No Seminário 11, Jacques Lacan aborda aqueles que são, para o psicanalista francês, os quatro conceitos fundamentais da psicanálise: inconsciente, transferência, pulsão e repetição (todos abordados anteriormente por Sigmund Freud).
Esses quatro conceitos aparecem, muitas vezes, ao lado de dois elementos que não podem ser deixados de lado pelo psicanalista: o significante (palavras que carregam significados específicos, perceptíveis a partir de contextos próprios do analisado) e objeto a (causa primária do desejo).
O inconsciente, elemento-chave no campo psicanalítico, forma a maior parte do aparelho psíquico e reúne tudo o que não lembramos (mas que continua a existir), além dos principais determinantes da personalidade, como a energia psíquica e as pulsões.
A transferência, embora recorrente na relação entre analisado e analista, é universal e se dá no momento em que depositamos algo de maneira inconsciente (desde uma expectativa irreal até uma raiva “sem sentido”) em outra pessoa.
Já a pulsão é a energia psíquica que nos leva a tentar entender o que desejamos e o que está acontecendo em nosso inconsciente. Por fim, a repetição é o que fazemos ou dizemos inúmeras vezes (muitas delas, sem nos darmos conta) como uma forma de evitar ou esconder aquilo que nos traz angústia.
Esses quatro elementos, abordados de maneira bastante resumida aqui, estão presentes em todas as sessões da análise – assim como os significantes e o objeto a – e devem receber atenção dos analistas para construir um atendimento de qualidade e eficiente no que se propõe.