quarta-feira, junho 29

NEUROPSICOLOGIA COMO FUNCIONA NA PRÁTICA?

A Neuropsicologia é a soma dos conhecimentos da Neurologia com os conhecimentos da Psicologia, certo? Na verdade: errado ou no mínimo limitado! A Neuropsicologia é uma daquelas áreas de interface em que o todo é mais amplo que a soma das partes. Isso quer dizer que você pode entender "tudo" sobre Neurologia e sobre Psicologia e ainda assim não compreender como essas áreas se conectam, se influenciam e o quanto são inseparáveis na sua complexidade funcional.

Então, se você quer conhecer mais sobre as conexões dessa complexidade, para entender melhor como um ser humano funciona, acompanhe essas reflexões.

As extremidades atraem!

Vamos começar logo com um exemplo prático: como saber se uma senhora, com os seus 65 anos de idade, está com depressão ou princípio de demência? Esta é uma das dúvidas recorrentes em equipes interdisciplinares de cuidados em Saúde Mental pela semelhança das características. Este é um diferencial importante de ser compreendido porque as orientações de cuidado são distintas.

Muitas pessoas, como essa senhora, vão em busca de ajuda profissional com intenso sofrimento psicológico, apresentando limitações na funcionalidade da vida de forma que sua autonomia já se apresenta comprometida. O sofrimento se estende para suas relações familiares e até para questões econômicas. Percebem a complexidade? É um fato que uma situação como esta envolve questões emocionais e, por isso, já se justificaria realizar um consulta psicológica Mas como saber se as questões psicológicas são o resultado de uma dificuldade emocional, afetiva, relacional ou quando envolve questões estruturais da sua humanidade como alterações das funções do Sistema Nervoso Central.

O primeiro desafio para todos nós, profissionais, familiares e a própria pessoa em sofrimento, é não reduzir processos complexos a entendimentos simples. Quem nunca ouviu esta frase: "Ah isso é psicológico!” Pois é, nem tudo é apenas psicológico, assim como pode não ser apenas biológico ou relacional. Mas as extremidades atraem, não é? Até mesmo para refletir sobre o quanto as questões da vida podem ser complexas, estamos usando aspectos que podem reduzir nossa compreensão como: o que é causa, o que é efeito? O que é principal e o que é secundário.

Não me surpreenderia se você me dissesse que funciona assim inclusive para entender outros aspectos da vida. Não é difícil perceber o quanto é tentador encontrar uma resposta simples, já que logo depois viria uma sensação de alívio, de segurança e de aparente resolução. Pois é, mas, na verdade, a vida humana é mais complexa do que a lógica de causa e efeito, usada nas ciências naturais, pode explicar. A exemplo disso, a Neuropsicologia é uma área que expande as extremidades e os pensamentos duais, mas nem por isso torna-se incompreensível.

No caso da senhora, sobre a qual acabamos de levantar as possibilidades de depressão ou princípio de demência, diríamos que uma resposta simples poderia não ajudar. Mas uma compreensão ampliada que envolvesse seus aspectos psicológicos, neurológicos, imunológicos, endocrinológicos, sociais e espirituais, assim as correlações entre eles, traria a identificação do cuidado mais adequado para este momento da vida dela.

Observe que não estamos falando de resolução de todos os problemas de cada uma dessas áreas. Aliás, não estamos falando de resolução e nem de problemas, mas de compreensão integral de um ser humano e de consideração pela sua condição funcional total, para otimizar as potencialidades de que dispõe. Este é um dos principais objetivos da Neuropsicologia moderna.

O que a Neuropsicologia estuda?

Historicamente, a Neuropsicologia é uma área de estudo que tem o mesmo tempo de história da própria Psicologia. Estudiosos importantes como Broca (1824-1880), Wernicke (1848-1805) e Luria (1902-1977) destacaram-se nas descobertas das correlações entre funções cognitivas e regiões cerebrais. Foram muitas descobertas. Hoje temos mapas das atribuições de cada região cerebral e, com a tecnologia dos exames de imagem à disposição, é possível compreender diversos padrões de ativação de regiões correlatas em determinadas circunstâncias. Mas não nos enganemos! Descobrimos muito, mas ainda sabemos pouco sobre como o cérebro e os demais componentes do Sistema Nervoso funcionam.

Ainda lembro que, no início da minha graduação, ainda havia resquícios de que a maioria das células corporais poderiam se regenerar, mas que para os neurônios (células do Sistema Nervoso) não era da mesma forma. Anos mais tarde, descobrimos que essa era uma autêntica fake news. Novas pesquisas mostraram regeneração celular em neurônios. Abriu-se um campo fértil para os estudos da neuroplasticidade cerebral Ainda lembro da minha sensação de surpresa e de encantamento com as novas possibilidades.

Mais recentemente, em 2017, estive em um congresso internacional de neurociência (I World Congress on Brain, Behavior and Emotions) e pude acompanhar diversos neurocientistas mostrando resultados de estudos, inclusive longitudinais (aqueles que acompanham a evolução de um grupo de pessoas por anos), sobre o crescimento e multiplicação de grupos de neurônios responsáveis por funções como memória e atenção em idosos que praticavam atividades sistemáticas e regulares de reabilitação neuropsicológica. Não é fantástico.

Então podemos afirmar, sem receio, que a Neuropsicologia não estuda mais apenas os locais do Sistema Nervoso responsáveis por determinadas funções, o chamado localizacionismo. Mais recentemente, a Neuropsicologia recebeu influências do Holismo, da inter e a transdisciplinaridade. Atualmente algumas vertentes têm como objetivo compreender a complexidade das correlações entre as estruturas e suas funções, a forma como se apresentam e as condições neuropsicológicas das pessoas. Para facilitar sua compreensão vamos descrever didaticamente estes componentes:

Aspectos neuropsicológicos estruturais: Entendemos por estrutura o aparato orgânico que temos disponível: o nosso sistema nervoso, que é dividido em sistema nervoso central (encéfalo e medula espinhal) e sistema nervoso periférico (nervos cranianos e raquidianos). O encéfalo é o elemento central da estrutura e se subdivide em: cérebro, cerebelo e bulbo.

Aspectos neuropsicológicos funcionais: O sistema nervoso coordena o funcionamento orgânico do corpo, assim como as funções psicológicas básicas (sensação, atenção, percepção, memória) e as funções psicológicas complexas (linguagem, consciência, pensamento, emoção, sentimento).

Estes aspectos se correlacionam intermediados por processos químicos e físicos como a liberação de certos hormônios presentes na comunicação entre as células. Talvez o exemplo mais comum seja a sinapse, a comunicação entre os neurônios que compõem uma rede de uma média de 86 bilhões de unidades de diferentes tipos, morfologias e funções.

Toda esta estrutura na interação com as relações humanas e com o mundo formam ainda a personalidade humana, que também não é um conceito estático e está em constante transformação à medida que a pessoa vive novas experiências. Assim vão se formando e se transformado as características diversas e únicas das pessoas.

Hoje sabemos que as emoções, as experiências, as relações e as atividades da vida humana desencadeiam alterações físico-químicas na estrutura funcional neuropsicológica, modificando padrões de funcionamento. Assim como sabemos que alterações físico-químicas, desencadeadas por fatores orgânicos como comprometimentos adquiridos por um acidente, por exemplo, ou aqueles congênitos ou ainda genéticos, também transformam reações emocionais, percepções de si e do mundo, modificando o jeito de ser das pessoas.

Como a Neuropsicologia funciona na prática?

A Neuropsicologia é uma área das interfaces, interessada nas relações de complexidade e em uma compreensão de totalidade da vida humana. Tomando como base o processo de neuroplasticidade, temos uma visão do horizonte da prática da Neuropsicologia. Vamos explorar algumas possibilidades:

Avaliação Neuropsicológica: processo sistemático que envolve entrevistas iniciais com a pessoa, familiares e outros profissionais que a acompanham; escolha criteriosa e específica de instrumentos neuropsicológicos como testes psicológicos, escalas e inventários; construções de laudo neuropsicológico compreensivo; entrevistas de devolução para a pessoa e familiares. Um processo que visa a ampliação de compreensão da pessoa para a pessoa e para posterior encaminhamento e estruturação de acompanhamento se necessário.

Habilitação e Reabilitação neuropsicológica: processo geralmente posterior à avaliação que envolve a construção e realização de procedimentos sistemáticos e processuais de promoção do desenvolvimento neuropsicológico da pessoa. Um processo com periodicidade e objetivos definidos em conjunto e que leva em consideração as características globais e peculiares de cada pessoa.

A Neuropsicologia pode envolver a compreensão do desenvolvimento neuropsicológico, que inicia na gestação, estendendo-se até a compreensão do processo de envelhecimento, passando por todas as dificuldades, síndromes e alterações genéticas, congênitas e ambientais que interferem e caracterizam o processo neuropsicológico das pessoas.

  • A Neuropsicologia habilita e reabilita módulos cognitivos e psicológicos deficitários derivados de comprometimentos adquiridos ou resultantes do desenvolvimento do Sistema Nervoso. Além de realizar orientação a familiares, profissionais da educação e da saúde sobre formas de promover o desenvolvimento das pessoas.

O que toda esta compreensão nos ensina para a nossa vida é que:

  • Processos complexos precisam ser compreendidos com complexidade. Não há respostas simples para a compreensão humana. Ela é complexa por natureza, então nunca teremos uma compreensão total ou permanente ou um insight tão poderoso que explique o que de fato está acontecendo. Mas podemos estar sempre em busca ou na direção de uma compreensão mais complexa de nós mesmos.

COMPOSIÇÕES DO ENXOFRE:

enxofre é um sólido amarelo classificado na tabela periódica como um não metal e representa cerca de 3% da massa terrestre. É base para a síntese de ácido sulfúrico, um dos compostos mais produzidos mundialmente em escala industrial. O enxofre também está presente na constituição dos aminoácidos de plantas e animais.

Em temperatura ambiente, o enxofre é um sólido de coloração amarelalevequebradiço e inodoro. É insolúvel em água, porém solúvel em dissulfeto de carbono (CS2), e é encontrado em minerais que contêm sulfitos e sulfatos, sendo reconhecido facilmente na forma de cristais amarelos. A temperatura de fusão do enxofre é 115,2 ºC, e a de ebulição, 444,7 °C, e sua densidade é 2,07 g/cm³.

O elemento químico enxofre, do latim sulphur, é representado pelo símbolo S, seu número atômico é 16, e sua massa atômica 32,066 u. É classificado como um não metal e encontra-se na família dos calcogenios o grupo 16 da tabela periódica.

O enxofre passou a ser reconhecido como elemento químico a partir de 1789, quando o químico francês Antoine Lavoisier considerado o pai da Química moderna, adicionou à lista dos elementos químicos.

O enxofre é um dos elementos químicos que apresentam o fenômeno da alotropia e, entre eles, o que possui a maior variedade de formas alotrópicas: S2, S4, S6 e S8, que se diferenciam quanto a sua atomicidade. Esses alótropos podem ser encontrados em locais onde ocorrem erupções vulcânicas.

Os dois alótropos principais do enxofre são: o enxofre ortorrômbico (ou rômbico) e o enxofre monoclínico, ambos são formados por um anel com oito átomos de enxofre ligados (S8) e diferenciam-se quanto ao arranjo molecular, ou seja, sua estrutura..

O enxofre rômbico é um pouco mais denso que o enxofre monoclínico, possuem densidade de 2,08 g/ml e 1,96 g/ml, respectivamente. Já seu ponto de fusão é um pouco mais baixo, possuem 112,8 °C e 119,2 °C, respectivamente.

Uma das principais aplicações do enxofre é como reagente na produção de ácido sulfúrico (H2SO4), um dos produtos mais utilizados pelas indústrias no mundo. Além disso, possui aplicação na vulcanização de borrachas naturais e na produção de fertilizantes, papéis, pólvora, detergentes etc.

O enxofre também aparece na composição da gasolina, com uma concentração de 50 mg/kg (50 ppm, partes por milhão), o que faz com que seja liberado óxido de enxofre na atmosfera como um dos produtos da queima de combustíveis. Esses óxidos são responsáveis pela formação da chuva ácida. 

O ciclo do enxofre ocorre tanto na água quanto no solo e na atmosfera. Podemos encontrar o enxofre na crosta terrestre, em maior quantidade, e na atmosfera, em menor quantidade.

O enxofre é inserido na cadeia alimentar pelas plantas, que absorvem o elemento de outras substâncias e utilizam-no para a produção de aminoácidos. No processo de decomposição das plantas e dos animais, os micro-organismos decompõem os aminoácidos e incorporam-nos nas rochas, liberando o enxofre para o meio ambiente.

Além desse caminho, o enxofre também é liberado na atmosfera pelas atividades vulcânicas e pela ação humana, por meio das atividades industriais e queimas de combustíveis dos automóveis.

É importante dizer que o aumento da liberação de compostos de enxofre, em especial os óxidos SO2 e SO3, tem desregulado o ciclo do enxofre no meio ambiente, causando graves problemas, como a intensificação das chuvas ácidas. 

O QUE SIGNIFICA OS ARQUÉTIPOS PARA CARL G JUNG?

Arquétipo é um conceito da psicologia utilizado para representar padrões de comportamento associados a um personagem ou papel social.

A mãe, o sábio e o herói são exemplos de arquétipos. Esses “personagens” têm características que são percebidas de maneira semelhante por todos os seres humanos.

Esse conceito foi desenvolvido por Carl G. Jung, psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica. Para Jung, os arquétipos estão no inconsciente coletivo e por isso são percebidos de maneira similar por todos.

Jung dizia que os arquétipos são uma herança psicológica, ou seja, são o resultado das experiências de milhares de gerações de seres humanos no enfrentamento das situações cotidianas.

As imagens dos arquétipos são encontradas em mitos, lendas, na literatura, nos filmes e também aparecem nos nossos sonhos.

Os arquétipos também são utilizados na publicidade. Quando um animal é utilizado em uma marca, espera-se que os clientes associem a marca às características daquele animal.

Os 12 arquétipos e seus significados

A partir da ideia dos arquétipos de Jung, desenvolveu-se uma classificação com 12 arquétipos que simbolizam algumas motivações básicas dos seres humanos.

Um indivíduo pode manifestar diversos arquétipos em sua personalidade, mas geralmente um deles é predominante. Os psicólogos costumam usar esses arquétipos para estudar as personalidades e desenvolver as potencialidades dos indivíduos.

  1. Sábio: o sábio é uma pessoa que busca o conhecimento e pratica a auto reflexão. Ele analisa as situações e age com sabedoria e inteligência.
  2. Mago: o mago acredita que o mundo pode ser diferente, acredita na transformação e na revolução, age no sentido de renovar as relações.
  3. Explorador: o explorador gosta de liberdade para agir e descobrir o mundo, ele busca por experiências novas e foge das situações rotineiras.
  4. Criador: o criador é o arquétipo do artista, do inventor. Essa pessoa é aquela que dá vida à imaginação e às coisas que ainda não existem.
  5. Herói: arquétipo presente em filmes e lendas, o herói é o guerreiro e destemido. Luta para proteger os seus e não teme os perigos.
  6. Rebelde: esse é o arquétipo daqueles que pensam de maneiras diferentes, que fogem dos padrões. Ele acredita que as regras podem ser quebradas.
  7. Amante: o amante é aquele que dá grande importância para as relações, ele é sensível e se sente feliz ao amar e ser amado.
  8. Tolo: o tolo é alegre e gosta de se divertir, de aproveitar a vida e fazer piadas. Também conhecido como louco, o tolo é autêntico e não tem vergonha de rir de si mesmo.
  9. Cuidador: o cuidador gosta de cuidar dos outros e faz o possível para que todos estejam bem. Costumam ser muito prestativos e ajudar quem precisa.
  10. Homem comum: o homem comum é aquele que age em conformidade com o que a sociedade espera. É uma pessoa boa para quem o rodeia, mas pode perder sua individualidade.
  11. Inocente: o inocente é aquela pessoa que sabe enxergar os aspectos positivos em todas as situações, ele é espontâneo, mas pode ser ingênuo em algumas situações.
  12. Governante: o governante é o arquétipo do líder, ele tem autoridade e sabe se impor, mas ele pode se tornar autoritário para fazer valer a sua vontade.

Os arquétipos de Jung

Segundo Jung, os arquétipos são resultado de milhares de vivências de diferentes gerações de seres humanos, que vão se acumulando e formando o inconsciente coletivo.

Um exemplo seria a imagem materna: todas as pessoas têm uma mãe e podem formar uma imagem própria sobre esse papel, mas há semelhanças sobre a mãe na percepção coletiva.

O que Jung defende com a ideia de arquétipo é a existência de ideias que são anteriores às experiências do próprio indivíduo.

Isso explica a existência de temas idênticos em mitos e religiões entre grupos sociais de diferentes lugares e épocas e que não estabeleceram qualquer contato.

Para Jung a mente é um produto da história: além das heranças biológicas, possuímos heranças psicológicas que influenciam nossos comportamentos e experiências.

Outro exemplo de imagem que se repete desde os primórdios da vida humana é a existência de um ser divino a quem se recorre em situações difíceis e desconhecidas.

Para o Jung, compreender essas estruturas é importante para o autoconhecimento. Os principais arquétipos estudados por ele foram:

  • Persona: o arquétipo da persona se relaciona a maneira como os indivíduos se apresentam para a sociedade, ao papel que a pessoa assume quando está em público.
  • Sombra: a sombra é o arquétipo que se refere a todos os aspectos da nossa personalidade que não conhecemos, sejam virtudes ou defeitos.
  • Anima: anima é o arquétipo dos aspectos femininos de um homem. Segundo Jung, todos os homens têm uma minoria de genes femininos e portanto, tem características psicológicas desse gênero.
  • Animus: o animus é o arquétipo das características masculinas que se manifestam em uma mulher. Para Jung, as mulheres também têm uma minoria de genes masculinos que compõem sua personalidade.
  • Self: o self é o arquétipo que leva à busca pela individuação, que segundo Jung, diz respeito à busca pelo autoconhecimento, pela espiritualidade e pela compreensão do sentido da vida e da morte.

AQUIETAI-VOS E SABEIS QUE EU SOU DEUS;TEXTO ( SALMO 46:10 )

Um dos hinos compostos pelos descendentes de Corá, o Salmo 46 enfatizam a confiança do povo de Israel na proteção divina. O cabeçalho não identifica o histórico do Salmo, mas seu conteúdo se ajusta bem às circunstâncias como o rei Ezequias e Isaías enfrentaram quando os profetas assírios cercaram Jerusalém e ameaçaram destruir a cidade (leia o ambiente em 2 Crônicas 32:1-23 e Isaías 36 e 37). Esse Salmo lembra a importância de sempre confiar em Deus, não importa a dificuldade da nossa circunstância.

“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem-presente nas tribulações. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam. Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a partir ante amanhã. Braam nações, reinos se abalam; ele faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve. O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. Vinde, contemplai como obras do SENHOR, que assolações efetuou-se na terra. Ele põe termo à guerra aos confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo. Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio”(Salmo 46:1-11).

A petição do primeiro verso do Salmo serve como tema e base do Salmo encontrado nos versos 7 e 11. É nas tribulações da vida que é mais fácil duvidar da presença de Deus e questiona sua justiça e soberania, mas o salmista afirma a presença divina nesses momentos.

No da ameaçasíria contra Jerusalém, a propaganda do emissário enviada pelo rei da Assíria tentou semear dúvida e derrubar a fé do povo de Israel, sugerindo que o Deus de Israel era impotente, igual aos “deuses” já humilhados pela força militar da sua nação.“Então, Rabsaqué se pôs em pé, e clamou em alta voz em judaico, e disse: Ouvi as palavras do sumo rei, do rei da Assíria. Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias; porque não vos poderá livrar. Nem Ezequias confiará sua fachada no SENHOR, dizendo: O SENHOR nos livrará, e esta cidade não será entregue nas mãos do rei da Assíria. Não vos engane Ezequias, dizendo: O SENHOR nos livrará. Acaso, os deuses das nações livraram cada um a sua terra das mãos do rei da Assíria? Onde estão os deuses de Hamate e de Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim? Acaso, livraram eles a Samaria das minhas mãos? são, todos dentre os deuses destes países, os que livraram a sua terra das minhas mãos, para que o SENHOR livre a Jerusalém das minhas mãos?” (Isaías 36:13-15,18-20).

A resposta do salmista foi a mesma que o rei Ezequias e o profeta Isaías deram para seus inimigos. Não foram atemorizados pelas ameaças arrogantes assírias, pois confiavam em Deus. Ele foi a fonte da sua vida e seu protetor. Durante a noite, Deus mandou seu anjo e destruiu o exército da Assíria com 185.00 soldados. Jerusalém foi salva porque Deus estava com seu povo.

Nós estamos em tempos tumultuosos. A polarização política faz inimigos de concidadãos do mesmo país. Conflitos e ameaças à paz e segurança de países em todas as partes do mundo. Seria fácil nos entregar ao desânimo, desespero e ansiedade diante das incertezas. Quando tentamos questionar a soberania ou a presença de Deus, vamos nos lembrar do exemplo de Isaías e Ezequias e das palavras dos filhos de Corá!

O verdadeiro Deus, Criador e Senhor do Universo, não pode ser comparado aos falsos deuses dos vizinhos de Israel jamais vai ter poder para libertar homens das ameaças de seus inimigos, mas feito o Deus de Jacó tem poder e demonstrado sua soberania no livramento dos fiéis.

Deus continua sendo “o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” (verso 1).

terça-feira, junho 28

QUE O SENHOR NOS OUÇA E RESPONDA AS NOSSAS ORAÇÕES E NOS AJUDE: TEXTO ( SALMO 20 )

Querendo ou não, o salmo 20 estudo é uma das análises bíblicas mais procuradas, considerando o tamanho e a mensagens que são transmitidas nesse livro.

Dessa forma, no salmo de número 20 em específico, temos algumas características de lamentação, mas continua sendo trechos muito otimistas e positivos.

O salmo se trata da voz do povo, em multidão, que ora em nome do Rei de Israel quando ele está pronto para ir para a batalha.

Nesse sentido, talvez seja por esse motivo, que para muitos cristãos, esse capítulo seja tratado como uma priorização da oração nos momentos difíceis.

Até porque, mesmo diante de toda a batalha que se aproximava, Davi e todo o povo, tiram um tempo para orar, priorizando a oração antes de tudo.

Isso é algo muito importante, considerando que na atualidade, muitas pessoas deixam de procurar a Deus, e orar, colocando a desculpa no momento.

Portanto, para que você consiga entender melhor tudo isso, citaremos a seguir um estudo do salmo 20, em busca de entender essa oração.

Salmo 20 Estudo Completo

Antes de começarmos, para entender algumas palavras e até outros contextos, caso fique vago, é importante rever o estudo do salmo 19.

Cada salmo pode ter uma sequência, mensagem e pensamento diferente, mas até mesmo alguns termos podem complementar o estudo.

(Salmo 20:1-2) Que o Senhor responda e ajude

¹ O SENHOR te ouça no dia da angústia, o nome do Deus de Jacó te proteja.

² Envie-te socorro desde o seu santuário, e te sustenha desde Sião.

O SENHOR te ouça: Primeiramente, vale frisarmos que nesse próprio trecho, conseguimos identificar que essa oração foi feita em conjunto com mutirão.

Dessa forma, se é feito o pedido que Deus respondesse às orações de alguém, que no contexto do livro, é o rei se preparando para a batalha.

No dia da angústia, o nome do Deus de Jacó te proteja. Envie-te socorro desde o seu santuário, e te sustenha desde Sião: Aqui Davi pede a Deus que lhe ajude de diversas formas diferentes, e esteja olhando para ele nessa batalha.

Aqui conseguimos ver um padrão que era usado muito no livro dos salmos e alguns outros, que expressa a repetição com as variações: Te proteja, te sustenha, envie-te socorre e dentre outros.

(Salmo 20:3) Que Deus possa receber esse sacrifício

³ Lembre-se de todas as tuas ofertas, e aceite os teus holocaustos. (Selá.)

Lembre-se de todas as tuas ofertas: Como de costume, sempre era feito um sacrifício em momentos importantes, como esse, que está prestes a ocorrer uma batalha.

Essa oração é mais uma destinada para que o senhor veja e receba seus sacrifícios antes da guerra.

Lembre-se de todas as suas ofertas…e aceite os teus holocaustos: aqui é lembrado que nem todos os sacrifícios são aceitos diante de Deus.

Até porque, você deve saber que para um sacrifício ser aceito por Deus, ele precisa ser oferecido com fé e também de acordo com o sistema levítico. Caso contrário, o sacrifício pode não ser aceito, e assim não ser correspondido por Deus.

E isso, era algo que deixava Davi muito procurado, e por isso pede a Deus que lembre de suas ofertas e aceite os holocaustos.

(Salmo 20:4) Que o Senhor pai possa conceder o cumprimento

⁴ Conceda-te conforme ao teu coração, e cumpra todo o teu plano.

Conceda-te conforme ao teu coração: Deus sabe do coração grande e acolhedor que Deus possui, e assim pede que ele lhe ajude conforme ele.

Até porque, o Rei Davi tinha um desejo de defender o povo de Deus e o reino em aliança com Deus. Portanto, ele queria muito que Deus olhasse para ele e o seu povo, principalmente com o seu coração.

E cumpra todo o teu plano: Visto que o propósito de Davi era a vitória para o povo de Deus, esta foi uma oração boa e necessária para orar.

Ele sabe que Deus sempre elabora os melhores planos para os seus discípulos, e era isso que Davi queria para ele e o seu povo.

(Salmo 20:5) Que Deus possa responder essas orações

⁵ Nós nos alegraremos pela tua salvação, e em nome do nosso Deus arvoraremos pendões; cumpra o Senhor todas as tuas petições.

Nós nos alegraremos pela tua salvação, e em nome do nosso Deus arvoraremos pendões: Primeiramente, podemos explicar pendões, como bandeiras de celebração alegre, usado muito nos tempos antigos.

Nesse sentido, como já citamos, o povo tinha muita confiança na libertação de Deus, que já aviam planejado colocar as bandeiras de celebração alegre. O hasteamento das bandeiras significa a vitória de Deus sobre os inimigos.

Cumpra o Senhor todas as tuas petições: Você consegue ver que novamente a oração demonstra a confiança de que Deus ouviria e cumpriria as orações de Seu rei.

(Salmo 20:6) o Senhor salva seu ungido

⁶ Agora sei que o Senhor salva o seu ungido; ele o ouvirá desde o seu santo Céu, com a força salvadora da sua mão direita.

Agora sei que o Senhor salva o seu ungido: Nesse trecho da oração que foi realizada, conseguimos ver que Davi mais uma vez expressou sua grande confiança de que Deus responderia às orações de Seu povo.

Deus salvaria (salva) o rei (Seu ungido). Durante os seus estudos bíblicos é muito comum que você esculte essa palavra “ungido”.

Dessa forma, de uma forma contextual para que você consiga entender, a palavra “ungido” pode ter uma série de significados, que irão variar de acordo com o contexto.

Por exemplo, no trecho: o Senhor salva Seu ungido, pode ser identificado alguns significados, como:

O Pai salvou o Filho do pecado, do orgulho, da autossuficiência, do fracasso, ou dentre diversos outros sentidos.

Você como cristão, precisa entender o contexto da passagem, para assim identificar o verdadeiro significado.

Portanto, você agora sabe que se a palavra aparecer no estudo do salmo 21 os seus significados podem não ser o mesmo.

Ele o ouvirá desde o seu santo Céu, com a força salvadora da sua mão direita: Por fim, aqui conseguimos ver que mais uma vez é fortalecida a ideia de que o Senhor salva seu ungido.

(Salmo 20:7) Confiar em nome do senhor

⁷ Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus.

Uns confiam em carros e outros em cavalos: é muito comum muitos dos seres humanos confiarem nos carros ou até mesmo em cavalos, e as vezes deixar de confiar no senhor.

Faz parte da natureza humana colocar nossa confiança nessas coisas, que não passa de matéria.

Desse modo, isso é algo que acontece não hoje, mas desde o tempo de Davi.

Davi sabia em que os reis e seu povo geralmente confiavam, que era a força humana e as maneiras como muitas vezes se expressam.

No entanto, quando ele cita: “mas nós faremos”, ele traça um forte contraste, mostrando que mesmo com isso, a sua confiança sempre será em Deus.

Devido ser uma guerra, ele podia muito bem ter posto sua confiança em suas armas e até mesmo nos seus soldados. Porém, ele prefere sequir no caminho da fé colocando sua confiança em Deus.

Mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus: Esse trecho completa nosso raciocínio anterior, e só confirma que Davi confiou na pessoa, ou seja, diretamente no caráter de Deus.

Ele não carregava o nome do Senhor como um encantamento mágico; antes, o nome fala do caráter abrangente de Deus e é uma expressão de Sua fidelidade à Sua aliança com Israel.

Vemos que o caráter e a fidelidade em Deus construída por Davi, foi mais forte do que milhares de carros ou cavalos.

(Salmo 20:8-9) O triunfo que só aqueles que confiam no senhor possuem

⁸ Uns encurvam-se e caem, mas nós nos levantamos e estamos de pé.

⁹ Salva-nos, Senhor; ouça-nos o rei quando clamarmos.

Uns encurvam-se e caem, mas nós nos levantamos e estamos de pé: Aqui Davi mostra que a confiança no senhor é algo que realmente funciona, e que a sua fé pode levar ao sucesso.

Dessa forma, quando ele fala que Uns encurvam-se e caem, aqui ele está falando naquele que ao invés de colocar sua confiança em Deus, colocaram em carros e cavalos.

No entanto, aqueles que realmente colocaram a sua fé e confiança em Deus, se levantaram e estão de pé.

Essa parte só demonstra o quanto a palavra de Deus é forte, e tem um alto poder, e que confiar nele, é o que realmente vale a pena.

Salva-nos, Senhor; ouça-nos o rei quando clamarmos: Aqui temos a linguagem da fé de Davi, mostrando a sua confiança na resposta de Davi, sempre que ele e o seu povo precisassem.

Para você, que quer ver o quanto a confiança e fé em Deus pode ser forte, e é principalmente o melhor caminho, o salmo 20 estudo foi feito para você.

Dessa forma, você vai ver que isso só frisa cada vez mais a importância em crer em Deus e ter confiança nele.

segunda-feira, junho 27

JÓ HUMILHA-SE PERANTE DEUS E DÁ-LHE GLÓRIA: TEXTO ( JÓ: 42:1-6 )

Os seis primeiros versículos deste capítulo final contêm a resposta de Jó ao Senhor. Na forma de poesia, esses versículos expressam a humilde submissão de Jó ao seu Senhor e Criador. O livro conclui com uma passagem na prosa narrativa. Este epílogo em prosa nos informa que Deus resolveu a disputa entre Jó e seus amigos e abençoou Jó com riqueza e prosperidade ainda maiores do que antes de sua aflição.

Em um dos versículos iniciais deste livro, lemos que Jó “era o maior homem entre todos os povos do oriente” (1: 3). Ele não apenas era temente a Deus e rico, mas também era sábio, altamente respeitado e um líder de homens, conforme aprendemos em suas declarações no capítulo 29. Comparado a outros, Jó se situava no topo.

Enquanto ele estava sofrendo suas profundas aflições, Jó havia reclamado que Deus estava injustamente punindo-o. Inconsciente da conversa entre o Senhor e Satanás, Jó acusou Deus de ser seu inimigo. Em orgulho pecaminoso, ele também presumiu julgar os pensamentos e os caminhos de Deus. Ele precisava aprender a importante lição de que Deus é infinitamente maior que ele. Em seus discursos, o Senhor ensinou a Jó essa lição. Isso teve o efeito de humilhar Jó e levá-lo ao sincero arrependimento.

Neste capítulo final, Jó começa sua resposta com uma humilde confissão: “Eu sei que você pode fazer todas as coisas; nenhum plano seu pode ser frustrado.” Embora Jó ainda fosse incapaz de compreender Deus, ele agora estava convencido de que tudo acontece dentro da estrutura da sabedoria de Deus e do poder todo-poderoso. Deus está no controle. Ele pode abençoar e pode afligir; ele pode dar, e ele pode tirar. Jó tinha certamente experimentado isso, mas ele teve que aprender a não questionar o governo de Deus neste mundo, mas se submeter a Deus e reconhecer que Deus sabe melhor. Nós também precisamos aprender essa lição.

No texto da NIV dos versículos 3 e 4, há meio-colchetes ao redor das palavras de abertura “você perguntou” e “você disse”. Isso significa que as palavras não são dadas no texto hebraico, mas são adicionadas na tradução para indicar que Jó está citando as declarações anteriores de Deus em 38: 2, 3. No verso 3 Jó usou a palavra “obscuridades” em vez da palavra “escurecer” que Deus usou, mas o significado é similar.

Jó continua fazendo uma confissão humilde: “Certamente eu falei de coisas que não entendi, coisas maravilhosas demais para eu conhecer”. Ele reconhece que os pensamentos e planos de Deus estão em um comprimento de onda completamente diferente do de Jó. Embora sábio pelos padrões humanos, Jó confessa que é ignorante em relação a Deus.

A ignorância de Jó o levou a fazer declarações tolas e a acusar Deus de injustiça. Jó não era culpado das acusações que seus três amigos tinham levantado contra ele, mas ele era culpado de julgar Deus pelos padrões humanos. A sabedoria de Deus é de uma ordem muito superior à sabedoria do homem, e para o homem deve permanecer um mistério. Com Jó, você e eu também devemos nos lembrar das palavras de São Paulo: “Ó profundidade das riquezas da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e os seus caminhos além do traçado!” (Romanos 11:33).

No versículo 4, Jó novamente cita Deus. Em seu discurso de abertura, o Senhor desafiou Jó a responder a uma série de perguntas que ele disparou contra ele. As perguntas implicam que se Jó é tão inteligente e sabe muito bem como administrar as coisas aqui abaixo, que ele explique como esse grande universo surgiu! Depois dos dois discursos poderosos de Deus, Jó percebeu o pouco que sabia e o pouco que podia fazer. Comparado a Deus, Jó não era nada. Suas palavras finais são uma verdadeira confissão de um homem sinceramente arrependido.

Jó declara: “Meus ouvidos tinham ouvido falar de você, mas agora meus olhos viram você”. Antes de Deus aparecer para ele e falar com ele, Jó tinha ouvido falar de Deus. Ele havia se familiarizado com o verdadeiro Deus através da palavra falada dos outros e nos cultos de adoração. Ele orou a Deus, elogiou-o e viveu em íntima comunhão com ele. E, no entanto, ele não havia experimentado tal revelação direta de Deus antes que o Senhor lhe aparecesse na tempestade e falasse diretamente com ele.

Jó havia pedido uma reunião com Deus para que ele pudesse levar seu caso diante de Deus (23:3–5). Depois do discurso de Elihu, Jó conseguiu seu desejo quando Deus lhe apareceu em meio a uma tempestade (38:1-41:34). Acontece que o Senhor falou, e Jó ouviu. Embora o Senhor não tenha respondido diretamente às perguntas de Jó, ele impressionou Jó com o fato de que Deus é todo-sábio e todo-poderoso, completamente no controle desse vasto universo. Quer o Senhor tivesse assumido uma forma visível ou não, ele falou com Jó para que Jó pudesse dizer “meus olhos viram você”. Jó estava satisfeito agora. Para Jó, Deus era agora alguém que o amava e tinha seu verdadeiro bem-estar no coração. Agora Jó não via Deus como inimigo, mas como amigo. O Grande Médico logo curaria as feridas que Jó havia sofrido.

As palavras gravadas de Jó dão provas claras de seu sincero arrependimento: “Portanto, desprezo-me e me arrependo em pó e cinzas”. Ao dizer essas palavras, Jó não está admitindo que estava errado em seu argumento com seus amigos. Ele não está insinuando que suas aflições foram devidas a alguns pecados especialmente grandes que ele cometeu. Nem Deus em seus discursos acusam Jó de tais pecados. Pelo contrário, Jó está se rendendo ao Senhor e se arrependendo do pecado de julgar a Deus pelos padrões humanos.

Retratando as palavras ousadas que ele havia dirigido a Deus, Jó afirma que ele se arrepende em pó e cinzas. No hebraico original, há uma semelhança notável no som entre essas duas palavras. A palavra para “pó” é aphar, e a palavra para “cinzas” é epher. Esse é apenas um exemplo das qualidades literárias poéticas deste livro.

Nos tempos antigos, as pessoas davam expressão à tristeza profunda, sentando-se em cinzas e jogando punhados de pó sobre si mesmos. No segundo capítulo deste livro, notamos que Jó estava sentado entre as cinzas (2:8) e que seus três amigos vieram e borrifaram pó sobre suas cabeças (2:12) enquanto estavam sentados ao lado dele sem falar uma palavra. Para expressar profunda tristeza e arrependimento, as pessoas também se vestiam de saco e sentavam-se em cinzas, como aprendemos em várias passagens da Bíblia, incluindo Isaías 58:5 e Jonas 3:6, 8.

O Senhor reconheceu agora que o arrependimento de Jó era sincero e completo, e ele estava prestes a aliviar Jó de seu grande sofrimento e restaurá-lo à prosperidade. Mas antes disso, ele tinha algo a dizer aos amigos de Jó.

domingo, junho 26

QUEM É O HOMEM? TEXTO ( ESTUDO SALMO 8: 1-9 )

O Salmo 8 é um cântico de louvor a Deus que exalta o Seu ser e Sua obra na criação. O estudo bíblico do Salmo 8 ainda revela que esse salmo é profundamente teológico. Ele trata tanto da revelação geral de Deus quanto de Sua revelação especial manifestada aos homens. Além disso, ele considera lado a lado a transcendência e a imanência de Deus.

Outro fato notável sobre o Salmo 8 é sua citação no Novo Testamento, onde ele é aplicado, inclusive, por Cristo e a Cristo. Por isso que, em certo sentido, esse salmo também é considerado um salmo messiânico.

O Salmo 8, como seu título revela, é um salmo de Davi Mas não é possível dizer em que ocasião de sua vida Davi escreveu esse salmo. O mesmo título ainda indica que o Salmo 8 foi direcionado ao mestre de canto, o que implica que esse era um salmo usado na adoração pública de Israel.

Um esboço do Salmo 8 pode ser organizado da seguinte forma:

  • O louvor introdutório sobre a glória de Deus (Salmo 8:1,2).
  • Quem é o homem? (Salmo 8:3-8).
  • O louvor final sobre a glória de Deus (Salmo 8:9).

O louvor introdutório sobre a glória de Deus (Salmo 8:1,2)

O Salmo 8 começa com uma declaração de louvor a Deus. O salmista inicia o salmo se dirigindo a Deus por seu nome da aliança, yahweh Imediatamente após citar o nome pessoal de Deus, o salmista ainda acrescenta outro título que denota a soberania de Deus como governador de todas as coisas. Ele diz: “Ó SENHOR, senhor nosso” (Salmo 8:1). É interessante notar a forma como o salmista se refere a Deus de forma pessoal e íntima. O Deus da aliança é, sem dúvida, o seu Senhor.

Na sequência, o salmista exalta a grandeza de Deus: “Quão magnífico em toda terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade” (Salmo 8:1). Nesse verso o salmista fala da revelação geral de Deus na natureza. O salmista diz que o nome de Deus que nesse contexto significa o caráter de Deus que revela sua pessoa com todos os seus atributos  é magnificado em toda a terra; bem como a majestade divina está exposta nos céus.

Mas aqui mais uma vez é importante enfatizar a forma como o salmista coloca todo esse conceito num único verso. O Deus transcedênte cuja glória preenche os céus e a terra, é o Deus que se relaciona de forma pessoal com Seu povo, de modo que podemos certamente dizer que Ele é o “nosso Senhor”.

O louvor à glória de Deus não está apenas nas alturas com a exposição de sua majestade nos céus, mas também está na boca dos pequeninos. Sim, Deus colocou o seu louvor na boca dos recém-nascidos e pequeninos (Salmo 8:2). O Senhor Jesus citou essa verdade após ter purificado o templo em Jerusalém (Mateus 21:16).

O contraste que o salmista faz nesse verso também é notável. Ele coloca de um lado os débeis (pequeninos e recém-nascidos) e de outro os considerados fortes (adversários, inimigo e vingador). Parece que seu objetivo é contrastar aquele que é totalmente depende de Deus e aquele que pensa ser autossuficiente. No entanto, o louvor na boca dos pequeninos pode silenciar os poderosos e derrotar os inimigos de Deus. O combate entre Davi e Golias é um exemplo prático disso (1 Samuel 17:33-43).

Quem é o homem? (Salmo 8:3-8)

Na sequência do Salmo 8 Davi coloca ênfase na obra da criação de Deus. No entanto, em nenhum momento ele perde de vista a grandeza do Criador. Nesse sentido ele lança mão do antropomofismo para falar da vastidão do universo como obra dos dedos de Deus (Salmo 8:3). É fácil perceber como o salmista coloca a grandiosidade do universo como algo insignificante diante da onipotência de Deus. 

Em seguida, o salmista começa a falar do homem. Primeiro ele posiciona o homem em seu devido lugar: “Quem é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites?” (Salmo 8:4). Obviamente o salmista está se referindo à fragilidade e a transitoriedade dos seres humanos diante da majestade de Deus.

Porém, o salmista também testifica a respeito da posição destacada e dominante que graciosamente Deus concedeu ao homem no reino da criação (Salmo 8:5-8). Por isso ele escreve: “Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste” (Salmo 8:5). Depois o salmista ainda destaca como Deus deu ao homem o governo das coisas criadas (Salmo 8:6-8).

Sem dúvida o verso 5 é aquele que concentra os maiores debates interpretativos do Salmo 8. Isso porque o substantivo “Deus” traduz o hebraico Eloin Sem dúvida “Deus” é o significado mais comum dessa palavra nos textos bíblicos. Porém, num sentido mais genérico, ela também pode significar “seres divinos” como os anjos.

Então aqui a pergunta é: O salmista diz que o homem foi feito “por um pouco menor do que Deus”, ou que o homem foi feito “por um pouco menor que os seres celestiais”? As traduções bíblicas se dividem entre as duas opções.

Se a primeira opção estiver correta, então obviamente o salmista tem mente a teologia de Genesis 1 e seu objetivo é testificar da doutrina bíblica de que o homem foi feito a imagem e semelhança de Deus para ser seu co-regente sob o restante da criação (Gênesis 1:26). Inclusive essa tradução se harmoniza bem aos versículos seguintes (Salmo 8:6-8).

Mas também há apoio para a segunda opção. A Septuaginta versão grega do Novo Testamento traduz a palavra Elohim esse verso como que significando “anjos”. No Novo Testamento a Epístola aos hebreus segue essa mesma tradução ao aplicar essas palavras a Cristo (Hebreus 2:7-9). Além disso, o escritor de Hebreus entende a expressão “por um pouco” como que significando “por pouco tempo”.

Seja como for, o que é certo que é que nesses versos Davi fala do homem como a coroa da criação de Deus. Mas é ainda mais importante entender a forma como o Novo Testamento aplica esses versos a Cristo como o homem perfeito que restaurou o domínio sobre toda a criação, fazendo certo o que Adão fez errado (1 Coríntios 15:27; Efésios 1:22; Hebreus 2:6-8). Todas as coisas estão inteiramente sujeitas ao Cristo coroado de glória e honra; e por intermédio d’Ele os redimidos também são convidados a participar do seu governo (Romanos 5:17-21; Apocalipse 1:6; 20:1-6).

O louvor final sobre a glória de Deus (Salmo 8:9)

O Salmo 8 termina da forma como começou. No verso final o salmista repete as palavras do verso inicial: “Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome” (Salmo 8:9).

Embora esse último verso repita o primeiro, é possível que ao se deparar com ele, após passar pelos versos anteriores, o leitor consiga perceber de forma ainda mais apurada – em relação à sua leitura do primeiro verso – o profundo significado de suas palavras.

O homem é a coroa da criação de Deus, mas por mais nobre e digno que possa ser o seu lugar como co-regente de Deus neste mundo, sua posição mais importante é como servo e adorador que se curva diante da majestade do seu Senhor. A verdadeira grandeza do homem está em conhecer a Deus e poder se relacionar com Ele, e isto o Salmo 8 deixa muito bem claro.

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