domingo, maio 19

GABA: O QUE É? QUAL A SUA FUNÇÃO NO ORGANISMO?

Como podemos ver a aceleração do ritmo de vida é uma realidade dos dias atuais. Cada vez mais, temos que lidar com excesso de informação e tentamos, de alguma forma, ser multitarefa. Em todo esse cenário é muito comum que tenhamos dificuldade de nos concentrarmos nas ações do nosso dia a dia. Para isso, o ideal é baixar a agitação e direcionar a energia mental para as questões mais importantes.

O importante é que o próprio cérebro tem ferramentas que podem ajudar a conseguir esse estado. Uma delas é o neurotransmissor Gaba, que é produzido pelo nosso organismo. Ele é reconhecido pela ciência como indutor de relaxamento e facilitador de concentração.

O QUE É GABA?

O ácido gama-aminobutírico, conhecido pela sigla inglesa Gaba (Gamma-AminoButyric Acid), é um neurotransmissor, ou seja, um mensageiro químico que transmite informações de um neurônio para outro, regulando o sistema nervoso. Ele é produzido naturalmente pelo organismo.  

QUAL É A FUNÇÃO DO GABA?

O Gaba é considerado o principal neurotransmissor inibidor no sistema nervoso central dos mamíferos adultos. Ele é liberado por neurônios chamados Gabaérgicos e se conecta a receptores específicos dos outros neurônios. Esses neurônios receptores passam então por uma diminuição na condução neuronal, provocando a inibição do sistema nervoso. Como consequência, a pessoa pode ter sensação de:

Relaxamento;
Concentração;
Sono.

Por outro lado, a baixa liberação de Gaba pode resultar em distúrbios neurológicos e doenças mentais, incluindo epilepsia, ansiedade e insônia.

Por esse motivo, alguns medicamentos de uso controlado têm como função potencializar a ação do Gaba no sistema nervoso. Entre eles estão os benzodiazepínicos, como o clonazepam, e os barbitúricos, como o fenobarbital. Mas essa não é a única forma de impulsionar a ação do Gaba, que pode ser estimulada por alimentos ou suplementos alimentares.

ALIMENTOS QUE ESTIMULAM O GABA:

Existem, no entanto, alimentos que podem estimular naturalmente a ação do Gaba no sistema nervoso, facilitando o relaxamento e a concentração. Um deles é o chá verde, que é muito valorizado no Japão, sendo consumido ao longo do dia e oferecido às visitas.

Ambas as bebidas têm cafeína, porém apenas o chá verde tem em sua composição o aminoácido L-teanina. Segundo estudos, a L-teanina potencializa a ação do Gaba e estimula a produção de serotonina, promovendo sensação de bem-estar e facilitando o foco e a concentração. Normalmente, esse efeito atinge seu pico 50 minutos após a ingestão do chá. 

Outro alimento que potencializa a ação do Gaba é o maracujá (gênero Passiflora), que é popularmente conhecido por sua ação relaxante. Os polifenóis presentes na fruta atuam ativando os receptores do Gaba no sistema nervoso. 

sábado, maio 18

GLUTAMATO MONOSSÓDICO: O QUE É? QUAIS OS SINTOMAS PODE CAUSAR E QUAIS OS BENEFÍCIOS

O glutamato monossódico, conhecido também pelo nome comercial "Ajinomoto", é um composto formado quando se junta o glutamato com o sódio, sendo muito usado pela indústria para intensificar o sabor dos alimentos, como carnes processadas, vegetais enlatados, molho de soja, bolachas e temperos prontos.

Além disso, o glutamato monossódico também é encontrado naturalmente em alguns alimentos, como queijos, tomate, cogumelos, algas marinhas e carnes, oferecendo o sabor umami, um sabor que dura mais tempo na boca, estimula a produção de saliva e promove a sensação de prazer ao comer. 

O glutamato monossódico é considerado seguro pela Anvisa e pelo FDA, o órgão que regulamenta os alimentos nos Estados Unidos. No entanto, acredita-se que o consumo glutamato monossódico pode causar sintomas leves em algumas pessoas, como dor de cabeça, sono, urticária e aumento da pressão arterial.

O GLUTAMATO MONOSSÓDICO PODE CAUSAR SINTOMAS COMO: 

Dor de cabeça e enxaqueca;
Urticária, rinite e asma;
Ganho de peso;
Aumento da pressão arterial;
Sono.

Além disso, acredita-se que o glutamato monossódico também pode causar a síndrome do restaurante chinês, uma doença que pode surgir em pessoas sensíveis ao glutamato monossódico, causando náusea, sudorese, urticária, cansaço, dor de cabeça, entre outros.

No entanto ainda não é possível comprovar a relação do consumo do glutamato monossódico com o surgimento desses sintomas. Isso porque a maioria desses sintomas surgiu em estudos que usaram doses muito elevadas desse aditivo, o que não é possível alcançar através de uma alimentação equilibrada.

POSSÍVEIS BENEFÍCIOS DO GLUTAMATO MONOSSÓDICO:

O glutamato monossódico realça o sabor dos alimentos, ajudando a diminuir a ingestão de sal, o que pode favorecer o controle da pressão arterial. 

O glutamato monossódico também pode ser usado para melhorar a aceitação dos alimentos por idosos. Isso porque o paladar e o olfato estão reduzidos nessa idade, podendo diminuir a vontade de comer e causar a perda de peso. Além de também poder ser benéfico para pessoas com baixa produção de saliva, facilitando a mastigação e a deglutição.

ALIMENTOS RICOS EM GLUTAMATO MONOSSÓDICO:

Leite de vaca;
Leite materno;
Queijo parmesão;
Ovo;
Carne bovina;
Frango;
Salmão;
Amêndoa;
Milho;
Cenoura;
Cebola;
Cogumelo shitake;
Tomate;
Abacate;
Maçã;
Noz.

Além dos alimentos naturais, o glutamato monossódico também está presente em alimentos industrializados, como salgadinhos de pacote, bacon, linguiça, molho de soja, mostarda, molhos prontos para salada, temperos prontos, refeições congeladas e bolachas.

Quantidade recomendada
No Brasil ainda não existe uma quantidade máxima recomendada sobre a ingestão de glutamato monossódico por dia e sobre a adição desse ingrediente adicionado aos alimentos industrializados.

Já na Europa, a quantidade máxima recomendada é de 30 mg / kg de peso corporal de glutamato monossódico por dia. Por isso, uma pessoa com 65 Kg deve consumir o máximo de 1,95 g de glutamato monossódico por dia, por exemplo. Além disso, esse órgão também estipula a adição máxima de 10g de glutamato monossódico por cada kg dos alimentos industrializados.

COMO CONSUMIR DE FORMA SEGURA O GLUTAMATO MONOSSÓDICO: 

Pode ser adicionado em pequenas quantidades em preparações caseiras, sendo importante evitar o consumo juntamente com o sal, para evitar o excesso de sódio nas refeições.

Além disso, é importante evitar o consumo de alimentos industrializados com glutamato monossódico, como temperos prontos, biscoitos e refeições congeladas, pois esses produtos geralmente têm outros ingredientes que são prejudiciais à saúde, como açúcar, gordura saturada e trans.

sexta-feira, maio 17

ACETILCOLINA: HORMÔNIO PRODUZIDO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E PERIFÉRICO


A acetilcolina (ACh) foi o primeiro neurotransmissor descoberto (1921). Produzido no sistema nervoso central e periférico, ele está relacionado diretamente com a regulação da memória, do aprendizado e do sono.

Esse hormônio atua no organismo como um mecanismo mensageiro entre os neurônios (células nervosas). Sendo assim, os maiores efeitos dele recaem sobre os sistemas cardiovascular, muscular, excretor, respiratório e nervoso. 

A acetilcolina também possui funções excitatórias e inibitórias, ou seja, pode facilitar o impulso elétrico em um neurônio ou pode inibi-lo. Em função disso, o funcionamento cerebral pode ser comprometido se houver déficit dele no organismo, causando hiperatividade, déficit de atenção, Mal de Alzheimer, etc. 

DESCOBERTA DA ACELTICOLINA:

A descoberta da acetilcolina foi compartilhada pelo fisiologista inglês Henry Hallett Dale e o farmacêutico alemão Otto Loewi. 

Em 1921, Loewi realizou vários experimentos com sapos. Em um deles, quando estimulava os nervos desses animais, percebeu que eles secretavam duas substâncias: a adrenalina e outra que denominou de Vagusstoffe.

Essa descoberta chamou atenção de Dale, que já havia isolado um composto derivado do ergot e gerava os mesmos efeitos descritos por Loewi. A substância ele nomeou de acetilcolina.

O composto estudado pelos dois cientistas era o mesmo. Em função disso, Loewi e Dale dividiram o Prêmio Nobel de Medicina/Fisiologia no ano de 1936.

SÍNTESE E EFEITOS NO ORGANISMO:

Esse neurotransmissor possui características de um molécula simples, C7H16NO2, com produção concentrada no citoplasma das terminações. Ele é um éster do ácido acético e da colina, cuja a reação é impulsionada pela enzima acetil-transferase (ChAT). 

ACETIL COA + COLINA= ACETILCOLINA:

A colina é movida para o axoplasma do neurônio, por meio dos pontos extraneuronais em um processo de captação de colina de alta e baixa afinidade. Após a síntese da acetilcolina, ela é transportada para as vesículas de armazenamento. 

Cada vesícula possui aproximadamente de 1 mil a mais de 50 mil moléculas de acetilcolina, além de adenosina trifosfato (ATP) e uma proteína denominada de vesiculina.

Ao ser liberada pelos neurônios, a ACh pode unir-se a dois receptores diferentes: 

NICOTINICOS:

São ionotrópicos, ou seja, são canais iônicos de ação direta, que atuam nas sinapses neuronais e neuromusculares.

MUSCARÍNiCO: 

São metabotrópicos, isto, a ação deles é indireta e estão unidos a uma proteína G, a qual atua nas sinapses neuronais. 

A atuação da acetilcolina no organismo gera um processo em cadeia que possibilita a criação de complexo sistema de comunicação. Através dele há um controle das atividades intracelulares e extracelulares. 

ALGUNS EXEMPLOS DE COMO ESSE NEUROTRANSMISSOR PODEM ATUAR:

SISTEMA NERVOSO: 

A acetilcolina exerce um papel muito importante nas funções cognitivas e influencia diretamente no aprendizado, na atenção e na memória. Deste modo, algumas drogas são capazes de bloquear a produção desse neurotransmissor e causar déficits de cognição e até sintomas psicóticos.

SISTEMA RESPIRATÓRIO:

Esse neurotransmissor propicia o fechamento do esfíncter pós-capilar, gerando o enchimento dos capilares sinusoides venosos e extravasamento de líquidos, além disso aumenta o volume da submucosa e vasodilatação.

SISTEMA CARDIOVASCULAR:

Nesse sistema, os efeitos da acetilcolina incluem vasodilatação, diminuição da frequência cardíaca, redução da força de contração cardíaca e queda da condução nervosa nos nodos sinoatrial e atrioventricular.

ALIMENTOS RICOS EM ACETILCOLINA:

A colina, substância geradora da acetilcolina, pode ser encontrada em alimentos como:

Amendoim;
Aveia;
Cogumelos;
Feijão;
Fígado;
Gema de ovo
Leite e soro de leite;
Levedura
Queijos;
Sementes de girassol;
Soja;

IMPORTÂNCIA DO NEUROTRANSMISSOR:

Os neurotransmissores são substâncias produzidas pelos neurônios e através deles é possível enviar mensagens para outras células do organismo. Esses mensageiros químicos influenciam na memória, na cognição, na movimentação e nas sensações.

quinta-feira, maio 16

HISTAMINA: ONDE ENCONTRAR HISTAMINA VAMOS ENTENDER

A histamina é um mensageiro químico gerado principalmente nos mastócitos. Por meio vários receptores, ela medeia respostas celulares, incluindo as:

reações alérgicas e inflamatórias
a secreção de ácido gástrico
a neurotransmissão em algumas regiões do cérebro.
A histamina não possui aplicações clínicas, mas os fármacos que interferem na sua ação (anti-histamínicos ou bloqueadores do receptor da histamina) têm importantes aplicações terapêuticas.

ONDE PODEMOS ENCONTRAR A HISTAMINA?

Ela é encontrada em altas concentrações nos mastócitos e basófilos.

Presente em praticamente todos os tecidos, com quantidades significativas Ex:

Nos pulmões;
Na pele;
Nos vasos sanguíneos;
No trato gastrintestinal;
No cérebro (funcionando como neurotransmissor);
Como componente de venenos;
Nas secreções de picadas de insetos;

SÍNTESE DA HISTAMINA:

1 ) aminoácido histidina à sofre descarboxilação pela histidina-descarboxilase à formando a amina histamina.

2 ) a histamina pode ser armazenada em grânulos ou inativada pela diaminoxidase.

A histidina-descarboxilase está presente nas células de todo o organismo, inclusive nos neurônios, nas células parietais gástricas e nos mastócitos e basófilos.

LIBERAÇÃO DA HISTAMINA:

A histamina é um dos mediadores químicos liberados nos tecidos em resposta aos estímulos para:

Destruição das células (como resultado de frio, de toxinas de organismos, de traumas, de venenos de insetos e aranhas), alergias e anafilaxias (alergia grave).

A AÇÃO DA HISTAMINA AUXILIANDO NA INFLAMAÇÃO:

Liberação de óxido nítrico pelo endotélio vascular causando vasodilatação dos pequenos vasos sanguíneos.

Aumenta a secreção de citocinas pró-inflamatórias em vários tipos de células e em tecidos locais.

Aumento da permeabilidade dos capilares.

A histamina liberada liga-se a vários tipos de receptores (H1, H2, H3 e H4) gerando efeitos como por exemplo. 

RECEPTORES H1:

Vai agir na excreção exócrina aumentando a produção de muco nasal e brônquico, resultando em sintomas respiratórios.

Musculatura lisa brônquica a constrição dos bronquíolos resulta nos sintomas da asma e na redução da capacidade pulmonar.

Terminações nervosas sensoriais por isso causa prurido e dor.

Musculatura lisa intestinal a constrição resulta em cólicas intestinais e diarreia.

RECEPTORES H1 E H2:

Vão agir no sistema cardiovascular reduz a pressão arterial sistêmica, o que reduz a resistência periférica. Provoca cronotropismo positivo (mediado pelos receptores H2) e inotropismo positivo (mediado pelos receptores H1 e H2).

Pele: a dilatação e o aumento na permeabilidade dos capilares resulta no vazamento de proteínas e líquido para os tecidos. Na pele, isso resulta na clássica “tríplice resposta”: edema, rubor devido à vasodilatação local e calor.

RECEPTOR H2:

Também vai agir no estômago  estímulo da secreção gástrica de ácido clorídrico.

QUAIS OS PROCESSOS PATOLÓGICOS DA HISTAMINA?

Rinite alérgica, dermatite atópica , conjuntivite, urticária, broncoconstrição, asma e anafilaxia.

DEFINIÇÃO ANTI-HISTAMINICOS H1:

TIPOS DE BLOQUEADORES DOS RECEPTORES H1:

Alcaftadina, Azelastina, Bepotastina, Bronfeniramina, Cetirizina, Cetotifeno, Ciclizina, Ciproeptadina, Clemastina , Clorfeniramina, Desloratadina, Difenidramina, Dimenidrinato, Doxilamina, Emedastina, Fexofenadina, Hidroxizina, Levocetirizina, Loratadina, Meclizina, Olopatadina, Prometazina.

FUNÇÃO:

Bloqueiam a resposta mediada pelo receptor de histamina no tecido alvo. Além de entrar no sistema nervoso central (SNC), causando sedação.

EFEITOS ADVERSOS:

Podem interagir com outros receptores, produzindo uma variedade de efeitos indesejados.

Existem efeitos adicionais não relacionados com o bloqueio H1, pois devemos lembrar que os antagonistas H1 de primeira geração podem se ligar em outros receptores como os: receptores colinérgicos, adrenérgicos ou serotoninérgicos.

RECEPTORES PERIFÉRICOS PARA H1:

Eles não atravessam a barreira hematencefálica, causando menos depressão do SNC do que os de primeira geração.

QUAIS SÃO OS EFEITOS?

Pelos anti-histamínicos H1 bloquearem a resposta mediada pelo receptor de histamina no tecido alvo, eles são muito mais eficazes em prevenir os sintomas que a histamina provoca do que em revertê-los depois de desencadeados.

CONDIÇÕES DE USO TERAPÊUTICO:

Em condições alérgicas e inflamatórias: os bloqueadores H1 são úteis no tratamento e na prevenção de reações alérgicas causadas por antígenos que agem nos anticorpos imunoglobulina E.

CONTRAINDICAÇÃO:

Não são indicados no tratamento da asma brônquica, pois a histamina é apenas um dos diversos mediadores que são responsáveis por causar reações bronquiais.

CONCLUSÃO:

vimos a importância de entendermos, primeiramente, a fisiologia da histamina para que possamos compreender melhor como os fármacos interferem em sua ação no nosso organismo, portanto se entendermos mais sobre sua síntese, local que age, liberação e mecanismo de ação, podemos ter um melhor raciocínio dos anti-histamínicos H1, principalmente lembrando que os efeitos com o bloqueio do receptor h1 são mais usados justamente para prevenir os sintomas que a histamina provoca no corpo humano. 

segunda-feira, maio 13

PÓLIPOS INTESTINAIS: O QUE SÃO? SINTOMAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Os pólipos no intestino são alterações causadas pelo crescimento anormal da mucosa do cólon e reto.  

É uma condição bastante comum e, geralmente, é benigna. No entanto, em alguns casos, podem crescer e se tornar um risco para a formação do câncer colorretal.  

O QUE SÃO PÓLIPOS NO INTESTINO?

Os pólipos no intestino surgem após um crescimento anormal de tecido que se projeta na parede interna do cólon ou do reto.  Podem variar em tamanho e forma. Geralmente, são benignos (não cancerosos), mas, alguns tipos de pólipos têm o potencial de se tornar câncer ao longo do tempo.   

Por isso, é fundamental que seja realizado monitoramento constante com exames de rastreamento.  

COMO SURGEM OS PÓLIPOS NO INTESTINO? 

As causas do surgimento dos pólipos intestinais não estão totalmente esclarecidas. No entanto, alguns fatores estão associados a esse problema de saúde, Separei alguns .

Predisposição genética; 
Idade avançada;
Inflamação crônica no intestino devido a uma doença; inflamatória intestinal (como a colite ulcerativa ou a doença de Crohn);
Dieta pobre em fibras e rica em gorduras;  
Sedentarismo, tabagismo e consumo de álcool;
Síndromes genéticas, como a polipose adenomatosa familiar;  

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DE  PÓLIPOS INTESTINAIS?   

Na maioria das vezes, os pólipos intestinais são assintomáticos, principalmente se são pequenos. Por esse motivo, muitas pessoas só identificam o problema de saúde em exames de rotina.   

ENTRE OS SINTOMAS DE PÓLIPOS INTESTINAIS PODEMOS INCLUIR: 

Sangramento retal durante ou após a evacuação; 
Constipação, diarreia ou alterações na consistência das fezes;
Dor abdominal;
Anemia, principalmente se há perda significativa de sangue nas fezes;  
Muco nas fezes; 

QUAL A GRAVIDADE DO PÓLIPO INTESTINAL? 

Em geral, os pólipos intestinais não são graves, já que a maioria dos pólipos é benigna (não cancerosa).  Porém, alguns pólipos têm o potencial de se tornarem cancerosos ao longo do tempo. Nesses casos, podem representar um risco para a saúde, se não forem tratados adequadamente.   

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?

O diagnóstico de pólipos no intestino envolve uma combinação de avaliação médica, exames de rastreamento e procedimentos endoscópicos.   

Entre os exames que podem ser solicitados, estão:   

Colonoscopia: este exame de rastreamento, um tubo flexível com uma câmera na extremidade é inserido no cólon para visualizar a mucosa intestinal. Se forem encontrados pólipos, pode ser preciso removê-los durante o procedimento.
Sigmoidoscopia: é um exame semelhante a colonoscopia, mas visualiza a parte inferior do cólon. 
Exame de fezes: pesquisa de sangue oculto nas fezes. 
Exames de imagens, como Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética são indicados para obter imagens detalhadas do cólon e identificar a presença de pólipos. 
Biópsia, ou seja, ocorre a coleta de uma pequena amostra de tecido para análise laboratorial para determinar se o pólipo é benigno ou canceroso.  

QUAL É O TRATAMENTO PARA PÓLIPO INTESTINAL?

O tratamento dos pólipos intestinais inclui a remoção dos pólipos (polipectomia), principalmente durante a colonoscopia. Isso previne que eles se tornem malignos e reduz o risco de câncer colorretal.   

Em casos mais raros, quando há pólipos grandes ou muitos pólipos, pode ser necessária uma cirurgia para remover uma parte do cólon.  

Geralmente, após a remoção dos pólipos, o médico realiza um acompanhamento regular e solicita algumas colonoscopias de acompanhamento. O objetivo é verificar se novos pólipos se desenvolveram.  

quinta-feira, maio 9

ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SANGUE

O sangue é um tecido líquido formado por diferentes tipos de células suspensas no plasma. Ele circula por todo nosso corpo, através das veias e artérias.

As veias levam o sangue dos órgãos e tecidos para o coração, enquanto as artérias levam o sangue do coração para os órgãos e tecidos.

Já as células, recebem sangue através de vasos sanguíneos de menor porte denominados de arteríolas, vénulas e capilares.

Em um adulto circulam, em média, seis litros de sangue.

FUNÇÃO DO SANGUE:

Uma das funções básicas do sangue é o transporte de substâncias, das quais destacam-se:

Levar oxigênio e nutrientes para as células;
Retirar dos tecidos as sobras das atividades celulares (como gás carbônico produzido na respiração celular);
Conduzir hormônios pelo organismo.
O sangue desempenha um importante papel de defender o corpo das ações de agentes nocivos.

O sangue parece um líquido homogêneo, no entanto, com a observação por microscópio pode-se verificar que ele é heterogêneo, sendo composto por glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas e plasma.

PLASMA:

O plasma, corresponde até 60% do volume do sangue, é a parte líquida onde ficam suspensos os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. A quantidade de cada componente pode variar conforme o sexo e idade da pessoa.


Algumas doenças, como a anemia, também podem causar modificações nos valores normais dos componentes do sangue.

HEMÁCIAS NO INTERIOR DE UMA ARTÉRIA:

Os glóbulos vermelhos, também chamado de hemácias, são células em maior quantidade nos humanos. Possuem a forma de um disco côncavo de ambos os lados e não possuem núcleo.

Eles são produzidos pela medula óssea, ricos em hemoglobina, uma proteína cujo pigmento vermelho dá a cor característica ao sangue. Ela tem a propriedade de transportar o oxigênio, desempenhando papel fundamental na respiração.

GLÓBULOS BRANCOS:

Os glóbulos brancos, também chamados de leucócitos são produzidos na medula óssea. São células de defesa do organismo que pertencem ao sistema imunológico.

Eles destroem os agentes estranhos, como bactérias, vírus e as substâncias tóxicas que atacam nosso organismo e causam infecções ou outras doenças. Além disso, também possuem papel importante na coagulação do sangue.

No sangue há diversos tipos de leucócitos com diferentes formatos, tamanhos e formas de núcleo: neutrófilos, monócitos, basófilos, eosinófilos e linfócitos.

Os leucócitos são maiores que as hemácias, porém, a quantidade deles no sangue é bem menor. Quando o organismo é atacado por agentes estranhos, o número de leucócitos aumenta significativamente.

PLAQUETAS:

As plaquetas são fragmentos celulares sem núcleo
As plaquetas, também chamadas de trombócitos, não são células, mas fragmentos celulares. A sua principal função está relacionada ao processo de coagulação sanguínea.

Quando há um ferimento, com rompimento de vasos sanguíneos, as plaquetas aderem às áreas lesadas e produzem uma rede de fios extremamente finos que impedem a passagem das hemácias e retém o sangue.

As plaquetas estão presentes em cada gota de sangue e seu número é de aproximadamente 150.000 a 400.000 plaquetas por milímetro cúbico em condições normais de saúde.

PLASMA:

O plasma é a parte líquida do sangue
O plasma é um líquido de cor amarela e corresponde a mais da metade do volume do sangue.

Ele é constituído por grande quantidade de água, mais de 90%, onde encontram-se dissolvidos os nutrientes (glicose, lipídios, aminoácidos, proteínas, sais minerais e vitaminas), o gás oxigênio e hormônios, e os resíduos produzidos pelas células, como gás carbônico e outras substâncias que devem ser eliminadas do corpo.

TIPOS SANGUÍNEOS:

Os tipos sanguíneos são sistemas de classificação do sangue. Eles foram descobertos no início de século XX pelo médico Karl Landsteiner.

Para a espécie humana, os tipos sanguíneos mais importantes são o Sistema ABO e o Fator Rh.

No Sistema ABO, por exemplo, há quatro tipos sanguíneo: A, B, AB e O. Os tipos possíveis de doação compatíveis são:

Tipo A: recebe de A e O e doa para A e AB
Tipo B: recebe de B e O e doa para B e AB
Tipo AB: recebe de A,B, AB e O e doa para AB
Tipo O: recebe de O e doa para A,B,AB e O
Enquanto isso, o Fator Rh funciona independentemente do Sistema ABO, e relaciona-se com a produção de um antígeno localizado na membrana plasmática das hemácias. 

sábado, maio 4

HIPOMANIA: CAUSAS, SINTOMAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

A hipomania trata-se de um estado de euforia passageira, sendo uma das principais características do transtorno bipolar, onde se prevalece a depressão. Embora parecidos, a hipomania e a mania possuem características diversas, que precisam ser analisadas em específico, para a pessoa ter o diagnóstico e tratamento adequados.  

Precisamos entender que as causas e sintomas da hipomania se apresenta em inúmeras formas. Por isso, é muito importante aprendermos mais sobre os seus detalhes, para entender se estamos passando por este problema ou também  podemos ajudar alguém. 

O QUE É HIPOMANIA:

A hipomania pode ser caracterizada como uma mania mais leve, de forma a afetar em menor escala a vida da pessoa, tendo em vista que seus sintomas são de menor intensidade. A pessoa está com uma energia inesgotável, com sensação de bem-estar excessiva, quando também são característicos problemas para dormir e aumento da libido. 

Porém, ela deve ser analisada com atenção especial, pois é uma das características do transtorno bipolar, com prevalência à depressão. Neste caso, principalmente, quando acontece oscilação entre episódios de hipomania e depressão, onde é reconhecido como bipolaridade secundária ou também chamada de Tipo 2. 

A hipomania é uma condição caracterizada por humor, pensamentos e comportamentos anormalmente eufóricos. Durante um episódio de hipomania, uma pessoa pode apresentar alegria, animação, irritação ou extravagância incomuns.  

Além disso, outros sinais podem incluir inquietação, falar muito, distração, diminuição no tempo necessário de nosso e, por fim, foco intenso em uma atividade específica. 

QUAL A DIFERENÇA ENTRE HIPOMANIA E MANIA?

A mania é descrita como uma euforia intensa que se manifesta por sintomas como agitação, irritabilidade, delírios, alucinações e gentileza exagerada. Já a hipomania é um quadro leve da mania, com menor impacto na vida do paciente e, geralmente, mais fácil de controlar.  

Assim, no caso de hipomania, a pessoa apresenta-se mais irritada, impaciente, agressiva e falante do que o normal, mas ainda tem disposição para realizar tarefas diárias. Nesse caso vale destacar que o transtorno bipolar é caracterizado pela oscilação entre crises de mania ou hipomania e episódios depressivos. 

Devemos entender que ao se alternarem episódios maníacos e depressivos, a doença é denominada transtorno bipolar primário ou tipo 1. Ao passo que quando há oscilação entre hipomania e depressão, trata-se de transtorno bipolar secundário ou tipo 2. 

QUAIS SÃO AS CAUSAS DA HIPOMANIA:

Primeiramente, a hipomania tem como uma de suas principais causas o desenvolvimento do transtorno bipolar. Entretanto, ela poderá advir de outros causas, separei algumas. 

depressão; 
estresse intenso; 
efeito colateral de medicamento; 
privação de sono; 
uso de drogas ou álcool; 
predisposição genética; 
fatores bioquímicos no cérebro. 

Hipomania e transtorno bipolar 
Quando uma pessoa com transtorno bipolar vivencia um episódio de hipomania, ela pode experimentar sentimentos de felicidade, energia e vivacidade por vários dias. Porém, na sequência, a mesma pessoa tende a se sentir deprimida e, até mesmo, envergonhada com suas atitudes durante o episódio de hipomania. 

Pode acontecer, inclusive, da pessoa, durante o período de hipomania, assumir responsabilidades que não conseguirá assumir ou até se esquecerem do compromisso firmado. Além disso, após dias de hiperatividade e sono insuficiente, as pessoas que sofrem com crises de hipomania, resultantes de transtorno bipolar, podem se sentir extremamente cansadas e letárgicas. 

Sobremaneira, é fundamental para quem sofre de transtorno bipolar compreender quais são seus gatilhos que desencadeiam as crises de hipomania. Como, por exemplo, ser o uso de substâncias, a falta de sono ou o estresse. Pois, se uma hipomania tiver início, o indivíduo pode usar estratégias de enfrentamento que serão eficazes para diminuir alguns dos sintomas. 

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINTOMAS DO HIPOMANIACO?

Precisamos entender que a hipomania é considerada um transtorno menos intenso do que a mania. Assim, seus sintomas incluem altos níveis de energia, ansiedade, inquietação e impulso descontrolado, mas são percebidos em níveis menores que os presentes na mania. 

É importante entender que os episódios hipomaníacos costumam durar apenas alguns dias ou semanas. Porém, ainda que a pessoa consiga lidar com esse distúrbio, é recomendável que se procure um profissional de saúde para reduzir os efeitos nocivos em sua vida pessoal e profissional. Afinal, a hipomania, assim como a mania, pode ser prejudicial à saúde mental e induzir a tomada de decisões perigosas. 

O mais importante é enfatizar que não existe uma relação direta entre hipomania e transtorno bipolar. Assim, nos casos suspeitos, a recomendação é buscar uma consulta psiquiátrica para que seja possível realizar um diagnóstico correto e, consequentemente, iniciar o tratamento o mais rápido possível. 

Contudo, dentre os principais sintomas da hipomania, podemos destacar os seguintes: 

autoestima elevada, porém, sem episódios delirantes; 
diminuição na necessidade de sono; 
falta de concentração; 
prática de atividades específicas, mais objetivas e direcionadas; 
agitação psicomotora; 
se envolver em atividades arriscadas, que podem trazer consequências negativas graves.

O que muitas vezes acontece é a hipomania passar despercebida, sendo confundida com o aumento saudável no humor. Algumas pessoas podem acreditar que estes sintomas fazem parte da sua personalidade, quando, na verdade eles não são normais. 

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA HIPOMANIA?

Para se diagnosticar hipomania, é necessário que ocorra uma combinação de sintomas e características específicas. Dentre elas, se destaca o humor animado de forma extrema, que se torna anormal, expansivo e, até mesmo, irritável. Sendo que para ser caracterizada o distúrbio, deve esse estado permanecer por, ao menos, quatro dias. 

Nesse sentido, o que se destaca na hipomania é a falta de alteração desse humor elevado, que se destoa significativamente do humor visto comumente nas pessoas. Ainda, importante que, durante a realização do diagnóstico – lembrando, que deve ser feito por um profissional especializado em saúde mental -, se verifique a diferença entre a hipomania e a mania. 

PRINCIPAIS TRATAMENTOS PARA HIPOMANIA: 

No geral, os tratamentos para distúrbios da mente envolvem, principalmente, o nível da doença e também o comprometimento do paciente para aceitá-la e buscar ajuda necessária. Assim, para hipômano, importante evitar a negação e procurar ajuda de profissionais especializados na saúde mental.  

Os tratamentos para hipomania são voltando, em sua maioria, para diminuição dos seus episódios, para redução dos conflitos que estes causam. Assim, dentre os mais recomendados, está o tratamento através de sessões de terapia, onde o paciente terá ajuda aprender a lidar com as crises e, até mesmo, eliminá-las.  

Entretanto, nos casos mais graves, é recomendado o tratamento multidisciplinar, procurando ajuda também de um médico psiquiatra. Que, então, possivelmente receitará o uso de medicamentos, como ansiolíticos e antidepressivos.  

CONCLUSÃO:

Portanto, é importante entender que a hipomania pode afetar significativamente o bem-estar e qualidade de vida da pessoa, principalmente advêm do transtorno de personalidade. Sendo assim, o tratamento com profissionais especializados na saúde mental é primordial para que, assim, o indivíduo entenda sua doença e aprenda como enfrentá-la. 

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