quinta-feira, fevereiro 2

RESUMO SOBRE FITOTERÁPICOS E PLANTAS MEDICINAIS; REAÇÕES ADVERSAS:

Resumos

Os fitoterápicos são utilizados por automedicação ou por prescrição de  um profissional de saúde ou um fitoterapeuta com experiência em plantas medicinais a maior parte não tem o seu perfil tóxico bem conhecido. Atualmente estão incorporados aos vários Programas de Fitoterapia como opção terapêutica eficaz e pouco custosa. A importância da inclusão dos fitoterápicos nos programas de farmacovigilância vem sendo reconhecida nos últimos anos por vários países da Europa, como Reino Unido e Alemanha, onde várias plantas foram submetidas à farmacovigilância e muitas delas foram retiradas do mercado devido a importantes efeitos tóxicos e risco para uso humano. O aumento no número de reações adversas reportado é possivelmente justificado pelo aumento do interesse populacional pelas terapias naturais observado nas últimas décadas. A farmacovigilância de plantas medicinais e fitoterápicos é uma preocupação emergente e através do sistema internacional será possível identificar os efeitos indesejáveis desconhecidos, quantificar os riscos e identificar os fatores de riscos e mecanismos, padronizar termos, divulgar experiências, entre outros, permitindo seu uso seguro e eficaz." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ).

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " SPERMACOCE VERTICILLATA L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Spermacoce verticillata L.
Família: 
Rubiaceae
Sinonímia científica: 
Borreria verticillata (L.) G.Mey.
Partes usadas: 
Folha, raiz.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
No óleo essencial: sesquiterpenos guianeno, cariofileno e cadineno. Nas folhas: compostos fenólicos (rutina, kaempferol, ácido clorogênico).
Propriedade terapêutica: 
Anti-inflamatório, antipirético, analgésico, vomitiva, abortiva, expectorante, antimicrobiana, diurético, fleumagoga.
Indicação terapêutica: 
Cólica menstrual, tosse, hemorroidas, vermes, coceira, lesões de pele, diarreia, eliminação de catarro, tosse, furúnculos, úlceras, feridas.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: shrubby false buttonweed

Descrição:
Espécie herbácea perene, desenvolve-se em todas as regiões do Brasil. Vegeta em áreas antropizadas, a exemplo daquelas ocupadas com olericultura e fruticultura. 

Apresenta caule amplamente ramificado na base, quadrático nas partes jovens, revestido por indumento de pelos brancos, com nós e entrenós bem definidos.

Folhas simples, desprovidas de pecíolos, dispostas em forma de verticílios ao longo dos nós. Limbo linear-lanceolado com uma nervura bem acentuada. Inflorescência axilar e terminal em glomérulos globosos que circundam o caule ao longo dos nós, constituídos por flores de coloração branca.

Flores sésseis, fruto do tipo cápsula. Propaga-se por meio de sementes.

Uso popular e medicinal:

Vassourinha-de-botão é uma espécie amplamente utilizada na medicina tradicional do Brasil como anti-inflamatório, antipirético e analgésico.

A raiz é utilizada como vomitiva, contra diarreia de crianças, expectorante em catarro, fleumagoga (elimina líquido que acumula no pulmão), problemas da barriga, cólica menstrual, disenteria, desarranjo e como abortiva.

Nas raízes da planta foi identificada a propriedade expectorante. Na composição química destaca-se a presença dos alcalóides borrerina e barrerina e dos iridoides dafilosideo, asperulosideo e do ácido asperulosídico. Estudos farmacológicos com os alcalóides desta planta revelaram a ocorrência de ação antimicrobiana. Em sua parte aérea foi detectado óleo essencial contendo os sesquiterpenos guianeno, cariofileno e cadineno que inibem o crescimento de bactérias gram-positivas e gram-negativas.

Na África extratos das folhas são usadas para tratar doenças de pele (hanseníase), furúnculos, úlceras e feridas causadas por gonorreia (blenorragia). Preparam uma loção para aliviar coceiras de pele. Outras preparações são usadas internamente para tratar a diarreia, como um diurético para esquistossomose e como abortivo. Foi demonstrado que um óleo essencial extraído das folhas inibe as bactérias Escherichia coli (que habita o intestino humano) e Staphylococcus aureus (forma colonia na pele)

Na busca por novos compostos de importância taxonômica, um trabalho recente (2014) avaliou o perfil fitoquímico de compostos fenólicos deste vegetal. O material foi extraído das folhas com água destilada e purificado por meio de vários métodos cromatográficos. A análise identificou três compostos, sendo o principal quercetina-3-o-rutinoside (rutina), seguido de kaempferol 3-o-rutinoside e ácido clorogênico. Os pesquisadores  concluíram que esses compostos estão presentes como marcadores químicos das espécies deste gênero e família, informação essa muito importante por aumentar os recursos para a classificação taxonômica das espécies." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( O USO DA FITOTERÁPIA PERMITE QUE O PACIENTE SE RECONECTE COM O MUNDO NATURAL E RESTABELEÇA OS RITMOS NATURAIS ).

quarta-feira, fevereiro 1

RESUMO SOBRE O LIVRO DE 2° REIS CAPÍTULO 4°: ( AS VEZES O MILAGRE ESTÁ EM NOSSA CASA )

O profeta Elizeu foi escolhido por Deus para suceder Elias como profeta em Israel. Seu ministério foi marcado por muitos milagres, sendo que, com exceção de Jesus, Eliseu foi quem mais teve milagres decorridos em seu ministério registrados nas Escrituras. Um desses milagres foi a provisão de Deus para uma viúva endividada.

Na época de Eliseu, havia grupos ou associações de profetas. É bem provável que os profetas Elias e Eliseu foram líderes de grupos assim (1RS 18:29; 2RS 2:3,5,7,15; 4:1,38; 5:22; 6:1; 9:1). Em 2 Reis 4:1-7, temos o registro de um momento difícil pela qual a família de um dos membros desses grupos passou.

Após a morte do marido que era um dos “discípulos dos profetas“, uma viúva ficou completamente desamparada, pois ela não tinha como quitar as dívidas da família após a morte de seu marido.

Diante dessa situação ela procurou Eliseu, e lhe informou que o credor de suas dívidas havia chegado para levar seus dois filhos como escravos. Aqui é importante saber que a Torá autorizava que filhos fossem tomados como servos por um determinado período de tempo, a fim de servir como pagamento por uma divida (Lv 25:39-46). Não era raro que tal concessão fosse usada de maneira indevida e abusiva (Ne 5:5-8; Jr 34:8-22; Am 2:6; 8:6).

Especialmente no capítulo 4 de 2 Reis, encontramos registros do ministério de Eliseu aos necessitados. Lemos que ele foi usado por Deus para multiplicar o óleo de uma viúva (2Rs 4:1-7), para ressuscitar o filho de uma mulher sunamita (2RS 4:8-37), para repreender qualquer perigo que pudesse haver em um cozido envenenado (2Rs 4:38-41) e alimentar cem pessoas com vinte pães e algumas espigas verdes.

No milagre que trouxe provisão a casa da viúva, é inegável a semelhança com um milagre realizado por intermédio do ministério do profeta Elias (1Rs 17:8-16). Na ocasião, Elias foi até Sarepta após o ribeiro de Querite ter secado. Em Sarepta, ele foi sustentado por viúva, a qual Deus multiplicou a reserva de farinha e azeite até que o período de seca terminasse.

Outro milagre que aconteceu no ministério de Eliseu e que lembra o ministério de Elias foi a ressurreição do filho da mulher sunamita (cf. 1Rs 17:8-24). Quanto à multiplicação do alimento para sustentar cem pessoas, podemos perceber um tipo de antecipação do mesmo milagre realizado por Cristo. Na verdade, em muitos aspectos os milagres ocorridos no ministério de Eliseu nos remetem aos milagres ocorridos no ministério do nosso senhor.  

Quando aquela viúva procurou o profeta do Senhor, ela foi sincera ao dizer que não tinha mais nada, se não uma botija de azeite. Aquilo que aos seus olhos parecia ser tão pouco, para Deus já era mais do que suficiente para que o milagre acontecesse.

O profeta então instruiu a viúva a conseguir muitas vasilhas vazias, tantas quanto conseguisse com seus vizinhos, e, depois, ela deveria, juntamente com seus filhos, entrar em casa, fechar a porta e começar a derramar a botija de azeite que tinha dentro das vasilhas vazias.

Após ter completado todas as vasilhas com azeite, de modo que não havia mais nenhuma vasilha vazia, a multiplicação do azeite parou. Prontamente ela foi dizer ao profeta, e Eliseu ordenou que ela vendesse o azeite necessário para pagar sua divida, e vivesse com seus filhos do que sobrasse.

Vale dizer que naquela época o óleo de oliva era utilizado com diversas finalidades, desde a preparação de alimentos e práticas medicinais até a iluminação das casas com as lamparinas. Portanto, aquela mulher não teve nenhuma dificuldade em vender o que precisasse para poder quitar sua divida.

O contexto histórico em que essa viúva anônima viveu, nos revela que aquele foi um tempo de grande crise nacional. Muitas pessoas passavam necessidades e havia fome na região. Se o cenário já era difícil para uma família completa, era ainda pior para uma família endividada e que tinha perdido o chefe da casa.

A situação daquela mulher era realmente desesperadora. Além de ter perdido o marido, também perderia os filhos por conta das dívidas da família.

Muitas pessoas estão vivendo uma situação semelhante à dessa viúva. De fato, os dias são difíceis. Porém, devemos nos lembrar de que aquilo que parece insignificante para nós é exatamente o que pode revelar a provisão de Deus em nossas vidas.

Tenha fé e seja obediente a Deus, e certamente as vasilhas vazias serão o detalhe que demonstrará que o milagre está em sua casa! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " SONCHUS OLERACEUS ( L. ) L.. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Sonchus oleraceus (L.) L.
Família: 
Compositae
Sinonímia científica: 
Sonchus angustissimus Hook.f.
Partes usadas: 
Folha
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Óleos essenciais, esteroides, resinas, glicídios, fitosterina, taninos, derivados terpênicos, pigmentos flavonoides, sais minerais.
Propriedade terapêutica: 
Diurética, antidisentérico, antidiarreico.
Indicação terapêutica: 
Vitiligo, anemia, astenia, auxiliar no tratamento de problemas hepáticos, tersol.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: common sow-thistle, sowthistle
  • Espanhol: cerrajilla, nilhue caballuno, soncho, kanapaco, chicoria (Paraguai).  

Origem, distribuição:
Originária do norte da África, Ásia Menor e Europa. Naturalizada no Brasil, disseminou-se por regiões de temperatura amena (centro e sul do país), onde vegeta de setembro a março.

Descrição:

Espécie herbácea, anual ou bianual, desenvolve-se espontaneamente em todo o País em locais de cultivo de grandes culturas e áreas hortícolas.

Caule cilíndrico, canaliculado, lactescente, verde e ceríceo, pouco ramificado. Folhas alternadas, limbo das folhas basais altamente recortado, margens onduladas, serreadas ou denteadas irregularmente. Inflorescência terminal em cacho de capítulos. Fruto seco do tipo aquênio, coroado por pelos brancos, longos e sedosos. Propaga-se por meio de sementes.

Uso popular e medicinal:

Serralha e mais 4 outras plantas (Ammi majus, erva-do-bispo; Ammi visnaga, khella, erva-palito; Brosimum gaudichaudii, mama-cadela; Citrus bergamia, bergamota; Dorstenia brasiliensis), são reconhecidas para o tratamento de vitiligo.

Estas plantas apresentam substâncias fotossensibilizantes derivadas dos psoralenos pertencentes à classe de compostos das furanocumarinas, absorvem fortemente energia na radiação ultravioleta e por isso são altamente reativas sob incidência de luz, apresentando assim efeito de repigmentação da pele.

No tratamento do vitiligo o uso tópico ou oral dessas substâncias acompanhado de exposição controlada da radiação UVA (luz solar) é utilizado como forma de induzir a repigmentação.

S. oleraceus é utilizada na medicina popular em várias regiões do Brasil, sendo considerada diurética e empregada contra anemia, astenia e auxiliar no tratamento de problemas hepáticos. O decocto das folhas é antidesintérico e antidiarreico. O seu látex, em uso externo, cura terçóis. Na última década a serralha tem sido usada no combate ao vitiligo, sendo bastante difundida em algumas regiões do país.  Na sua composição destacam-se óleos essenciais, esteroides, resinas, glicídios, fitosterina, taninos, derivados terpênicos, pigmentos flavonoides e sais minerais.

Um trabalho realizou a prospecção fitoquímica dessa espécie com extratos em etanol, água e diclorometano, e testes de toxicidade sobre o microcrustáceo Artemia salina. O extrato aquoso apresentou em sua composição açúcares redutores, compostos fenólicos, taninos, flavonoides e cumarinas. No extrato etanólico foram observados os mesmos compostos qualificados no extrato aquoso, com exceção de cumarinas. Em diclorometano, verificou-se a presença de saponinas, derivados triterpênicos e esteroides. No teste de toxicidade sobre Artemia salina, os dados convergiram para frações de extrato aquoso de 5.117,2 ppm, indicando ser um extrato de baixa toxicidade.

 Culinária:

Consome-se toda a parte aérea de plantas jovens (folha, talo, flor). Flores e botões podem ser feitos à milanesa ou dorê. O caule pode ser feito para conserva (picles) tipo aspargo.

Receita - Serralha cozida no arroz:

Selecione folhas e talos tenros (brotos). Lave e corte fininho, similar a couve. Cozinhe o arroz de forma usual. Quando a água começar a secar, acrescente as folhas picadas. Misture, deixe terminar de cozinhar e secar em fogo baixo. Sirva quente.

A serralha pode também ser refogada, usada para bolinho, cozida com massa ou angu, suflê, omeletes e suco verde. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA ).

RESUMO SOBRE O LIVRO DE RUTE CAPÍTULO 1:

O significado de Rute 1 relata a respeito dos dez anos de adoração em Moabe e a morte de Elimeleque e de seus filhos. Então quando uma fome severa atingiu Israel, um homem de Belém de Judá chamado Elimeleque levou sua esposa Noemi e seus dois filhos, a habitar na terra de Moabe, na esperança de encontrar um meio de vida lá. Mas Elimeleque morreu, e em dez anos seus dois filhos, que se casaram com mulheres moabitas, também morreram (Rute 1:1-5).

A volta para Belém:

Noemi não viu futuro para si mesma em Moabe; assim, ao ouvir que a fome em Israel havia passado, ela decidiu voltar para casa. Suas noras a amavam e decidiram acompanhá-la para aliviar seu fardo (Rute 1:6-10).

Como as noras pensavam em Noemi, ela pensava nelas. As duas não tinham filhos e permaneceriam assim se ficassem com ela, pois ela não tinha outros filhos com quem elas pudessem se casar. (O costume era que, se um homem morresse sem filhos, seu irmão teria uma relação conjugal temporária com a viúva, para que ela pudesse produzir um filho.

Esse filho seria considerado pertencente ao irmão morto e continuaria com seu nome. e herança; ver Deuteronomio 25: 5-10,  Marcos 12:19) Noemi deixou claro que elas não deveriam ter obrigação de ir com ela. Elas eram livres para permanecer com seu próprio povo e começar uma nova vida se casando novamente e tendo suas próprias famílias (Rute 1:11-13).

Então Orfa uma de suas nora aceitou a oferta de Noemi e voltou para sua família em Moabe. A outra, Rute, estava determinado a ir a Israel com Noemi, confiando no Deus de Noemi, custe o que custar (Rute 1:14-18). Embora Noemi tenha sido recebida em casa pelas pessoas da cidade, ficou triste ao pensar em tudo o que havia perdido nos dez anos anteriores (Rute 1:19-22 ) Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

terça-feira, janeiro 31

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL: " PHYSALIS ANGULATA L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Physalis angulata L.
Família: 
Solanaceae
Sinonímia científica: 
Physalis angulata var. ramosissima (Mill.) O.E. Schulz
Partes usadas: 
Toda a planta.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Compostos carotenoides, cumarinas, saponinas, glicosideos flavonoides, princípios amargos, alcaloides, bons teores de vitaminas A e C.
Propriedade terapêutica: 
Anti-inflamatório, imunorregulador, antialérgico, diurético, sudorífero, hepatoprotetor, sedativo, antifebrífugo.
Indicação terapêutica: 
Doenças da bexiga, fígado, baço, intestino, pele, dor de ouvido, doenças hepáticas, icterícia, enxaguatório bucal, acne.

​Nome em outros idiomas:

  • Inglês: angular winter cherry, balloon cherry 
  • Francês: petite tomate du Mexique 

Origem, distribuição
P. angulata é nativa da América tropical. Distribui-se como erva daninha. 

Descrição:
Espécie herbácea anual, ereta, ramificada, desenvolve-se em todo o Brasil vegetando em áreas com lavouras anuais e perenes, hortas e pomares. 

Apresenta caule quadrangular,  folhas alternadas com longo pecíolo, limbo lanceolado ou ovalado, com base levemente assimétrica, e margens irregularmente onduladas ou serreadas. Flores axilares, isoladas, de coloração branca, pedunculadas, cálice com 5 sépalas soldadas e acrescentes durante o desenvolvimento do fruto, corola com 5 pétalas soldadas na base que protegem o androceu com 5 estames de anteras coloridas e o gineceu com ovário globoso.

Fruto carnoso do tipo bacóide, oculto pelo cálice crescido tornando-se paleáceo, com abertura apical na maturação. Propaga-se por sementes.

Planta hospedeira da mosca-branca que transmite o begomovirus ao tomate, pimentão, repolho, melão e abóbora.

Uso popular e medicinal:
Camapu é bastante conhecida por suas propriedades anti-inflamatória, imunorreguladora e antialérgica, amplamente estudas por pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Estas propriedades podem ser relacionadas às fisalinas, substâncias da classe dos fitoesterois encontradas nesta espécie em número de 10 (B a K, sendo a fisalina B a precursora das demais). De forma geral, no gênero Physalis são encontrados compostos carotenoides, cumarinas, saponinas, glicosideos flavonoides e princípios amargos, além de alcaloides como a figrina e bons teores de vitaminas A e C.

Uma obra dedicada a "Fitoterapia da Amazônia" cita dentre seus princípios ativos a fisalina, higrina, tropeína, proteína e vitaminas (A, C). Considerada como tônico, atua nas inflamações do fígado, baço e intestinos. O suco fresco é utilizado na dor de ouvido e o decocto do caule, folhas, raízes e frutos nas doenças hepáticas. O chá da raiz é diurético, sudorífero, contra icterícia, antirreumático, hepatoprotetor e anti-inflamatório. Usam o chá das folhas para a inflamação da bexiga e do fígado. 

Em seu "Tratado das Plantas Medicinais - Mineiras, Nativas e Cultivadas" os pesquisadores  relata o emprego desta espécie nos casos de reumatismo, problema renal, doenças da bexiga e fígado, como sedativo, antifebrífugo, antiemético e nas doenças da pele. Cita que estudos em animais têm mostrado forte atividade imunoestimulante contra diversos tipos de células cancerosas e atividade antiviral e dentre os componentes químicos estão flavonoides, alcaloides e fitoesterois.

Uma análise química dos componentes do óleo essencial  O método de extração foi maceração das flores e decocção da planta inteira. Na extração por maceração, as flores de camapu foram previamente secas e moídas, em seguida colocadas em uma solução de metanol a 75%. Passadas 24 horas, a solução resultante foi filtrada e concentrada em rotoevaporador, resultando rendimento de 6,8% p/p.

Segundo os pesquisadores do experimento, em 2004 foi mostrado que o extrato metanólico das flores de camapu apresenta propriedades bactericidas contra as bactérias do gênero Streptococcus mutans, causadora de cáries dentais. Outros estudos anteriores (2003) apontam que a atividade anti-inflamatória do extrato de camapú pode ser atribuída a uma ação inibitória do mesmo nas rotas de ciclooxigenase e lipoxigenase. Já a propriedade antialérgica pode ser explicada pela inibição da produção de interferons-gama, proteínas da classe das citoquinas produzidas por células-T do organismo e responsáveis pelas reações de hipersensibilização de contato.

Aplicação cosmética. O extrato das flores de camapú pode ser empregado na fabricação de dentifrícios, como creme dental e enxaguatório bucal, graças à sua rápida ação bactericida. Os extratos das demais partes da planta apresentam potencial utilização em produtos voltados para o tratamento de acne, devido ao seu caráter anti-inflamatório comprovado.

 Dosagem indicada: 

Inflamação da bexiga e do fígado. Usam o chá das folhas em dose normal: 20 g do material verde ou 10 g do material seco para cada litro de água. Adultos tomam de 4 a 5 xícaras por dia; adolescentes entre 10 a 15 anos tomam 3 a 4 xícaras ao dia. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ).

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " BROMÉLIA ANTIACANTHA BERTOL. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Bromelia antiacantha Bertol.
Família: 
Bromeliaceae
Sinonímia científica: 
Agallostachys commeliniana (de Vriese) Beer
Partes usadas: 
Fruto, folha.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Flavonoides, taninos, saponinas, flavonas, ácidos hidroxicinâmicos.
Propriedade terapêutica: 
Expectorante, emoliente, anti-helmíntica, antitussígena, purgativo, diurético, vermífugo, abortivo.
Indicação terapêutica: 
Asma, bronquite, tosse, afecções da mucosa bucal, cálculo renal.

Origem, distribuição:
Nativa do Brasil e Uruguai.

Descrição:
Planta herbácea, terrestre, atinge até 2 m de altura, tem caule curto e grosso, emite estolhos também grossos. Ápice folioso e o restante escamado. Folhas numerosas, acuminadas, inteiras, com bordas providas de espinhos rijos (margem espinescente). Filotaxia: alterna, espiralada.

Flores com pétalas alvas e sépalas roxas. Fruto do tipo baga, grande, oval. Polpa comestível de coloração amarelada, ácida. A frutificação ocorre quase o ano todo.

A propagação é vegetativa ou por semente. A espécie é ornitófila (poninizada por aves).

Uso popular e medicinal:
Na medicina popular caraguatá é descrito como anti-helmíntica e antitussígena. É muito comum encontrar nas feiras livres do Brasil o famoso "xarope de caraguatá".

Os frutos são ácidos, purgativos, diuréticos, vermífugos e até abortivos. O sumo tem efeito sobre tecidos decompostos, deixando feridas completamente limpas.

No sul do Brasil, comunidades primitivas ferviam os frutos para tratar a tosse e usavam como emoliente (suaviza, amacia ou tornar a pele mais flexível), tradição que continuou com os colonizadores europeus. Recomenda-se utilizá-los na forma de xarope para os problemas respiratórios, enquanto que as folhas são usadas na forma de chá para bochechos e tratamento de afecções da mucosa bucal ou macerada como antitérmica e anti-helmíntica.

Os frutos são ingeridos tanto in natura ou preparado como remédio contra a tosse, tendo ação expectorante nas infecções respiratórias, recomendados para o tratamento de asma e bronquite.

O xarope extraído também é usado no tratamento de cálculos renais.  

Um trabalho em 2012 avaliou as atividades antifúngica, antibacteriana, citotóxica, moluscicida e antioxidante de extratos alcoólicos das folhas e frutos de B. antiacantha. Os pesquisadores concluiram que a atividade citotóxica frente a A. salina (pequeno crustáceo marinho), embora considerada moderada, foi a que se mostrou mais pronunciada nos experimentos realizados. Ensaios fitoquímicos realizados com os extratos brutos no intuito de verificar a presença de flavonoides, taninos e saponinas, confirmaram a presença dessas substâncias.

Foi relatada a presença de derivados de flavonas e de ácidos hidroxicinâmicos nos frutos desta espécie. Desta forma, a atividade antioxidante observada para os extratos avaliados pode ser atribuída a presença de compostos fenólicos, cuja ação antioxidante é conhecida na literatura. E a atividade citotóxica pode estar eventualmente relacionada à presença de saponinas, segundo os mesmos pesquisadores. 

Outros usos:
Apresenta características alimentícias, ornamentais e industriais. Costuma-se usar como cerca viva e extrair fibras dos frutos maduros para fazer sabão. Os cachos são utilizados em arranjos decorativos em festas e celebrações. Das folhas são extraídas fibras para cordoaria." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ).

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?