saúde dos ossos, sendo que o seu desequilíbrio pode ter um impacto negativo. Níveis significativamente altos de serotonina nos ossos podem tornar os ossos mais fracos, aumentando o risco de sofrer de osteoporose.

7 ) ATUA NA FUNÇÃO SEXUAL:
A serotonina é uma substância que está relacionada com a libido e, por isso, alterações dos seus níveis, podem alterar o desejo sexual.

ALIMENTOS PARA AUMENTAR A SEROTONINA:

Alguns alimentos ricos em triptofano, que servem para aumentar a produção de serotonina no organismo, são:

Chocolate preto;
Ovo;
Banana;
Abacaxi;
Tomate;
Carnes magras e baixas em gordura;
Leite;
Cereais integrais;
Legumes;
Espinafres;
Aspargos.
Além desses, os alimentos ricos em ômega-3, como o salmão, sardinha, truta e frutos secos, são boas fontes de serotonina. É recomendado que esses alimentos seja incluídos na alimentação do dia a dia em pequenas porções e várias vezes ao dia.

Uma boa opção é tomar uma vitamina de banana no café da manhã, comer um peito de frango grelhado com salada de tomate, no almoço.

SINTOMAS DE SEROTONINA BAIXA:

A baixa concentração de serotonina no organismo pode levar ao aparecimento de sinais e sintomas, como:

Mau humor pela manhã;
Sonolência durante o dia;
Alteração do desejo sexual;
Vontade de comer a toda a hora, especialmente doces;
Dificuldade no aprendizado;
Distúrbios de memória e de concentração;
Irritabilidade.
Além disso, a pessoa pode ainda sentir-se cansada e ficar sem paciência facilmente, o que pode indicar que o corpo precisa de mais serotonina na corrente sanguínea.

Na presença desses sintomas, é importante que o médico seja consultado para que seja iniciado o tratamento mais adequado, que costuma envolver uma melhora na alimentação e uso de suplementos de triptofano, em alguns casos.

Em casos mais graves, em que a insuficiência de serotonina tenha um grande impacto na vida da pessoa, causando depressão ou excesso de ansiedade por exemplo, pode ser necessário tomar remédios mais específicos.

SEROTONINA É DOPAMINA:

A serotonina e a dopamina são neurotransmissores que atuam como mensageiros químicos que transportam, impulsionam e equilibram os sinais entre os neurônios e as células do organismo.

Esses neurotransmissores são diferenciados a partir do aminoácido de origem. A serotonina é produzida a partir do aminoácido triptofano, enquanto a dopamina é produzida a partir da tirosina.

Além disso, a dopamina está relacionada com algumas emoções, como aumento da libido e euforia, enquanto que a serotonina está relacionada com a calma e o descanso.

terça-feira, maio 21

MARCADORES DA FUNÇÃO RENAL:

1 ) EXAME DE URINA DE ROTINA:

DEFINIÇÃO:

Exame que avalia a função renal e afecções do trato urinário da população, por meio do rastreio de bacteriúria, hematúria e/ou proteinúria. Compreende três etapas: características gerais (propriedades físicas); avalia elementos anormais (pesquisa química); sedimentoscopia (exame microscópico da urina). Sinônimos: Urinálise; EAS (elementos anormais e sedimento).

INDICAÇÃO CLÍNICA:

DIAGNÓSTICO E MONITORAMENTO DE:

Doenças renais e do trato urinário;

Doenças sistêmicas ou metabólicas;

Doenças hepáticas e biliares;

Desordens hemolíticas.

PREPARO DO PACIENTE:

Antes da coleta o paciente deverá realizar a higienização da genitália com água e sabão e secar;

Colher preferencialmente a 1ª urina da manhã ou com intervalo de 4 horas entre as micções;

No momento da coleta, deve-se desprezar o 1º jato de urina e coletar o jato do meio (cerca de 30 mL);

Para coletas realizadas em casa, o cliente deve entregar a urina no laboratório em no máximo 1 hora após a coleta, em temperatura ambiente ou refrigerada.

VALORES DE REFERÊNCIA:

CARACTERÍSTICAS GERAIS: 

COR: Amarelo citrino

ODOR: Característico

ASPECTO: Claro

DENSIDADE: 1,015 – 1,025

PH:  4,5 – 7,8

ELEMENTOS ANORMAIS:

Proteínas: negativo

Glicose: negativo

Corpos cetônicos: negativo

Hemoglobina: negativo

Leucócitos: negativo

Nitrito: negativo

Bilirrubina: negativo

Urobilinogênio: até 1 mg/dL

SEDIMENTOSCOPIA:

Piócitos: < ou = a 4 piócitos p/c

Epitélios vias altas: raras células p/c

Epitélios vias baixas: < ou = a 2 células p/c

Hemácias: < ou = a 2 hemácias p/c

Muco: não se aplica

Cilindros hialinos: < ou = a 2 cilindros p/c

Cilindros patológicos: ausentes

Cristais: ausentes

Flora bacteriana: ausente/escassa

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA:

Realizar consulta de enfermagem, iniciando com a anamnese para queixas de disúria, polaciúria, urgência miccional, hematúria leve ou oligúria. Em seguida proceder ao exame físico por meio da palpação abdominal, punho percussão lateral (Sinal Giordano).   

5-2 ) DOSAGEM DE UREIA:

DEFINIÇÃO:

A ureia é a principal fonte de excreção do nitrogênio, excretada pelos rins. Relacionada à função metabólica hepática e excretória renal. Sua concentração pode variar com a dieta, hidratação e função renal.

INDICAÇÃO CLÍNICA: 

Avaliação e monitoramento da função excretora renal.

PREPARO DO PACIENTE:

Jejum mínimo de 4 horas – desejável.

Valores de referência

Adultos: de 19,0 a 49,0 mg/dL

Recém-nascidos: de 8,4 a 25,8 mg/dL

Crianças: de 10,8 a 38,4 mg/dL

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA:

A consulta de enfermagem deverá iniciar pela anamnese para avaliar queixas de disúria, polaciúria, urgência miccional, hematúria leve ou oligúria. Em seguida proceder ao exame físico, por meio da palpação abdominal, punho percussão lateral (Sinal Giordano).

5-3 ) DOSAGEM DE CREATINA:

DEFINIÇÃO:

A creatinina é o produto de degradação das proteínas, eliminado pelos rins. A concentração sérica depende da capacidade renal e da massa muscular. É um exame responsável por analisar o funcionamento cardíaco e renal, através do clearence renal.

INDICAÇÃO CLÍNICA:

Avaliação e monitoramento da função excretora renal, e pacientes em tratamento medicamentoso de salicilatos, cimetidina, trimetropina, probenecide.

PREPARO DO PACIENTE:

Jejum mínimo de 4 horas – recomendável.

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA:

VALORES DE REFERÊNCIA: 

Masculino: 0,7 a 1,3 mg/ dL

Feminino: 0,6 a 1,1 mg/ dL

Criança: 0,7 a 1,3 mg/dL

5-4 ) UROCULTURA:

DEFINIÇÃO:

Amostras de urina podem ser submetidas à cultura quando existe suspeita de infecção do trato urinário, para o controle de tratamento dos pacientes. Os agentes etiológicos que mais frequentemente causam esse tipo de infecção são: Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus sp., Enterobacter sp., Staphylococus sp. Enterococcus faecalis. Sinônimos: Urocultura; Cultura de urina qualitativa e quantitativa.

INDICAÇÃO CLÍNICA:

Exame utilizado no diagnóstico de infecção do trato urinário (ITU).

PREPARO DO PACIENTE:

Antes da coleta o paciente deverá realizar a higienização da genitália com água e sabão e secar;

Colher preferencialmente a 1ª urina da manhã ou com intervalo de 4 horas entre as micções;

No momento da coleta, deve-se desprezar o 1º jato de urina e coletar o jato do meio (cerca de 30 mL);

Para coletas realizadas em casa, o cliente deve entregar a urina no laboratório em no máximo 1 hora após a coleta, em temperatura ambiente ou refrigerada.

VALORES DE REFERÊNCIA:

Definição de bacteriúria significativa

> 102 UFC (coliformes) /ml em mulher sintomática

> 103 UFC/mL em homem sintomático

> 105 UFC/mL em indivíduos assintomáticos em duas amostras consecutiva

> 102 UFC/mL em pacientes cateterizados

Qualquer crescimento bacteriano em material obtido por punção supra púbica.

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA:

A consulta de enfermagem deverá iniciar pela anamnese para queixas de disúria, polaciúria, urgência miccional, hematúria leve ou oligúria. Em seguida proceder ao exame físico por meio da palpação abdominal, punho percussão lateral (Sinal Giordano).  

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?