sexta-feira, junho 17

SIGNIFICADO DA COR VERMELHA PARA PSICOLOGIA DAS CORES?

O estudo sobre a psicologia das cores é antigo. Desde Platão, Pitágoras, Aristóteles, Euclides, Ptolomeu, passando por físicos como James Clerk Maxwell, a pesquisa das cores pertence a um universo interdisciplinar, caminhando pela fisiologia, física, estética e psicologia. Este estudo busca entender a forma como nosso cérebro identifica e transforma as cores em sensações.  
A cor está inevitavelmente inserida em nossas vidas, podendo ser observada na publicidade, na decoração, na moda, entre outros. Capaz de nos proporcionar múltiplas sensações, quando utilizada de forma adequada, é uma ferramenta de equilíbrio e bem-estar.

No que diz respeito ao vermelho, a sua influência é ampla e complexa. Remete a poder, guerra, perigo, violência, fogo, coração, paixão, amor, desejo, carne, sexo, pecado, tentação, revolução, energia, estímulo, apetite. Resumindo em uma palavra: excitação.
O vermelho é uma cor quente, exalta, acelera e instiga. Do latim, vermis significa “verme”, “pequeno animal” e tem ligação com a época em que se extraía pigmento de moluscos e cochonilhas. O vermelho é influente e está relacionado a diversos elementos de acordo com o contexto sócio-histórico.
Para estudiosos os efeitos da cor vermelha sofrem influência direta da cultura na qual o indivíduo está inserido, assim como suas experiências: “apesar de considerarmos na prática os impactos das cores nos pacientes, não desconsideramos o teor subjetivo destas reações, levamos em conta que esses efeitos estão sujeitos a fatores pessoais, culturais e situacionais”.

Ainda de acordo com os estudiosos “a cor vermelha está diretamente ligada aos estímulos físicos, por isso é comumente associada à paixão; é a cor da energia, ação, ambição e determinação”. Para eles essa cor pode nos excitar e nos deixar mais confiantes, mas também pode contribuir para o aumento da ansiedade, agressividade, intolerância e cansaço.
Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Psicologia do Esporte da Universidade de Münster, na Alemanha, em uma reportagem da revista mente&cérebro sugere que  o vermelho pode ajudar a vencer uma corrida. Os pesquisadores acreditam que vestir roupas vermelhas aumenta a chance de vencer uma disputa esportiva. 42 pessoas de vermelho e 42 de azul foram monitoradas, e o resultado: os avermelhados tiveram 10% a mais de vitórias sobre os demais.
“O cérebro humano faz uma leitura das cores, reunindo informações sobre as frequências de ondas recebidas; esses dados são armazenados na memória. Quando nossos olhos vêem a cor vermelha, envia estes estímulos ao cérebro que reage intensificando nosso poder de percepção, contribuindo para que a pessoa fique mais alerta e focada em seu  objetivo – no caso de uma competição, por exemplo, é obter o melhor desempenho possível”.  

DEONTOLOGIA PROFISSIONAL, CONCEITOS E DEFINIÇÕES?

Deontologia é um conceito que  deriva da língua grega. O termo é usado para designar uma classe de tratado ou disciplina que se centra na análise dos deveres e dos valores regidos pela moral. 

Diz-se que o filósofo britânico Jeremy Bentham foi quem apelidou esta noção. A deontologia faz parte daquilo que se conhece como ética normativa (a filosofia que indica que se deveria considerar como bom e que é aquilo que se deveria qualificar como mau/negativo). Isto quer dizer que cada profissão, ofício ou âmbito determinado pode ter a sua própria deontologia que indica qual é o dever de cada pessoa.

Por hábito, certas profissões têm um código deontológico, que é uma espécie de manual que compila as obrigações morais que têm que respeitar aqueles que exercem um trabalho.

A deontologia abrange princípios políticos, lógicos e jurídicos. Abaixo uma explicação sobre cada um deles:

– O princípio lógico compreende um conjunto de ações com o objetivo de descobrir a verdade sobre algo, por exemplo. Esse tipo de princípio é amplamente utilizado nas tomadas de decisões nas empresas, podendo, através disso, ser necessário, até mesmo, decidir pela saída de um profissional;

– Há também o princípio jurídico que vem oferecer igualdade de tratamento para ambas as partes envolvidas. Sendo que aqui há também o que se conhece por deontologia jurídica que trata dos direitos e deveres de quem lida com o Direito;

– Por fim, temos o princípio político que busca o equilíbrio na sociedade ao fazer a garantia social dos direitos. Nesse meio, no Brasil, tem-se os princípios epistemológicos na Constituição Federal brasileira, o princípio da lealdade processual e também o princípio do duplo grau de jurisdição.

É importante destacar que a deontologia analisa os deveres internos do indivíduo; isto é, aquilo que deve fazer ou evitar consoante lhe dita a sua consciência. Os valores compartidos e aceites pela ética estão compilados pelos códigos deontológicos.

A deontologia profissional aplica-se ao jornalismo, entre outras áreas. Os jornalistas, de acordo com a deontologia, devem mexer-se sempre com dados contrastados, confirmar a veracidade daquilo que informam, proteger as fontes que lhes fornecem/providenciam dados e não citar conteúdos sem mencionar os nomes dos seus autores, entre outros princípios. Se um jornalista violar estes critérios, pode receber diferentes castigos segundo as normas internas do meio de comunicação em que trabalha.

Dentro deste âmbito profissional, torna-se especialmente difícil distinguir e respeitar dois tipos de liberdade estreitamente relacionados com o jornalismo: a de expressão e a de informação.

E no tocante a profissões, a deontologia compreende o conjunto de princípios e regras de conduta ligados a uma determinada profissão. Desse modo, haverá uma deontologia que regulamentará cada profissão, sendo assim cada profissional estará sujeito a uma série de regras para desempenhar suas funções, de acordo com o Código de Ética de sua categoria.

Existem distintos códigos deontológicos, onde suas diretrizes variam de acordo com a empresa ou categoria profissional, mas esses códigos são baseados nas grandes declarações universais. Os códigos deontológicos adaptam aos costumes, hábitos e culturas de cada país, bem como de cada categoria profissional, como já fora dito.

Poucos direitos superam o de se expressar com liberdade, dado que é a base da luta para serem respeitados e da divulgação dos restantes direitos dos seres humanos. Em poucas palavras, a liberdade de expressão está relacionada com matérias opináveis; a de informação, por outro lado gira em torno de factos que são dignos de serem publicados como notícia. Ambas as liberdades são necessárias para formar una opinião pública espontânea, sem opressão nem limites invisíveis, mas a deontologia faz que a sua implementação não seja tão simples como num mundo utópico.

A liberdade de informação implica o direito que têm todos os seres humanos a divulgar qualquer história que lhes chegue aos ouvidos, mas a deontologia exige certas precauções no processo, algumas das quais se mencionam num parágrafo anterior, e a complexidade própria da vida faz que nem sempre seja conveniente ou produtivo fazer uso desta liberdade; podem inclusivamente existir casos em que impedir um terceiro que disfrute dela seja considerada a opção mais justa.

Retomando o conceito de liberdade de expressão, que nos dá o direito de emitir as nossas opiniões, vejamos os dois níveis qualitativos que se podem distinguir:

* a função de informar acerca de um sucesso real, que comunique uma mensagem certa e de interesse para o resto das pessoas. É necessário fazer finca-pé na importância na veracidade da mensagem, já que é a propriedade que pode invalidar a sua natureza informativa;

* a função de opinar, que tem tanta importância como a anterior, pois ambas se complementam e se enriquecem mutuamente, sendo a opinião uma consequência natural e necessária da informação.

Relativamente à opinião, não há que ter a tarefa fundamental de alimentar e manter viva a democracia e colaborar com o cumprimento dos direitos humanos.

SIGNIFICADO E IMPORTÂNCIA DA TEONTOLOGIA:

Teontologia é a matéria da teologia sistemática que aborda questões relacionadas ao ser de Deus e suas obras. A palavra teontologia vem do grego e é formada por três vocábulos: theos, “Deus”, ontos, “ser”, e logos, “palavra” ou “lógica”. Daí o significado de teontologia diz respeito ao “estudo do ser de Deus”. Portanto, a teontologia é a teologia propriamente dita, ou seja, é a doutrina de Deus.

As pessoas falam de Deus o tempo todo. Mas a questão é que nem sempre o que as pessoas pensam sobre Deus condiz com o que a Bíblia que é a Palavra de Deus diz sobre Ele. Muitas vezes os homens idealizam um deus que nada tem a ver com o Deus revelado nas Escrituras. Então a teontologia trata de apresentar um conjunto de dados organizados acerca do que a Bíblia realmente diz sobre quem Deus é e quais são as suas obras.

Qual a importância da teontologia?

Sem dúvida a teontologia lida com questões que estão além da nossa compreensão. Mas isso não quer dizer que a teontologia falha em apresentar os temas fundamentais para a Fé Cristã relacionados à natureza Deus. Embora Deus seja incompreensível, Ele é também cognoscível.

Isso quer dizer que embora não possamos compreender exaustivamente o ser de Deus – visto que somos criaturas finitas e imperfeitas e Ele é o nosso Criador infinito e perfeito – nós podemos conhecê-lo porque Ele mesmo resolveu se revelar a nós. Essa auto-revelação divina nos é dada de forma geral através do mundo criado e de forma especial através da Escritura. Na teologia isso é chamado de “revelação geral” e “revelação especial”.

Então a teontologia não se trata de um descobrimento de Deus por parte do homem, mas do estudo do conhecimento que o próprio Deus graciosamente resolveu prover ao homem acerca de Si. Nesse sentido, embora jamais possamos obter todo o conhecimento sobre Deus, a porção que Ele decidiu nos revelar é perfeita e suficiente para nos instruir acerca de tudo o que é importante para termos um relacionamento com Ele.

Portanto, obviamente a teontologia é fundamental para o estudo teológico. Sem a compreensão adequada acerca do caráter e da natureza de Deus, é impossível compreender as outras doutrinas de forma correta. Afinal, como podemos entender as obras de Deus e a forma com que Ele se relaciona conosco se tivermos um entendimento distorcido e equivocado sobre quem Ele é?

Por esse motivo é que não raramente muitos erros teológicos que ocorrem em outras matérias da teologia sistemática são, na verdade, resultantes de erros cometidos no campo da teontologia.

Vamos a um exemplo prático: os universalistas acreditam que no final das contas todas as pessoas serão salvas; visto que supostamente a ideia de pessoas condenadas ao sofrimento eterno não combina com um Deus amoroso. A primeira vista o erro dos universalistas parece ser soteriológico, já que eles adotam uma Soteriologia que é incoerente com a doutrina bíblica da salvação que indica a bem-aventurança eterna dos redimidos e a condenação eterna dos ímpios.

Mas em última análise, o erro dos universalistas é, antes de tudo, teontológico. Os universalistas erram ao falar da doutrina da salvação porque primeiro eles falham em entender o que a Bíblia diz acerca do ser de Deus e seus atributos – visto que o Deus que é totalmente amoroso também é totalmente justo e santo. Por isso que Millard Erickson diz que o conceito de Deus adotado por uma pessoa fornece toda a estrutura dentro da qual ela constrói sua teologia e vive sua vida (Teologia Sistemática).

Quais os temas da teontologia?

Dentre os principais temas estudados na teontologia, podemos citar:

  • A existência de Deus. 
  • O relacionamento de Deus com o mundo criado. (Eminência e transcendência de Deus ).
  • O conhecimento de Deus.
  • A unidade de Deus.
  • A Santíssima Trindade. 
  • Os atributos de Deus. 
  • Os nomes de Deus. 
  • Os decretos de Deus.
  • As obras de Deus.
  • A providência de Deus no governo e sustento do mundo criado.

Estudar teontologia é realmente maravilhoso e fundamental para todo cristão; pois o crente verdadeiro tem prazer em conhecer mais e mais sobre quem é o Deus a quem ele serve. Nesse sentido, os temas abordados na teontologia trazem implicações práticas para a vida cristã.

quinta-feira, junho 16

CONHECENDO OS QUATROS NÍVEIS IMPORTANTE DE INTELIGÊNCIA?

Baseado no trabalho do psicólogo Howard Gardner que defendeu que o indivíduo tem várias inteligências e não apenas a inteligência racional, mais conhecida pelo QI, Covey desenvolveu todo um trabalho fomentando que as 4 inteligências estão ao serviço do ser humano, quer no aspecto pessoal quer no profissional.

Essas inteligências são: a Inteligência Física, a Inteligência Emocional, a Inteligência Racional e a Inteligência Espiritual.

Todas elas assentam na relevância do autoconhecimento e na autoconsciência e todas podem funcionar como alertas do que podemos alterar nas nossas vidas para melhorarmos os nossos níveis de satisfação e propósito.

Inteligência Física é uma das menos faladas, mas talvez a que mais facilmente poderemos aprender a escutar. Tem a ver com tudo o que está relacionado com o nosso corpo, os sinais que emite não só para nos prevenir, como também para cuidar dele a nível da alimentação, do descanso, da nutrição e da respiração. Todos nós sabemos reconhecer quando estamos cansados, com sono e com fome ou sede. Mas será que todos sabemos identificar todos os sinais de stress que o nosso corpo nos envia? Ou reconhecer quando o nosso corpo nos pede mais movimento, alongamentos ou mais oxigénio?

Inteligência Emocional foi muito promovida por Daniel Goleman e assenta na importância da autoconsciência, autogestão, consciência social e da gestão de relacionamentos. É nesta área que nos apercebemo-nos de como as nossas emoções se expressam fisicamente em nós e como podemos gerir toda essa energia emocional, desenvolvendo o que chamamos de autorregulação. Aprender a identificar as emoções e os seus sinais para que possamos regulá-los melhor e dar uma resposta adequada à situação em causa, é o primeiro passo para se melhorar a Inteligência Emocional.

Inteligência Racional, ou o QI, é a mais conhecida e é a base do funcionamento da sociedade e da educação contemporânea tal como a conhecemos. Está relacionada com o raciocínio lógico e estruturado, o poder de análise, a resolução de problemas e toda a parte cognitiva do nosso eu.

Inteligência Espiritual, que não tem a ver necessariamente com religião, é segundo Covey a alavanca de todas as outras inteligências. É a que está na base do nosso propósito e contributo para um mundo melhor ao nosso redor, é a nossa conexão mais profunda connosco e com o outro e é a base da harmonia interior e exterior que espelhamos. Está ligado ao tempo que nos damos a nós mesmos e aos valores e crenças que temos.

O mais curioso é que todos temos e podemos desenvolver (ainda mais) estas 4 inteligências e, por conseguinte, podemos usar este recurso gratuito para acender a este potencial que habita em nós em prol do nosso bem: físico, mental, emocional e espiritual.

Vale a pena investir tempo para melhorar as nossas 4 inteligências. Mais cedo ou mais tarde faremos bom uso delas, e poderemos utilizar a informação que elas nos transmitem para melhorarmos as nossas vidas e os nossos relacionamentos. Nem que seja connosco próprios, que é seguramente um ótimo primeiro passo!

Invista em si, em conhecer-se melhor, em aprender a captar a informação que transborda do seu corpo e das suas emoções e a escolher-se a si, para que consiga sorrir genuinamente com mais frequência.

O QUE SIGNIFICA ÉTICA PARA ARISTÓTELES? VAMOS ENTENDER?

Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) foi o primeiro filósofo a tratar da ética como uma área própria do conhecimento, sendo considerado o fundador da ética como uma disciplina da filosofia.

A ética (do grego ethos, "costume", "hábito" ou "caráter") para Aristóteles está diretamente relacionada com a ideia de virtude (areté) e da felicidade (eudaimonia).

Para o filósofo, tudo tende para o bem e a felicidade é a finalidade da vida humana. Entretanto, a felicidade não deve ser compreendida como prazer, posse de bens ou reconhecimento. A felicidade é a prática de uma vida virtuosa.

O ser humano, dotado de razão e capacidade de realizar escolhas, é capaz de perceber a relação de causa e efeito de suas ações e orientá-las para o bem.

A virtude na ética de Aristóteles

Aristóteles faz uma distinção importante entre as determinações da natureza, sobre as quais os seres humanos não podem deliberar e as ações frutos da vontade e de suas escolhas.

Para ele, os seres humanos não podem deliberar sobre as leis da natureza, sobre as estações do ano, sobre a duração do dia e da noite. Tudo isso são condições necessárias (não há possibilidade de escolha).

Já a ética opera no campo do possível, tudo aquilo que não é uma determinação da natureza, mas depende das deliberações, escolhas e da ação humana.

Ele propõe a ideia da ação guiada pela razão como um princípio fundamental da existência ética. Desse modo, a virtude é o "bem agir" baseado na capacidade humana de deliberar, escolher e agir.

A prudência como condição de todas as virtudes

Aristóteles afirma que entre todas as virtudes, a prudência é uma delas e a base de todas as outras. A prudência encontra-se na capacidade humana de deliberar sobre as ações e escolher, baseado na razão, a prática mais adequada à finalidade ética, ao que é bom para si e para os outros.

Só a ação prudente está de acordo com bem comum e pode conduzir o ser humano a seu objetivo final e essência, a felicidade.

A prudência como o justo meio

A sabedoria prática baseada na razão é o que torna possível o controle dos impulsos pelos seres humanos.

No livro Ética a Nicômaco, Aristóteles mostra que a virtude está relacionada com o "justo meio", a mediana entre os vícios por falta e por excesso.

Por exemplo, a virtude da coragem é a mediana entre a covardia, vício pela falta e a temeridade, vício por excesso. Assim como o orgulho (relativo à honra) é o junto meio entre a humildade (falta) e a vaidade (excesso).

Desse modo, o filósofo compreende que a virtude pode ser treinada e exercitada, conduzindo o indivíduo mais efetivamente para o bem comum e a felicidade.

O QUE SIGNIFICA ÉTICA PARA PLATÃO? VAMOS ENTENDER?

Se você acha que só os psicanalistas estudam o comportamento humano, você está muito enganado! Nós podemos falar isso com convicção porque sabemos que todo aquele que estuda ética está engajado em analisar as atitudes das pessoas. Mais do que isso: essa pessoa busca entender quais são os princípios que regem a moral da sociedade. Assim sendo, é interessante conhecer os primórdios da filosofia e descobrir o que é ética para Platão.

Se você quer saber mais sobre esse assunto eu te convido a continuar a leitura deste artigo. Isso porque irei trazer uma abordagem interessante sobre o  tema. Na verdade, é capaz que o seu professor de história ou de filosofia da escola já tenha abordado essa questão com você. No entanto, como nós sabemos que muita coisa que nós estudamos na adolescência já foi esquecido, decidimos te ajudar a lembrar o que é ética.

É importante que você saiba que essa palavrinha tem origem grega. Se você prestou bastante atenção nas aulas sobre a Antiguidade clássica, com certeza você vai lembrar dos nomes Sócrates, Platão e Aristóteles. Nós sabemos que esses três filósofos gregos são muitíssimo famosos e não é fácil falar da Grécia Antiga sem mencionar a existência deles.

Nós certamente não temos a intenção de dizer que Platão é o mais importante dessa tríade de pensadores. Longe de nós cometermos essa injustiça com as outras duas personalidades gregas. No entanto, nós iremos nos concentrar em Platão nesse artigo. Isso porque se formos abordar o que os três filósofos pensavam sobre o assunto, o estudo ficaria muito extenso ou pouco esclarecedor.

Quem foi Platão

Essa pergunta pode até parecer absurda. Isso porque o nome dessa grande personalidade do mundo grego é muito conhecido. No entanto, se nós te perguntássemos quando Platão nasceu ou qual é a razão para ele ser tão conhecido, talvez você não saiba. É bem provável que não. Então nós selecionamos algumas curiosidades sobre o pensador grego para te apresentar antes de abordarmos aqui as suas ideias.

O primeiro fato que você precisa saber sobre o filósofo é que ele foi aluno de Sócrates e professor de Aristóteles. Interessante não? Nós achamos importante te contar isso porque muitas pessoas não sabem exatamente qual foi a relação entre os três pensadores. Agora você já sabe!

Com relação à data em que ele nasceu, ela é incerta. Provavelmente foi no ano 427 a.C. Quanto à sua morte, acredita-se que ela aconteceu no 347 a.C. Como você pode ver, as duas datas estão muito distantes de nós. Ainda assim, suas ideias não perderam a sua relevância para os estudos atuais.

O que Platão pensava sobre a ética

Para que você entenda o que o filósofo entendia como ética, é importante mencionar primeiro outra das suas ideias. Platão afirmava que a alma humana era divisível em três partes. Uma delas é racional, a qual nos faz buscar o conhecimento. Outra delas é irascível, sendo a responsável pela produção de emoções. A terceira parte é apetitiva e está relacionada a busca do prazer.

Por que nós estamos te contando isso? Porque Platão entendia que uma pessoa só pode tomar decisões corretas quando a parte racional da sua alma fala mais alto. No fundo, todos nós sabemos disso não é? Normalmente quando nós somos guiados pelas nossas emoções ou pelo nosso desejo de sentir prazer, nós acabamos sendo precipitados e inconsequentes.

Além disso, precisamos entender que com relação à ética para Platão, ela tem a finalidade de levar o homem a se voltar para o bem. Em outras palavras, o ser humano deveria buscar aquilo que engrandece a sua alma e abrir mão das coisas materiais ou dos prazeres. Interessante não?

Dessa forma, podemos afirmar que, para Platão, o indivíduo ético é aquele que é capaz de governar a si mesmo. Ou seja, é aquele que exercita a sua habilidade de autocontrole.

Como você pôde ver, Platão foi um grande pensador da Grécia Antiga que desenvolveu uma concepção sobre o que é ética. Nós buscamos apresentar de maneira resumida e simplificada qual foi a ideia do filósofo grego. Segundo ele, nós só podemos agir de maneira ética quando nós damos ouvido ao nosso lado racional, o qual nos ajuda a tomar decisões mais justas.

Essa escolha implica em nós abandonarmos cada vez mais os prazeres das sensações. Além disso, ela também significa deixarmos de agir motivado pelas nossas emoções. Como nós podemos ver, esse é um grande desafio. É possível que você discorde do filósofo (e tem todo o direito de fazer isso). No entanto, nós achamos importante te apresentar as suas ideias.

Agora que já te contamos o que é a ética para Platão, também achamos importante mencionar a importância da Psicanálise para o estudo do comportamento humano. Começamos o texto, falando dessa área e vamos terminar também tratando dela.

O QUE SIGNIFICA ÉTICA PARA SÓCRATES? VAMOS ENTENDER?


Sócrates

A filosofia de Sócrates, diferente dos filósofos pré-socráticos, tinha como objetivo o homem e o conhecimento deste, deixando de lado assim, a busca por conhecer o cosmos e a physis. Sendo assim, Sócrates foi considerado o pai da ética, pois foi o primeiro a se aprofundar nesse assunto. Parte de sua filosofia era a construção do homem, tendo então como visão a constituição de Virtudes fundamentais para que o homem atingisse a plena felicidade. Algumas de suas principais virtudes apresentadas por ele como fundamentais são a justiça, que apenas poderia ser conhecida depois que se soubesse o que é a injustiça; a modéstia, que era a capacidade de ser bom no que faz naturalmente e sem se vangloriar; entre outros.

Importante prática de Sócrates que representava sua filosofia era a prática da Maiêutica, que através da dialética, “paria” o conhecimento das pessoas. Um exemplo dessa prática é o diálogo que Sócrates tem com o escravo Teeteto, em que ele explica ao escravo o processo da Maiêutica que gostaria de aplicar nele, pois a muito já havia percebido que algo na alma deste estava a ponto de vir à luz.

Sobre a dialética de Sócrates tem-se como exemplo o livro Êutifron de Platão. Neste livro há o diálogo entre Êutifron e Sócrates em que estes discutem sobre a piedade. Vemos que, com um mesmo assunto, Sócrates desenvolve a conversa a tal ponto que Êutifron “desiste” de discutir sobre isso e dá desculpas para ir embora. Uma frase boa de Sócrates para representar este livro, seria “Só sei que nada sei”, pois nesse desenrolar da conversa, o que realmente Sócrates quer mostrar é a ignorância do homem, principalmente neste caso em que Êutifron era soberbo e orgulhoso.

Ética sofista

Sócrates e Hípias, o sofista

A filosofia sofista era baseada no relativismo. Cada pessoa, seja pela cultura ou sociedade que vive, contém as suas ideias em que estas se tornam verdades para eles, assim como o ideal de uma outra pessoa, também será uma verdade. Sendo assim, não existe verdade absoluta, objetiva, mas sim uma verdade subjetiva, em que cada um tem a sua.

O trabalho dos sofistas era ensinar jovens sobre política e a arte da retórica, cobrando taxas para aplicar essas aulas. Foram considerados por muitos críticos como prostitutas do saber ou mercenários do saber, pois cobravam de algo que deveria ser dado gratuitamente.

A partir de sua filosofia, vê-se que os sofistas tinham por ética, algo também relativo, mesmo dentro de uma mesma sociedade. Enquanto para alguns era correto se fazer uma determinada coisa, para outros não era.

Ética socrática

Sócrates tinha por visão o objetivismo. Para ele, existia uma Verdade Universal e para se descobrir essa verdade era preciso ter uma vida moral, podendo-se ver isso através das Virtudes antes mencionadas. Por essa razão, Sócrates criticou grandemente os filósofos sofistas, em que tinham uma filosofia ética totalmente contrária a de Sócrates. Se por exemplo fosse pago aos sofistas que afirmassem que uma coisa era verdade, mesmo que não fosse, eles o fariam, pois acreditando em verdades relativas, tudo que se afirmasse estaria correto.

Sören A. Kierkegaard

Para o filósofo Kierkegaard, que se baseou muito em Sócrates, o considerava irônico, ironia no sentido de fazer a aporia por satisfação pessoal. Atentava em Sócrates a comparação deste com Cristo, em que ambos não deixam nada escrito, possuem discípulos e morrem de forma trágica e significativa. Em muitas características se assemelham Sócrates de Kierkegaard, como pela própria ética, porém se diferem no sentido de alcançar a verdade por seus próprios esforços, que enquanto Sócrates crê nessa possibilidade, Kierkegaard não.

Vê-se que a base da ética socrática é o autoconhecimento. É poder se conhecer subjetivamente a ponto de conseguir entender e praticar a Verdade objetiva. Sendo assim, defendia a frase: “Conhece-te a ti mesmo”.

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?