terça-feira, janeiro 24

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " ADIANTUM CAPILLUS VENERIS L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Adiantum capillus-veneris L.
Família: 
Pteridaceae
Sinonímia científica: 
Adiantum tenerum var. dissectum M. Martens & Galeotti
Partes usadas: 
Folha, rizoma
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Carotenoides, flavonoides, compostos fenólicos, fitosteróis.
Propriedade terapêutica: 
Antibacteriana, anticândida, antiviral, contraceptiva, hipoglicêmica, expectorante, diurética.
Indicação terapêutica: 
Bronquite, rouquidão, pedras nos rins, desintoxicação do fígado, queixas peitorais, resfriado, tosse, dificuldade de respirar. 

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: maidenhair fern, southern maidenhair fern.
  • Francês: capillaire cheveux-de-Vénus, capillaire de Montpellier, cheveux de Vénus.
  • Alemão: frauenhaarfarn, venushaarfarn.
  • Italiano: capelvenere comune.
  • Espanhol: adianto, capilera, culantrillo de pozo

Origem, distribuição:
Nativa em vários países, tem distribuição subcosmopolita (ocorre em todos os continentes, exceto na Antártica ou Antártida). Temos várias espécies no Brasil.

Descrição:
Planta muito bonita, sensível, cresce em ambientes úmidos, não tolera vento nem exposição direta ao sol. Existem muitos tipos de avenca: de folha grande, folha miúda, tênues, mais consistentes etc..

É uma trepadeira pequena, perene, de 20 a 70 cm de altura. Possui haste e ramos marrom escuro, duros e finos. As folhas são pecioladas, alternas, finas, polimorfas, algumas são obovais e outras em forma de leque, estreitas na base e largas na parte superior onde apresentam sinuosidade e bordos que podem ser crenados ou denteados. 

Avencas, samambaias e outras plantas de folhagem são chamadas de plantas feto. Têm raiz, caule e folhas mas não produzem flores nem sementes. A reprodução é por meio de esporos. Nos fetos, as folhas são geralmente denominadas "frondes".

Uso popular e medicinal:
A planta é bem conhecida como ornamental mas é também usada em vários países para uma gama de problemas.

Na medicina chinesa é indicada para tratar a bronquite. No Curdistão é usada na forma seca, depois rehidratada e cozida em água, em seguida filtrada, servindo como uma bebida para se livrar de pedras nos rins, uma vez que é tida como diurética, além de ser utilizada para desintoxicar o fígado e facilitar a respiração.

Nas Filipinas as frondes são usadas para tratamento de queixas peitorais. No Irã e Iraque é indicada contra resfriado, tosse e dificuldade de respirar. Considerada útil em distúrbios respiratórios e urinários, ajuda a acalmar a tosse, a rouquidão e descongestionar o muco excessivo.

É usada como xarope em várias regiões da América Central, do Sul e Amazônia peruana como diurético. Na França um xarope das folhas é usado para reduzir o muco e a tosse, o chamado "Sirop de Capillaire". Na Inglaterra usam para asma, perda de cabelo e falta de ar.

As propriedades creditadas a avenca são antibacteriana, anticândida, antiviral, contraceptiva e hipoglicêmica. A decocção atua como supressor de tosse, expectorante, estimulante menstrual e descongestionante.

Os principais constituintes encontrados em avenca são carotenoides, flavonoides, compostos fenólicos e fitosteróis:

  • Carotenoides: luteína, zeaxantina, violaxantina, neoxantina, rodoxantina, mutato xantina
  • Flavonoides: rutina, kaempherol, procianidina, quercetina, naringina, isoquercetina, prodelfinidina
  • Compostos fenólicos: ácidos cafeico, cumárico
  • Fitosteróis: beta-sitosterol, campesterol

 Dosagem indicada:

Queda de cabelo. Colocar 100 g de avenca seca em 1 litro de água. Ferver por 30 minutos. Esfriar, coar e utilizar para fricção diária no couro cabeludo. 

Rouquidão (xarope). Macerar 30 g de folha de avenca em ½ litro de água. Após 3 horas, passar a infusão por um guardanapo, apertar bem as folhas para extrair todo o liquido, em seguida colocar em uma panelinha. Adicionar o dobro do peso do líquido em açúcar ou mel de abelha e aquecer em banho-maria até a sua dissolução completa. Adicionar 30 g de água de flor de laranjeira e tomar o xarope, uma colher 3/4 vezes ao dia. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ).

RESUMO SOBRE O LIVRO DE ISAÍAS CAPÍTULO 38; " PÕE A TUA CASA EM ORDEM "

Ezequias era rei de Judá e nessa condição, no tempo em que o profeta veio a ele, vivia grandes problemas internos e externos na nação. Pelo lado externo o rei  inimigo ameaçava com todo o seu poderio invadir a nação. Pelo lado interno os temores e ausência de recursos traziam apreensão aos que o serviam no reino. Mas o que o rei não sabia é que ele tinha um problema ainda maior: ele ia morrer.

Muitas vezes o homem, rei de sua própria vida, envolvido com tantos problemas dessa vida; externos (família, trabalho, ocupações) e internos (angústia, temores, ansiedades) deixa de cuidar da principal questão: a que envolve a vida eterna (salvação) – se não cuida, a morte chega.

Assim, O Grande Deus, Justo Juiz, envia até ele o profeta para declarar-lhe uma sentença: morrerás e não viverás! Mas antes deste dispositivo dá um conselho  põe em ordem a sua casa! A desordem em que ele vivia  cuidava primeiro das coisas terrenas  o levou a enfermar-se e ficar sob a sombra da morte.

Diante de um comando sentencial lavrado e publicado, quem o recebe tem dois caminhos: aceitar e cumprir a sentença ou não aceitar e recorrer para que a sentença seja alterada. Ezequias escolhe o segundo caminho. Mas como recorrer de uma sentença que veio do Soberano Deus e Justo Juiz? Não há como um cidadão comum recorrer de nenhuma sentença, é necessário um advogado que faça a intermediação (sem advogado o juiz nem olha para recurso). Ainda bem que em I João 2:1 a palavra de Deus afirma que temos um advogado perante o Pai: o nome dele é Jesus. 

Mas não qualquer oração. Meras repetições não têm efeito. Não é qualquer recurso que muda uma sentença. Mas o que tem fundamento e argumentos fortes. Mas que argumentos usar diante de Deus se Sua palavra afirma que nossa justiça é como os trapos da imundícia (Is. 64:6)?

Não podemos jamais nos justificar a nós mesmos perante o Juiz Supremo. Mas a oração pelo Sangue de Jesus  feita com a verdadeira fé e contrição sincera fazem o recurso chegar no “gabinete” de Deus. Se por uma lado não podemos nos justificar, o Sangue de Jesus nos faz aceitos perante Deus.

Dessa forma, ao chorar muitíssimo, o que demonstrava seu arrependimento e súplica sinceros, há um mover no trono do Grande Deus. Ele conheceu do recurso.

Após conhecer do recurso ele envia novamente o profeta para declarar: " o recurso foi provido " Deus conheceu do recurso e deu-lhe provimento. Assim como um escrivão que torna pública uma sentença, O Espírito Santo nos anuncia e revela o amor de Deus. Assim, percebemos o envolvimento de toda a trindade na Justiça de Deus.

Uma sentença de morte foi reformada: agora a determinação é de Vida! Assim, amados, não aceitem a morte, a enfermidade do pecado que quer nos destruir, mas vá a Jesus ele é o único mediador entre nós e Deus (I Tm. 2:5). 

Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada ( Galatas 2: 16 ) Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

segunda-feira, janeiro 23

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " ACÁCIA SENEGAL ( L. ) WILLD. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Acacia senegal (L.) Willd.
Família: 
Leguminosae
Sinonímia científica: 
Mimosa senegal L.
Partes usadas: 
Fibra, casca, folha, goma.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Goma: glicoproteínas e polissacarídeos e seus sais de cálcio, magnésio e potássio.
Propriedade terapêutica: 
Adstringente
Indicação terapêutica: 
Colesterol, diabetes, síndrome de intestino irritável, controle de peso, inflamação do intestino, constipação, diarreia, incontinência fecal, problemas do fígado, oftalmia.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: gum arabic, Sudan gum arabic, gum acacia, three-thorned acacia
  • Francês: gommier, acacia du senegal, verek

Origem, distribuição:

Nativa de partes da África, Paquistão e Índia.

Descrição:

Acacia senegal é um arbusto de folha decídua, cresce até 15 m de altura, é geralmente ramificada a partir do solo. Os ramos se bifurcam repetidamente e em árvores maduras formam uma coroa arredondada e plana.

O tronco pode variar em diâmetro até cerca de 30 cm. A casca é branca-acinzentada, embora em árvores antigas que crescem ao ar livre pode ser escura, escamosa e fina, mostrando a camada verde brilhante logo abaixo da superfície.

Espinhos curvados de 3-5 mm de comprimento aparecem nos nós dos ramos. São afiados, alguns apontando para frente e outros para trás. O nome genérico "acácia" vem do grego "akis" que significa "ponta", "farpa" ou "rebarba".

Folhas bipinadas, raque de até 2,5 cm de comprimento. Flores branco-amareladas e perfumadas. As vagens são retas, finas, achatadas, oblongas (7,5 x 2 cm), verdes e pubescentes quando jovens, com maturação de bronze brilhante, geralmente com manchas escuras.

Sementes 3-6, lisas, planas, pequenas, brilhantes, castanha escura. As sementes são secas e conservadas para consumo humano como vegetais.

A semente seca é o principal componente de panchkut, uma iguaria em Jodhpur (Índia), que também contém frutos de Capparis decidua (planta medicinal usada na Índia e Paquistão, serve como vegetal por diabéticos), Cucumis sativus (nosso conhecido "pepino") e Prosopis cineraria, cujas flores, cascas e cinzas são remédio popular na Índia para várias doenças).

Uso popular e medicinal:

Rica em fibras solúveis, a fibra de acácia é proveniente da seiva da árvore Acacia senegal, também conhecida como goma-arábica ou goma de acácia.

Na forma de pó, pode ser agitada em água e consumida como bebida. Algumas pessoas preferem a acácia a outras formas de fibra porque ela não é áspera, não engrossa e tem um sabor bem suave. Costuma-se também misturar o pó em smoothies (bebida espessa batida no liquidificador com gelo, leite, iogurte ou suco de frutas) e outras bebidas.

A fibra de acácia ajuda a baixar os níveis de colesterol, manter sob controle o açúcar no sangue, proteger contra o diabetes e auxiliar no tratamento de distúrbios digestivos como a Síndrome do Intestino Irritável (SII). Essa fibra dissolve-se em água e forma uma substância semelhante a gel nos intestinos.

A fibra de acácia ajuda a controlar o apetite, reduzir a inflamação do intestino, aliviar a constipação, a diarreia e apoiar os esforços de perda de peso (ajuda o indivíduo a ficar saciado por mais tempo).

Diz-se também que essa fibra é prebiótica - um ingrediente alimentar não digerível da fibra dietética que pode estimular o crescimento de bactérias benéficas nos intestinos.

Algumas evidências de que a fibra pode oferecer certos benefícios foram relatadas em publicações científicas:  

  • Alivio dos sintomas da SII, conforme estudo publicado no World Journal of Gastroenterology em 2012
  • Controle de peso, conforme estudo publicado no Nutrition Journal com grupos de mulheres saudáveis que tomaram diariamente goma arábica ou placebo. No final do período de estudo de 6 semanas, aquelas que tomaram a goma arábica tiveram uma redução significativa no IMC e no percentual de gordura corporal. Um estudo anterior publicado no Appetite descobriu que a goma arábica diminuía a ingestão calórica 3h após o consumo e aumentava as classificações subjetivas de saciedade.
  • Incontinência fecal: Estudo publicado em Pesquisa em Enfermagem e Saúde comparou os efeitos de 3 tipos de fibra dietética (carboximetilcelulose, psílio e goma arábica) em pessoas com incontinência fecal. Todos os participantes tomaram um dos suplementos de fibra ou placebo por 32 dias. No final do estudo, apenas a suplementação de psílio foi encontrada para diminuir significativamente a frequência de incontinência. As avaliações de qualidade de vida não diferiram entre os grupos.
  • Colesterol alto: Relatório publicado na Food and Chemical Toxicology informa que a fibra de acácia parece reduzir os níveis de colesterol em ratos.
  • Diabetes: A fibra dietética desempenha um papel na regulação do açúcar no sangue. Conforme a Pesquisa de Pressão Arterial e Rins em 2012, testes em camundongos diabéticos determinaram que o tratamento com fibra de acácia ajuda a baixar a pressão arterial. Os autores apontam que a fibra de acácia pode ajudar a proteger diabéticos da nefropatia diabética (um dano renal que acredita-se resulta, em parte, do mau controle do diabetes e da pressão arterial).
  • Saúde do fígado: estudo publicado na Pharmacology Research aponta que o tratamento de camundongos com fibra de acácia antes da administração de acetaminofeno ajudou a proteger seus fígados dos efeitos tóxicos da droga. De acordo com os estudiosos,  a fibra de acácia pode ajudar a combater danos no fígado, reduzindo o estresse oxidativo.

Além da fibra, a casca e a folha são utilizadas como adstringente no tratamento de constipações, oftalmia, diarreia e hemorragia.

Quimicamente a goma arábica é um composto complexo ligeiramente ácido de glicoproteínas e polissacarídeos e seus sais de cálcio, magnésio e potássio.

O principal polissacarídeo é o ácido arábico, um polissacarídeo ramificado com um esqueleto de D-galactose (1,3) ligado com ramos ramificados ligados por (1,6) compostos de L-arabinose, L-ramnose e ácidos D-glucurônicos. As proteínas são caracterizadas como proteínas de arabinogalactana ricas em hidroxiprolina.

Amostras comerciais de goma arábica mostraram a seguinte composição: arabinose 24-29%, galactose 32-41%, ramnose 12-18%, ácido urônico 14-17% e proteína cerca de 2%.

Outros usos:

Sendo facilmente solúvel em água, a goma arábica forma soluções em uma ampla gama de concentrações. Apresenta valorizadas propriedades de emulsificação, estabilização, espessamento e suspensão.

A indústria alimentícia usa de 60% a 75% da produção mundial. Nos produtos de confeitaria, a goma arábica é utilizada para evitar a cristalização do açúcar, como emulsionante e como cobertura em produtos de panificação. Em refrigerantes e bebidas alcoólicas serve tanto como veículo para aromatizante ou como agente estabilizante. 

Em produtos lácteos congelados, a goma arábica é usada para encapsular aromas como óleos cítricos. É agente de suspensão ou emulsificador na fabricação de revestimento de comprimidos.

A goma arábica é usada na indústria de impressão para revestir chapas litográficas e evitar a oxidação, aumentar suas propriedades hidrofílicas e torná-las repelente à tinta. É base para produtos químicos fotossensíveis. Na cerâmica, ajuda a fortalecer a argila.

Outras aplicações técnicas incluem pirotecnia, fabricação de tinta, têxteis, pinturas e adesivos como a tradicional cola de escritório e selo postal. Goma arábica é usada localmente em pratos especiais e como goma de mascar. Tem aplicações medicinais para humanos e gado e para tratar doenças de pele e inflamação.

Acacia senegal é árvore multiuso. Folhagem e vagens são importantes fontes de forragem para camelos e cabras. A semente pode ser seca e conservada para consumo humano, principalmente como alimento de emergência. 

A madeira é usada para fins de construção de pequena escala e implementos agrícolas. Produz lenha de boa qualidade, que pode ser transformada em bom carvão. 

Os galhos espinhosos servem para cercar animais ou proteger campos agrícolas. Sendo uma árvore muito resistente à seca, é plantada para fixação de dunas de areia, quebra-ventos e cinturões de abrigo em regiões áridas.  

As flores são uma fonte de mel. Fibras extraídas das raízes servem para confecção de cordas e redes de pesca. A semente contém uma gordura que é usada tanto na medicina quanto na fabricação de sabão.

 Atenção:

Ao consumir qualquer tipo de suplemento rico em fibras, certifique-se de aumentar gradualmente sua ingestão e obter fluidos suficientes para proteger contra os efeitos colaterais comumente associados a altas doses de fibras como gases, inchaço, constipação e cãibras.

Os efeitos colaterais relatados nos estudos incluem náusea matinal, diarreia moderada e inchaço abdominal. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

RESUMO DO LIVRO DE SALMO 4; " PERTUBAI-VOS E NÃO PEQUEIS ".

O Salmo 4 fala sobre a confiança do cristão em Deus no momento da angústia. O estudo bíblico do Salmo 4 registra não apenas a aflição do salmista, mas, sobretudo sua confiança inabalável no Senhor.

O título do Salmo 4 esclarece que o seu autor foi o rei Davi. O rei mais conhecido de Israel foi também o maior autor dos salmos bíblicos. O mesmo título também informa que o Salmo 4 foi direcionado ao “mestre de canto”, ou seja, ao ministro do louvor responsável pela adoração em Israel. De acordo com a instrução do título, esse salmo deveria ser acompanhado por instrumentos de cordas – como a harpa e a lira.

O Salmo 4 pode ser organizado em quatro partes principais:

  • A oração do salmista pedindo pelo auxílio divino (Salmo 4:1).
  • A denúncia contra os opositores (Salmo 4:2,3).
  • A conclamação por uma vida reta e piedosa diante de Deus (Salmo 4:4,5).
  • O louvor pelo cuidado e proteção do Senhor (Salmo 4:6-8).

O Salmo 4 tem muitas semelhanças com o salmo 3. Ambos os salmos foram compostos por Davi em meio à aflição. Inclusive, alguns estudiosos abordam os dois salmos em conjunto, colocando o Salmo 3 como um salmo matutino e o Salmo 4 como um salmo noturno.

Enquanto que o Salmo 3 parece ter sido escrito durante o tempo de revolta de Absalão, não há uma indicação clara da ocasião exata na história de Davi em que o Salmo 4 foi escrito. Muitos intérpretes consideram que a situação era a mesma do Salmo 3, isto é, a revolta de Absalão.

Mas o importante é entender que tanto o Salmo 3 quanto o Salmo 4 trazem uma mensagem muito clara: Deus cuida daqueles que são seus! Aqueles que desfrutam de um relacionamento de aliança com o Senhor não têm motivos para temer.

O Salmo 4 começa trazendo a oração do Salmista. Ele diz: “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha justiça; na angústia, me tens aliviado; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Salmo 4:1).

É interessante perceber como o salmista se dirige a Deus com intimidade e ousadia. Ele precisava falar com alguém sobre o sofrimento, a angústia e a injustiça que o cercavam. Então ele recorreu ao Senhor; ele clamou ao Deus da sua justiça. Conforme a palavra do Senhor através do profeta Jeremias, Deus é a justiça de seu povo (Jeremias 23:6). Ele é o Deus justo que justifica os seus filhos.

No Salmo 4 Davi também deixa claro que sua oração não era vã; as palavras do seu clamor tinham um alvo. Davi estava orando ao Deus vivo que responde efetivamente a oração dos seus filhos. Por isso ele testifica que na angústia Deus lhe proveu alívio. Portanto, era razoável que mais uma vez ele pedisse pela misericórdia do Senhor. Isso também indica que o salmista reconhecia que o auxílio do Senhor não ocorre na base do merecimento, mas da misericórdia.

A palavra “angústia” traduz um termo hebraico que se refere a uma situação em que uma pessoa está encurralada. A ideia é a de um lugar apertado e sem saída. Isso contrasta com a palavra “alívio” que traduz um termo hebraico que transmite o sentido de “lugar espaçoso”.

No verso 2 do Salmo 4 o salmista demonstra seu descontentamento com aquelas pessoas que trocam a verdade de Deus pela mentira. Por isso ele escreve: “Ó homens, até quando tornareis a minha glória em vexame, e amareis a vaidade, e buscareis a mentira?” (Salmo 4:2). Essas pessoas se afastam de Deus e se apegam à vaidade, isto é, elas abraçam “coisas vazias”. O ímpio que elege para si falsos deuses pensa estar seguro, quando na verdade sua segurança não passa de ilusão.

Se este salmo foi escrito no período da revolta de Absalão, então pode ser que Davi tivesse em mente os homens que seguiram seu filho rebelde e traíram o rei instituído pelo Senhor em Israel.

Mas em seguida o salmista também traz uma admoestação que aponta para a necessidade e importância de uma vida piedosa diante de Deus. Nesse sentido ele diz: “Sabei, porém, que o Senhor distingue para si o piedoso; o Senhor me ouve quando eu clamo por Ele” (Salmo 4:3).

Os homens podem falhar em seu julgamento, mas Deus sabe distinguir muito bem o piedoso do ímpio. Aquele que recebe o amor de Deus não está na mesma condição daquele que rejeita o Seu amor.

Na sequência o salmista traz uma conhecida exortação: “irai-voz e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai” (Salmo 4:4). Pode ser que nesse verso Davi tenha mudado a direção de suas palavras. Se no verso anterior ele estava se dirigindo aos seus opositores, aparentemente agora ele se dirige aos seus apoiadores. Isso explica por que ele parece estar aconselhando pessoas afoitas.

O que o salmista enfatiza é que o cristão demonstrar uma ira santa contra o pecado; uma indignação contra àqueles que afrontam a vontade do Senhor. Mas o cristão deve cuidar para que essa ira não se torne pecaminosa. Davi faz um apelo à sensatez e ao autocontrole. Antes de agir inflamado pela ira, o correto é pensar, sossegar e agir adequadamente. No Novo Testamento o apóstolo Paulo replica esse conselho (cf. Efésios 4:26).

Na conclusão dessa seção Davi traz um convite à confiança e à adoração a Deus com uma atitude reta. Ele diz: “Oferecei sacrifícios de justiça e confiai no Senhor” (Salmo 4:5).

Na parte final do Salmo 4 Davi expressa o seu louvor ao Senhor. Primeiro Davi demonstra que o argumento dos céticos não se sustenta à luz da presença do Senhor. Ele observa: “Há muitos que dizem: Quem nos dará a conhecer o bem? Senhor, levanta sobre nós a luz do teu rosto” (Salmo 4:6).

Na primeira parte desse verso Davi faz referência justamente ao tipo de discurso dos pessimistas que repetidamente dizem que nada é bom e questionam se alguém poderá lhes tirar da situação desfavorável em que se encontram. Já na segunda parte Davi demonstra não estar preocupado com esse tipo de queixa; porque para ele o que realmente importa é a graciosa bênção do Senhor que cobre o Seu povo fiel.

Depois o salmista testemunha que a verdadeira alegria que vem do senhor é superior a qualquer tipo de alegria por coisas terrenas: “Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e de vinho” (Salmo 4:7).

Então finalmente Davi conclui o seu salmo expressando mais uma vez sua profunda confiança no Senhor: “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro” (Salmo 4:8). Ele sabia que podia descansar tranquilo tendo a certeza de que sua vida estava segura em Deus! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

domingo, janeiro 22

COMO CALCULAR O IMC: " INDICE DE MASSA CORPORAL "

IMC (Índice de Massa Corporal)

O IQ (Índice de Quetelet) mais conhecido como IMC (Índice de massa corporal) é o método comumente utilizado e adotado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para diagnosticar o sobrepeso e obesidade.

Sobrepeso e Obesidade

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é o acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal que apresenta risco à saúde.

A prevalência dessa condição vem crescendo consideravelmente nas últimas décadas em vários países, inclusive no Brasil. Segundo a OMS, a obesidade mais que dobrou ao redor do mundo desde 1980. Em 2014, mais de 1.9 bilhões de adultos, com idade a partir de 18 anos, apresentavam sobrepeso, sendo que 13% desses foram considerados obesos. As crianças, por sua vez, com mais de 5 anos, que estavam acima do peso, nesse mesmo ano, somavam cerca de 41 milhões.

Benefícios de usar o IMC

  • Tem validade científica;
  • Determina a composição corporal total;
  • Fácil de aplicar e prático para treinar multiplicadores;
  • Ajuda a estimar o risco de mortalidade.

Limitações do IMC

  • Não diferencia a massa muscular da massa gordurosa em relação a composição corporal total;
  • Sua utilização em pacientes acamados, em pessoas com desidratação, edemas ou ascite, em atletas ou pessoas muito musculosas deve ser feita com cuidado e até mesmo contraindicada muita das vezes.

Por exemplo, atletas de resistência ou pessoas muito musculosas como fisiculturistas e pessoas envolvidas com exercícios de levantamento de peso, devem evitar utilizar o IMC para avaliação do estado nutricional pois os resultados poderão ser imprecisos.

Um fisiculturista, por exemplo, com peso de 130 kg e altura de 1,75 m, apesar de ter um percentual de gordura baixo, será classificado como obeso quando utilizar o cálculo do IMC.

No caso de um maratonista ou um triatleta o cálculo do IMC pode resultar em magreza ou desnutrição devido ao baixo peso em relação a altura desse tipo de atleta.

Variação no cálculo do IMC

Quando utilizarem o peso para calcular o IMC, os nutricionistas e outros profissionais de saúde devem estar atentos a fatores que podem alterar o peso do paciente de forma anormal.

No caso de edema e ascite bem como as medicações usadas para tratá-los, podem causar acumulo de líquidos aumentando artificialmente o peso e mascarando as alterações na constituição corporal.

O aumento anormal de um órgão ou o crescimento tumoral em estados patológicos também podem causar aumento artificial do peso.

Como calcular o IMC

O IMC é calculado dividindo-se o peso do indivíduo por sua altura ao quadrado, conforme a fórmula abaixo:

Fórmula do IMC (Índice de Massa Muscular)

Por exemplo, Maria pesa 80 kg e tem 1,75 m de altura.

IMC = Peso ÷ (Altura × Altura)
IMC = 80 ÷ (1,75 × 1,75)
IMC = 80 ÷ 3,06
IMC = 26,1

IMC para grupos diferentes

A forma de avaliar o IMC, pode variar em função de gênero e idade.

Existem valores de referência diferentes para calcular o IMC de acordo com cada grupo:

  • Crianças e Adolescentes;
  • Adultos;
  • Adultos maiores de 65 anos;
  • Gestantes.

Como calcular o IMC em (adultos)

Por exemplo, Maria tem um IMC de 26,1.
Classificação: Sobrepeso.
Risco: Aumentado.

Compare o IMC obtido com a tabela abaixo.

Classificação do IMC em adultos segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde)

Aplicável: adultos

Classificação do IMC em adultos segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde)

Classificação

IMC

Risco

Magreza Grau III

< 16 kg/m²

 

Magreza Grau II

16 a 16,9 kg/m²

 

Magreza Grau I

17 a 18,4 kg/m²

 

Eutrofia

18,5 a 24,9 kg/m²

 

Sobrepeso

25 a 29,9 kg/m²

Aumentado

Obesidade Grau I

30 a 34,9 kg/m²

Moderado

Obesidade Grau II

35 a 40 kg/m²

Grave

Obesidade Grau III

> 40 kg/m²

Muito grave

Fonte: WHO (1995), WHO (1997)

Como calcular o IMC em (idosos)

Alguns autores entenderam que os idosos são um grupo de risco para o desenvolvimento de desnutrição precisando de maior reserva para preveni-la, sendo assim, mesmo não havendo consenso para o cálculo do IMC em idosos, alguns autores desenvolveram classificações específicas para os idosos com diferentes pontos de corte.

Por exemplo, João tem um IMC de 22,5 e está com 67 anos.
Classificação: Peso normal (eutrófico), segundo o protocolo de Lipschitz (1994).

Escolha a referência que você vai usar e compare o IMC com a tabela abaixo.

Pontos de corte para a classificação do IMC (Índice de Massa Corporal) em Idosos.

Aplicável: idosos

Pontos de corte para a classificação do IMC (Índice de Massa Corporal) em Idosos.

Referências

Magreza (IMC kg/m²)

Eutrófico (IMC kg/m²)

Sobrepeso (IMC kg/m²)

Obesidade (IMC kg/m²)

Perisinoto et al. (2002)

< 20

20 a 30

> 30

***

Lipschitz (1994) **

< 22

22 a 27

> 27

***

Burr e Phillips (1984) (Homens) *

< 18,9

19 a 30

> 30

***

Burr e Phillips (1984) (Mulheres) *

< 18,2

18,2 a 33,8

> 33,8

***

Projeto SABE (OPAS/OMS)

< 23

23 a 28

28 a 30

> 30

* Ponto de corte utilizado = percentil 10 para magreza e percentil 90 par excesso de peso; ** Ponto de corte utilizado atualmente pelo Ministério da Saúde – Sisvan; *** Os autores não classificaram obesidade, somente sobrepeso.

IMC por idade (crianças e adolescentes)

O IMC por Idade é considerado um ótimo indicador para avaliar sobrepeso e obesidade em adolescentes.

Embora seja um ótimo indicador de gordura corporal, procure utilizar o IMC por Idade juntamente com outros indicadores nutricionais, não esqueça que o IMC não consegue determinar a composição corporal.

1 - Marque no eixo vertical do gráfico o IMC e no eixo horizontal a idade.
2 - Defina o ponto em que as linhas se encontram e determine o percentil correspondente.
3 - Verifique em qual faixa de percentil o valor obtido se encaixa e obtenha o diagnóstico nutricional.
4 - Compare o resultado obtido com as tabelas abaixo.

Por exemplo, Renata tem um IMC de 18 e está com 4 anos.
Classificação: Risco de Sobrepeso. (> 85 Percentil a ≤ 97 Percentil).

Do nascimento aos 5 anos

Gráfico do IMC para meninas do nascimento aos 5 anos

Gráfico do IMC para meninos do nascimento aos 5 anos

Classificação do IMC por idade em crianças de 0 a 5 anos.

PercentilEscore ZDiagnóstico nutricional
< Perc. 0,1< Esc. -3Magreza acentuada
≥ Perc. 0,1 a < Perc. 3≥ Esc. -3 a < Esc. -2Magreza
≥ Perc. 3 a ≤ Perc. 85≥ Esc. -2 a ≤ Esc. +1Eutrofia
> Perc. 85 a ≤ Perc. 97≥ Esc. +1 a ≤ Esc. +2Risco de sobrepeso
> Perc. 97 a ≤ Perc. 99,9≥ Esc. +2 a ≤ Esc. +3Sobrepeso
> Perc. 99,9> Esc. +3Obesidade

Fonte: Sisvan MS (2009).

Dos 5 aos 19 anos

Gráfico do IMC para meninas dos 5 aos 19 anos

Gráfico do IMC para meninos dos 5 aos 19 anos

Classificação do IMC por idade em crianças e adolescentes de 5 a 19 anos.

PercentilEscore ZDiagnóstico nutricional
< Perc. 0,1< Esc. -3Magreza acentuada
≥ Perc. 0,1 a < Perc. 3≥ Esc. -3 a < Esc. -2Magreza
≥ Perc. 3 a ≤ Perc. 85≥ Esc. -2 a ≤ Esc. +1Eutrofia
> Perc. 85 a ≤ Perc. 97≥ Esc. +1 a ≤ Esc. +2Sobrepeso
> Perc. 97 a ≤ Perc. 99,9≥ Esc. +2 a ≤ Esc. +3Obesidade
> Perc. 99,9> Esc. +3Obesidade grave

Fonte: Sisvan MS (2009).

Como calcular o IMC em (gestantes)

No Brasil, o Ministério da saúde utiliza o estudo realizado por Atalah (2007) para acompanhar o estado nutricional da gestante.

Para a avaliação da gestante, será utilizado o gráfico de IMC / Semana de gestação.

Este gráfico é composto de quatro categorias que permitem a classificação da gestante. Na vertical os valores do IMC e na horizontal as semanas gestacionais. O valor do IMC deve ser localizado no gráfico, considerando a semana gestacional na medição. A zona no gráfico em que as linhas se cruzam corresponde ao diagnóstico nutricional.

Por exemplo, Fernanda tem um IMC de 24,5 e está na 28° semana de gestação.
Classificação: Peso normal (A - Adequado).

Gráfico do IMC para gestantes - Atalah (2007)

Como opção, podemos usar a tabela de avaliação nutricional da gestante segundo o índice de massa corporal: IMC / Semana de gestação de Atalah.

Avaliação nutricional da gestante segundo o Índice de Massa Corporal IMC por semana gestacional

Semana gestacional

Baixo peso (BP) IMC ≤

Adequado (A) 

IMC entre

Sobrepeso (S) 

IMC entre

Obesidade (O) 

IMC ≥

6

19,9

20

24,9

25

30

30,1

8

20,1

20,2

25

25,1

30,1

30,2

10

20,2

20,3

25,2

25,3

30,2

30,3

11

20,3

20,4

25,3

25,4

30,3

30,4

12

20,4

20,5

25,4

25,5

30,3

30,4

13

20,6

20,7

25,6

25,7

30,4

30,5

14

20,7

20,8

25,7

25,8

30,5

30,6

15

20,8

20,9

25,8

25,9

30,6

30,7

16

21

21,1

25,9

26

30,7

30,8

17

21,1

21,2

26

26,1

30,8

30,9

18

21,2

21,3

26,1

26,2

30,9

31

19

21,4

21,5

26,2

26,3

30,9

31

20

21,5

21,6

26,3

26,4

31

31,1

21

21,7

21,8

26,4

26,5

31,1

31,2

22

21,8

21,9

26,6

26,7

31,2

31,3

23

22

22,1

26,8

26,9

31,3

31,4

24

22,2

22,3

26,9

27

31,5

31,6

25

22,4

22,5

27

27,1

31,6

31,7

26

22,6

22,7

27,2

27,3

31

31,8

27

22,7

22,8

27,3

27,4

31,8

31,9

28

22,9

23

27,5

27,6

31,9

32

29

23,1

23,2

27,6

27,7

32

32,1

30

23,3

23,4

27,8

27,9

32,1

32,2

31

23,4

23,5

27,9

28

32,2

32,3

32

23,6

23,7

28

28,1

32,3

32,4

33

23,8

23,9

28,1

28,2

32,4

32,5

34

23,9

24

28,3

28,4

32,5

32,6

35

24,1

24,2

28,4

28,5

32,6

32,7

36

24,2

24,3

28,5

28,6

32,7

32,8

37

24,4

24,5

28,7

28,8

32,8

32,9

38

24,5

24,6

28,8

28,9

32,9

33

39

24,7

24,8

28,9

29

33

33,1

40

24,9

25

29,1

29,2

33,1

33,2

41

25

25,1

29,2

29,3

33,2

33,3

42

25

25,1

29,2

29,3

33,2

33,3

Fonte: Atalah

Programação de ganho de peso:

Gestação única

IMC Atual – Ganho de peso (kg) recomendado durante a gestação

Estado nutricional inicial (IMC)

Ganho de peso total no 1º trimestre

Ganho de peso semanal médio no 2º e 3º trimestres

Ganho de peso total na gestação

Baixo Peso (BP)

2,3

0,5

12,5 – 18,0

Adequado (A)

1,6

0,4

11,5 – 16,0

Sobrepeso (S)

0,9

0,3

7,0 – 11,5

Obesidade (O)

-

0,3

7,0

Fonte: Instituto de Medicina dos EUA (IOM), 1995

Para calcular o IMC Pré-Gestacional utilize a formula:

IMC (Índice de massa corporal)

Peso Pré-Gestacional (kg) ÷ (Estatura (m) × Estatura (m))

Classificação do IMC em adultos segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde)

Classificação

IMC

Risco

Magreza Grau III

< 16 kg/m²

 

Magreza Grau II

16 a 16,9 kg/m²

 

Magreza Grau I

17 a 18,4 kg/m²

 

Eutrofia

18,5 a 24,9 kg/m²

 

Sobrepeso

25 a 29,9 kg/m²

Aumentado

Obesidade Grau I

30 a 34,9 kg/m²

Moderado

Obesidade Grau II

35 a 40 kg/m²

Grave

Obesidade Grau III

> 40 kg/m²

Muito grave

Fonte: WHO (1995), WHO (1997)

IMC Pré-Gestacional – Ganho de peso recomendado durante a gestação

IMC (kg/m²) Pré-gestacional

Ganho de peso total (kg)

Ganho de peso semanal (g/semana)

< 19,8 (baixo peso)

12,5 a 18

500 a partir do 2° trimestre

19,8 a 26 (eutrofia)

11,5 a 16

400 a partir do 2° trimestre

26,1 a 29 (sobrepeso)

7,0 a 11,5

300 a partir do 2° trimestre

> 29 (obesidade)

7,0 a 9,1

200 a partir do 2° trimestre

Fonte: Instituto de Medicina dos EUA (IOM), 1992

IMC Atual - Recomendação de ganho de peso semanal por período gestacional gemelar

Ganho de 

peso semanal (g)

Baixo peso IMC < 19,8

Eutrofia IMC 

19,8 – 26

Sobrepeso 

IMC 26,1 – 29

Obesidade 

IMC > 29

0 - 20ª semana

0,56 – 0,78

0,45 – 0,67

0,45 – 0,56

0,34 – 0,45

20ª - 28ª semana

0,67 – 0,78

0,56 – 0,78

0,45 – 0,67

0,34 – 0,56

> 28ª semana

0,56

0,45

0,45

0,34

IMC Atual - Recomendação de ganho de peso total por período gestacional gemelar

Objetivo de 

ganho de peso (kg)

Baixo peso 

IMC < 19,8

Eutrofia 

IMC 19,8 – 26

Sobrepeso 

IMC 26,1 – 29

Obesidade 

IMC > 29

Até 20ª semana

11,3 – 15,8

9 – 13,5

9 – 11,3

6,75 – 9

Até 28ª semana

16,7 – 22

13,5 – 19,8

12,6 – 16,7

9,5 – 13,5

28ª a 38ª semana

22,5 – 27,9

18 – 24,3

17,1 – 21,2

13 – 17,1

RESUMO DO LIVRO DE SALMO 38; " A DOR QUE O PECADO CAUSA EM NOSSA ALMA "

Os Salmos de Davi falam ao coração do leitor por causa das emoções profundas reveladas nos seus versos. As questões espirituais nunca foram apenas assuntos teóricos, técnicos ou filosóficos, pois Davi sentiu seu significado com todo o seu ser. O Salmo 38 é um excelente exemplo.

O significado do cabeçalho não ficou completamente claro. Alguns acreditam que a expressão “Em memória” sugere que Davi escreveu esse hino como reflexão sobre uma circunstância passada, lembrando da angústia sofrida por causa do seu pecado. Outros sugerem uma possível ligação às ofertas feitas como “porção memorial” no serviço no santuário dos erams (Levítico 2:2 e 24:7). Mesmo sem ter certeza do significado preciso desse termo, podemos ver no Salmo uma mensagem de valor para todos, pois toleramos o efeito devastador do pecado em nossas vidas.

Antes de analisar a estrutura desse Salmo, vale a pena ler o hino inteiro e observar o envolvimento total de Davi na sua mensagem. Observando a sua linguagem, podemos dizer que o pecado que ele cometeu o afetou da cabeça aos pés. Ele cita seus ossos, cabeça, lombos, coração, olhos, ouvidos, lábios e pé (versos 3,4,7,8,10,14,16) para reforçar a afirmação repetida “Não há parte sã na minha carne” (versos 3 e 7). Davi ficou abalado, angustiado e debilitado quando reconheceu sua culpa diante do Senhor.

Os primeiros versos do Salmo descrevem esse sofrimento como consequência do seu pecado: “Não há parte sã na minha carne, por causa da tua indignação; não há saúde nos meus ossos, por causa do meu pecado. Pois já se elevam acima de minha cabeça as minhas iniqüidades; como fardos pesados, excedem as minhas forças. Tornam-se infectas e purulentas as minhas chagas, por causa da minha loucura” (versos 3 a 5).

Davi estava sendo castigado por Deus, e admitido a justiça do Senhor. Ele apelou à misericórdia de Deus para que não fosse totalmente destruído por sua ira justa (verso 1).

O rei de Israel continua seu poema sobre a angústia, descrevendo o envolvimento de outras pessoas (versos 9 a 20). Amigos, companheiros e parentes se afastaram dele (verso 11), nos lembrando da reação dos amigos de Jó, que acharam difícil olhar para uma pessoa desfigurada por doenças graves. Inimigos aproveitaram a oportunidade para tentar matá-lo, e circularam barcos falsos e cruéis sobre o rei (verso 12).

Davi não se sentiu obrigado a responder às falsas, pois confiava na justiça de Deus: “Armam ciladas contra mim os que tramam tirar-me a vida; os que me procuram fazer o mal dizem coisas perniciosas e imaginam enganosamente todo o dia. Mas eu, como surdo, não ouço e, qual mudo, não abro a boca. Sou, com efeito, como quem não ouve e em cujos lábios não há replica. Pois em ti, SENHOR, espero; tu me atenderás, Senhor, Deus meu” (versos 12 a 15).

No final das contas, Davi nunca teria como sofrer todos que o criticavam e acusavam injustamente. Pior, ele não teria condições de sofrer a ira de Deus que o castigava em justiça. Sua única esperança foi apelar à misericórdia de Deus para o salvar, e assim ele encerra o hino com estas palavras, que se tornam nossas quando reconhecemos as consequências dos nossos próprios pecados contra o Criador: “Não me desampares, SENHOR; Deus meu, não te ausentes de mim. Apressa-te em socorrer-me, Senhor, salvação minha” (versos 21 e 22). Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

sábado, janeiro 21

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " SCHINUS MOLLE L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Aroeira-salsa (Schinus molle L.)
Nome Científico: Schinus molle L. (Família Anacardiaceae)
Schinus molle L. (aroeira-salsa, aroeira-periquita, aroeira, aroeira-vermelha, aguará-ybá-guassú (dos guaranis) aroeira-do-amazonas, aroeira-folha-de-salso, aroeira-salso, corneiba (dos tupis), pimenteira-do-peru, anacauíta, araguaraíba, aroeira-mansa, fruto-de-sabiá, pimenteiro, terebinto, aroeira-periquita, aroeira mole, Lentisco, Lentisque, poivrier d´Amerique, poivrier du Perou, Califórnia peper tree, Pfefferstrauch) é uma espécie nativa da América do Sul, pertencente à família Anacardiaceae. No Brasil, ocorre do Pernambuco ao Rio Grande do Sul em diversos tipos de formações vegetais.

Apresenta diversas aplicações, na extração de taninos, em paisagismo e como planta medicinal, pois possui propriedade antiespasmódica, anti-reumática, emenagoga, antiinflamatória e cicatrizante.
Além destas aplicações, produz, entre outros compostos, flavonóides, taninos e óleos essenciais ricos em mono e sesquiterpenos, Resinas, Alcalóides, Saponinas esteroidais, Esteróides, Triterpenos, cis-sabinol, p-cimeno, limoneno, simiarinol, alfa e beta pineno, delta-caroteno, alfa e beta felandeno, terechutona. De todos os metabólitos secundários sintetizados pelos vegetais, os alcalóides e os óleos essenciais formam o grupo de compostos com maior número de substâncias biologicamente ativas. Os óleos essenciais, em especial, atuam como inibidores da germinação, na proteção contra predadores, na atração de polinizadores, na proteção contra perda de água e aumento da temperatura.

Trabalhos desenvolvidos com extratos brutos ou óleos essenciais, obtidos a partir de plantas medicinais têm indicado seu potencial no controle de fitopatógenos, agentes causadores de doenças em vegetais que acarretam perdas significativas na produção, destruição de grãos durante a estocagem, diminuição do valor nutritivo e, algumas vezes, produção de micotoxinas prejudiciais ao homem e aos animais. Cerca de 60% dos óleos essenciais possuem atividades antifúngicas e 35% exibem propriedades antibacterianas.

Indicações e propriedades terapêuticas: 

Azia, gastrite, febre, cistite, uretrite, diarréia, blenorragia, tosse, bronquite, reumatismo, íngua, dor-de-dente, gota, ciática. Anti-diarréica, antileucorréica, adstringente, balsâmica, diurética, emenagoga, purgativa, estomáquica, tônica, vulnerária, antiinflamatória, fungicida e bactericida.

Parte utilizada: 

Casca, folíolos, sementes, frutos, óleo resinas.

Princípios ativos:

Óleo essencial: rico em mono e sesquiterpenos, em teor de 1% para as folhas e 5% para os frutos.

Taninos, Resinas, Alcalóides, Flavonóides, Saponinas esteroidais, Esteróides, Triterpenos. 

Contra-indicações:

Em todas as partes da planta foi identificada a presença pequena de alquil-fenóis, substâncias causadoras de dermatite alérgica em pessoas sensíveis. Sentar-se à sombra desta aroeira implica grandes riscos, pelos efeitos perniciosos que pode provocar.

 As partículas que se desprendem de sua seiva e madeira seca podem causar uma afecção cutânea parecida com a urticária, edemas, febre e distúrbios visuais. O uso das preparações de aroeira deve ser revestido de cautela por causa da possibilidade de reações alérgicas na pele e mucosas. Caso isto aconteça, suspenda o tratamento e procure o médico o mais cedo possível.

Outros usos:

Devido ao alto teor de tanino, é empregada nos curtumes para curtir peles e couros. As folhas maduras passam por forrageiras. No Peru, a aroeira é utilizada após fermentação para se fazer vinagre e bebida alcoólica.
Uso culinário:

A pequena semente do fruto da aroeira vermelha, redondinha e lustrosa, inscreve-se entre as muitas especiarias existentes e que são utilizadas essencialmente para acrescentar sabor e refinamento aos pratos da culinária universal. O sabor suave e levemente apimentado da aroeira vermelha, bem como sua bonita aparência, de uso decorativo, permite o seu emprego em variadas preparações, podendo ser utilizada na forma de grãos inteiros ou moídos. No entanto, a aroeira é especialmente apropriada para a confecção de molhos que acompanham as carnes brancas, de aves e peixes, por não abafar o seu gosto sutil.
Introduzida na cozinha européia, com o nome de aroeira poivre rose (pimenta-rosa), a aroeira vermelha acrescentou um gostinho tropical à nouvelle cuisine.

Uso medicinal:

As cascas e folhas secas da aroeira são utilizadas contra febres, problemas do trato urinário, contra cistites, uretrites, diarréias, blenorragia, tosse e bronquite, problemas menstruais com excesso de sangramento, gripes e inflamações em geral. Sua resina é indicada para o tratamento de reumatismo e ínguas, além de servir como purgativo e combater doenças respiratórias.

Emprega-se também contra a blenorragia, bronquites, orquites crônicas e doenças das vias urinárias.

Seu óleo resina é usado externamente como cicatrizante e para dor-de-dente.

A resina amarelo-clara (a qual endurece ao ar tornando-se azulada e depois pardacenta), proveniente das lesões das cascas, é medicamento de larga aplicação entre os sertanejos, como tônico, nos casos em que usam cascas.

Em outros tempos, a aroeira foi utilizada pelos jesuítas que, com sua resina, preparavam o " Bálsamo das Missões ", famoso no Brasil e no exterior.

A planta inteira é utilizada externamente como anti-séptico no caso de fraturas e feridas expostas. O óleo essencial é o principal responsável por várias atividades desta planta, especialmente à ação antimicrobiana contra vários tipos de bactérias e fungos e contra vírus de plantas, bem como atividade repelente contra a mosca doméstica. Este óleo essencial, rico em monoterpenos, é indicado em distúrbios respiratórios. É eficaz em micoses, candidíases (uso local) e alguns tipos de câncer (carcinoma, sarcoma,etc.) e como antiviral e bactericida. Possui ação regeneradora dos tecidos e é útil em escaras, queimaduras e problemas de pele.

Externamente, o óleo essencial da aroeira brasileira utilizado na forma de loções, gels ou sabonetes, é indicado para limpeza de pele, coceiras, espinhas (acne), manchas, desinfecção de ferimentos, micoses e para banho.

Em muitos estudos in vitro, extratos da folha da aroeira brasileira demonstram ação antiviral contra vírus de plantas e apresentam ser citotóxicos para 9 tipos de câncer das células.

Em banhos é utilizado o decocto da casca de aroeira para combater úlceras malignas.

Características: 

Espécie arbórea com altura entre 4 e 8 metros e tronco com 25 a 35 cm de diâmetro, revestido por casca grossa e escamosa. Suas folhas são compostas, sem estípulas, com 9-25 folíolos linear-lanceolados a lineares, subcoreáceos, glabros, com 3-8 cm de comprimento e de margens serreadas. As flores amareladas e pouco vistosas são reunidas em inflorescências e os frutos são drupas globosas e de coloração vermelha.

Locais de Ocorrência: Relatos indicam a ocorrência desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul.

Madeira: 

Dura, pouco elástica, com alburno escuro e de excelente durabilidade. É utilizada para confecção de mourões, esteios, trabalhos de torno, obras hidráulicas e na construção civil. Além disso, a casca pode ser empregada para curtir couro e o córtex para produção de resina. 

Aspectos Ecológicos: 

Espécie pioneira e perenifólia capaz de suportar sombreamento mediano. É considerada uma das espécies precursoras mais agressivas em solos pedregosos e drenados. Além disso, é altamente tolerante à secas, resiste à geadas e apresenta boa capacidade de regeneração natural. Floresce entre os meses de agosto e novembro e a maturação dos frutos ocorre entre dezembro e janeiro, permanecendo, contudo, na árvore, até março. Por ser uma árvore ornamental e de pequeno porte, é amplamente empregada no paisagismo em geral." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ).

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?