quinta-feira, outubro 13

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " RUBUS IDAEUS L." UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: 
Rubus idaeus L.
Família: 
Rosaceae
Sinonímia científica: 
Rubus idaeus var. caudatus (B.L.Rob. & J.Schrenk) Fernald
Partes usadas: 
Folha, fruto.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Compostos bioativos (fibra, vitamina C, ácido fólico e manganês), compostos fenólicos, antocianinas, elagitaninos.
Propriedade terapêutica: 
Adstringente, anti-inflamatória, cicatrizante, depurativa, antioxidante.
Indicação terapêutica: 
Doenças relacionadas com a síndrome metabólica: obesidade, problemas cardiovasculares, diabetes. Diarreia, inflamação, afecções cutâneas, etc.

Nome em outros idiomas:

Origem, distribuição:

Originária do centro e norte da Europa (zonas montanhosas do Mediterrâneo) e de parte da Ásia. Muitas cultivares de framboesa são originárias de duas subespécies diploides Rubus idaeus L. e Rubus idaeus vulgatus Arrhen, nativas da Europa; e Rubus idaeus strigosus (Michx.), nativa da América do Norte e Ásia.

Descrição:

Framboesa é o fruto da framboeseira, arbusto de porte reduzido, ramoso, de raízes perenes e lançamentos bianuais armados de espinhos. Caule subterrâneo do qual emergem rebentos o ano todo, gerando caules finos cobertos de espinho e folhas compostas de 3 - 5 folíolos ovalados, serreados e pubescentes na face ventral. 

Flores pequenas branco-esverdeadas reunidas em racemos axiliares sustentados por longo pedúnculo. Fruto policárpico formado por pequenas drupéolas carnudas presas a um receptáculo cônico.

Uso popular e medicinal:

Estudo etnofarmacológico aponta que a planta é indicada na diarreia e inflamação da mucosa orofaríngea, do trato respiratório e das vias urinárias. Como depurativo. Uso externo nas inflamações da boca e da faringe, na conjuntivite e em afecções cutâneas crônicas como feridas e úlceras. Os frutos são usados na alimentação .

Uma monografia identificou os principais compostos bioativos da framboesa e os alegados efeitos benéficos para a saúde humana desses compostos. O estudo considerou os requisitos legais vigentes e as recomendações da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) para alegações de saúde sobre alimentos.

Os estudos realçam sobretudo a bioatividade de antocianinas, elagitaninos, ácido elágico e da cetona da framboesa. A atividade fisiológica potencial de constituintes da framboesa inclui efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios, antiproliferativos e anticancerígenos entre outros. 

Estes resultados provêm sobretudo de estudos in vitro e em modelos animais. No entanto, na UE essas evidências não são consideradas na comprovação científica da relação entre a ingestão do constituinte bioativo e o efeito fisiológico alegado. Os dados dos estudos de intervenção em humanos analisados (7 em 59) permitiram esclarecer apenas aspectos da biodisponibilidade das antocianinas e dos elagitaninos no organismo humano.

Importa realçar que os estudos relativos à designada cetona da framboesa recorrem à cetona sintetizada quimicamente ou biossintetizada em bactérias ou leveduras geneticamente modificadas e usam teores muito superiores aos presentes na framboesa. Em suma, as evidências científicas analisadas não comprovam os potenciais efeitos fisiológicos benéficos de não nutrientes da framboesa para a saúde humana.

Após a realização desta revisão sobre os efeitos benéficos dos compostos bioativos da framboesa na saúde, os autores observam que o consumo de framboesa pode fornecer benefícios da ação antioxidante, anti-inflamatória e anticancerígena que estão na base de patologias crônicas cada vez mais presentes na nossa sociedade.

Os pesquisadores apontam que a principal dificuldade da revisão foi a comprovação dos efeitos alegados, devido à falta de ensaios de intervenção em humanos, ou seja, os dados científicos não demonstraram na totalidade que o efeito fisiológico alegado do alimento é benéfico para a saúde humana.

Apesar da diversidade da pesquisa analisada para cada constituinte, não foi possível chegar a conclusão que o consumo de framboesa de forma equilibrada pode fornecer benefícios plausíveis ao nível da saúde humana.

Relativamente às propriedades antioxidantes da framboesa, examinou-se que os seus compostos possuem um potencial tanto in vitro quanto em meios celulares.

Na patologia da aterosclerose, apesar de ser referenciada por diversos autores, os mecanismos principais associados ao consumo de compostos presentes na framboesa devem-se ao seu efeito anti-inflamatório e adesão de macrófagos aos tecidos endoteliais. Mas esse efeito requer mais informação científica para se sustentar.

Em relação a doenças relacionadas com a síndrome metabólica (obesidade, problemas cardiovasculares e diabetes) foi analisado que os constituintes da framboesa atuaram de forma positiva, diminuindo a expressão de citoquinas inflamatórias, na regulação dos níveis de colesterol e triglicéridos, na expressão de leptina, na inibição da a-amílase, no controle do peso corporal e outros mecanismos importantes para as patologias referidas.

As propriedades: anticancerígenas deste fruto envolvem vários mecanismos de ação, podendo atuar afetando a viabilidade, a proliferação, a apoptose celular, na interferência com o ciclo celular ou mesmo com a redução do stress oxidativo e na diminuição das citoquinas inflamatórias. Mas para se chegar a uma conclusão concreta desses efeitos é necessário a repetição dos ensaios em animais em humanos.

Os pesquisadores concluiram não ter sido possível atestar que uma dieta equilibrada de framboesa apresenta benefícios consistentes à saúde humana, mas o fruto pode ser utilizado como suplemento dietético no controle do peso corporal (cetona) e diabetes (elagitaninos). " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE OU UM FITOTERAPEUTA " IBRATH "  # MOVIMENTO HOLÍSTICO.

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