segunda-feira, janeiro 23

RESUMO DO LIVRO DE SALMO 4; " PERTUBAI-VOS E NÃO PEQUEIS ".

O Salmo 4 fala sobre a confiança do cristão em Deus no momento da angústia. O estudo bíblico do Salmo 4 registra não apenas a aflição do salmista, mas, sobretudo sua confiança inabalável no Senhor.

O título do Salmo 4 esclarece que o seu autor foi o rei Davi. O rei mais conhecido de Israel foi também o maior autor dos salmos bíblicos. O mesmo título também informa que o Salmo 4 foi direcionado ao “mestre de canto”, ou seja, ao ministro do louvor responsável pela adoração em Israel. De acordo com a instrução do título, esse salmo deveria ser acompanhado por instrumentos de cordas – como a harpa e a lira.

O Salmo 4 pode ser organizado em quatro partes principais:

  • A oração do salmista pedindo pelo auxílio divino (Salmo 4:1).
  • A denúncia contra os opositores (Salmo 4:2,3).
  • A conclamação por uma vida reta e piedosa diante de Deus (Salmo 4:4,5).
  • O louvor pelo cuidado e proteção do Senhor (Salmo 4:6-8).

O Salmo 4 tem muitas semelhanças com o salmo 3. Ambos os salmos foram compostos por Davi em meio à aflição. Inclusive, alguns estudiosos abordam os dois salmos em conjunto, colocando o Salmo 3 como um salmo matutino e o Salmo 4 como um salmo noturno.

Enquanto que o Salmo 3 parece ter sido escrito durante o tempo de revolta de Absalão, não há uma indicação clara da ocasião exata na história de Davi em que o Salmo 4 foi escrito. Muitos intérpretes consideram que a situação era a mesma do Salmo 3, isto é, a revolta de Absalão.

Mas o importante é entender que tanto o Salmo 3 quanto o Salmo 4 trazem uma mensagem muito clara: Deus cuida daqueles que são seus! Aqueles que desfrutam de um relacionamento de aliança com o Senhor não têm motivos para temer.

O Salmo 4 começa trazendo a oração do Salmista. Ele diz: “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha justiça; na angústia, me tens aliviado; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Salmo 4:1).

É interessante perceber como o salmista se dirige a Deus com intimidade e ousadia. Ele precisava falar com alguém sobre o sofrimento, a angústia e a injustiça que o cercavam. Então ele recorreu ao Senhor; ele clamou ao Deus da sua justiça. Conforme a palavra do Senhor através do profeta Jeremias, Deus é a justiça de seu povo (Jeremias 23:6). Ele é o Deus justo que justifica os seus filhos.

No Salmo 4 Davi também deixa claro que sua oração não era vã; as palavras do seu clamor tinham um alvo. Davi estava orando ao Deus vivo que responde efetivamente a oração dos seus filhos. Por isso ele testifica que na angústia Deus lhe proveu alívio. Portanto, era razoável que mais uma vez ele pedisse pela misericórdia do Senhor. Isso também indica que o salmista reconhecia que o auxílio do Senhor não ocorre na base do merecimento, mas da misericórdia.

A palavra “angústia” traduz um termo hebraico que se refere a uma situação em que uma pessoa está encurralada. A ideia é a de um lugar apertado e sem saída. Isso contrasta com a palavra “alívio” que traduz um termo hebraico que transmite o sentido de “lugar espaçoso”.

No verso 2 do Salmo 4 o salmista demonstra seu descontentamento com aquelas pessoas que trocam a verdade de Deus pela mentira. Por isso ele escreve: “Ó homens, até quando tornareis a minha glória em vexame, e amareis a vaidade, e buscareis a mentira?” (Salmo 4:2). Essas pessoas se afastam de Deus e se apegam à vaidade, isto é, elas abraçam “coisas vazias”. O ímpio que elege para si falsos deuses pensa estar seguro, quando na verdade sua segurança não passa de ilusão.

Se este salmo foi escrito no período da revolta de Absalão, então pode ser que Davi tivesse em mente os homens que seguiram seu filho rebelde e traíram o rei instituído pelo Senhor em Israel.

Mas em seguida o salmista também traz uma admoestação que aponta para a necessidade e importância de uma vida piedosa diante de Deus. Nesse sentido ele diz: “Sabei, porém, que o Senhor distingue para si o piedoso; o Senhor me ouve quando eu clamo por Ele” (Salmo 4:3).

Os homens podem falhar em seu julgamento, mas Deus sabe distinguir muito bem o piedoso do ímpio. Aquele que recebe o amor de Deus não está na mesma condição daquele que rejeita o Seu amor.

Na sequência o salmista traz uma conhecida exortação: “irai-voz e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai” (Salmo 4:4). Pode ser que nesse verso Davi tenha mudado a direção de suas palavras. Se no verso anterior ele estava se dirigindo aos seus opositores, aparentemente agora ele se dirige aos seus apoiadores. Isso explica por que ele parece estar aconselhando pessoas afoitas.

O que o salmista enfatiza é que o cristão demonstrar uma ira santa contra o pecado; uma indignação contra àqueles que afrontam a vontade do Senhor. Mas o cristão deve cuidar para que essa ira não se torne pecaminosa. Davi faz um apelo à sensatez e ao autocontrole. Antes de agir inflamado pela ira, o correto é pensar, sossegar e agir adequadamente. No Novo Testamento o apóstolo Paulo replica esse conselho (cf. Efésios 4:26).

Na conclusão dessa seção Davi traz um convite à confiança e à adoração a Deus com uma atitude reta. Ele diz: “Oferecei sacrifícios de justiça e confiai no Senhor” (Salmo 4:5).

Na parte final do Salmo 4 Davi expressa o seu louvor ao Senhor. Primeiro Davi demonstra que o argumento dos céticos não se sustenta à luz da presença do Senhor. Ele observa: “Há muitos que dizem: Quem nos dará a conhecer o bem? Senhor, levanta sobre nós a luz do teu rosto” (Salmo 4:6).

Na primeira parte desse verso Davi faz referência justamente ao tipo de discurso dos pessimistas que repetidamente dizem que nada é bom e questionam se alguém poderá lhes tirar da situação desfavorável em que se encontram. Já na segunda parte Davi demonstra não estar preocupado com esse tipo de queixa; porque para ele o que realmente importa é a graciosa bênção do Senhor que cobre o Seu povo fiel.

Depois o salmista testemunha que a verdadeira alegria que vem do senhor é superior a qualquer tipo de alegria por coisas terrenas: “Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e de vinho” (Salmo 4:7).

Então finalmente Davi conclui o seu salmo expressando mais uma vez sua profunda confiança no Senhor: “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro” (Salmo 4:8). Ele sabia que podia descansar tranquilo tendo a certeza de que sua vida estava segura em Deus! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

domingo, janeiro 22

COMO CALCULAR O IMC: " INDICE DE MASSA CORPORAL "

IMC (Índice de Massa Corporal)

O IQ (Índice de Quetelet) mais conhecido como IMC (Índice de massa corporal) é o método comumente utilizado e adotado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para diagnosticar o sobrepeso e obesidade.

Sobrepeso e Obesidade

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é o acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal que apresenta risco à saúde.

A prevalência dessa condição vem crescendo consideravelmente nas últimas décadas em vários países, inclusive no Brasil. Segundo a OMS, a obesidade mais que dobrou ao redor do mundo desde 1980. Em 2014, mais de 1.9 bilhões de adultos, com idade a partir de 18 anos, apresentavam sobrepeso, sendo que 13% desses foram considerados obesos. As crianças, por sua vez, com mais de 5 anos, que estavam acima do peso, nesse mesmo ano, somavam cerca de 41 milhões.

Benefícios de usar o IMC

  • Tem validade científica;
  • Determina a composição corporal total;
  • Fácil de aplicar e prático para treinar multiplicadores;
  • Ajuda a estimar o risco de mortalidade.

Limitações do IMC

  • Não diferencia a massa muscular da massa gordurosa em relação a composição corporal total;
  • Sua utilização em pacientes acamados, em pessoas com desidratação, edemas ou ascite, em atletas ou pessoas muito musculosas deve ser feita com cuidado e até mesmo contraindicada muita das vezes.

Por exemplo, atletas de resistência ou pessoas muito musculosas como fisiculturistas e pessoas envolvidas com exercícios de levantamento de peso, devem evitar utilizar o IMC para avaliação do estado nutricional pois os resultados poderão ser imprecisos.

Um fisiculturista, por exemplo, com peso de 130 kg e altura de 1,75 m, apesar de ter um percentual de gordura baixo, será classificado como obeso quando utilizar o cálculo do IMC.

No caso de um maratonista ou um triatleta o cálculo do IMC pode resultar em magreza ou desnutrição devido ao baixo peso em relação a altura desse tipo de atleta.

Variação no cálculo do IMC

Quando utilizarem o peso para calcular o IMC, os nutricionistas e outros profissionais de saúde devem estar atentos a fatores que podem alterar o peso do paciente de forma anormal.

No caso de edema e ascite bem como as medicações usadas para tratá-los, podem causar acumulo de líquidos aumentando artificialmente o peso e mascarando as alterações na constituição corporal.

O aumento anormal de um órgão ou o crescimento tumoral em estados patológicos também podem causar aumento artificial do peso.

Como calcular o IMC

O IMC é calculado dividindo-se o peso do indivíduo por sua altura ao quadrado, conforme a fórmula abaixo:

Fórmula do IMC (Índice de Massa Muscular)

Por exemplo, Maria pesa 80 kg e tem 1,75 m de altura.

IMC = Peso ÷ (Altura × Altura)
IMC = 80 ÷ (1,75 × 1,75)
IMC = 80 ÷ 3,06
IMC = 26,1

IMC para grupos diferentes

A forma de avaliar o IMC, pode variar em função de gênero e idade.

Existem valores de referência diferentes para calcular o IMC de acordo com cada grupo:

  • Crianças e Adolescentes;
  • Adultos;
  • Adultos maiores de 65 anos;
  • Gestantes.

Como calcular o IMC em (adultos)

Por exemplo, Maria tem um IMC de 26,1.
Classificação: Sobrepeso.
Risco: Aumentado.

Compare o IMC obtido com a tabela abaixo.

Classificação do IMC em adultos segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde)

Aplicável: adultos

Classificação do IMC em adultos segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde)

Classificação

IMC

Risco

Magreza Grau III

< 16 kg/m²

 

Magreza Grau II

16 a 16,9 kg/m²

 

Magreza Grau I

17 a 18,4 kg/m²

 

Eutrofia

18,5 a 24,9 kg/m²

 

Sobrepeso

25 a 29,9 kg/m²

Aumentado

Obesidade Grau I

30 a 34,9 kg/m²

Moderado

Obesidade Grau II

35 a 40 kg/m²

Grave

Obesidade Grau III

> 40 kg/m²

Muito grave

Fonte: WHO (1995), WHO (1997)

Como calcular o IMC em (idosos)

Alguns autores entenderam que os idosos são um grupo de risco para o desenvolvimento de desnutrição precisando de maior reserva para preveni-la, sendo assim, mesmo não havendo consenso para o cálculo do IMC em idosos, alguns autores desenvolveram classificações específicas para os idosos com diferentes pontos de corte.

Por exemplo, João tem um IMC de 22,5 e está com 67 anos.
Classificação: Peso normal (eutrófico), segundo o protocolo de Lipschitz (1994).

Escolha a referência que você vai usar e compare o IMC com a tabela abaixo.

Pontos de corte para a classificação do IMC (Índice de Massa Corporal) em Idosos.

Aplicável: idosos

Pontos de corte para a classificação do IMC (Índice de Massa Corporal) em Idosos.

Referências

Magreza (IMC kg/m²)

Eutrófico (IMC kg/m²)

Sobrepeso (IMC kg/m²)

Obesidade (IMC kg/m²)

Perisinoto et al. (2002)

< 20

20 a 30

> 30

***

Lipschitz (1994) **

< 22

22 a 27

> 27

***

Burr e Phillips (1984) (Homens) *

< 18,9

19 a 30

> 30

***

Burr e Phillips (1984) (Mulheres) *

< 18,2

18,2 a 33,8

> 33,8

***

Projeto SABE (OPAS/OMS)

< 23

23 a 28

28 a 30

> 30

* Ponto de corte utilizado = percentil 10 para magreza e percentil 90 par excesso de peso; ** Ponto de corte utilizado atualmente pelo Ministério da Saúde – Sisvan; *** Os autores não classificaram obesidade, somente sobrepeso.

IMC por idade (crianças e adolescentes)

O IMC por Idade é considerado um ótimo indicador para avaliar sobrepeso e obesidade em adolescentes.

Embora seja um ótimo indicador de gordura corporal, procure utilizar o IMC por Idade juntamente com outros indicadores nutricionais, não esqueça que o IMC não consegue determinar a composição corporal.

1 - Marque no eixo vertical do gráfico o IMC e no eixo horizontal a idade.
2 - Defina o ponto em que as linhas se encontram e determine o percentil correspondente.
3 - Verifique em qual faixa de percentil o valor obtido se encaixa e obtenha o diagnóstico nutricional.
4 - Compare o resultado obtido com as tabelas abaixo.

Por exemplo, Renata tem um IMC de 18 e está com 4 anos.
Classificação: Risco de Sobrepeso. (> 85 Percentil a ≤ 97 Percentil).

Do nascimento aos 5 anos

Gráfico do IMC para meninas do nascimento aos 5 anos

Gráfico do IMC para meninos do nascimento aos 5 anos

Classificação do IMC por idade em crianças de 0 a 5 anos.

PercentilEscore ZDiagnóstico nutricional
< Perc. 0,1< Esc. -3Magreza acentuada
≥ Perc. 0,1 a < Perc. 3≥ Esc. -3 a < Esc. -2Magreza
≥ Perc. 3 a ≤ Perc. 85≥ Esc. -2 a ≤ Esc. +1Eutrofia
> Perc. 85 a ≤ Perc. 97≥ Esc. +1 a ≤ Esc. +2Risco de sobrepeso
> Perc. 97 a ≤ Perc. 99,9≥ Esc. +2 a ≤ Esc. +3Sobrepeso
> Perc. 99,9> Esc. +3Obesidade

Fonte: Sisvan MS (2009).

Dos 5 aos 19 anos

Gráfico do IMC para meninas dos 5 aos 19 anos

Gráfico do IMC para meninos dos 5 aos 19 anos

Classificação do IMC por idade em crianças e adolescentes de 5 a 19 anos.

PercentilEscore ZDiagnóstico nutricional
< Perc. 0,1< Esc. -3Magreza acentuada
≥ Perc. 0,1 a < Perc. 3≥ Esc. -3 a < Esc. -2Magreza
≥ Perc. 3 a ≤ Perc. 85≥ Esc. -2 a ≤ Esc. +1Eutrofia
> Perc. 85 a ≤ Perc. 97≥ Esc. +1 a ≤ Esc. +2Sobrepeso
> Perc. 97 a ≤ Perc. 99,9≥ Esc. +2 a ≤ Esc. +3Obesidade
> Perc. 99,9> Esc. +3Obesidade grave

Fonte: Sisvan MS (2009).

Como calcular o IMC em (gestantes)

No Brasil, o Ministério da saúde utiliza o estudo realizado por Atalah (2007) para acompanhar o estado nutricional da gestante.

Para a avaliação da gestante, será utilizado o gráfico de IMC / Semana de gestação.

Este gráfico é composto de quatro categorias que permitem a classificação da gestante. Na vertical os valores do IMC e na horizontal as semanas gestacionais. O valor do IMC deve ser localizado no gráfico, considerando a semana gestacional na medição. A zona no gráfico em que as linhas se cruzam corresponde ao diagnóstico nutricional.

Por exemplo, Fernanda tem um IMC de 24,5 e está na 28° semana de gestação.
Classificação: Peso normal (A - Adequado).

Gráfico do IMC para gestantes - Atalah (2007)

Como opção, podemos usar a tabela de avaliação nutricional da gestante segundo o índice de massa corporal: IMC / Semana de gestação de Atalah.

Avaliação nutricional da gestante segundo o Índice de Massa Corporal IMC por semana gestacional

Semana gestacional

Baixo peso (BP) IMC ≤

Adequado (A) 

IMC entre

Sobrepeso (S) 

IMC entre

Obesidade (O) 

IMC ≥

6

19,9

20

24,9

25

30

30,1

8

20,1

20,2

25

25,1

30,1

30,2

10

20,2

20,3

25,2

25,3

30,2

30,3

11

20,3

20,4

25,3

25,4

30,3

30,4

12

20,4

20,5

25,4

25,5

30,3

30,4

13

20,6

20,7

25,6

25,7

30,4

30,5

14

20,7

20,8

25,7

25,8

30,5

30,6

15

20,8

20,9

25,8

25,9

30,6

30,7

16

21

21,1

25,9

26

30,7

30,8

17

21,1

21,2

26

26,1

30,8

30,9

18

21,2

21,3

26,1

26,2

30,9

31

19

21,4

21,5

26,2

26,3

30,9

31

20

21,5

21,6

26,3

26,4

31

31,1

21

21,7

21,8

26,4

26,5

31,1

31,2

22

21,8

21,9

26,6

26,7

31,2

31,3

23

22

22,1

26,8

26,9

31,3

31,4

24

22,2

22,3

26,9

27

31,5

31,6

25

22,4

22,5

27

27,1

31,6

31,7

26

22,6

22,7

27,2

27,3

31

31,8

27

22,7

22,8

27,3

27,4

31,8

31,9

28

22,9

23

27,5

27,6

31,9

32

29

23,1

23,2

27,6

27,7

32

32,1

30

23,3

23,4

27,8

27,9

32,1

32,2

31

23,4

23,5

27,9

28

32,2

32,3

32

23,6

23,7

28

28,1

32,3

32,4

33

23,8

23,9

28,1

28,2

32,4

32,5

34

23,9

24

28,3

28,4

32,5

32,6

35

24,1

24,2

28,4

28,5

32,6

32,7

36

24,2

24,3

28,5

28,6

32,7

32,8

37

24,4

24,5

28,7

28,8

32,8

32,9

38

24,5

24,6

28,8

28,9

32,9

33

39

24,7

24,8

28,9

29

33

33,1

40

24,9

25

29,1

29,2

33,1

33,2

41

25

25,1

29,2

29,3

33,2

33,3

42

25

25,1

29,2

29,3

33,2

33,3

Fonte: Atalah

Programação de ganho de peso:

Gestação única

IMC Atual – Ganho de peso (kg) recomendado durante a gestação

Estado nutricional inicial (IMC)

Ganho de peso total no 1º trimestre

Ganho de peso semanal médio no 2º e 3º trimestres

Ganho de peso total na gestação

Baixo Peso (BP)

2,3

0,5

12,5 – 18,0

Adequado (A)

1,6

0,4

11,5 – 16,0

Sobrepeso (S)

0,9

0,3

7,0 – 11,5

Obesidade (O)

-

0,3

7,0

Fonte: Instituto de Medicina dos EUA (IOM), 1995

Para calcular o IMC Pré-Gestacional utilize a formula:

IMC (Índice de massa corporal)

Peso Pré-Gestacional (kg) ÷ (Estatura (m) × Estatura (m))

Classificação do IMC em adultos segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde)

Classificação

IMC

Risco

Magreza Grau III

< 16 kg/m²

 

Magreza Grau II

16 a 16,9 kg/m²

 

Magreza Grau I

17 a 18,4 kg/m²

 

Eutrofia

18,5 a 24,9 kg/m²

 

Sobrepeso

25 a 29,9 kg/m²

Aumentado

Obesidade Grau I

30 a 34,9 kg/m²

Moderado

Obesidade Grau II

35 a 40 kg/m²

Grave

Obesidade Grau III

> 40 kg/m²

Muito grave

Fonte: WHO (1995), WHO (1997)

IMC Pré-Gestacional – Ganho de peso recomendado durante a gestação

IMC (kg/m²) Pré-gestacional

Ganho de peso total (kg)

Ganho de peso semanal (g/semana)

< 19,8 (baixo peso)

12,5 a 18

500 a partir do 2° trimestre

19,8 a 26 (eutrofia)

11,5 a 16

400 a partir do 2° trimestre

26,1 a 29 (sobrepeso)

7,0 a 11,5

300 a partir do 2° trimestre

> 29 (obesidade)

7,0 a 9,1

200 a partir do 2° trimestre

Fonte: Instituto de Medicina dos EUA (IOM), 1992

IMC Atual - Recomendação de ganho de peso semanal por período gestacional gemelar

Ganho de 

peso semanal (g)

Baixo peso IMC < 19,8

Eutrofia IMC 

19,8 – 26

Sobrepeso 

IMC 26,1 – 29

Obesidade 

IMC > 29

0 - 20ª semana

0,56 – 0,78

0,45 – 0,67

0,45 – 0,56

0,34 – 0,45

20ª - 28ª semana

0,67 – 0,78

0,56 – 0,78

0,45 – 0,67

0,34 – 0,56

> 28ª semana

0,56

0,45

0,45

0,34

IMC Atual - Recomendação de ganho de peso total por período gestacional gemelar

Objetivo de 

ganho de peso (kg)

Baixo peso 

IMC < 19,8

Eutrofia 

IMC 19,8 – 26

Sobrepeso 

IMC 26,1 – 29

Obesidade 

IMC > 29

Até 20ª semana

11,3 – 15,8

9 – 13,5

9 – 11,3

6,75 – 9

Até 28ª semana

16,7 – 22

13,5 – 19,8

12,6 – 16,7

9,5 – 13,5

28ª a 38ª semana

22,5 – 27,9

18 – 24,3

17,1 – 21,2

13 – 17,1

RESUMO DO LIVRO DE SALMO 38; " A DOR QUE O PECADO CAUSA EM NOSSA ALMA "

Os Salmos de Davi falam ao coração do leitor por causa das emoções profundas reveladas nos seus versos. As questões espirituais nunca foram apenas assuntos teóricos, técnicos ou filosóficos, pois Davi sentiu seu significado com todo o seu ser. O Salmo 38 é um excelente exemplo.

O significado do cabeçalho não ficou completamente claro. Alguns acreditam que a expressão “Em memória” sugere que Davi escreveu esse hino como reflexão sobre uma circunstância passada, lembrando da angústia sofrida por causa do seu pecado. Outros sugerem uma possível ligação às ofertas feitas como “porção memorial” no serviço no santuário dos erams (Levítico 2:2 e 24:7). Mesmo sem ter certeza do significado preciso desse termo, podemos ver no Salmo uma mensagem de valor para todos, pois toleramos o efeito devastador do pecado em nossas vidas.

Antes de analisar a estrutura desse Salmo, vale a pena ler o hino inteiro e observar o envolvimento total de Davi na sua mensagem. Observando a sua linguagem, podemos dizer que o pecado que ele cometeu o afetou da cabeça aos pés. Ele cita seus ossos, cabeça, lombos, coração, olhos, ouvidos, lábios e pé (versos 3,4,7,8,10,14,16) para reforçar a afirmação repetida “Não há parte sã na minha carne” (versos 3 e 7). Davi ficou abalado, angustiado e debilitado quando reconheceu sua culpa diante do Senhor.

Os primeiros versos do Salmo descrevem esse sofrimento como consequência do seu pecado: “Não há parte sã na minha carne, por causa da tua indignação; não há saúde nos meus ossos, por causa do meu pecado. Pois já se elevam acima de minha cabeça as minhas iniqüidades; como fardos pesados, excedem as minhas forças. Tornam-se infectas e purulentas as minhas chagas, por causa da minha loucura” (versos 3 a 5).

Davi estava sendo castigado por Deus, e admitido a justiça do Senhor. Ele apelou à misericórdia de Deus para que não fosse totalmente destruído por sua ira justa (verso 1).

O rei de Israel continua seu poema sobre a angústia, descrevendo o envolvimento de outras pessoas (versos 9 a 20). Amigos, companheiros e parentes se afastaram dele (verso 11), nos lembrando da reação dos amigos de Jó, que acharam difícil olhar para uma pessoa desfigurada por doenças graves. Inimigos aproveitaram a oportunidade para tentar matá-lo, e circularam barcos falsos e cruéis sobre o rei (verso 12).

Davi não se sentiu obrigado a responder às falsas, pois confiava na justiça de Deus: “Armam ciladas contra mim os que tramam tirar-me a vida; os que me procuram fazer o mal dizem coisas perniciosas e imaginam enganosamente todo o dia. Mas eu, como surdo, não ouço e, qual mudo, não abro a boca. Sou, com efeito, como quem não ouve e em cujos lábios não há replica. Pois em ti, SENHOR, espero; tu me atenderás, Senhor, Deus meu” (versos 12 a 15).

No final das contas, Davi nunca teria como sofrer todos que o criticavam e acusavam injustamente. Pior, ele não teria condições de sofrer a ira de Deus que o castigava em justiça. Sua única esperança foi apelar à misericórdia de Deus para o salvar, e assim ele encerra o hino com estas palavras, que se tornam nossas quando reconhecemos as consequências dos nossos próprios pecados contra o Criador: “Não me desampares, SENHOR; Deus meu, não te ausentes de mim. Apressa-te em socorrer-me, Senhor, salvação minha” (versos 21 e 22). Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

sábado, janeiro 21

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " SCHINUS MOLLE L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Aroeira-salsa (Schinus molle L.)
Nome Científico: Schinus molle L. (Família Anacardiaceae)
Schinus molle L. (aroeira-salsa, aroeira-periquita, aroeira, aroeira-vermelha, aguará-ybá-guassú (dos guaranis) aroeira-do-amazonas, aroeira-folha-de-salso, aroeira-salso, corneiba (dos tupis), pimenteira-do-peru, anacauíta, araguaraíba, aroeira-mansa, fruto-de-sabiá, pimenteiro, terebinto, aroeira-periquita, aroeira mole, Lentisco, Lentisque, poivrier d´Amerique, poivrier du Perou, Califórnia peper tree, Pfefferstrauch) é uma espécie nativa da América do Sul, pertencente à família Anacardiaceae. No Brasil, ocorre do Pernambuco ao Rio Grande do Sul em diversos tipos de formações vegetais.

Apresenta diversas aplicações, na extração de taninos, em paisagismo e como planta medicinal, pois possui propriedade antiespasmódica, anti-reumática, emenagoga, antiinflamatória e cicatrizante.
Além destas aplicações, produz, entre outros compostos, flavonóides, taninos e óleos essenciais ricos em mono e sesquiterpenos, Resinas, Alcalóides, Saponinas esteroidais, Esteróides, Triterpenos, cis-sabinol, p-cimeno, limoneno, simiarinol, alfa e beta pineno, delta-caroteno, alfa e beta felandeno, terechutona. De todos os metabólitos secundários sintetizados pelos vegetais, os alcalóides e os óleos essenciais formam o grupo de compostos com maior número de substâncias biologicamente ativas. Os óleos essenciais, em especial, atuam como inibidores da germinação, na proteção contra predadores, na atração de polinizadores, na proteção contra perda de água e aumento da temperatura.

Trabalhos desenvolvidos com extratos brutos ou óleos essenciais, obtidos a partir de plantas medicinais têm indicado seu potencial no controle de fitopatógenos, agentes causadores de doenças em vegetais que acarretam perdas significativas na produção, destruição de grãos durante a estocagem, diminuição do valor nutritivo e, algumas vezes, produção de micotoxinas prejudiciais ao homem e aos animais. Cerca de 60% dos óleos essenciais possuem atividades antifúngicas e 35% exibem propriedades antibacterianas.

Indicações e propriedades terapêuticas: 

Azia, gastrite, febre, cistite, uretrite, diarréia, blenorragia, tosse, bronquite, reumatismo, íngua, dor-de-dente, gota, ciática. Anti-diarréica, antileucorréica, adstringente, balsâmica, diurética, emenagoga, purgativa, estomáquica, tônica, vulnerária, antiinflamatória, fungicida e bactericida.

Parte utilizada: 

Casca, folíolos, sementes, frutos, óleo resinas.

Princípios ativos:

Óleo essencial: rico em mono e sesquiterpenos, em teor de 1% para as folhas e 5% para os frutos.

Taninos, Resinas, Alcalóides, Flavonóides, Saponinas esteroidais, Esteróides, Triterpenos. 

Contra-indicações:

Em todas as partes da planta foi identificada a presença pequena de alquil-fenóis, substâncias causadoras de dermatite alérgica em pessoas sensíveis. Sentar-se à sombra desta aroeira implica grandes riscos, pelos efeitos perniciosos que pode provocar.

 As partículas que se desprendem de sua seiva e madeira seca podem causar uma afecção cutânea parecida com a urticária, edemas, febre e distúrbios visuais. O uso das preparações de aroeira deve ser revestido de cautela por causa da possibilidade de reações alérgicas na pele e mucosas. Caso isto aconteça, suspenda o tratamento e procure o médico o mais cedo possível.

Outros usos:

Devido ao alto teor de tanino, é empregada nos curtumes para curtir peles e couros. As folhas maduras passam por forrageiras. No Peru, a aroeira é utilizada após fermentação para se fazer vinagre e bebida alcoólica.
Uso culinário:

A pequena semente do fruto da aroeira vermelha, redondinha e lustrosa, inscreve-se entre as muitas especiarias existentes e que são utilizadas essencialmente para acrescentar sabor e refinamento aos pratos da culinária universal. O sabor suave e levemente apimentado da aroeira vermelha, bem como sua bonita aparência, de uso decorativo, permite o seu emprego em variadas preparações, podendo ser utilizada na forma de grãos inteiros ou moídos. No entanto, a aroeira é especialmente apropriada para a confecção de molhos que acompanham as carnes brancas, de aves e peixes, por não abafar o seu gosto sutil.
Introduzida na cozinha européia, com o nome de aroeira poivre rose (pimenta-rosa), a aroeira vermelha acrescentou um gostinho tropical à nouvelle cuisine.

Uso medicinal:

As cascas e folhas secas da aroeira são utilizadas contra febres, problemas do trato urinário, contra cistites, uretrites, diarréias, blenorragia, tosse e bronquite, problemas menstruais com excesso de sangramento, gripes e inflamações em geral. Sua resina é indicada para o tratamento de reumatismo e ínguas, além de servir como purgativo e combater doenças respiratórias.

Emprega-se também contra a blenorragia, bronquites, orquites crônicas e doenças das vias urinárias.

Seu óleo resina é usado externamente como cicatrizante e para dor-de-dente.

A resina amarelo-clara (a qual endurece ao ar tornando-se azulada e depois pardacenta), proveniente das lesões das cascas, é medicamento de larga aplicação entre os sertanejos, como tônico, nos casos em que usam cascas.

Em outros tempos, a aroeira foi utilizada pelos jesuítas que, com sua resina, preparavam o " Bálsamo das Missões ", famoso no Brasil e no exterior.

A planta inteira é utilizada externamente como anti-séptico no caso de fraturas e feridas expostas. O óleo essencial é o principal responsável por várias atividades desta planta, especialmente à ação antimicrobiana contra vários tipos de bactérias e fungos e contra vírus de plantas, bem como atividade repelente contra a mosca doméstica. Este óleo essencial, rico em monoterpenos, é indicado em distúrbios respiratórios. É eficaz em micoses, candidíases (uso local) e alguns tipos de câncer (carcinoma, sarcoma,etc.) e como antiviral e bactericida. Possui ação regeneradora dos tecidos e é útil em escaras, queimaduras e problemas de pele.

Externamente, o óleo essencial da aroeira brasileira utilizado na forma de loções, gels ou sabonetes, é indicado para limpeza de pele, coceiras, espinhas (acne), manchas, desinfecção de ferimentos, micoses e para banho.

Em muitos estudos in vitro, extratos da folha da aroeira brasileira demonstram ação antiviral contra vírus de plantas e apresentam ser citotóxicos para 9 tipos de câncer das células.

Em banhos é utilizado o decocto da casca de aroeira para combater úlceras malignas.

Características: 

Espécie arbórea com altura entre 4 e 8 metros e tronco com 25 a 35 cm de diâmetro, revestido por casca grossa e escamosa. Suas folhas são compostas, sem estípulas, com 9-25 folíolos linear-lanceolados a lineares, subcoreáceos, glabros, com 3-8 cm de comprimento e de margens serreadas. As flores amareladas e pouco vistosas são reunidas em inflorescências e os frutos são drupas globosas e de coloração vermelha.

Locais de Ocorrência: Relatos indicam a ocorrência desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul.

Madeira: 

Dura, pouco elástica, com alburno escuro e de excelente durabilidade. É utilizada para confecção de mourões, esteios, trabalhos de torno, obras hidráulicas e na construção civil. Além disso, a casca pode ser empregada para curtir couro e o córtex para produção de resina. 

Aspectos Ecológicos: 

Espécie pioneira e perenifólia capaz de suportar sombreamento mediano. É considerada uma das espécies precursoras mais agressivas em solos pedregosos e drenados. Além disso, é altamente tolerante à secas, resiste à geadas e apresenta boa capacidade de regeneração natural. Floresce entre os meses de agosto e novembro e a maturação dos frutos ocorre entre dezembro e janeiro, permanecendo, contudo, na árvore, até março. Por ser uma árvore ornamental e de pequeno porte, é amplamente empregada no paisagismo em geral." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ).

COMO PODEMOS ANALISAR A FITOTERÁPIA NO MUNDO ATUAL?

Por trás da beleza da natureza esconde-se uma guerra surda pela sobrevivência dos mais aptos. As plantas para sobreviver e evoluir têm que competir por espaço e se defender do ataque de herbívoros e patógenos, em geral. Neste embate de milhões de anos, as plantas foram desenvolvendo suas próprias defesas químicas. Esta é uma das razões pelas quais a constituição química das plantas é tão complexa, e porque muitas plantas biossintetizam substâncias para atuar em alvos específicos moleculares de seus predadores. Metabólitos secundários de plantas e micro-organismos são produzidos para modular seus próprios metabolismos e, consequentemente, também podem alcançar alvos terapêuticos de doenças humanas.

Ao longo do processo evolutivo, o homem foi aprendendo a selecionar plantas para a sua alimentação e para o alívio de seus males e doenças. O resultado desse processo é que muitos povos passaram a dominar o conhecimento do uso de plantas e ervas medicinais.

O uso de medicamentos é muito recente e sua comprovação por testes clínicos é ainda mais recente. Enquanto os medicamentos apresentam, em sua quase totalidade, um único princípio ativo que é responsável pelo seu efeito farmacológico, os extratos vegetais e de fungos, por exemplo, são constituídos por misturas multicomponentes de substâncias ativas, parcialmente ativas e inativas, que, muitas das vezes, atuam em alvos farmacológicos diferentes. A eficácia destes extratos é o resultado de seu uso, durante muitos anos, por diferentes grupos étnicos.

Até hoje, alguns povos ainda fazem uso consciente de medicamentos fitoterápicos tradicionais relacionados com saberes e práticas que foram adquiridas ao longo dos séculos. No entanto, deve-se ressaltar que, muitas vezes, o uso desta medicina tradicional se dá por falta de acesso ao medicamento, e é nesse cenário que aparecem os gananciosos que vendem fitoterápicos falsos e milagrosos sem nenhuma confirmação científica.

As plantas consideradas medicinais beneficiaram, e continuam beneficiando a humanidade. Não precisaram dos testes clínicos como os fármacos sintéticos, credenciaram-se pelo seu uso tradicional ao longo de séculos. Ainda hoje muitas são utilizadas para tratamento de enfermidades, mesmo havendo medicamentos sintéticos no mercado para o tratamento das mesmas patologias. No entanto, existem plantas que são venenos por conterem toxinas poderosas que podem levar à morte. Algumas plantas medicinais são, inclusive, incompatíveis com o uso de certos medicamentos.

A sociedade tem a percepção de que todo produto natural é seguro e desprovido de efeitos colaterais. Em alguns casos, os efeitos dos produtos naturais são apenas psicológicos e, em outros, causam danos irreversíveis à saúde. A falta de informação do público sobre os fitoterápicos tem sido explorada por muitos gananciosos em busca de curas milagrosas e lucros fáceis. Outros com intenções duvidosas, ao invés de esclarecerem os seus benefícios, lançam dúvidas e emitem opiniões sem levar em consideração os milênios que as plantas medicinais estão a serviço da humanidade. A única maneira de combater estes gananciosos é levar informações confiáveis de cientistas ao grande público, sem parcialidade ou interesses econômicos escusos.

As indústrias farmacêuticas foram, e continuam sendo beneficiadas pelos conhecimentos populares sobre o uso medicinal das plantas. Recentemente, mostrou-se que 50% dos medicamentos aprovados entre 1981 e 2006, pelo FDA, são direta ou indiretamente derivados de produtos naturais. As chances de se obter novas entidades químicas de plantas, fungos, bactérias etc, terrestres ou marinhos são reais. Mesmo que a nova entidade química não passe em todos os testes clínicos, ela servirá de modelo para a síntese de novos candidatos a fármaco.

Apesar dos muitos desafios enfrentados nas últimas décadas, a Química de Produtos Naturais tem tido avanços importantes com a intersecção com outras áreas afins como Bioquímica, Biologia Molecular, Etnofarmacologia, Imunologia, e de tecnologias inovadoras de análise e elucidação estrutural como a ressonância magnética nuclear, espectrometria de massas etc... No Brasil, a Química de Produtos Naturais (QPN) sempre foi uma das áreas que lideraram o desenvolvimento da Química. Porém, a QPN enfrenta atualmente diversos desafios a nível global e econômico. A biodiversidade está diminuindo com a redução das florestas e dos recifes de coral, em razão do aumento populacional, da poluição atmosférica e da expansão do agronegócio. Além disso, não se sabe exatamente qual será o efeito do aumento do CO2 na sobrevivência e desenvolvimento das grandes florestas. Como consequência, muitos protótipos naturais para o desenvolvimento de novos fármacos estão sendo perdidos.

O Brasil precisa avançar no campo da fitoterapia. Este avanço depende de uma forte campanha de esclarecimento público, que deve incluir a classe médica, para mostrar a segurança e eficácia das plantas medicinais de uso tradicional, como uma alternativa terapêutica. É também importante que os melhores químicos de produtos naturais se envolvam com o estudo de plantas medicinais, desde o trabalho de identificação do princípio ativo ao controle de qualidade dos produtos oferecidos ao consumidor. A complexidade na composição química dos extratos dos fitoterápicos é uma das principais razões para a reprodução dos seus efeitos farmacológicos desejados, e este é o grande desafio que os químicos precisam vencer, padronizando o extrato e informando ao usuário quais são o(s) princípio(s) ativo(s) e a(s) sua(s) concentração(ões).

Há países que aceitam medicamentos fitoterápicos com vários ingredientes, sinalizando uma mudança de atitude para o reconhecimento destes medicamentos, desde que tenham uma boa observação clínica. Esta mudança está ligada ao entendimento de que o corpo humano é um organismo complexo e que poucas doenças podem ser atribuídas a uma única causa.

O Ministério da Saúde ao recomendar e indicar 66 plantas medicinais aprovadas pela ANVISA, cujo uso está consagrado na cultura da medicina popular brasileira, teve uma atitude correta e coerente. A etapa seguinte é fiscalizar a comercialização destes fitoterápicos para preservar a saúde do consumidor." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A  FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ).

A MORTE E A VIDA ESTÃO NO PODER DA LÍNGUA, TEXTO ( PROVÉRBIOS 18-21 )

A disciplina que vem do Senhor é indispensável na vida cristã. “Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça” (Hebreus 12:11). E quando pensava sobre a noasa língua sentia a necessidade de termos ainda mais disciplina justamente por causa da dificuldade em controlá-la. Com este equilíbrio no falar o servo de Cristo será útil nas mãos do seu Senhor e influenciará outros – principalmente os da sua própria família – a se disciplinarem nesse aspecto.

Uma Ferramenta Poderosa:

A língua é uma ferramenta poderosa para o bem quando usada da maneira correta “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto” (Provérbios 18:21). Deus quer que nós a usemos com sabedoria; não podemos deixar-la fora de controle. Como cristãos temos uma razão maior que nos encoraja e dá esperança, a vida eterna que temos pela frente. O prêmio eterno é precioso demais para deixarmos um membro tão pequeno do nosso corpo colocar tudo a perder “Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno” (Tiago 3:6). Com entendimento e liderança para agir a cada dia, viveremos como verdadeiros representantes de Cristo neste mundo “Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo” (Filipenses 1:27).

Deus Quer Nos Ajudar:

A língua tem poder para mostrar as pessoas quem realmente somos. Com dedicação e amor pelo Senhor o Espírito Santo agirá produzindo domínio próprio (Gálatas 5:22-23). Nossas vidas serão transformadas, e o nosso falar será uma benção para as pessoas ao nosso redor.

Por isso, é necessário manter o compromisso no Senhor, pregando a palavra (2 Timóteo 2:2), se dedicando na prática de boas obras (1 Timóteo 6:18), nas leituras bíblicas (1 Timóteo 4:13), nas orações (1 Timóteo 2:1), e na comunhão com Deus e com nossos irmãos. Agindo assim haverá crescimento espiritual e nos tornaremos cada vez mais semelhantes ao nosso mestre (2 Coríntios 3:18). Mesmo assim é possível falhar. Se isso acontecer nós vamos correr para Deus pedindo perdão e orando para que Deus dome a nossa língua e transforme a fonte que é nosso coração (1 João 1:9; Mateus 12:34; 15:18). Que alívio saber que Deus tem boa vontade para nos ajudar e salvar! “Ora, sim que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória” (Judas 24). Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

sexta-feira, janeiro 20

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL: " RHAMNUS PURSHIANA D.C. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: Rhamnus purshiana D.C.                          cáscara sagrada é uma planta medicinal muito utilizada para tratar a prisão de ventre, devido ao seu efeito laxante que estimula os movimentos intestinais e promove a eliminação das fezes. O efeito laxante promovido por essa planta é mais suave que outros laxantes naturais, como aloe vera ou sene, por exemplo.

Além disso, a cáscara sagrada, cujo nome científico é Rhamnus purshiana D.C , ajuda a aumentar o apetite e possui propriedade purgativa, diurética e digestiva, podendo ser encontrada em lojas de produtos naturais e em algumas farmácias de manipulação, na forma de cápsula ou pó.

Antes de utilizar qualquer tipo de laxante natural, é recomendado consultar um profissional de saúde e fazer alterações nos hábitos alimentares, aumentando o consumo de alimentos ricos em fibras e consumindo pelo menos 2 litros de água por dia.

A cáscara sagrada possui ação laxativas, diuréticas, estimuladoras e tônicas e, por isso, pode ser utilizada para tratar, a curto prazo, a prisão de ventre, já que restabelece o tônus natural do cólon e promove um aumento suave e regular os movimentos peristálticos do intestino.

Quando consumida, a cáscara sagrada libera uma substância no intestino grosso que é processada pela flora bacteriana, produzindo a liberação de agliconas que atuam sobre a mucosa e promovendo a evacuação.

Em pequenas doses, a cáscara sagrada pode também ajudar a estimular o apetite. Além disso, essa planta medicinal facilita a expulsão da bile acumulada na vesícula biliar, ajudando a diminuir a absorção de gordura a nível intestinal.

A cáscara sagrada pode ser consumida na forma de cápsula ou em pó e a dose depende da idade e da histórico de saúde de cada pessoa. É importante consultar um profissional de saúde ou um fitoterapeuta com experiência em plantas medicinais antes de consumir essa planta medicinal, sendo normalmente recomendado consumir 1 cápsula por dia antes de dormir.

Outra forma de consumir a cáscara sagrada é por meio do chá.

Modo de preparo: colocar 25 g de cascas numa panela com 1 litro de água fervente, deixando repousar por 10 minutos. Beber 1 a 2 xícaras por dia.

A cáscara sagrada não é indicada em caso de suspeita de gravidez, durante a gravidez e a amamentação, pois pode passar pelo leite e provocar diarreia no recém nascido, além de também não ser indicado para crianças com menos de 12 anos. Essa planta medicinal também não deve ser ingerida juntamente com alguns medicamentos, como digoxina, corticosteroides, medicamentos par arritmia, diuréticos ou glicosídeos cardiotônicos, pois pode haver alguma interação medicamentosa.

Além disso, não deve ser utilizada em caso de transtornos intestinais, como apendicite, obstrução intestinal, úlceras estomacais, hemorroidas, diverticulite, colite ulcerativa, doença de Crohn, dor no estômago, sangramento retal, vômitos ou desidratação.

Apesar de possuir muitos benefícios, o uso da cáscara sagrada pode levar à ocorrência de alguns efeitos colaterais, como:

  • Cansaço;
  • Cólica abdominal;
  • Diminuição de potássio no sangue;
  • Diarreia;
  • Falta de apetite;
  • Má absorção de nutrientes;
  • Náuseas;
  • Perda da regularidade para defecar;
  • Suor excessivo;
  • Tontura;
  • Vômitos.

Para evitar os efeitos colaterais, é indicado fazer uso da cáscara sagrada sob orientação do profissional de saúde ou um fitoterapeuta com experiência em plantas medicinais e seguindo as doses diárias sugeridas. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ).

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?