quarta-feira, fevereiro 7

ESTROBOLOMA: O QUE É? COMO FUNCIONA?

Podemos saber que não é mais novidade dizer que a microbiota intestinal, composta pelos milhares de bactérias e fungos que habitam essa região, impacta o funcionamento de órgãos e sistemas ao longo de todo o corpo. Mas, isso não faz com que os achados desses impactos em si deixem de ser surpreendentes. E um desses achados, que pode fazer toda a diferença na sua conduta nutricional ao cuidar de mulheres, diz respeito ao estroboloma.

Quando falamos de microbioma nos referimos a todos os genes dos microrganismos que formam uma determinada microbiota intestinal, responsáveis pela codificação de enzimas que atuam em diferentes vias metabólicas. Dentro desse conjunto, está o estroboloma: aqueles genes que, quando expressos, possuem função de metabolização do estrogênio – o que significa dizer que a microbiota de uma mulher é um importante mediador da quantidade de estradiol circulante.

VAMOS ENTENDER COMO FUNCIONA O ESTROBOLOMA:

No ambiente hepático, acontece o processo de detoxificação que funciona como uma limpeza das possíveis toxinas presentes no sangue. A fase 2 desse processo, consiste em conjugar endo e xenobióticos à moléculas como o ácido glucurônico, que serão capazes de inativá-los, ao passo que também facilita a sua excreção pelas fezes ou urina. Ao pensar nas substâncias que passam por esse processo, é possível que venham à sua mente diferentes formas de poluentes ambientais, aditivos alimentares, drogas (farmacêuticas ou não), metais pesados e outros. Mas o estrogênio circulante no sangue também passa por esse metabolismo no fígado.

QUANDO A MICRÓBIOTA ESTÁ  SADIA, A SAÚDE MENTAL ESTÁ EM DIA:

O curioso é que apenas 10% do estrogênio que passa por conjugação hepática acaba sendo efetivamente eliminado, e a explicação está justamente no intestino: alguns microrganismos presentes na microbiota são capazes de secretar enzimas chamadas β-glucuronidase ou β-glucosidase, responsáveis por desconjugar o hormônio sexual feminino estrogênio, resultando na volta à sua forma ativa, que é capaz de circular livremente pela corrente sanguínea e se ligar aos receptores de estrogênio presentes em diferentes tipos celulares nos órgãos diversos. Bactérias do gênero Firmicutes e Bacteroidetes, são as que apresentam maior número de genes capazes de expressar essas enzimas.

MAIORES NÍVEIS DE ESTROGÊNIO CIRCULANTE- É UM FATOR DE RISCO OU PROTEÇÃO?

O excesso de estrogênio parece ser um importante fator de risco para o surgimento e progressão de patologias denominadas “estrogênio dependentes”, que vão desde a endometriose até diferentes tipos de câncer receptores hormonais positivos, como alguns tipos de tumores de mama, endométrio e de ovários. O estradiol é a forma mais ativa de estrogênio, mas a estrona é outra forma desse hormônio que também pode sofrer ação dessas enzimas microbianas e ter seus níveis circulantes “aumentados” pela presença de microrganismos que carregam o gene para expressão da β-glucuronidase ou β-glucosidase – e essa forma hormonal também é capaz de estimular as vias associadas à progressão dessas condições.

Porém, existem contextos em que um aumento dos níveis circulantes principalmente de estradiol é considerado um fator de proteção, como na menopausa. Durante essa fase da vida, a mulher sofre com a redução dos hormônios sexuais femininos, e esse declínio, especialmente do estradiol, está na origem da maioria dos sintomas experienciados. Nesse sentido, uma modulação da microbiota favorecendo o crescimento de espécies produtoras de β-glucuronidase poderia ser considerada uma janela de oportunidade para melhorar os níveis circulantes de estrogênio e todos os seus efeitos nos diferentes sistemas fisiológicos.

Contudo, essa abordagem deve ser considerada com cautela: como citado anteriormente, o excesso de estradiol é considerado um fator de risco para o desenvolvimento de tumores hormônio responsivos, logo, uma análise criteriosa e detalhada dos fatores de risco individuais, incluindo histórico familiar, padrão alimentar, consumo de álcool, uso de medicamentos e estado nutricional é fundamental antes do estabelecimento de qualquer estratégia que vise o aumento do estradiol em mulheres que passam pela menopausa.                
DESAFIO: " JOGA FORA O SAL REFINADO E PASSA A USAR O SAL GROSSO BATIDO NO LIQUIDIFICADOR ".

HISTÓLOGIA DO TECIDO ÓSSEO:

O tecido ósseo é o componente principal do esqueleto e seu principal objetivo é fornecer suporte para os tecidos moles adjacentes e proteger órgãos vitais, através da caixa craniana, caixa torácica e canal medular. 

O TECIDO ÓSSEO TAMBÉM TEM ESSSA FUNÇÃO:

De alojar e proteger a medula óssea, responsável pela gênese de todas as células sanguíneas
Proporciona apoio aos músculos esqueléticos, transformando suas contrações em movimentos úteis; 
Constitui um sistema de alavancas que amplia as forças originadas na contração muscular. 

Além dessas funções, os ossos funcionam como depósito de cálcio, fosfato e outros íons, armazenando-os e liberando-os de maneira controlada para manter constante a sua concentração nos plasma. São capazes de absorver toxinas e metais pesados, minimizando, assim, seus efeitos adversos em outros tecidos.

Trata-se de um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e por material extracelular calcificado, a matriz óssea. 

CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO:

As células do tecido ósseo pertencem a duas linhagens distintas e equilibradas. 

As células da linhagem osteoblástica, são formadas pelos osteoblastos e osteócitos, que são derivadas de células osteoprogenitoras de origem mesenquimal; 

As células da linhagem osteoclástica são os osteoclastos, originados de monócitos produzidos na medula hematopoética.

OSTEÓCITOS:

Os osteócitos são células achatadas encontradas no interior da matriz óssea e ocupam espaços denominados lacunas. Cada lacuna contém apenas um osteócito e delas partem vários canalículos que permite contato com osteócitos adjacentes por meio de junções comunicantes, por onde podem passar pequenas moléculas e íons de um para o outro. 

Não existe difusão de substâncias através da matriz calcificada do osso, pois esta é impermeável. Por esse motivo, a nutrição dos osteócitos depende dos canalículos que existem na matriz, em cujo interior circulam substâncias que possibilitam as trocas de moléculas, íons e gases entre os capilares sanguíneos e os osteócitos. 

OSTEOBLASTOS:

São células que sempre estão nas superfícies ósseas, lado a lado, enfileiradas em um arranjo que lembra um epitélio simples, mas não o seja. Quando em intensa atividade sintética, os osteoblastos são cuboides, com citoplasma muito basófilo. Em contrapartida, em estado pouco ativo, tornam-se achatados, e a sua basofilia citoplasmática é pouco intensa. 

Os osteoblastos são as células que sintetizam a parte orgânica da matriz óssea (colágeno tipo I, proteoglicanos e glicoproteínas) e fatores que influenciam a função de outras células ósseas. Tem capacidade de concentrar fosfato de cálcio e participa da mineralização da matriz. 

Após sintetizar matriz extracelular, o osteoblasto fica aprisionado na matriz orgânica recém-sintetizada que o circunda e passa a ser chamado de osteócito.

A matriz, então, deposita-se ao redor do corpo da célula e de seus prolongamentos e passa por deposição de cálcio, formando as lacunas que contêm os osteócitos e os canalículos. A matriz óssea recém-formada, adjacente aos osteoblastos ativos e ainda não calcificada, recebe o nome de osteoide.

OSTEOCLASTO:

Os osteoclastos convivem com os osteoblastos e osteócitos, mas pertencem a uma linhagem celular bastante diferente, sendo derivados de monócitos que, no interior do tecido ósseo, fundem-se para formar os osteoclastos multinucleados.

São células móveis, de tamanho muito grande e multinucleadas, responsáveis pela reabsorção do tecido ósseo. Carregam citoplasma de aspecto granuloso (algumas vezes contendo vacúolos), fracamente basófilo nos osteoclastos jovens e muito acidófilo nos maduros.

Ficam localizados na superfície do tecido ósseo ou em túneis no interior das peças ósseas. Nas áreas de reabsorção são encontrados, frequentemente, ocupando pequenas depressões da matriz escavadas pela atividade dessas células e conhecidas como lacunas de Howship, ou seja, área de recente reabsorção óssea.

A histologia de uma trabécula óssea revestida por tecido mesenquial, com evidência aos componentes do tecido, como osteócitos no interior do osso envolvidos por matriz óssea; osteoblastos na superfície óssea, dispostos como se fossem um epitélio, com células cúbicas ou achatadas; osteoclasto, célula grande e multinucleada situada na superfície do osso. 

FISIOLOGIA OSTEOCLÁSTICA:

A superfície ativa dos osteoclastos mantém-se direcionada à superfície óssea e apresenta inúmeros prolongamentos irregulares com formato de folhas ou pregas que se ramificam e se inserem. Em torno dessa área com prolongamentos há uma região de citoplasma, a zona clara, que é pobre em organelas, mas contém muitos filamentos de actina.

Este é um local de adesão do osteoclasto à matriz óssea e cria um microambiente fechado entre a superfície ativa da célula e a superfície óssea, no qual ocorre a reabsorção. 

Para este processo reabsortivo, os osteoclastos secretam ácido para o interior desse microambiente sob a forma de íons de hidrogênio (H+), além de colagenase e outras hidrolases (enzimas degradadoras de tecido) que atuam localmente, tanto digerindo a matriz orgânica como dissolvendo os cristais de sais de cálcio. 

A atividade dos osteoclastos é coordenada por citocinas (pequenas proteínas sinalizadoras que atuam localmente) e por hormônios, como a calcitonina, produzida pela glândula tireoide, e o paratormônio, secretado pelas glândulas paratireoides. Algumas dessas ações não são diretas sobre os osteoclastos, mas são desencadeadas e mediadas por meio de osteócitos.

Enzimas contidas nos lisossomos originados no complexo de Golgi são exocitadas para o microambiente fechado pela zona clara, onde atuam confinadas do restante do tecido. Íons H+ também produzidos pelo osteoclasto são transferidos para o mesmo microambiente, acidificando-o. O pH ácido promove a dissolução dos minerais da matriz e fornece o ambiente ideal para a ação das enzimas hidrolíticas dos lisossomos. Assim, a matriz é removida e capturada pelo citoplasma dos osteoclastos, onde possivelmente a digestão continua, sendo seus produtos transferidos para o exterior do osteoclasto.

MATRIZ ÓSSEA:

A matriz óssea é constituída de uma parte orgânica e de uma parte inorgânica. Cerca de 95% da parte orgânica da matriz é formada por fibras colágenas constituídas principalmente por colágeno do tipo I, e o restante, por proteoglicanos e glicoproteínas. 

Dentre as glicoproteínas e sialoproteínas, destacam-se a osteonectina, que parece ser importante para o mecanismo de calcificação da matriz, e a osteopontina. Além disso, vários fatores de crescimento fazem parte da matriz orgânica.

A parte inorgânica representa cerca de 50% do peso da matriz óssea. Os íons mais encontrados são o fosfato e o cálcio. Há também bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato em pequenas quantidades. Após a remoção do cálcio, os ossos mantêm sua forma intacta e tornam-se tão flexíveis quanto os tendões.

Por outro lado, a destruição da parte orgânica, que é principalmente colágeno, pode ser realizada por incineração e também deixa o osso com sua forma intacta, porém tão quebradiço que dificilmente pode ser manipulado sem se partir. 

Não existe ainda uma explicação totalmente aceita para o mecanismo de calcificação ou mineralização. Sabe-se que a calcificação começa pela deposição de sais de cálcio sobre as fibrilas colágenas, um processo que parece ser induzido por proteoglicanos e glicoproteínas da matriz.

A deposição dos sais de cálcio é também influenciada pela concentração desses minerais em vesículas que brotam do citoplasma dos osteoblastos e são expelidas para a matriz. Além disso, existe ainda a possível participação da enzima fosfatase alcalina, sintetizada pelos osteoblastos.

PERIÓSTEO E ENDÓSTEO:

A superfície externa e interna dos ossos é recoberta por uma camada composta de tecido conjuntivo e de células osteogênicas, constituindo, respectivamente, o periósteo e o endósteo.

A camada mais externa do periósteo contém principalmente fibras colágenas e fibroblastos. Possui destaque as fibras de Sharpey, que são feixes de fibras colágenas do periósteo que penetram o tecido ósseo e prendem firmemente o periósteo ao osso.

A camada interna do periósteo, justaposta ao tecido ósseo, é mais celularizada e apresenta células osteoprogenitoras, morfologicamente semelhantes aos fibroblastos. Essas células se multiplicam por mitose e se diferenciam em osteoblastos, desempenhando papel importante no crescimento dos ossos.

Já o endósteo reveste as superfícies internas do osso e geralmente é constituído por uma delgada camada de células osteogênicas achatadas, que revestem as cavidades do osso esponjoso, por exemplo. 

Além de fornecer novos osteoblastos para o crescimento, remodelação e recuperação do osso após traumas mecânicos, o endósteo e, principalmente, o periósteo são importantes para a nutrição do tecido ósseo em função da existência de vasos sanguíneos em seu interior.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE ÓSSO ESPONJOSO E ÓSSO COMPACTO?

Ao observar uma peça óssea serrada é possível verificar, do ponto anatômico, que sua superfície é formada por tecido ósseo sem cavidades visíveis, o osso compacto, e, interiormente, por uma parte com muitas cavidades intercomunicantes, o osso esponjoso.

Essa classificação é principalmente macroscópica e não histológica, pois os componentes do osso compacto e os tabiques que separam as cavidades do osso esponjoso têm a mesma estrutura histológica básica. 

ÓSSOS LONGOS:                        

Neles as extremidades (ou epífises) são formadas por osso esponjoso revestido por uma delgada camada superficial de osso compacto. A diáfise (parte cilíndrica) é quase totalmente formada por osso compacto, com pequena quantidade de osso esponjoso na sua superfície interna, delimitando o canal medular. Nos ossos longos, o osso compacto é chamado também de osso cortical.
Ossos chatos: são aqueles que constituem a abóbada craniana e neles, existem duas camadas de osso compacto, as tábuas interna e externa, separadas por osso esponjoso que, nessa localização, recebe o nome de díploe. 

As cavidades do osso esponjoso e o canal medular da diáfise dos ossos longos são ocupados pela medula óssea. No recém-nascido, tem cor vermelha, devido à sua grande quantidade de sangue, e é ativa na produção de células do sangue (medula óssea hematógena). Pouco a pouco, com a idade, vai sendo infiltrada por tecido adiposo, com diminuição da atividade hematógena, transformando-se na medula óssea amarela.

Sendo assim, estes termos referem-se apenas ao aspecto visual que o tecido ósseo adquire a depender do local em que se encontre, uma vez que mantém as mesmas características histológicas. 

TECIDO ÓSSEO LAMENTAR E NÃO-LAMENTAR:

Do ponto de vista histológico, existem dois tipos de tecido ósseo: o imaturo, primário ou não lamelar; e o maduro, secundário ou lamelar. 

Ambos contêm os mesmos tipos celulares, e os constituintes da matriz são muito semelhantes. O tecido primário é sempre o primeiro a ser formado, tanto no desenvolvimento embrionário como na reparação das fraturas. É um tecido temporário e substituído por tecido secundário. 

No tecido ósseo não-lamelar, as fibras colágenas se dispõem irregularmente, sem orientação definida, enquanto, no tecido ósseo secundário ou lamelar, essas fibras se organizam em lamelas, que se arranjam em uma disposição muito ordenada.

Além disso, no adulto é muito pouco encontrado, persistindo apenas próximo às suturas dos ossos do crânio, nos alvéolos dentários e em alguns pontos de inserção de tendões.                        
DESAFIO: " JOGA FORA O SAL REFINADO E PASSA A USAR O SAL GROSSO BATIDO NO LIQUIDIFICADOR ".

terça-feira, fevereiro 6

CALPROTECTINA: O QUE É? PARA QUE SERVE? QUAL O SIGNIFICADO DO RESULTADO?

A calprotectina é uma proteína liberada pelos neutrófilos, que são um tipo de glóbulos brancos, que se deslocam até o trato gastrointestinal quando há inflamação, liberando essa proteína, que passa a ser encontrada em altas concentrações nas fezes.

O exame de calprotectina, também conhecido como calprotectina fecal, é normalmente solicitado com o objetivo de fazer o diagnóstico de doenças inflamatórias intestinais e/ou avaliar se o tratamento para essas doenças está sendo eficaz. Assim, exame é indicado quando a pessoa apresenta sinais e sintomas indicativos de doenças intestinais, como sangue nas fezes, cólica abdominal, febre e perda de peso, por exemplo.

Esse exame é feito a partir da análise de uma amostra de fezes e deve ser complementado por outros exames de sangue, como dosagem de proteína C reativa e hemograma, e de imagem, como a colonoscopia ou sigmoidoscopia, por exemplo, que é indicada quando a pessoa apresenta alterações indicativas de alterações intestinais.


PARA QUE SERVE?

O exame de calprotectina fecal serve para realizar o diagnóstico de doenças inflamatórias intestinais e acompanhar a resposta ao tratamento. Isso acontece porque na presença de inflamações no intestino, os neutrófilos, que são células do sangue responsáveis pela defesa do organismo, se deslocam até o trato gastrointestinal e promovem a liberação de calprotectina, o que resulta em altas concentrações dessa proteína nas fezes.

Dessa forma, esse é exame é principalmente indicado para realizar o diagnóstico da retocolite ulcerativa e doença de Crohn, sendo também útil no diagnóstico diferencial para a Síndrome do Intestino Irritável, em que as pessoas com essa alteração apresentam níveis normais e calprotectina.

QUANDO É INDICADO?

O exame de calprotectina é indicado principalmente quando a pessoa apresenta sinais ou sintomas possivelmente indicativos de alterações intestinais, como:

Presença de sangue e/ou muco nas fezes;
Fezes líquidas, no caso de diarreia;
Dor e cólica abdominal;
Febre;
Perda de peso;
Perda de apetite;
Náusea e vômito, em alguns casos;
Dor ao defecar;
Fissura anal;
Prisão de ventre, em alguns casos.
Assim, na presença desses sinais e sintomas, é importante que o gastroenterologista seja consultado, pois dessa forma é possível que seja indicada a realização de exames que avaliem a saúde do sistema gastrointestinal, incluindo o exame de calprotectina fecal, ajudando a identificar a causa dos sintomas e a iniciar o tratamento mais adequado.

Entenda melhor quais as doenças que podem causar inflamação do intestino e seus sintomas.

COMO É FEITO O EXAME?

O exame de calprotectina é feito a partir de uma amostra de fezes, que deve ser coletada e levada ao laboratório para análise. É importante que sejam seguidas as recomendações do laboratório para realizar a coleta das fezes, sendo recomendado evacuar em uma folha de papel ou num penico e, depois, recolher uma amostra e colocar dentro do frasco para a análise.

Outra opção para coletar as fezes, é evacuar em um saco plástico esterilizado específico para a coleta das fezes, que deve ser devidamente posicionado no vaso para evitar a contaminação. Esse tipo de coleta é útil principalmente para as pessoas que possuem mobilidade reduzida ou que possuem as fezes muito líquidas.

Para fazer esse exame, não é necessário preparo e nem a realização de jejum.

O QUE SIGNIFICA O RESULTADO?

Os valores do exames de calprotectina podem variar de acordo com o laboratório em que é realizado, já que o método e teste realizados podem variar. No entanto, de forma geral, o resultado do exame de calprotectina fecal é:

Normal: até 50 mg/kg;
Indeterminado ou sugestivo de doença inflamatória intestinal: entre 50 mg/kg e 200 mg/kg;
Positivo ou indicativo de alteração intestinal: acima de 200 mg/kg.
Assim, de acordo com os níveis de calprotectina nas fezes, o profissional de saúde consegue identificar alterações intestinais e, dessa forma, indicar exames complementares e/ ou iniciar o tratamento mais adequado.

Quando a calprotectina é utilizada para monitorar o tratamento para alterações intestinais, o recomendado é que a sua concentração diminua ao longo do tempo, o que é indicativo de que o tratamento está sendo eficaz.                             
DESAFIO: " JOGA FORA O SAL REFINADO E PASSA A USAR O SAL GROSSO BATIDO NO LIQUIDIFICADOR ".

segunda-feira, fevereiro 5

O QUE É SAÚDE QUÂNTICA?

A humanidade caminha a passos largos em evoluções  significativas que impactam  a vida de todos nós. As perguntas existenciais, em meio ao acesso amplo às tecnologias, permanecem movimentando pesquisas e intervenções. Segundo Einstein: “só podemos encontrar respostas para as perguntas que escolhemos formular”.

A muitos questionamentos sobre o fluxo da vida, nossa origem e como acessar novas formas de apoiar as pessoas nas transformações desejadas. A concepção do ser humano como energia e informação, que está para além da visão de que somos matéria, se apresentou como um diferencial que amplia o sentir, o pensar e o viver.

Uma pergunta veio determinar a busca de novos conceitos e possibilidades de trabalhar com o processo saúde/doença. O que existe hoje, em algum lugar do mundo, que pode ajudar as pessoas na construção de sua saúde e qualidade de vida? Interrogação que  se desdobra em tantas outras. Existe tecnologia capaz de dar suporte para a compreensão e intervenção, considerando o ser humano de maneira integrada? A palavra tecnologia ganhou um sentido amplo e inspirador.

Estamos em total integração com o mundo e com o universo.  O corpo bioenergético e a compreensão do processo saúde/doença  localizados em nível celular, onde ondas quânticas nos fornecem o “manual” de funcionamento propicia a abertura para a constante investigação e atuação, pois são inseparáveis.

A medicina convencional contribuiu, substancialmente, para um mundo melhor. Na virada do século XX a microbiologia revolucionou a medicina e a física está trazendo uma nova revolução. Coloco aqui minha intenção de vida:   Apoiar o maior número de pessoas para que possam acessar seus caminhos mais diretos para a saúde e bem estar de forma natural e solidária.  Para isso, faz-se necessário a  construção de práticas integradoras, holísticas e conscientes.

Corpo, mente, energia, células, ondas, partículas, elétrons… pensaram em uma vasta rede de relações interligadas. O olhar para o passado foi deixando a noção de corpo como máquina que separa mente/ corpo. A noção da psicossomática foi se distanciando para dar lugar a constatação de que sintomas e doenças tem suas determinações primeiro devido às distorções e bloqueios energéticos e de informações subjacentes ao corpo bioenergético.

A compreensão da consciência como campo quântico que transmite energia e informação recoloca velhas e novas questões relativas à saúde e bem estar. A  consideração  do ambiente como determinante nas interações informacionais e energéticas, pois se somos formados por partículas, as menores partículas que compõem todo o universo! Ondas que se manifestam por partículas?! Dependendo da informação enviada! A surpresa se apresenta e o insight vem para dar sentido a experiência vivida.

Quem somos nós?

A concepção da Saúde Quântica estuda, avalia e realiza intervenções no corpo bioenergético. Os processos energéticos corpo e mente são indissociáveis e por isso quando trabalhamos o físico suas correspondências emocionais são ativadas. E quando trabalhamos as emoções, a mente e o corpo recebem informações para processar mudanças biofísicas.

A perspectiva da Saúde Quântica é a de que precisamos validar uma Nova Cultura em Saúde, visto que a cultura atual possui como foco as doenças e a supressão dos sintomas, mantendo intactas as suas causas. Para isso, é necessário compreender que vivemos num universo em que tudo é energia, que possui uma qualidade vibracional associada à sua  frequência. Um alimento com agrotóxico, por exemplo, está em desequilíbrio em termos de energia e frequência, por possuir substâncias tóxicas prejudiciais ao nosso organismo. O mesmo acontece com os produtos industrializados que possuem substâncias químicas como conservantes e corantes, entre outros.

Da mesma forma, a qualidade do que pensamos e de como processamos as nossas emoções também possuem uma qualidade de energia e de frequência, de modo que quando estamos emanando vibrações de raiva, inveja, medo, tristeza e ressentimento, também estamos comprometendo o nosso corpo e mente, pois essas vibrações também provocam desarmonia no funcionamento dos nossos órgãos e debilitam o nosso sistema imunológico. Tendo como referência a perspectiva da Saúde Quântica, imagine como seria bom ser atendido por um profissional de saúde que, ao invés de passar um mesmo medicamento para 300 pessoas com sintomas de depressão ou enxaqueca, procurasse investigar o estilo de vida dessas pessoas bem como as suas histórias pessoais, buscando orientar o indivíduo no sentido de considerar as causas que fizeram com que o corpo se fragilizasse, expressando os sintomas das enfermidades.

A perspectiva do olhar para o ser humano integral, em todas as dimensões, é a base do modelo quântico de saúde, o qual é coerente com conhecimentos ancestrais oriundos da Medicina Ayurvédica, Chinesa e Tibetana. No mundo contemporâneo, a Medicina Antroposófica, e a Homeopática também seguem esses princípios, dentro dos quais a doença passa a ser uma oportunidade do ser humano se melhorar e, de preferência, buscar meios naturais e não invasivos de cura, de modo a não agredir o seu corpo com medicamentos que, na grande maioria dos casos, possuem inúmeros efeitos colaterais prejudiciais.

Com exceção das emergências médicas, as práticas terapêuticas não invasivas, aliadas à mudança de estilo de vida e hábitos alimentares, buscam respeitar a inteligência inata do corpo e a sua capacidade de se auto curar quando colaboramos com ele.

O conceito de Saúde Quântica e Qualidade de Vida, hoje conta com a presença de cientistas, médicos, terapeutas e pesquisadores inovadores de várias partes do mundo, com trabalhos notáveis que apontam para um novo paradigma em saúde. A contribuição da física moderna, da neurociência e da epigenética, entre outras áreas da ciência contemporânea, traz a consistência científica necessária capaz de apresentar à humanidade um modelo de saúde capaz de contemplar o ser humano em todas as suas dimensões.

Saúde quântica é uma possibilidade para transformar a vida.                                                      
DESAFIO: " JOGA FORA O SAL REFINADO E PASSA A USAR O SAL GROSSO BATIDO NO LIQUIDIFICADOR ".

domingo, fevereiro 4

HOMOCISTEINA ELEVADA PODE SE ASSOCIAR A BAIXA MASSA MUSCULAR EM ADULTOS:

homocisteína massa muscular:

Em adultos, a perda da massa muscular esquelética está relacionada ao sedentarismo, a alterações hormonais e a doenças crônicas. Suas consequências incluem um maior risco de quedas, fraturas, incapacidades, e até mesmo mortalidade.

Uma pesquisa recente chamou atenção para o aumento da homocisteína plasmática como um possível marcardor desta condição. 

Investigando a associação entre homocisteína e massa muscular:

O objetivo da pesquisa foi investigar a associação de hiper-homocisteinemia com baixa massa muscular esquelética em adultos sem doenças cardiovasculares.

Para isso, foi realizado um estudo transversal com 114.583 adultos coreanos assintomáticos, submetidos a medições de homocisteína plasmática e análise de composição corporal.

A hiper-homocisteinemia foi definida como níveis de homocisteína no sangue iguais ou superiores a 15 μmol/L. Já em relação à massa muscular esquelética, os participantes foram classificados em três grupos: “normal”, “levemente baixo” e “severamente baixo”.

Além disso, os indivíduos foram classificados conforme as seguintes variáveis: idade, sexo, tabagismo, ingestão de álcool, atividade física e hemoglobina glicada (HbA1c).

Hiper-homocisteinemia e sua relação com a saúde:

A homocisteína é um aminoácido sanguíneo que, devido a defeitos genéticos ou nutricionais, pode ter seu metabolismo alterado, relacionando-se a ocorrência de doenças. Nesse estado, a síntese de homocisteína é maior que sua eliminação, provocando a disfunção endotelial de células musculares lisas.

No estudo, a prevalência de hiper-homocisteinemia foi maior em indivíduos com massa muscular severamente baixa (12,9%), seguido por aqueles com massa muscular levemente baixa (9,8%) e aqueles com massa muscular normal (8,5%).

Além disso, a associação da homocisteína elevada com a massa muscular reduzida foi maior nos seguintes subgrupos:

Idosos (≥60 anos)
Sexo feminino
Fumantes e com alta ingestão de álcool
Baixo nível de atividade física
HbA1c aumentada
A associação foi comprovada
A partir dos resultados demonstrados, os pesquisadores  concluíram que, de fato, o aumento do nível plasmático de homocisteína pode servir como fator de predisposição ao declínio da massa muscular.

Portanto, o risco de baixa massa muscular, como na condição de sarcopenia, pode ser reduzido através da redução da homocisteína. Neste contexto, mais estudos são necessários para avaliar os benefícios terapêuticos desta redução.           
DESAFIO: " JOGA FORA O SAL REFINADO E PASSA A USAR O SAL GROSSO BATIDO NO LIQUIDIFICADOR ".

sábado, fevereiro 3

LEAKY GUT: O QUE É? COMO PODE SER TRATADA?

Mais do que absorver nutrientes e eliminar toxinas, o intestino está ligado a diversos outros órgãos e processos do organismo. Ele também age, por exemplo, na produção de neurotransmissores e hormônios (que influenciam no bem estar e também no ganho ou perda de peso) e no controle do sistema imunológico e das inflamações pelo corpo.

Por isso, qualquer desequilíbrio no intestino deve ser evitado, sob risco de afetar a saúde geral. Entre as doenças que merecem atenção está a leaky gut (síndrome do intestino permeável), que é quando a barreira intestinal não exerce sua função como deveria e permite a passagem de substâncias indevidas. Esse quadro gera um desequilíbrio no organismo como um todo e pode se manifestar através de alergias,fadiga crônica e diabetes, por exemplo.

A boa notícia é que é possível fortalecer a mucosa intestinal através da boa escolha dos  alimentos e incluindo suplementos específicos na dieta. 

O QUE É LEAKY GUT?

O termo em inglês “leaky gut” está ganhando a atenção crescente, mas a abordagem científica sobre a síndrome do intestino permeável é algo novo. O que já se sabe é que a leaky gut tem início no excesso de substâncias nocivas ao intestino, como resíduos de agrotóxicos nos alimentos e substâncias liberadas pelo excesso de estresse no organismo, entre outras.

Essas substâncias podem ultrapassar a barreira intestinal e provocar uma resposta inflamatória intestinal. Com o tempo, esse mecanismo inflamatório pode atacar as células da mucosa intestinal e romper suas junções das células epiteliais, gerando a síndrome do intestino permeável.

EFEITOS DA LEAKY GUT:

Todos nós temos algum grau de permeabilidade no intestino, já que essa barreira não é completamente impenetrável. E nem deveria ser, pois é por ali que absorvemos os nutrientes dos alimentos. Mas, com a junção das células intestinais prejudicada, acaba ocorrendo a passagem para a corrente sanguínea de alérgenos (substâncias que podem induzir uma reação alérgica) e imunocomplexos (que se depositam em partes do corpo e causam inflamação localizada e lesões dos tecidos), além de micro-organismos.

Hoje já se sabe que a leaky gut está ligada a doenças em diversos órgãos:

No intestino: síndrome do intestino irritável, doença de Crohn e intolerância ao glúten;

No cérebro: depressão, ansiedade, déficit de atenção, hiperatividade, síndrome da fadiga crônica;

Na pele: eczema e psoríase;
Também há ligações entre a síndrome do intestino permeável e doenças autoimunes, como lúpus, diabetes tipo 1 e esclerose múltipla, além de outras doenças ligadas ao sistema imunológico, como artrite reumatóide, asma, fibromialgia, artrite e alergias em geral.

SINTOMAS DA LEAKY GUT:

Antes que essas doenças se manifestem, podem surgir sintomas menos intensos, mas que também costumam ser ligados à síndrome do intestino permeável. Separei algumas:

Acne (espinhas)
Rosácea
Constipação (prisão de ventre)
Diarréia
Gripes frequentes
Sensibilidade alimentar
Em todos os casos, é importante destacar que o diagnóstico da leaky gut não pode ser feito com base em apenas um sintoma, devendo sempre ser confirmado por um profissional de saúde. 

O QUE CAUSA LEAKY GUT:

Pesquisas apontam que o estilo de vida moderno pode ser uma das principais causas da síndrome do intestino irritável. O excesso de estresse, por exemplo, contribui para o desequilíbrio da flora intestinal e estimula processos inflamatórios no órgão. A dieta ocidental padrão, pobre em fibras e rica em açúcar e gorduras trans e saturadas, também pode iniciar esse processo. Além disso, o uso excessivo de álcool tende a sobrecarregar órgãos como o fígado, que libera substâncias tóxicas que afetam o intestino, gerando um desequilíbrio e o aumento da inflamação

Outros fatores de risco para a leaky gut são:

Proliferação do fungo cândida
Ingestão de alimentos com resíduos de agrotóxicos
Ingestão de alimentos com corantes, saborizantes e adoçantes artificiais
Excesso de medicamentos
Excesso de alimentos pró inflamatórios

COMO TRATAR A LEAKY GUT:

Não há tratamento medicamentoso estabelecido para a cura da síndrome do intestino permeável. Por isso, o foco deve se manter na eliminação de fatores que possam causar ou ampliar a leaky gut. 

Selecione melhor seus alimentos Invista em fontes de alimentos naturais, ricos em antioxidantes e elevado teor antiinflamatório, como peixes e sementes ricos em ômega 3, vegetais e frutas. Evite produtos que utilizem versões artificiais de corantes, saborizantes, adoçantes ou conservantes. Teste a reação do seu organismo aos alimentos potencialmente alergênicos, como derivados de leite, produtos com trigo, crustáceos e amendoim. O bom é que todas essas informações estão na própria embalagem dos alimentos. 

Dedique atenção à sua alimentação, Em tempos de tantos estímulos, é preciso direcionar a atenção para o momento da nossa alimentação. Isso garante uma melhor mastigação, que é a primeira etapa na digestão dos alimentos. 

Controle seus níveis de estresse Apesar de ser uma reação natural do organismo, o estresse pode se tornar prejudicial se não for administrado. Entre as ferramentas mais utilizadas para isso estão o sono de qualidade e a prática de exercícios físicos. É possível também baixar os níveis de estresse através do contato com a natureza.                                  
DESAFIO: " JOGA FORA O SAL REFINADO E PASSA A USAR SAL GROSSO BATIDO NO LIQUIDIFICADOR"

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?