sábado, maio 28

O QUE SIGNIFICA RECORDAR, REPETIR E ELABORAR?

Com o título desse estudo já nos deparamos com o questionamento: Fazer análise nos leva a recordar, repetir ou elaborar?
 É bastante comum quem irá fazer uma análise, achar que o tratamento só se da através da recordação dos fatos. Porém não é bem assim, o analista da algum valor para a recordação, mas ele sabe que a memória é seletiva, traiçoeira e muito “amiga” do ego. Apenas recordamos daquilo que nos interessa e como nos interessa.
 Portanto, esquecimentos e distorções são esperados pelo analista. Mas então se percebemos que não é recordar, será que seria repetir? Foi então que Freud fez uso de um termo interessante: compulsão a repetição, ou seja, quando estamos com o analista repetimos de forma sutil ou de maneira escancarada, certas situações que nos permitam obter de forma parcial ou ate mesmo completamente uma dose de prazer durante nossa vida. Mesmo que nos queixamos disso, continuamos a repetir com o analista.
 Essas repetições dizem muito do paciente. Quando o analisando se interessa por essa repetição e de alguma maneira dispende um esforço de elaboração das possíveis causas, algo começa a mudar, ou seja, para a repetição. A pulsão pode ficar um pouco mais livre, o investimento libidinal vai para outros objetos. Paramos de repetir para experimentares coisas novas. É por isso que uma análise demanda tempo, pois elaborar significa de alguma maneira ressignificar alguns aspectos da nossa vida e principalmente certos elementos que não gostamos de admitir. 
 “Deve-se dar ao paciente tempo para conhecer melhor esta resistência com a qual acabou de se familiarizar, para elaborá-la, para superá-la, pela continuação, em desafio a ela, do trabalho analítico segundo a regra fundamental da análise.”                   

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