Ninguém deseja manter o mau hálito! é uma situação muito  desagradável para quem está perto e para quem infelizmente sofre dessa questão, pois justamente causa repulsa das pessoas ao redor. Mas além de ser uma preocupação para não afastar colegas e provocar comentários indelicados, o mau hálito pode indicar problemas na saúde bucal.

Halitose é uma doença? Não, a Halitose em si, nada mais é do que o termo técnico do hálito desagradável frequente. O mau hálito é considerado um indicativo de que algo no seu organismo sofreu alguma alteração e precisa ser avaliado com cuidado e carinho! Veja abaixo alguns dados sobre a Halitose:

  • 85% dos casos de Halitose resultam de alterações orais.
  • Segundo a Associação Brasileira de Halitose (ABHA), 30% da população brasileira sofre com mau hálito.
  • Idosos têm maior tendência de halitose devido ao maior uso de medicamentos nessa faixa etária, que reduzem o fluxo salivar ou induzem a outras alterações metabólicas. Tambem é possível que alguns idosos não tenham a destreza necessária para realizar a higiene bucal adequadamente. Se este for seu caso, busque orientações com profissionais da saúde e ajuda com cuidadores.
  • É comum pacientes com Halitose tentarem mascarar o mau odor com balas, pastilhas ou sprays. No entanto, se não for averiguada a fundo, a Halitose pode se tornar crônica.

E não é só isso! Apesar de ser uma condição que pode sinalizar outros problemas de saúde, a Halitose possui uma classificação que nos ajudará a entender melhor como ela se manifesta e como podemos cuidar da saúde. Conheça alguns  tipos de Halitose:

Halitose genuína — É quando a Halitose de fato se faz presente, seja por causas naturais (como a nossa resposta fisiológica de mau hálito ao acordar, pois diminui-se a saliva na boca e os microorganismos presentes ali se degradam; ou então quando comemos comidas de odor forte, tipo alho e cebola) ou outros problemas patológicos como gengivite, amigdalite, cáries, periodontite, etc.

Pseudo-halitose ou Halitofobia — Ela não existe na realidade, sendo mais uma sensação do próprio paciente que se reflete em insegurança de estar na presença de outras pessoas e seu suposto mau hálito ser notado.

Sintomas de Halitose:

O sintoma clássico é exatamente o que caracteriza a Halitose: um odor desagradável exalado pelas cavidades nasais e orais, ou seja, tanto pelas narinas quanto — principalmente — pela boca.

Existe a possibilidade de que o paciente em si não note o próprio hálito desagradável, mas pessoas próximas podem indicar tal ocorrência. É importante que isso seja comunicado com delicadeza para não causar constrangimento e abalo na autoestima do paciente. Pense nisso ao abordar a questão para quem você conhece! Não sabemos se essa pessoa está tomando medicamentos que podem influenciar no hálito ou se até mesmo trata-se de uma consequência de problemas psicológicos — afinal, em quadros mais graves de depressão, os pacientes não conseguem manter hábitos de higiene com frequência.

E quais são as causas da Halitose?

O mau hálito pode ter causas diversas, como:

  • Má higiene bucal
  • Doenças dentárias e/ou na cavidade oral
  • Placa bacteriana nos dentes
  • Presença de saburra (placa bacteriana de cor geralmente esbranquiçada, no fundo da língua)
  • Tabagismo e/ou alcoolismo.
  • Ingestão de alimentos com odor forte, como alho e cebola (nesse caso, o mau hálito dura pouco)
  • Uso de medicamentos que favorecem a xerostomia (boca seca ou diminuição do fluxo salivar)
  • Afecções respiratórias  (gripe fortes e sinusite podem causar Halitose porque o muco em excesso acumula bactérias que liberam mau odor, exalado em seguida pela boca e pelo nariz)

Existe mau hálito causado por problemas estomacais?

É comum ouvir sobre mau hálito estomacal, mas são necessários esclarecimentos sobre a relação entre problemas digestivos e a halitose em si. A primeira informação importante é que problemas digestivos e metabólicos não são a principal causa de Halitose.

Quando o paciente possui, por exemplo, refluxo gastroesofagico ou gastrite, o ácido gástrico vai até o esôfago, causando inflamação e liberando odor. Mas esse odor é considerado mais uma reminiscência dos alimentos digeridos do que mau hálito em si e, geralmente, esses odores são liberados em arrotos.

Quem sofre de doenças de origem digestiva também pode estar ingerindo fármacos que influenciam tanto na própria doença (por exemplo, quem toma corticoides pode sofrer de gastrite) quanto no tratamento dela ( gastrite por H pylori é frequentemente tratada com antibióticos, que por sua vez diminui fluxo salivar e favorece halitose).

Em resumo, existem sim odores desagradáveis causados por problemas digestivos, mas é necessária cautela para avaliar o quadro do paciente e propor tratamentos. Ainda há a possibilidade de um paciente ter simultaneamente problemas gastroesofágicos e também não cuidar tão bem da saúde bucal, sofrendo assim de Halitose. De qualquer maneira, existem tratamentos e medidas preventivas para solucionar a questão.

Existem também outros odores exalados pelo hálito que merecem ser investigados, pois mesmo que não sejam parecidos necessariamente com a Halitose, podem indicar outros problemas de saúde importantes. Complicações da diabetes e insuficiência hepática possuem cheiros ligeiramente diferentes do que é característico na Halitose. Sempre que notar odores anômalos no seu hálito, busque avaliação do profissional de saúde. 

Como é feito o diagnóstico de Halitose?

Além de ser notada por terceiros ou pelo próprio paciente, a Halitose pode ser avaliada através de outros testes.

  • Em uma consulta, primeiramente serão questionados os hábitos pessoais como cuidados com a saúde bucal (se o paciente fuma, toma medicamentos ou ingere álcool em excesso) e se existem outros problemas de saúde relatados, pois o mau hálito é mais um indicativo de doenças do que uma doença em si.
  • Depois, tanto a boca quanto as cavidades nasais são avaliadas para buscar sinais de corpos estranhos, sinais de ressecamento da saliva e língua, e problemas na gengiva e dentes.
  • O diagnóstico pode ser complementado através da halimetria e sialometria.

Embora tenha tratamento, não existem especialistas em Halitose. É possível receber encaminhamentos através de clínicos gerais, dentistas e otorrinolaringologistas.

Prevenção e Tratamento de Halitose:

É importante ressaltar que a Halitose não é a doença em si, então é fundamental que sejam averiguados possíveis problemas adjacentes que sejam, enfim, a causa principal desse mau hálito. Mas para nosso alívio, a Halitose é tratável e tem solução. 

Boa higiene bucal — Conforme mencionado anteriormente, a maior parte dos casos de Halitose se deve a alterações na boca, portanto, cuidar melhor da sua saúde bucal é muito importante. Assim, escove os dentes após as refeições, invista no uso de fios dentais e enxaguatórios bucais. Pela manhã, também é possível usar raspadores de língua para tirar a saburra.

Consultas regulares aos dentistas — Além da boa higiene, visitar profissionais periodicamente é importante para acompanhar a sua saúde dental. Assim, fica mais fácil prevenir o desenvolvimento de problemas maiores ou tratá-los, como gengivite, periodontite, estomatite, etc. São condições que favorecem a formação de placas bacterianas, que fermentam e liberam odores desagradáveis. Principalmente quem tem próteses ou restaurações deve-se atentar ao longo do ano para checar a saúde da boca.

Evitar tabagismo e alcoolismo — Pois podem provocar doenças mais graves que a Halitose, embora o mau hálito seja um sinal frequente das consequências do tabagismo e abuso de álcool. Ambos provocam alterações negativas no microbioma bucal e têm a tendência de diminuir o fluxo salivar, contribuindo para a Halitose. Deixar o tabagismo ou o álcool pode ser um processo difícil, então busque apoio de profissionais de saúde.

Ingerir mais água — Hidratar bem o seu corpo só lhe trará benefícios e um deles é a melhora ou a prevenção de Halitose, regulando o fluxo salivar na sua boca. Lembre-se de levar sua garrafa d´água para o trabalho e beber água em casa também!

Checar os medicamentos de uso contínuo — Existem alguns fármacos que podem alterar o fluxo salivar, contribuindo para o surgimento da Halitose. Algumas classes de medicamentos associados ao mau hálito são antidepressivos, anticolinérgicos, anti-histamínicos e, em alguns casos, antibióticos. Se for o caso, avalie com profissionais da saúde de sua confiança alternativas e formas de melhorar a Halitose sem interromper seu tratamento. Não inicie ou suspenda o uso de medicamentos sem orientação do profissional de saúde.

Separamos Aqui Alguns Fitoterápicos para Halitose:

E a natureza tambem pode nos  auxiliar no combate a Halitose? Claro que sim! Opte por usar sempre líquidos, apostando em enxaguatórios bucais e sprays com a certeza de que seu tratamento será um sucesso. Tinturas ou Extratos fluidos também podem te ajudar na forma de bochechos: basta pingar na água, fazer bochecho e engolir. Chás também podem ser utilizados.

Zedoária — É uma planta que se originou na Ásia tropical e vem sendo utilizada há muito tempo pela humanidade na medicina tradicional. É utilizada para problemas gástricos como má digestão, úlcera, gastrite e a Halitose digestiva, ajudando também a combater placas bacterianas na cavidade bucal. 

Sálvia — É considerada uma excelente erva aromática, utilizada como tempero. Também auxilia a saúde, pois possui ação digestiva e adstringente. Deste modo, é usada para combater Halitose porque também combate problemas bucais como gengivites, periodontite e aftas. 

Guaçatonga, Essa é uma opção essencialmente brasileira, utilizada como planta medicinal por povos indígenas no nosso país. Auxilia no tratamento de úlceras, gastrites, aftas e mau hálito. 

Hortelã — Além de seu aroma muito agradável, essa planta tão querida tem ação analgésica e antisséptica. Assim, fica mais fácil cuidar de problemas na cavidade bucal e aproveitar uma fragrância melhor.                                                                              Enxaguatorio Bucal de malva composto ( malva, menta, zedoaria, glândula, sálvia, romã, Equinacea e antevia) Este Enxaguatório combina as ações antimicrobianas, anti-inflamatórias, adstringentes e analgésicas da Malva com outras atividades muito positivas de Menta, Calêndula, Sálvia, Romã, Zedoária e Equinácea. Devido a Stevia, o sabor é mais agradável também. Este enxaguatório diminui inflamações, combate microorganismos e melhora a cicatrização. Tudo isso com grande sensação de frescor e aroma gostoso. 

O Spray Bucal, além de muito prático para manter o hálito agradável no seu cotidiano, também auxilia o tratamento da Halitose. A Menta, o Gengibre e o Própolis combinam atividades anti-inflamatórias, analgésicas e antimicrobianas. Assim, as afecções que favorecem o mau hálito são combatidas ao longo do dia! " NÃO USE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( AS PLANTAS MEDICINAIS REPRESENTAM FATOR DE GRANDE IMPORTÂNCIA PARA A MANUTENÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DAS PESSOAS ).