quinta-feira, setembro 1

O PODER DAS PLANTAS MEDICINAIS PARA A POPULAÇÃO DO BRASIL E DO MUNDO:

As plantas medicinais são consideradas como o principal recurso acessível no tratamento de doenças por muitas pessoas em todo o mundo e ainda a esperança no tratamento de muitas enfermidades.

O uso de plantas no tratamento de doenças teve início a muitos séculos, quando os índios começaram por meio de observações nos hábitos desenvolvidos pelos animais frente a algum distúrbio em seu organismo. Faziam ingestão de raízes e folhas para combater problemas intestinais; observavam o rigor físico e agilidade de outros animais que se alimentavam de algumas sementes e cascas de árvores, associando tais matérias vegetais como estimulante, entre inúmeros outros hábitos cuidadosamente apreciados.

Assim, os índios foram adquirindo conhecimentos e aperfeiçoando suas habilidades na cura de doenças empregando plantas. Foram desenvolvendo técnicas de preparo do material vegetal para que se tornasse mais eficiente no tratamento do mal que o afligia.

O poder medicinal foi sendo descoberto e atribuído às plantas com o passar dos anos e essas informações foram preservadas por muitos anos passando de geração para geração. Surgiram assim os raizeiros, pessoas que possuem um grande conhecimento e informações sobre plantas medicinais, formas de preparo e propriedades farmacológicas. São considerados uma preciosa e inesgotável fonte de conhecimento para a identificação de plantas raras e fundamentais na pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos.

O poder de uma planta medicinal é de grande valor no tratamento de doenças, vale lembrar que grande parte dos medicamentos hoje comercializados em farmácias e drogarias foram desenvolvidos com o isolamento de princípios ativos. Trabalho esse que iniciou através de relato de casos de pessoas que utilizam determinada planta para uma enfermidade e obteve resultado satisfatório ou muitas vezes de forma empírica.

Em muitas partes do Brasil e do mundo há pessoas que não possuem condições financeiras para comprar um simples analgésico ou antiparasitário ou mesmo, não possuem acesso a drogarias e farmácias, lançando mão das plantas como única alternativa para garantir sua saúde.

Não podemos esquecer que as plantas medicinais podem ser muito eficientes no tratamento de doenças, mas pode provocar inúmeros problemas quando não utilizada de forma correta; empregada em altas doses ou quando confundida com plantas tóxicas.

Para a utilização de um material vegetal no alívio de uma dor ou em busca da cura de uma enfermidade, deve-se tomar extrema atenção na forma de utilização e durante a coleta, uma vez que devemos extinguir uma frase amplamente empregada pela população “planta medicinal não faz mal, mas temos que ter muito cuidado ".

Dessa forma, podemos ver que as plantas medicinais foram e continuarão por muitos anos sendo o principal remédio acessível a muitas comunidades para o tratamento de doenças e a base para o desenvolvimento de novos medicamentos na pesquisa farmacêutica.


ETNOBOTANICA ENFLUENCIANDO UMA PROSPECÇÃO FARMACOLÓGICA:

A utilização de plantas com fins medicinais, para o tratamento, a cura e a prevenção de doenças, é uma das mais antigas formas terapêuticas da humanidade. Como consequência, nas últimas décadas tem se observado um aumento significativo de pesquisas sobre as relações das comunidades com os recursos biológicos. Estes estudos têm contribuído para a recuperação de saberes, práticas e, também, servido para avançar no autoconhecimento sociocultural dessas populações. Abordagens científicas nessa direção, têm buscado compreender, dentre outros aspectos, como são utilizadas as plantas medicinais por comunidades que incluem, nessa vertente, as pesquisas etnobotânicas.
A etnobotânica tem sido definida como um estudo capaz de compreender as interrelações entre o homem e as plantas e, o modo como as plantas são utilizadas para os mais diversos recursos Permite um melhor entendimento das formas pelas quais as pessoas pensam, classificam, controlam, manipulam e utilizam espécies de plantas nas comunidades Trata de mostrar que existem práticas alternativas capazes de se tornar parte de um processo renovado e complementar para promover saúde. Meios, por vezes, não lucrativos e menos onerosos de cuidar do ser humano em sua totalidade. Assim, a manutenção desse conhecimento por meio de gerações sucessivas, pode ser utilizada como uma ferramenta importante para os futuros estudos fitoquímicos, farmacológicos e toxicológicos bem como, para a conservação histórica e cultural No entanto, apesar da variedade de biomas que refletem a enorme flora brasileira, aliada uma miscigenação de etnias e enorme diversidade cultural, um número reduzido de comunidades tem desenvolvido pesquisas etnobotânicas, e são escassos os estudos que realizaram investigações acerca das práticas populares de cura. Nessa perspectiva, este trabalho objetivou realizar um levantamento etnobotânico de plantas medicinais com foco na relevância para as futuras pesquisas de bioprospecção nesta região de imigrantes inserida na Mata Atlântida.
Metodologia
Este estudo foi desenvolvido por meio de pesquisa de campo utilizando a técnica de snow ball (bola de neve), junto aos agentes populares de cura (benzedeiras e/ou rezadeiras) Além disso, foi realizada uma revisão bibliográfica visando o potencial de utilização destas informações etnobotânicas para as pesquisas de bioprospecção. Os dados foram tratados em forma de texto crítico científico, destacando principalmente a perspectiva de utilização racional e sustentável da flora brasileira.
Resultados e Discussão:
A Etnobiologia é essencialmente o estudo do conhecimento e das conceituações desenvolvidas por qualquer sociedade a respeito da biologia. Estuda o papel da natureza no sistema de crenças e de adaptações do homem a determinados ambientes. Os estudos etnobiológicos, que no passado eram conduzidos apenas por antropólogos, agora abrangem também pesquisadores de outras áreas, como botânica, zoologia, ecologia e agronomia. o envolvimento desses pesquisadores reflete o crescimento acadêmico tanto no campo da etnobiologia como, também, no seu caráter multidisciplinar. Considerando a abrangência na área etnobiológica, diferentes cenários podem ser encontrados, tais como: a etnozoologia, etnobotânica, etnoecologia, etnoentomologia e etnofarmacologia.
Embora nossos ancestrais não tivessem nenhum conhecimento detalhado sobre etnobiologia e estruturas químicas, os produtos naturais formaram a base da terapêutica. As razões para isso são múltiplas, mas é provável que a capacidade da natureza de criar complexas e fantásticas moléculas estruturalmente diversas é o argumento mais convincente da ampla atividade destas matérias-primas
As pesquisas com plantas medicinais são ordenadas de acordo com o foco científico, podendo ser classificadas em quatro tipos:
  • investigações randômicas que compreendem a coleta e ao acaso de plantas para triagens fitoquímicas e farmacológicas;
  • abordagem quimiotaxonômica ou filogenética, que consiste na seleção de espécies de uma família ou gênero;
  • estudos de abordagem etológica (comportamento animal), que tem como orientação avaliar a utilização de metabólitos secundários de plantas por animais, com a finalidade de combater doenças ou controlá-las;
  • pesquisa etnodirigida que consiste na seleção de espécies de acordo com a indicação de grupos populacionais específicos em determinados contextos de uso.
Nos estudos com abrangência etnodirigida, devemos enfatizar a busca pelo conhecimento construído localmente a respeito de seus recursos naturais e a aplicação que fazem deles em seus sistemas de saúde e doença, realçando os estudos na área da Etnobotânica. Registros sobre o termo etnobotânica foram empregados, pela primeira vez em 1895, por Harshberger no conhecimento ecológico. Dessa forma, se observa que estudos etnobotânicos possuem um importante papel no resgate e valorização da cultura local. O estudo retrata o papel da natureza no sistema de crenças e de adaptação do homem a determinados ambientes. Isto significa, que etnobotânica teve igualmente, origem e aplicações nas numerosas observações de exploradores, missionários, naturalistas e botânicos, ao estudarem muitas vezes, o uso de plantas por comunidades
Alguns autores têm definido que a etnobotânica consiste em uma ciência que estuda a relação dos seres humanos com as plantas. Destacando como uma abordagem de pesquisa científica que estuda pensamentos, crenças, sentimentos e comportamentos. Mediação de interações entre as populações humanas e os demais elementos dos ecossistemas, bem como, os impactos advindos dessa relação
Assim, o conceito de medicina popular, ao longo dos tempos, foi se constituindo como uma medicina complementar ao método convencional de tratamento. No quesito das plantas medicinais, esses componentes estão diretamente relacionados ao conceito de “remédio natural” ou “remédio caseiro”. Nesse sentido, à utilização de preparados caseiros à base de plantas medicinais ficou evidenciado neste trabalho. Nesta pesquisa, utilizando a técnica amostral não probalística de snow ball ou “bola de neve” foram identificados vários estudiosos que utilizam em suas práticas espécies medicinais.
Ao se analisar sobre os potenciais farmacológicos que as plantas dispõem, são necessárias algumas definições importantes, relacionadas às nomenclaturas utilizadas no âmbito das pesquisas etnobotânicas. Desta forma, plantas medicinais são as espécies vegetais, cultivadas ou não, utilizadas com propósitos terapêuticos, servindo de matéria-prima. Por seguinte, planta medicinal fresca é qualquer espécie vegetal com finalidade medicinal usada logo após a colheita/coleta, sem passar por qualquer processo de estabilização e secagem. Já a droga vegetal é por definição, a planta medicinal ou suas partes após processos de coleta, estabilização e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada, que contém as substâncias que são responsáveis pela ação terapêutica. Ainda, o derivado vegetal, que é o produto da extração da planta medicinal podendo ocorrer na forma de extrato, tintura, alcoolatura, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e outros. Por fim, o termo remédio caseiro, abrange de forma bastante ampla a utilização de partes de plantas, para fins terapêuticos, preparados em ambiente caseiro. Estas formulações caseiras são produzidas na forma de chá, xarope, emplastro, sumo, banho e garrafada. Preparados com sementes, caules, raízes, frutos, folhas e sumos, possuindo diversas formas de apresentação e administração.
Nesse contexto, quando indagados aos participantes sobre o local de aquisição das espécies, 16 participantes (53%) apontaram o horto medicinal ou canteiro, sete (23%) adquirem em suas propriedades, seis (20%) no mato (planta nativa) e um (4%) adquire comercialmente. Estes relatos ressaltam a necessidade da manutenção do uso sustentável da biodiversidade, visto que o extrativismo pode levar a redução dos materiais vegetais utilizados, comprometendo o conhecimento e o uso popular.
As pesquisas atuais envolvendo plantas medicinais demonstram que elas fazem parte da evolução humana, sendo os primeiros recursos terapêuticos utilizados. Os povos primitivos tiveram sucessos e fracassos nas suas experiências. Por muitas vezes as plantas curavam, produziam efeitos colaterais severos e, em outras situações, ocasionavam a morte. Para evitar tais problemas, os mesmos observavam os animais, e a descoberta humana das propriedades úteis e nocivas das plantas foram repassadas empiricamente.
Na perspectiva de suporte para bioprospecção, o estudo apontou 143 espécies medicinais utilizadas pelos participantes da pesquisa. Porém, não se obteve êxito na identificação de quatro espécies. Dessa forma, foram totalizadas 139 plantas diferentes, pertencentes à 57 famílias botânicas, com 298 indicações para tratamento medicinal, distribuídas nas categorias patológicas do British National Formulary.
Assim sendo, ficou evidente que a pesquisa etnobotânica tem se revelado uma importante ferramenta de prospecção de moléculas bioativas úteis na medicina, reconhecida por cientistas em todo o mundo    Isto porque, na prática, os estudos etnobotânicos avaliam como os moradores coletam e usam informações de seus locais de origem em comparação com as informações obtidas cientificamente. Consequentemente, as investigações etnodirigidas servem de pré-requisito para o desenvolvimento de novos fármacos, pois, apresentam informações preliminares de eficácia e segurança.
Especialistas em etnofarmacologia, veem na etnociências, uma potência de renovação dos modelos de ação das substâncias ativas, sendo agregadas pela ciência popular. Em geral, compreendem os conceitos de medicina popular e consideram que suas práticas podem ser úteis à gênese de uma verdadeira inovação nos paradigmas de uso e desenvolvimento de medicamentos e tratamentos.
Conclusão:
Na contemporaneidade, a etnobotânica constitui conexão entre o saber popular e o científico, incentivando o desenvolvimento sustentável por meio dos recursos vegetais. é  notável que as populações dependem de certa forma, das plantas e seus produtos para subsistência e saúde dentro das diversas comunidades, e dessa forma, acabam selecionando plantas com elevado potencial terapêutico.
Neste contexto, se torna de fundamental importância a continuidade de investigações etnobotânicas que visam além do registro catalográfico das plantas e a aplicabilidade de uso como recursos vegetais terapêuticos, também se destinam em aprofundar conhecimentos sobre condutas de manejo e empregabilidade destas matérias-primas por comunidades étnicas.

OS MILAGRES DE JESUS: TEXTO ( MARCOS 5: 1-42 )

A ressurreição da filha de Jairo é um dos milagres que apontam para o poder de Jesus sobre a vida e a morte. Conforme relatado no Novo Testamento, durante seu ministério terreno o Senhor Jesus ressuscitou três mortos: o filho da viúva de Naim; a filha de Jairo; e Lázaro.

O milagre da ressurreição da filha de Jairo está registrado nos três Evangelhos sinóticos   (Mateus 9:18-26; Marcos 5:21-43; Lucas 8:40-56). Mateus é quem fornece o registro mais simplificado do milagre, enquanto Marcos e Lucas aprofundam os detalhes desse evento.

Também é interessante notar que a narrativa bíblica sobre esse episódio fala de um milagre duplo. Na verdade no contexto em que envolveu a ressurreição da filha de Jairo, o Senhor Jesus também curou a mulher que tinha um fluxo de sangue. Vejamos neste estudo bíblico como aconteceu a ressurreição da filha de Jairo.

Quando foi a ressurreição da filha de Jairo?

A ressurreição da filha de Jairo ocorreu quando Jesus desembarcou na cidade de carfanaun, Ele havia acabado de atravessar o mar da galileia vindo da região de Decapolis onde havia libertado um homem endemoninhado (Marcos 5:1-20).

Parece que logo que Jesus chegou à cidade de Cafarnaum, os discípulos de João Batista vieram fazer-lhe algumas perguntas sobre o jejum. Foi enquanto eles conversavam que Jairo se aproximou de Jesus pedindo que Ele curasse sua única filha. Jairo era o chefe da sinagoga Ele era um homem importante, responsável por organizar e conduzir a liturgia da sinagoga.

A filha de Jairo estava doente

Quando Jairo foi à busca de Jesus, sua filha estava gravemente doente. Contudo, a menina ainda não estava morta. Isso significa que Jairo inicialmente foi buscar uma benção de cura. Diante de Jesus, Jairo se prostrou aos seus pés e insistentemente lhe suplicou para curar sua única filha.

A filha de Jairo tinha doze anos de idade naquela ocasião. A Bíblia também não informa que tipo de enfermidade lhe acometeu. Mas fica claro que a menina estava em estado terminal (cf. Marcos 5:21-23).

Jairo pediu que Jesus fosse até sua casa e impusesse as mãos sobre sua filha. Em todo momento a medida de fé de Jairo é destacada. Nenhum dos Evangelhos mostram Jairo vacilante, mas sempre com a certeza de que se Jesus tocasse sua pequena filha, ela viveria.

Rumo à casa de Jairo

Jesus escutou o pedido de Jairo e foi com ele em direção à casa onde estava a menina. Mas a Bíblia Sagrada diz que uma grande multidão seguia Jesus e o apertava. Aqui vale lembrar que a cidade de Cafarnaum serviu como uma espécie de base para o ministério terreno de Jesus. Talvez isso possa explicar o grande número de pessoas que cercavam nosso Senhor.

Então o milagre sobre a filha de Jairo foi temporariamente interrompido por um segundo milagre. Na multidão que dificultava a caminhada de Jesus estava uma mulher que sofria com um tipo de hemorragia. É interessante notar um detalhe curioso que conecta ainda mais os dois milagres. A filha de Jairo tinha apenas doze anos de idade, e a mulher vinha sofrendo com sua hemorragia por longos doze anos.

A morte da filha de Jairo

Enquanto Jesus trazia as boas notícias de cura para a mulher que tinha sofrido por doze anos de hemorragia, os mensageiros da casa de Jairo traziam as más notícias sobre a pequena menina de doze anos que havia acabado de falecer. A Bíblia diz que Jesus ainda estava falando quando Jairo escutou dos mensageiros de sua casa: “Tua filha já morreu; por que ainda incomodas o Mestre?” (Marcos 5:35).

Os Evangelhos não esclarecem quem eram esses mensageiros. Provavelmente eram parentes ou amigos de Jairo. Mas o que fica claro é que definitivamente eles não acreditavam que aquela situação poderia ser revertida.

Enquanto a filha de Jairo estava doente, ainda parecia haver alguma esperança. Mas agora que a morte tinha se confirmado, os mensageiros da casa de Jairo pensavam que não havia mais nada que pudesse ser feito. Realmente segundo o conceito deles seria impossível que Jesus pudesse ressuscitar a filha de Jairo. Isto fica claro na pergunta final que eles fizeram a Jairo: “Por que ainda incomodas o Mestre?”.

Sob essa perspectiva, parecia até que a interrupção da mulher hemorrágica tinha tragicamente exaurido as chances de vida da filha de Jairo. Mas a Bíblia diz que Jesus não deu importância para a notícia trazida por aqueles mensageiros. Ao contrário disso, Ele confortou o chefe da sinagoga dizendo: “Não temas, crê somente” (Marcos 5:36).

Jesus retomou seu caminho rumo à casa de Jairo, apesar da má notícia. No entanto, antes Ele despediu a multidão e os seus discípulos, com exceção de Pedro, Tiago e João (Marcos 5:37). Quando chegou à casa de Jairo, Jesus viu as pessoas que se reuniam alvoroçadas ali. Essas pessoas choravam e pranteavam muito (Marcos 5:38).

Conforme o costume da época, o sepultamento ocorria imediatamente após a morte. Então o cortejo fúnebre da filha de Jairo tão logo aconteceria. Por isso as pessoas estavam aglomeradas na casa de Jairo, incluindo as carpideiras profissionais.

A filha de Jairo estava morta ou em coma?

Logo que entrou na casa de Jairo, Jesus disse para as pessoas alvoroçadas que estavam ali: “Por que chorais? A menina não está morta, mas dorme” (Marcos 5:39). Algumas pessoas não interpretam corretamente essa declaração de Jesus e afirmam que a filha de Jairo apenas estava em coma.

Mas obviamente a menina estava morta! Primeiro, as pessoas que estavam na casa de Jairo tinham atestado que a menina havia morrido (cf. Lucas 8:53). Segundo, quando Jesus ordenou que a menina se levantasse a Bíblia diz que “seu espírito retornou” (Lucas 8:55). Terceiro, Jesus declarou algo parecido sobre a morte de Lázaro Ele disse aos seus discípulos: “Nosso amigo Lázaro adormeceu” (João 11:11). Mas logo depois Jesus afirmou claramente: “Lázaro está morto” (João 11:14).

Portanto, não há qualquer dúvida de que a filha de Jairo realmente estava morta. A declaração de Jesus dizendo que a menina estava dormindo era uma revelação do acontecimento extraordinário que estava por vir. Por isso Ele questionou as pessoas que choravam. Aos olhos humanos aquela era uma ocasião de lamento e tristeza, mas aos olhos do Filho de Deus aquela era uma ocasião de grande júbilo e contentamento. A filha de Jairo haveria de despertar da morte como quem desperta de um breve cochilo.

Também vale notar a aparente falta de sinceridade das pessoas que estavam ali. Quando Jesus anunciou que a menina estava apenas dormindo, as pessoas deixaram de prantear para caçoar dele. A expressão original indica um tipo de deboche.

Aquelas pessoas queriam humilhar Jesus. Talvez pensassem que Ele estivesse delirando, afinal, o cadáver da menina estava ali e o retorno à vida era impossível. De fato essas pessoas não compartilhavam da mesma fé de Jairo. Eram pranteadores profissionais que podiam alternar entre o lamento comovente e a zombaria descarada.

Jesus ressuscita a filha de Jairo

Jesus mandou que todas as pessoas que tumultuavam a casa de Jairo saíssem. Ele permitiu apenas que o pai e a mãe da menina, além de seus três discípulos mais próximos, ficassem. Então eles entraram no aposento onde a filha de Jairo estava. Foi aí que Jesus a tomou pela mão e disse: “Talita cumi, que quer dizer: Menina, eu te mando, levanta-te” (Marcos 5:40).

Certamente há um toque de ternura muito grande nessa ordem. Jesus pronunciou essas palavras em sua própria língua, a mesma que a menina também se comunicava. Portanto, provavelmente essas palavras eram as mesmas que a mãe da menina rotineiramente usava para acordá-la. A diferença é que pronunciada pelos lábios do Filho de Deus, essa simples ordem foi um desafio à impossibilidade e um triunfo sobre a morte.

Tão logo a filha de Jairo, uma menina de apenas doze anos, estava novamente viva. Aquela que estava completamente sem vida, agora estava andando pela casa. Por isso todos ficaram muito admirados (Marcos 5:42).

Após ter ressuscitado a filha de Jairo, Jesus ordenou que dessem de comer à menina. Ele também pediu que ninguém divulgasse o que havia ocorrido. É provável que naquela região a divulgação da ressurreição da filha de Jairo desencadearia ações que ainda eram inapropriadas para aquele momento de seu ministério. Ainda não havia chegado o tempo do grande clímax de sua obra na terra.

Lições sobre a ressurreição da filha de Jairo

Vamos destacar aqui três lições principais sobre a ressurreição da filha de Jairo. Em primeiro lugar, o milagre da ressurreição da filha de Jairo é uma prova clara acerca da divindade de Cristo. Somente Deus tem o poder sobre a vida e a morte. Se Jesus ressuscitou dos mortos a filha de Jairo, então Ele é Deus.

Além do mais, é notável a forma com que isso acontece. Todas as vezes que as Escrituras registram uma ressurreição, sempre fica claro um contexto de grande intercessão e súplica. Os homens de Deus intercederam a Ele para que alguns mortos fossem ressuscitados (cf. 1 Reis 17:20-22; 2 Reis 4:32-35; Atos 9:40).

Mas foi diferente em todas as vezes que Jesus ressuscitou um morto. Em todas elas nosso Senhor simplesmente deu uma ordem. Ele disse ao filho da viúva de Nain “Levanta-te” (Lucas 7:14); Ele disse à filha de Jairo: “Menina, levanta-te” (Marcos 5:41); Ele disse a Lázaro: “Lázaro, sai para fora” (João 11:43). Por que isto? Porque Ele mesmo é o Dono da vida. Entenda por que Jesus é Deus. 

Em segundo lugar, o milagre da ressurreição da filha de Jairo nos ensina muito sobre a verdadeira fé em Jesus. Jairo nos ensina essa lição. Sua fé havia sido testada de forma extrema. Primeiro ele foi buscar ajuda para a filha doente, mas nesse tempo ela acabou morrendo. Então imediatamente ele passou a rogar pelo milagre da ressurreição.

Quando lhe disseram que sua filha estava morta e que ele não deveria mais importunar o Mestre, Jairo preferiu dar ouvidos a Jesus. Ele recebeu com sinceridade as palavras de conforto e encorajamento: “Não temas; crê somente, e será salva” (Lucas 8:50).

Em terceiro lugar, a ressurreição da filha Jairo é o desfecho final de uma sequência progressiva que aponta para a verdadeira identidade de Jesus. Nessa sequência ele demonstrou seu poder sobre os demônios, sobre as doenças e sobre a morte. Concordo com W. Hendriksen que diz que “Jesus é a Esperança dos que vivem sem esperança. Ele mostrou isso ao homem que não podia ser dominado (Lucas 8:26-39); à mulher que não podia ser curada (Lucas 8:43-48); e ao pai a quem foi dito que não mais podia ser ajudado (Lucas 8:40-42; 49-56) Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, É AINDA NOS ANIMA ".

quarta-feira, agosto 31

QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DOS ÓLEOS ESSENCIAIS? PARA QUE SERVE? COMO USAR COM SEGURANÇA?

" CHRYSOPOGON ZIZANIOIDES ( L ) ROBERTY " VETIVER UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: 
Chrysopogon zizanioides (L.) Roberty
Família: 
Poaceae
Sinonímia científica: 
Vetiveria zizanioides (L.) Nash
Partes usadas: 
Óleo extraído das raízes.
Propriedade terapêutica: 
Antisséptica, bactericida, fungicida, inseticida, anti-inflamatória.
Indicação terapêutica: 
Acne e feridas. O óleo é utilizado em cosméticos, aromaterapia, sabonetes, cremes e demais produtos de cuidados da pele.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: vetiver grass
  • Italiano: pianta del vetiver

Origem, distribuição
Originária da Ásia (Índia, Paquistão, Sri Lanka, Tailândia, Indochina, Myanmar). Nas regiões norte e oeste da  Índia é popularmente conhecida como "khus".

Descrição:
Erva perene de 1,50 a 2,20 m de altura, cespitosa, colmos fortes, achatados, verde-claro-brilhantes com perfilhação abundante. Raízes numerosas, pardo-escuras e aromáticas. As folhas são estreitas, longas e rijas, com as extremidades dobradas. Flores em panícula terminal de coloração castanho-arroxeada de 20 a 30 cm de comprimento.

Propaga-se por estacas ou divisão de touceiras. O plantio ocorre de outubro a dezembro. No Brasil floresce todo o ano. 

Vetiver compartilha características morfológicas com outras gramíneas aromáticas como capim-limão ou capim-cidró (Cymbopogon citratus), citronela (Cymbopogon nardus) e palmarosa (Cymbopogon martinii).

Uso popular e medicinal:
A planta é mais utilizada para extração de óleos essenciais. São amplamente cultivadas nas regiões tropicais para a produção de perfume e biomassa. Devido às características do vegetal, desde meados de 1980 na Índia tem sido empregadas técnicas de bioengenharia para estabilização de encostas íngremes, eliminação de águas residuais e fitorremediação (uso de plantas para minimizar poluentes do meio ambiente) 

A presença de antibióticos veterinários e humanos no solo e na superfície da água é uma preocupação ambiental emergente. Um estudo avaliou o potencial do uso de capim vetiver como um agente de fitorremediação na remoção de tetraciclina (TC) a partir de meio aquoso. Plantas de vetiver foram cultivadas por 60 dias em casa de vegetação com sistema hidropônico contaminado por TC. O trabalho concluiu que a remoção completa de tetraciclina ocorreu em 40 dias em todos os tratamentos de CT e confirmou a absorção e translocação da raiz-parte aérea.

O óleo é utilizado em cosméticos, aromaterapia, sabonetes, cremes e demais produtos de cuidados da pele. Tem propriedades antissépticas. Indicado no tratamento de acne e feridas.

Segundo estudos científicos, o óleo essencial de vetiver apresenta comprovada ação bactericida, fungicida, inseticida e anti-inflamatória.

Outros usos

Vetiver apresenta qualidades favoráveis para a alimentação animal.

Devido às suas fibras, a planta serve para artesanato e confecção de cordas. 

O QUE A BÍBLIA NOS ENSINA A RESPEITO DA PARÁBOLA DO JUÍZ INÍQUO E A VÍUVA: TEXTO ( LUCAS 18: 1-8 )

A Parábola do Juiz Iníquo é um importante ensino de Jesus registrado no Evangelho de Lucas 18:1-8. Essa parábola também é conhecida como a Parábola da Viúva Perseverante ou a Parábola da Mulher Persistente.

A Parábola do Juiz Iníquo faz parte de um texto bíblico cujo tema principal é a oração. Através dessa parábola o Senhor Jesus falou especificamente sobre a necessidade da perseverança na oração. Dessa forma o seu significado ensina muitas lições preciosas para todos os cristãos.

Resumo da Parábola do Juiz Iníquo e a Viúva

Na Parábola do Juiz Iníquo Jesus falou sobre um juiz que julgava numa certa cidade. Esse juiz não temia a Deus e nem era sensível às necessidades das pessoas. Na mesma cidade havia também uma viúva. Essa mulher tinha uma causa a ser julgada e frequentemente se dirigia ao juiz rogando-lhe: “Faze-me justiça na causa que pleiteio contra meu adversário” (Lucas 18:X-).

O juiz se negou a atender a viúva durante algum tempo. Mas num dado momento ele refletiu sobre a situação daquela mulher, e preocupado com seus próprios interesses, considerou atendê-la. Ele admitiu que não temia a Deus e nem tinha consideração pelas pessoas; mas também ele não queria mais ser importunado. Então ele resolveu julgar a causa da viúva para que ela deixasse de aborrecê-lo com seu pedido.

Então o Senhor Jesus concluiu a Parábola do Juiz Iníquo com a seguinte declaração: “Atentai à resposta do juiz da injustiça! Porventura Deus não fará plena justiça aos seus escolhidos, que a Ele clamam de dia e de noite, ainda que lhes pareça demorado em atendê-los? Eu vos asseguro: Ele vos fará sua justiça, e depressa. No entanto, quando o Filho do homem vier, encontrará fé em alguma parte da terra?” (Lucas 18:-8).

Contexto da Parábola do Juiz Iníquo e a Viúva

Jesus contou a Parábola do Juiz Iníquo aos seus discípulos com o objetivo de adverti-los quanto ao dever de orar continuamente e jamais desanimar. O evangelista Lucas posicionou essa parábola sequencialmente após uma exposição escatológica feita pelo por Jesus (Lucas 17). Este detalhe é importante, pois os ensinos do capítulo 18 possuem uma ligação direta com o tema do capítulo 17, apesar de algumas pessoas não perceberem.

No capítulo 17 o Senhor falou sobre o período difícil que seus seguidores deverão suportar antes de seu retorno glorioso (Lucas 17:22,23). Jesus alertou que esse período seria longo e traria um sofrimento progressivo até culminar no dia de seu retorno. Diante dessa realidade, no capítulo 18 Ele exorta seus seguidores a perseverar em oração, na certeza de que suas suplicas serão respondidas.

Explicação da Parábola do Juiz Iníquo e a Viúva

A Parábola do Juiz Iníquo possui um paralelo muito claro com a Parábola do Amigo importuno contada por Jesus em outra ocasião (Lucas 11:5-8). As duas parábolas enfatizam a importância da perseverança na oração. Na Parábola do Juiz Iníquo são mencionados três personagens: o juiz; a viúva; o adversário da viúva.

A viúva

A viúva tinha um opositor que de alguma forma estava agindo com injustiça contra ela. As viúvas naquela época facilmente passavam necessidades, principalmente quando herdavam dividas de seus maridos falecidos.

Desde o Antigo Testamento, a Bíblia menciona algumas viúvas que passaram por situações difíceis e viveram de modo precário. Aqui podemos citar como exemplos a viúva que hospedou o profeta Elias, em Sarepta, e a viúva que mais tarde hospedou o profeta Eliseu (1 Reis 17:8-16; 2 Reis 4:1-7).

Nas Escrituras também encontramos várias referências sobre o cuidado de Deus para com as viúvas. A Bíblia diz que o Senhor julga e castiga aqueles que defraudam e prejudicam as viúvas (Êxodo 22:22,23; Deuteronômio 10:18; Salmos 68:5). O profeta Malaquias afirmou que Deus testemunhará contra aqueles que oprimem os órfãos e as viúvas (Malaquias 3:5).

Apesar disso, não é possível afirmar qual era a verdadeira situação daquela viúva. Não sabemos se ela era jovem ou idosa, se era rica ou pobre; nem mesmo sabemos a causa de seu litígio. Simplesmente tais detalhes são indiferentes e desnecessários à narrativa bíblica.

O juiz

Na cidade em que a viúva vivia havia um juiz. Jesus o descreve como sendo um homem contrário a Deus e que também não tinha qualquer respeito pelas pessoas. Essa descrição sem dúvida enfatiza que aquele juiz era alguém egoísta e desprezível.

Quando Jesus diz que aquele juiz não tinha qualquer reverência para com Deus, isso significa que o juiz iníquo não se preocupava em fazer o que era moralmente certo. Com a informação de que ele não respeitava as pessoas, também concluímos que ele não dava importância para a opinião pública.

O tribunal

A viúva procurou diretamente o juiz para que sua causa fosse resolvida. Em casos assim, a viúva passava a ocupar o lugar do marido falecido, tendo então os mesmos direitos de um homem no tribunal. 

Na parábola Jesus não indica que o adversário da viúva comparecia regularmente ao tribunal. A viúva, por sua vez, constantemente procurava o juiz pedindo que ele julgasse sua causa. O comportamento do juiz foi completamente condizente ao seu perfil perverso.

Durante um tempo ele se recusou a fazer qualquer coisa a favor da viúva, até que depois de muita insistência ele resolveu julgar a sua causa. Ele queria apenas ficar livre daquela importunação. A forma com que o texto bíblico descreve a intenção do juiz, parece indicar que ele não agiu pelo senso de justiça, e, muito menos, pela compaixão. Em sua própria fala ele declara explicitamente não temer a Deus e nem se importar com os homens. Ele julgou a causa da viúva para não ser mais incomodado.

Significado da Parábola do Juiz Iníquo

O significado da Parábola do Juiz Iníquo é bastante claro: os filhos de Deus devem orar constantemente, de modo perseverante e sem esmorecer, mesmo que sejam submetidos a uma longa espera (Lucas 18:1).

Na parábola Jesus estabeleceu também um contraste agudo entre o juiz iníquo e o justo Juiz. Isso fica muito claro quando Jesus chama a atenção para as palavras do juiz e contrasta com a seguinte pergunta: “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?” (Lucas 18:7).

Em outras palavras, Jesus diz que se um juiz ímpio, perverso e egoísta fez justiça à causa da viúva, quanto mais fará Deus que é santo e justo em prol de seu provo escolhido que ora a Ele de dia e de noite? Além disso, por seu caráter perverso, o juiz iníquo agiu motivado por princípios egoístas, enquanto Deus age por amor aos que são seus.

Um Juiz que cuida dos que são seus

Com base nesse raciocínio, não podemos desprezar o uso de uma expressão que transmite um significado muito sublime. Jesus diz que certamente Deus fará justiça “aos seus eleitos”. A palavra original grega é eklektos, que significa “selecionado” ou “escolhido”.

Com isso, Jesus enfatiza a verdade de que o juiz iníquo nada tinha a ver com a viúva; ao contrário, ele não se importava com ela e queria se livrar dela. Ele estava disposto a qualquer coisa só para não precisar mais ver aquela mulher. Diferentemente disso, Jesus demonstra que o supremo Juiz não age assim. O justo Juiz julga a causa daqueles que são seus e se importa com eles de tal forma, que foi Ele próprio quem os elegeu como seu povo.

Geralmente é o cliente que escolhe o advogado. Na parábola foi a viúva quem procurou e escolheu o juiz que, naquele contexto, também lhe serviu de advogado. Mas no reino de Deus é diferente! Foi o justo Juiz quem escolheu aqueles que são seus. Ele os amou quando estes ainda estavam mortos em delitos e pecados; e os justificou pelos méritos de Cristo no Calvário, fazendo-lhes ser “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” (2 Pedro 2:9).

Isso significa que não há como dar errado! Os redimidos nunca estarão desamparados e no tempo oportuno serão vindicados. Essa verdade é maravilhosa e reconfortante (Apocalipse 6:10,11).

Um Juiz que age no tempo certo

Na Parábola do Juiz Iníquo Jesus também destaca que Deus age depressa em favor de seu povo, ainda que pareça ser tardio para com eles. Isso parece ser uma contradição, mas não é! A demora enfrentada pela viúva se deu pelo caráter desleal do juiz iníquo. Mas os seguidores de Cristo possuem um Juiz imutável e verdadeiro, no qual podem depositar toda sua confiança e fidelidade. Esse Juiz que conhece todas as coisas responde às orações de seu povo no tempo oportuno, de acordo com seus propósitos eternos.

Além disso, essa última parte da Parábola do Juiz Iníquo aponta novamente para os acontecimentos escatológicos referidos no capítulo anterior (Lucas 17). Jesus termina a parábola falando sobre a consumação da presente era que se dará “no dia em que o Filho do homem vier”.

Todo cristão verdadeiro aguarda ansiosamente por esse momento final, quando toda justiça será revelada no dia do juízo. Nesse dia Cristo julgará os vivos e os mortos e porá fim em toda maldade, perversidade e injustiça (Atos 10:42).

Mas é verdade que a espera por esse dia pode parecer muito longa e demorada para nós. Contudo, nos planos de Deus o tempo certo já está determinado, assim como disse o apóstolo Pedro (2 Pedro 3:9). Quando esse momento finalmente chegar, o justo Juiz agirá depressa, e todas as promessas feitas aos seus filhos que sofreram perseguições durante toda a história serão cumpridas integralmente.

Por isso Jesus termina a Parábola do Juiz Iníquo com uma pergunta inevitável: “Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lucas 18:8).

Jesus não fez essa pergunta para especular se haverá cristãos verdadeiros na terra na ocasião de sua vinda. A Bíblia já responde claramente esta questão (cf. Mateus 24:44-46; Lucas 12:37; 17:34,35; 1 Tessalonicenses 4:13-18; etc). Mas a pergunta feita por Jesus tem o objetivo de provocar uma reflexão, um auto-exame. Cada um deve se perguntar:

  • Será que estou pronto para aguardar pacientemente e perseverando em oração, o momento da volta de Cristo?
  • Estou me derramando diariamente diante de Deus em oração pedindo que “venha a nós o teu reino, e seja feita a tua vontade assim na terra como no céu”?
  • Realmente estou orando fervorosamente pela volta do Senhor Jesus?

Lições da Parábola do Juiz Iníquo e a Viúva

Podemos pontuar algumas reflexões adicionais sobre a Parábola do Juiz Iníquo. Em primeiro lugar, essa parábola nos ensina que devemos orar continuamente e com perseverança. A viúva não desistiu de suplicar sua causa a um homem ímpio e sem consideração por ninguém. Nós, porém, temos um Juiz santo e justo; então não podemos desanimar.

Em segundo lugar, a Parábola do Juiz Iníquo nos ensina a orar pelos motivos corretos. Todo o contexto da parábola parece indicar que a viúva que importunava o juiz estava do lado da justiça, ou seja, seu pedido era legítimo e aceitável.

Em terceiro lugar, a Parábola do Juiz Iníquo nos ensina que a resposta da oração pode demorar. Uma oração sem resposta não significa que Deus não a escutou. A demora na resposta de uma oração sempre tem um propósito. Se você está orando pelos motivos certos, não com propósitos egoístas, mas visando o bem do reino de Deus, e ainda não foi respondido, então talvez o Senhor esteja lhe ensinando algumas lições necessárias.

A demora na resposta de uma oração se dá por razões que somente Deus conhece. Mas durante esse período, aproveite para aprender mais sobre a paciência e a perseverança, e tenha sua fé fortalecida. Às vezes Deus nos reserva uma bênção ainda maior que vai além do nosso pedido, mas nossa impaciência muitas vezes acaba prejudicando nossa compreensão a esse respeito! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, É AINDA NOS ANIMA ".

terça-feira, agosto 30

" MELALEUCA ALTERNIFOLIA ( MAIDEN & BETCHE ) " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERÁPEUTICAS:

Nome científico: 
Melaleuca alternifolia (Maiden & Betche) Cheel
Família: 
Myrtaceae
Sinonímia científica: 
Melaleuca linariifolia var. alternifolia Maiden & Betche
Partes usadas: 
Óleo essencial obtido por destilação a vapor da folhagem e terminação dos ramos.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
O óleo essencial contém monoterpenos (terpineol-4 está presente em 30-40% e exerce a principal atividade antimicrobiana), sesquiterpenos e outros compostos aromáticos.
Propriedade terapêutica: 
Antimicrobiana, antisséptica, antifúngica, antibacteriana, antivirótica.
Indicação terapêutica: 
Problema respiratório, dor de garganta, tosse, asma, bronquite, varicela, gripe, sarampo, herpes, verruga, doença de pele (acne, bolha, queimadura, ferida), 

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: tea tree, narrow-leaved paperbark
  • Espanhol: árbol del té
  • Italiano: melaleuca essenza
  • Alemão: teebaumöl
  • Francês: arbre à thé

Origem, distribuição
As espécies de melaleuca são nativas das costas nordeste da Austrália. Povos indígenas dessa região usavam a planta desde épocas remotas, inalando o óleo das folhas esmagadas para tratar a tosse e constipação. Na forma de infusão, as folhas eram usadas para dores de garganta e doenças de pele. Neste país se concentra os principais produtores dessa espécie, que dominam oenas mercado e as tecnologias de produção.

Descrição:
Melaleuca alternifolia é um arbusto perene, cresce até uma altura de 6 m.

Folhas simples, coriáceas, agudas-lanceoladas (algumas em formato de foice), 1 a 2,5 cm de comprimento com glândulas de óleo. Florece em junho. As flores são hermafroditas (têm ambos os órgãos masculino e feminino) e são polinizadas por insetos.

Uso popular e medicinal:
O óleo de melaleuca foi usado durante a II Guerra Mundial como agente antimicrobiano e repelente de insetos. Comercializado como óleo concentrado ou diluído, é indicado para problemas de pele (feridas, bolhas, manchas) e uso odontológico

Na cavidade bucal é indicado para úlceras da mucosa oral, gengivite e tratamento endodôntico. Devido à ação bactericida, há evidências científicas de que o óleo é útil na manutenção química da higiene e prevenção de doenças bucais como alternativa ao flúor e clorexidina. O óleo pode ainda ser considerado uma opção para o tratamento de doenças periodontais. Ao contrário da clorexidina, ele não mancha os dentes e a ação antimicrobiana é somada ao efeito anti-inflamatório. 

O óleo essencial é considerado um dos mais importantes antissépticos naturais. Outras propriedades citadas são: antifúngica, antiviral, diaforética (tem ação sudorífica, restabelece a circulação, dispersa febre e frio, elimina toxinas da superfície do corpo) e expectorante (elimina secreções internas). 

Estimula o sistema imunológico e é eficaz contra uma gama de infecções bacterianas. Internamente é utilizado no tratamento de doenças crônicas e algumas infecções agudas como cistite, febre glandular e síndroma de fadiga crônica. 

Externamente é usado no tratamento de aftas, infecções vaginais, acne, pé de atleta, verrugas, picadas de insetos, feridas e lêndeas. É aplicado puro em verrugas e lêndeas, em outros usos.

 Dosagem indicada:
Tratamento de feridas superficiais e picadas de insetos. Preparações líquidas contendo 0,5% a 10% de óleo essencial, aplicar 1 a 3 vezes por dia nas áreas afetadas. 

Tratamento de pequenos furúnculos e acne leve. Preparações líquidas com 10% de óleo essencial, aplicar sobre as áreas afetadas 1 a 3 vezes ao dia ou 0,7 a 1 ml de óleo essencial agitado em 100 ml de água morna, aplicar como curativo nas áreas afetadas da pele.

Alívio de coceira e irritação nos casos de pé-de-atleta. Preparações líquidas com 10% de óleo essencial, aplicar sobre as áreas afetadas 1 a 3 vezes por dia.

Tratamento sintomático da inflamação da mucosa oral. 0,17 a 0,33 ml de óleo essencial misturado em 100 ml de água para enxaguamento ou gargarejo várias vezes ao dia.

Esses tratamentos são indicados a jovens, adultos e idosos. Não é recomendado para crianças com menos de 12 anos de idade.

 Cuidado: 
O óleo puro não deve ser ingerido pois pode causar depressão do sistema nervoso central, ataxia (sintoma que afeta os movimentos musculares de dedos, mãos, braços e outros membros), sonolência, estomatite, vômito, diarreia e irritação gastrointestinal.

Viabilidade econômica
Há um estudo sobre a viabilidade econômica do cultivo e extração do óleo essencial de Melaleuca alternifolia. Foi realizado um levantamento dos rendimentos e custos da cultura das atividades de produção de mudas, implantação, manutenção, colheita, transporte e extração do óleo essencial, bem como as receitas, utilizando-se alguns indicadores econômicos. 

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?