sábado, julho 2

DEUS É BOM E A SUA BENIGNIDADE DURA PARA SEMPRE; TEXTO ( SALMO 89 )

Deus é bom! É comum ouvir essa expressão quando alguém reconhece que recebeu alguma coisa boa na vida, ou foi livrada de alguma tragédia. Quando tudo vai bem na vida, as palavras “graças a Deus” deslizam sobre os nossos lábios. Mas, em tempos difíceis e cheios de angústia, é mais fácil sentir dó de nós mesmos e perguntar “por quê, Senhor?”

Deus é bom somente quando a nossa vida é boa, ou continua sendo bom mesmo quando nos deixa sofrer?

O Salmo 89 pergunta sobre o sofrimento do povo de Deus, desejando um fim para sua angústia, mas somente depois de oferecer louvor por sua eterna bondade. Etã, o autor do Salmo, compreendeu que Deus é bom, sempre, independente da circunstância das pessoas.

Esse Salmo obviamente trata da circunstância do povo de Judá depois da queda de Jerusalém à Babilônia (que aconteceu em 586 a.C.). Se o autor for o mesmo Etã citado em 1 Crônicas 15:17 e 19, o salmo seria profético. Se for outro homem do mesmo nome, pode ser que escreveu do contexto do cativeiro na Babilônia. Em qualquer dos casos, o Salmo oferece um excelente equilíbrio entre louvor e súplica.

O salmista deixa clara, desde a primeira linha do hino, sua lealdade total ao Senhor. O questionamento que vem depois não pode ser visto como falta de fé, pois esse adorador compreende bem sua posição diante do eterno Criador do céu e da terra. Ele inicia com estas palavras: “Cantarei para sempre as tuas misericórdias, ó SENHOR; os meus lábios proclamarão a todas as gerações a tua fidelidade. Pois disse eu: a benignidade está fundada para sempre” (versos 1 e 2).

Aproximadamente 70% desse Salmo relata a fidelidade de Deus na sua aliança com a casa de Davi, o segundo rei de Israel. Quando Deus rejeitou Saul por sua rebeldia, ele escolheu o caçula da família de Jessé para ser seu sucessor. Alguns anos depois, ele prometeu estabelecer o reino do descendente de Davi para sempre (2 Samuel 7:12-16). Etã fala dessa aliança eterna com Davi, uma promessa feita pelo incomparável Deus. O estudo daquela promessa esclarece o sentido desse Salmo, pois várias expressões encontradas nele vêm diretamente daquela promessa.

A aliança com a dinastia de Davi se estendeu, em um sentido, à nação. Se Deus estava protegendo o rei e sua posição, evidentemente agia como protetor de Israel: “Pois ao SENHOR pertence o nosso escudo, e ao Santo de Israel, o nosso rei” (verso 18).

Mesmo conhecendo a promessa a Davi ou, melhor, porque ele conheceu essa promessa, o autor não tinha dificuldade em entender os motivos do castigo da nação. Como relatado nos registros da história de Judá no Antigo Testamento, alguns dos descendentes de Davi foram rebeldes contra Deus. A promessa falou de castigo, mas não de rejeição total, no caso de desobediência (versos 30-37; 2 Samuel 7:14-15).

Em termos de reis terrestres em Jerusalém, a dinastia acabou quando a Babilônia foi usada por Deus para castigar Judá. Da perspectiva de Etã, pareceu que Deus havia quebrado a sua aliança: “Tu, porém, o repudiaste e o rejeitaste; e te indignaste com o teu ungido. Aborreceste a aliança com o teu servo; profanaste-lhe a coroa, arrojando-a para a terra. Arrasaste os seus muros todos; reduziste a ruínas as suas fortificações” (versos 38 a 40). Apesar dessa circunstância do povo, o salmista não perdeu sua confiança na promessa de Deus. Ele pergunta “Até quando?” e pede para Deus mostrar sua bondade para com o povo, mas não questiona a soberania nem a justiça do Senhor (versos 46 a 51).

A fé de Etã foi corretamente fundada na bondade e fidelidade de Deus. Séculos depois, o apóstolo Pedro explicou que as promessas não se referiam ao trono terrestre de Davi e seus descendentes, e sim ao trono celestial do descendente mais importante: Jesus Cristo (Atos 2:29-36). Quando Jesus venceu a morte e subiu para assumir seu lugar no céu, Deus cumpriu sua promessa. O descendente de Davi reina para sempre. 

sexta-feira, julho 1

SAIBA A DIFERENÇA ENTRE FITOTERÁPICOS E PLANTAS MEDICINAIS:

A utilização de plantas medicinais é uma prática milenar com benefícios reconhecidos pela medicina tradicional, um saber popular transmitido através das gerações. No entanto, esse conhecimento sobre remédios encontrados diretamente na natureza é cada vez mais incorporado pela medicina científica.

Os pacientes são os principais beneficiados, uma vez que contam com mais opções terapêuticas e a possibilidade de tratamentos naturais, se a condição assim lhes permitir. A depender do problema, é possível reduzir ou substituir o uso de fármacos com efeitos secundários adversos ou potenciais causadores de dependência.

A Fitoterapia é o segmento que estuda as propriedades medicinais das plantas, a sua manipulação e como elas podem ser integradas em uma abordagem terapêutica. Dentro dessa especialização, estão incluídas tanto a forma natural dos vegetais como os fitoterápicos.

Apesar desse tipo de medicamento e das plantas medicinais possuírem semelhanças, não devem ser tratados como sinônimos. Para entender melhor as diferenças entre esses elementos, continue lendo o estudo. 

Ao se falar em tratamentos naturais, a ideia é que o termo plantas medicinais resume todas as possibilidades, algo que não corresponde à verdade. Planta medicinal refere-se à utilização do vegetal ou de partes dele sem qualquer processo de industrialização. O responsável por seu efeito terapêutico chama-se princípio ativo.

A utilização mais comum das plantas é para a preparação de chás. Confeccionadas por meio da infusão ou da decocção, essas bebidas podem ser ingeridas ou, ainda, usadas para a preparação de compressas. Também é possível fazer xaropes, solução para gargarejo ou, ainda, pastas caseiras.

Já os fitoterápicos são medicamentos produzidos a partir das partes das plantas medicinais que contêm o princípio ativo responsável pelo alívio dos sintomas. A fórmula pode ser composta por outras substâncias de origem vegetal, como óleos ou extratos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( ANVISA )é responsável por regulamentar a fabricação e comercialização dos fitoterápicos que, como qualquer outro medicamento, devem oferecer garantia de qualidade, ter ação terapêutica comprovada e composição padronizada. 

O processo de produção é acompanhado e controlado de forma que cada componente seja combinado nas quantidades corretas a fim de se obter o alívio desejado e evitar efeitos tóxicos. Esse controle de qualidade afasta a possibilidade de contaminação por fungos e metais pesados, uma situação comum com as plantas medicinais.

Portanto, diante dessas informações, podemos apontar que a principal diferença entre as plantas medicinais e os fitoterápicos é que um é matéria-prima do outro. Para além disso, enquanto os vegetais são utilizados sem qualquer processamento, os medicamentos passam por uma transformação industrial.

As plantas medicinais e os medicamentos fitoterápicos oferecem alternativas de tratamento em relação aos medicamentos alopáticos. No caso dos anti-inflamatórios, por exemplo, a utilização prolongada dessas substâncias pode comprometer a mucosa gástrica e o sistema intestinal.

O organismo também se torna cada vez mais acostumado ao medicamento. É por isso que pacientes que sofrem de dores crônicas se queixam que os fármacos que utilizam com frequência vão “perdendo o efeito”, havendo a necessidade de dosagens maiores.

A evolução das abordagens terapêuticas permite que métodos tradicionais sejam combinados com outros mais naturais, reduzindo-se o impacto do uso excessivo de medicação. Massagens com determinados tipos de óleos essenciais, considerados fitoterápicos, possuem um elevado efeito analgésico.

Plantas como a unha de gato (Uncaria tomentosa) podem ser integradas no tratamento de um paciente com dores articulares O mesmo acontece com a cúrcuma (Curcuma longa), encontrada em forma de extrato e que possui reconhecidas propriedades anti-inflamatórias. Existem, ainda, à disposição, tinturas, pomadas e cremes.

No caso dos chás, entretanto, é importante lembrar que mesmo as versões industrializadas não são necessariamente fitoterápicas. Chás de camomila, hortelã e erva-doce, facilmente encontrados nas prateleiras do supermercado, podem ajudar no relaxamento e no alívio de dores de estômago, por exemplo, mas não pertencem a essa classe de medicamentos.

Nesse contexto, enquadram-se apenas como alimentos, pois o processo de fabricação de um fitoterápico é mais complexo e completo. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 80% da população de países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, fazem uso de tratamentos naturais, sendo que, destes, 85% recorrem às plantas medicinais. 

Considerando essa realidade, a utilização tanto de vegetais como de medicamentos fitoterápicos passou a ser acompanhada de perto por autoridades sanitárias e de saúde. Uma das principais preocupações em relação a tais produtos é a possibilidade de intoxicação, uma vez que é possível confundir espécies e errar na dosagem.

Em 2006, o Decreto 5.813 instituiu a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) com diretrizes para a comercialização e o uso mais seguro dessas alternativas. Isso significa que a utilização delas é estimulada desde que provenientes de fontes idôneas e acompanhada por um profissional de saúde.

No caso da utilização de plantas, é fundamental ter a certeza da sua origem e de que não houve possibilidade de contaminação. Além disso, convém verificar as contraindicações. Normalmente, crianças, grávidas e pacientes com determinadas condições possuem mais restrições.

Vale lembrar, ainda, que os fitoterápicos, apesar de submetidos a um padrão de produção seguro, que elimina hipóteses de propagação de microorganismos, por exemplo, são medicamentos e devem ser prescritos por um profissional de saúde. 

O acompanhamento de um profissional garante uma indicação adequada para cada caso, considerando doenças preexistentes, medicamentos alopáticos de uso habitual, dosagem e tempo de uso. Um tratamento mais natural e seguro é possível com orientação. 

UMA COISA É PEDIR ÃO SENHOR; TEXTO: ( SALMO 27 )

Diante das ameaças dos seus inimigos, Davi demonstrou confiança inabalável no Senhor. A circunstância da composição do Salmo 27 não é identificada, mas obviamente o segundo rei de Israel havia sido liberto de várias ameaças e ainda enfrentava a possibilidade de outras. Suas experiências foram suficientes para criar em Davi a plena confiança em Deus.

Davi inicia o Salmo com uma tripla declaração de quem é o Senhor para ele: sua luz, sua salvação, e a fortaleza da sua vida (verso 1). Essa confiança em Deus para guiar, salvar e proteger deixa o salmista sem motivo de temer seus inimigos. Seus adversários caem e ele permanece (versos 2 e 3).

Davi revela seus desejos mais íntimos quando fala sobre seu relacionamento com Deus. O foco da sua vida é bem descrito nas palavras do verso 4: “Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo”.

A construção do templo em Jerusalém foi realizada depois da morte de Davi, fato que nos ajuda a entender a ênfase espiritual do seu pedido. A casa ou templo do Senhor foi muito mais do que um edifício feito por homens. Davi desejava a comunhão constante de Deus, o relacionamento espiritual representado durante alguns séculos pelo templo edificado por Salomão. A linguagem de Davi prevê o ensinamento de Jesus, pois o Senhor tirou a atenção do lugar físico e focalizou o relacionamento espiritual. Respondendo a uma pergunta sobre a importância do templo em Jerusalém, Jesus disse que aquele local perderia seu significado, porque todos devem adorar a Deus em espírito e em verdade (João 4:19-24). A verdadeira habitação de Deus não é um edifício feito de pedras, e sim o coração do seguidor fiel: “Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (João 14:23).

O tabernáculo de Deus seria o refúgio, o lugar seguro, que permitiria tranquilidade na vida de Davi, apesar das ameaças dos seus inimigos (versos 5 e 6). É a mesma confiança que Paulo ensinou aos cristãos: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8:31). Mas o santuário não foi apenas um lugar de refúgio, de benefício para Davi, e sim um ambiente de adoração ao Senhor.

Davi aplicou na sua própria vida a instrução geral que Deus dá aos homens. A mensagem que ele ouviu de Deus estava no plural: “Buscai a minha presença”, mas Davi entendeu a aplicação particular: “...buscarei, pois, SENHOR, a tua presença” (verso 8). Quando ouvimos ensinamento da palavra de Deus, sempre devemos pensar primeiro na aplicação em nossa própria vida.

Sabendo que seu predecessor foi rejeitado por Deus por causa da sua desobediência (1 Samuel 15:23), Davi se mostrou ciente do risco de se desviar e perder sua comunhão com Deus: “Não me escondas, SENHOR, a tua face, não rejeites com ira o teu servo; tu és o meu auxílio, não me recuses, nem me desampares, ó Deus da minha salvação” (verso 9). Davi entendeu que Deus era mais confiável e fiel do que seus próprios pais, mas não se esqueceu da importância da sua própria fidelidade para continuar na proteção divina (versos 10 a 12).

Davi encerra esse hino com uma afirmação e uma orientação. Ele declara sua fé na salvação que Deus oferece: “Eu creio que verei a bondade do SENHOR na terra dos viventes” (verso 13). O salmista deseja, sobretudo, que seus leitores, outros servos de Deus que cantariam esse hino de louvor, tenham a mesma confiança: “Espera pelo SENHOR, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo SENHOR” (verso 14). Quando sentimos vulneráveis, ansiosos e desesperados, devemos lembrar as palavras de Davi. Paulo frisou o mesmo princípio e ofereceu a mesma confiança quando escreveu aos cristãos de Filipos: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4:6-7). Que demonstremos a fidelidade e a fé de Davi.

quinta-feira, junho 30

TERAPIA ORTOMOLECULAR COMO FUNCIONA? QUAIS SUAS VANTAGENS?

TERAPIA NUTRICIONAL O QUE SIGNIFICA? COMO FUNCIONA?

Perda de peso involuntária e diminuição da massa muscular são algumas das complicações causadas por uma série de doenças Para que um indivíduo se recupere bem e se previna desses problemas é muito importante a utilização da terapia nutricional.

Essa é uma das maneiras de garantir que o paciente continue se alimentando adequadamente, com todos os nutrientes necessários para a manutenção do seu bem-estar.

Para que você entenda melhor sobre o que é a terapia nutricional, desenvolvemos este post explicativo com informações importantes sobre o assunto. Interessado em saber mais sobre esse tópico.

O QUE É A TERAPIA NUTRICIONAL E COMO FUNCIONA?

A terapia nutricional é a reunião de métodos terapêuticos utilizados para manter ou recuperar o estado nutricional do paciente. Ela tem capacidade de agir em pessoas com trauma, infecções, doenças em geral ou que acabaram de passar por um procedimento cirúrgico.

Seu principal objetivo é melhorar a situação nutricional do indivíduo, cuidando e evitando sua nutrição precária. Ela mantém os níveis de proteína no plasma sanguíneo e alimenta o tecido corporal, de modo a impedir a deficiência dos macro e micronutrientes.

A nutrição pode ser aplicada tanto por via oral, por meio de suplementos nutricionais, ou por um tubo alimentar, método denominado como Nutrição Enteral ou, quando o paciente não consegue ingerir pelo trato digestivo, o suporte alimentar pode ser introduzido por meio de um cateter intravenoso, colocado diretamente nas veias, forma essa chamada de Nutrição Parenteral.

A seleção do tipo de terapia nutricional ideal para o paciente dependerá muito do seu estado de saúde e necessidades. Por exemplo, uma pessoa que está sofrendo quimioterapia ou hemodiálise tem necessidades diferentes daquela que acabara de passar por um procedimento cirúrgico.

A princípio, o profissional responsável pela prescrição da terapia nutricional deverá seguir criteriosamente alguns passos para, então, definir corretamente a melhor opção para o paciente. São eles:

  • triagem nutricional;
  • análise nutricional do indivíduo desnutrido ou em risco nutricional;
  • determinação da necessidade nutricional;
  • indicação da Terapia Nutricional a ser introduzida;
  • monitoramento e acompanhamento;
  • avaliação da eficácia do procedimento por meio de indicadores de qualidade da Terapia Nutricional.

QUAIS SEUS BENEFÍCIOS?

Garantir a qualidade da Terapia Nutricional é muito importante para assegurar a eficácia do procedimento que está sendo aplicado e, assim, garantir a recuperação dos pacientes.

Ao estabelecer a Terapia Nutricional adequada, é possível conferir melhoras na pessoa que está recebendo o procedimento. Conheça alguns dos seus principais resultados.

  • melhora na taxa de glicemia;
  • aumento nas taxas de proteínas séricas;
  • impedimento da formação de edemas;
  • manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico do paciente, o que impede a sua desidratação;
  • recuperação das células sanguíneas;
  • aumento da imunidade;
  • facilitação do ganho de peso e massa muscular etc.

Todos esses benefícios são significativos para manter a saúde do paciente. A terapia nutricional é indicada principalmente para os casos de:

  • obesidade,
  • idoso frágil com disfagia,
  • pacientes com câncer;
  • pré e pós-operatório;
  • indivíduos com insuficiência renal;
  • pancreatite;
  • síndrome do intestino curto, entre outros.

Como visto, a terapia nutricional é indicada para pessoas que sofrem por diversas enfermidades. Com ela, o sucesso da recuperação desses pacientes é muito mais rápido. A sua aplicação deve ser contínua e ascendente. Dessa forma, a qualidade da terapia garantida. 

ESTOU MUITO AFLITO E QUEBRANTADO PERDOA-ME SENHOR: TEXTO ( SALMO 38 )

Os Salmos de Davi falam ao leitor do por causa das profundas reveladas nos seus versos. com todos os problemas nunca foram assuntos jurídicos, técnicos ou seu pois Davi sentiu seu significado ser. O Salmo 38 é um excelente exemplo.

O significado do cabeçalho não ficou completamente claro. Alguns acreditam que a “Em memória” sugere que Davi escreveu seu hino como reflexão sobre uma circunstância passada, lembrando da expressão angústia sofrida por causa do seu pecado. Outros conhecidos uma ligação às ofertas como o santuário por dos feitos memorial2 e 24 possível (Levítico 24). Mesmo sem ter certeza do significado preciso desse termo, não podemos ver no Salmo uma mensagem de valor para todos, pois devemos reconhecer o efeito devastador do pecado em nossas vidas.

Antes de analisar a estrutura desse Salmo, vale a pena ler o hino inteiro e observar o envolvimento total de Davi na sua mensagem. Observando a sua linguagem, podemos dizer que o pecado que ele cometeu o afeto da cabeça aos pés. Ele cita seus ossos, cabeça, lombos, coração, olhos, ouvidos, e pé (versos 3,7,8,10,14,16) para reforço da cabeça, lombos, coração, olhos, ouvidos, e pé (versos 3,7,8,10,14,16) para reforço da cabeça a afirmação “Não há parte sã na minha carne” (versos) 3 e 7). Ficou abalado, angustiado e diante do Senhor.

Os primeiros versos do Salmo descrevem o sofrimento como consequência do seu pecado: “Não há parte sã na carne, por causa da tua indignação; não há saúde nos meus ossos, por causa do meu pecado. Pois já se elevam acima de minha cabeça as minhas iniquidades; como fardos pesados, excedem as forças. Tornam-se infectas e purulentas as minhas chagas, por causa da minha loucura” (versos 3 a 5).

Davi estava sendo castigado por Deus, e admitia a justiça do Senhor. Ele apelou à misericórdia de Deus para que não fosse totalmente destruído por sua ira justa (verso 1).

O rei de Israel continua seu poema sobre a angústia, descrevendo o envolvimento de outras pessoas (versos 9 a 20). Amigos, companheiros e parentes se afastaram dele (verso 11), nos lembrando da reação dos amigos de Jó, que acharam difícil olhar para a pessoa desfigurada por graves doenças. Inimigos aproveitaram a oportunidade para tentar matá-lo, e circulavam boatos falsos e cruéis sobre o rei (verso 12).

Davi não se sentia obrigado a responder às acusações falsas, pois confiava na justiça de Deus: “Armam ciladas contra mim os que tramam tirar-me a vida; os que me procuram fazer o mal dizem coisas perniciosas e imaginam engano todo o dia. Mas eu, como surdo, não ouço e, qual mudo, não abro a boca. Sou, com efeito, como quem não ouve e em cujos lábios não há réplica. Pois em ti, SENHOR, espero; tu me atenderás, Senhor, Deus meu” (versos 12 a 15).

No final das contas, Davi nunca teria como satisfazer todos que o criticavam e acusavam injustamente. Pior, ele não teria condições de satisfazer a ira de Deus que o castigava em justiça. Sua única esperança foi apelar à misericórdia de Deus para o salvar, e assim ele encerra o hino com estas palavras, que se tornam nossas quando reconhecemos as consequências dos nossos próprios pecados contra o Criador: “Não me desampares, SENHOR; Deus meu, não te ausentes de mim. Apressa-te em socorrer-me, Senhor, salvação minha” (versos 21-22 ).

quarta-feira, junho 29

NEUROPSICOLOGIA COMO FUNCIONA NA PRÁTICA?

A Neuropsicologia é a soma dos conhecimentos da Neurologia com os conhecimentos da Psicologia, certo? Na verdade: errado ou no mínimo limitado! A Neuropsicologia é uma daquelas áreas de interface em que o todo é mais amplo que a soma das partes. Isso quer dizer que você pode entender "tudo" sobre Neurologia e sobre Psicologia e ainda assim não compreender como essas áreas se conectam, se influenciam e o quanto são inseparáveis na sua complexidade funcional.

Então, se você quer conhecer mais sobre as conexões dessa complexidade, para entender melhor como um ser humano funciona, acompanhe essas reflexões.

As extremidades atraem!

Vamos começar logo com um exemplo prático: como saber se uma senhora, com os seus 65 anos de idade, está com depressão ou princípio de demência? Esta é uma das dúvidas recorrentes em equipes interdisciplinares de cuidados em Saúde Mental pela semelhança das características. Este é um diferencial importante de ser compreendido porque as orientações de cuidado são distintas.

Muitas pessoas, como essa senhora, vão em busca de ajuda profissional com intenso sofrimento psicológico, apresentando limitações na funcionalidade da vida de forma que sua autonomia já se apresenta comprometida. O sofrimento se estende para suas relações familiares e até para questões econômicas. Percebem a complexidade? É um fato que uma situação como esta envolve questões emocionais e, por isso, já se justificaria realizar um consulta psicológica Mas como saber se as questões psicológicas são o resultado de uma dificuldade emocional, afetiva, relacional ou quando envolve questões estruturais da sua humanidade como alterações das funções do Sistema Nervoso Central.

O primeiro desafio para todos nós, profissionais, familiares e a própria pessoa em sofrimento, é não reduzir processos complexos a entendimentos simples. Quem nunca ouviu esta frase: "Ah isso é psicológico!” Pois é, nem tudo é apenas psicológico, assim como pode não ser apenas biológico ou relacional. Mas as extremidades atraem, não é? Até mesmo para refletir sobre o quanto as questões da vida podem ser complexas, estamos usando aspectos que podem reduzir nossa compreensão como: o que é causa, o que é efeito? O que é principal e o que é secundário.

Não me surpreenderia se você me dissesse que funciona assim inclusive para entender outros aspectos da vida. Não é difícil perceber o quanto é tentador encontrar uma resposta simples, já que logo depois viria uma sensação de alívio, de segurança e de aparente resolução. Pois é, mas, na verdade, a vida humana é mais complexa do que a lógica de causa e efeito, usada nas ciências naturais, pode explicar. A exemplo disso, a Neuropsicologia é uma área que expande as extremidades e os pensamentos duais, mas nem por isso torna-se incompreensível.

No caso da senhora, sobre a qual acabamos de levantar as possibilidades de depressão ou princípio de demência, diríamos que uma resposta simples poderia não ajudar. Mas uma compreensão ampliada que envolvesse seus aspectos psicológicos, neurológicos, imunológicos, endocrinológicos, sociais e espirituais, assim as correlações entre eles, traria a identificação do cuidado mais adequado para este momento da vida dela.

Observe que não estamos falando de resolução de todos os problemas de cada uma dessas áreas. Aliás, não estamos falando de resolução e nem de problemas, mas de compreensão integral de um ser humano e de consideração pela sua condição funcional total, para otimizar as potencialidades de que dispõe. Este é um dos principais objetivos da Neuropsicologia moderna.

O que a Neuropsicologia estuda?

Historicamente, a Neuropsicologia é uma área de estudo que tem o mesmo tempo de história da própria Psicologia. Estudiosos importantes como Broca (1824-1880), Wernicke (1848-1805) e Luria (1902-1977) destacaram-se nas descobertas das correlações entre funções cognitivas e regiões cerebrais. Foram muitas descobertas. Hoje temos mapas das atribuições de cada região cerebral e, com a tecnologia dos exames de imagem à disposição, é possível compreender diversos padrões de ativação de regiões correlatas em determinadas circunstâncias. Mas não nos enganemos! Descobrimos muito, mas ainda sabemos pouco sobre como o cérebro e os demais componentes do Sistema Nervoso funcionam.

Ainda lembro que, no início da minha graduação, ainda havia resquícios de que a maioria das células corporais poderiam se regenerar, mas que para os neurônios (células do Sistema Nervoso) não era da mesma forma. Anos mais tarde, descobrimos que essa era uma autêntica fake news. Novas pesquisas mostraram regeneração celular em neurônios. Abriu-se um campo fértil para os estudos da neuroplasticidade cerebral Ainda lembro da minha sensação de surpresa e de encantamento com as novas possibilidades.

Mais recentemente, em 2017, estive em um congresso internacional de neurociência (I World Congress on Brain, Behavior and Emotions) e pude acompanhar diversos neurocientistas mostrando resultados de estudos, inclusive longitudinais (aqueles que acompanham a evolução de um grupo de pessoas por anos), sobre o crescimento e multiplicação de grupos de neurônios responsáveis por funções como memória e atenção em idosos que praticavam atividades sistemáticas e regulares de reabilitação neuropsicológica. Não é fantástico.

Então podemos afirmar, sem receio, que a Neuropsicologia não estuda mais apenas os locais do Sistema Nervoso responsáveis por determinadas funções, o chamado localizacionismo. Mais recentemente, a Neuropsicologia recebeu influências do Holismo, da inter e a transdisciplinaridade. Atualmente algumas vertentes têm como objetivo compreender a complexidade das correlações entre as estruturas e suas funções, a forma como se apresentam e as condições neuropsicológicas das pessoas. Para facilitar sua compreensão vamos descrever didaticamente estes componentes:

Aspectos neuropsicológicos estruturais: Entendemos por estrutura o aparato orgânico que temos disponível: o nosso sistema nervoso, que é dividido em sistema nervoso central (encéfalo e medula espinhal) e sistema nervoso periférico (nervos cranianos e raquidianos). O encéfalo é o elemento central da estrutura e se subdivide em: cérebro, cerebelo e bulbo.

Aspectos neuropsicológicos funcionais: O sistema nervoso coordena o funcionamento orgânico do corpo, assim como as funções psicológicas básicas (sensação, atenção, percepção, memória) e as funções psicológicas complexas (linguagem, consciência, pensamento, emoção, sentimento).

Estes aspectos se correlacionam intermediados por processos químicos e físicos como a liberação de certos hormônios presentes na comunicação entre as células. Talvez o exemplo mais comum seja a sinapse, a comunicação entre os neurônios que compõem uma rede de uma média de 86 bilhões de unidades de diferentes tipos, morfologias e funções.

Toda esta estrutura na interação com as relações humanas e com o mundo formam ainda a personalidade humana, que também não é um conceito estático e está em constante transformação à medida que a pessoa vive novas experiências. Assim vão se formando e se transformado as características diversas e únicas das pessoas.

Hoje sabemos que as emoções, as experiências, as relações e as atividades da vida humana desencadeiam alterações físico-químicas na estrutura funcional neuropsicológica, modificando padrões de funcionamento. Assim como sabemos que alterações físico-químicas, desencadeadas por fatores orgânicos como comprometimentos adquiridos por um acidente, por exemplo, ou aqueles congênitos ou ainda genéticos, também transformam reações emocionais, percepções de si e do mundo, modificando o jeito de ser das pessoas.

Como a Neuropsicologia funciona na prática?

A Neuropsicologia é uma área das interfaces, interessada nas relações de complexidade e em uma compreensão de totalidade da vida humana. Tomando como base o processo de neuroplasticidade, temos uma visão do horizonte da prática da Neuropsicologia. Vamos explorar algumas possibilidades:

Avaliação Neuropsicológica: processo sistemático que envolve entrevistas iniciais com a pessoa, familiares e outros profissionais que a acompanham; escolha criteriosa e específica de instrumentos neuropsicológicos como testes psicológicos, escalas e inventários; construções de laudo neuropsicológico compreensivo; entrevistas de devolução para a pessoa e familiares. Um processo que visa a ampliação de compreensão da pessoa para a pessoa e para posterior encaminhamento e estruturação de acompanhamento se necessário.

Habilitação e Reabilitação neuropsicológica: processo geralmente posterior à avaliação que envolve a construção e realização de procedimentos sistemáticos e processuais de promoção do desenvolvimento neuropsicológico da pessoa. Um processo com periodicidade e objetivos definidos em conjunto e que leva em consideração as características globais e peculiares de cada pessoa.

A Neuropsicologia pode envolver a compreensão do desenvolvimento neuropsicológico, que inicia na gestação, estendendo-se até a compreensão do processo de envelhecimento, passando por todas as dificuldades, síndromes e alterações genéticas, congênitas e ambientais que interferem e caracterizam o processo neuropsicológico das pessoas.

  • A Neuropsicologia habilita e reabilita módulos cognitivos e psicológicos deficitários derivados de comprometimentos adquiridos ou resultantes do desenvolvimento do Sistema Nervoso. Além de realizar orientação a familiares, profissionais da educação e da saúde sobre formas de promover o desenvolvimento das pessoas.

O que toda esta compreensão nos ensina para a nossa vida é que:

  • Processos complexos precisam ser compreendidos com complexidade. Não há respostas simples para a compreensão humana. Ela é complexa por natureza, então nunca teremos uma compreensão total ou permanente ou um insight tão poderoso que explique o que de fato está acontecendo. Mas podemos estar sempre em busca ou na direção de uma compreensão mais complexa de nós mesmos.

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?