segunda-feira, maio 20

INTERPRETAÇÃO DOS MARCADORES HEMATOLÓGICOS:


HEMOGRAMA:

DEFINIÇÃO:

Exame que expressa as condições do sangue periférico de um indivíduo. Importante diagnóstico para alterações hematológicas e sistêmicas. O hemograma é constituído de três partes: eritograma (série vermelha), leucograma (série branca) e plaquetas (série plaquetária).

ERITROGRAMA:

O eritrograma avalia a série eritrocítica e compõe-se da contagem de hemácias, dosagem de hemoglobina, determinação do hematócrito e índices hematimétricos (Volume Corpuscular Médio- VCM, Hemoglobina Corpuscular Média- HCM, Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média- CHCM e Índice de Anisocitose Eritrocitária-RDW).

HEMÁCIAS:

São células pequenas, circulares e sem núcleo. São os mais numerosos tipos celulares no sangue.

HEMOGLOBINA:

É uma substância pigmentada, formada por duas partes: (1) heme, que contém um átomo de ferro que se combina reversivelmente com uma molécula de oxigênio e (2) globina. A principal função da hemoglobina é o transporte de oxigênio e gás carbônico, permitindo as trocas gasosas para o metabolismo orgânico. Ela é útil no diagnóstico de anemia e deve ser o primeiro valor observado.

HEMATRÓCITOS: 

Constitui a proporção dos eritrócitos totais no sangue entre o volume de hemácias presentes no plasma. É útil na indicação para transfusão e papa de hemácias.

INDICE HEMATRIMETRICOS:

HCM:

Hemoglobina corpuscular média Conteúdo de hemoglobina em cada hemácia. Fornece a informação do tipo de anemia, se é com pouca hemoglobina (hipocrômica) ou hemoglobina aumentada (hipercromica).

VCM:

Volume corpuscular médio reflete o volume médio das hemácias (tamanho da hemácia) é importante para definir se a anemia é de eritrócitos de pequeno volume ou de grande volume.

CHCM:

Concentração de hemoglobina corpuscular média, concentração de hemoglobina para determinado hematócrito. É expressa em porcentagem.

RDW:

Índice de anisocitose eritrocitária indica o grau de variação no tamanho dos eritrócitos.

LEUCOGRAMA:

LEUCÓCITOS:

São elementos figurados do sangue que estão envolvidos no sistema de defesa do organismo contra doenças e infecções. Alguns leucócitos são capazes de passar através da parede intacta dos vasos, processo denominado diapedese, agindo principalmente no tecido conjuntivo frouxo.

NEUTRÓFILOS OU SEQUIMENTADOS:

São capazes de deixar os vasos sanguíneos e entrar nos tecidos, onde protegem o corpo e fagocitam bactérias e substâncias estranhas ao organismo.

BASTONETES:

Células precursoras do neutrófilo. Em infecções bacterianas agudas pode-se encontrar um desvio a esquerda, ou seja, uma elevação do número de bastonetes.

EOSINÓFILOS:

O número de eosinófilos circulantes aumenta de forma muito acentuada no sangue circulante durante as reações alérgicas, e durantes as infestações parasitárias. Os eosinófilos são mais seletivos e atuam no sistema digestório, respiratório e na pele. 

BASÓFILOS: 

Possuem grânulos relativamente grandes, liberam histamina (contribui para as respostas alérgicas dilatando e permeabilizando os vasos sanguíneos) e heparina (previne a coagulação do sangue). Desempenham papel importante nas reações alérgicas e anafiláticas.

LINFÓCITOS: 

São o segundo tipo mais abundante de leucócitos (após os neutrófilos), são importantes nas respostas imunes específicas do corpo, incluindo a produção de anticorpos.

MONÓCITOS: 

Atuam nos processos inflamatórios restaurando tecidos (são um marcador de cicatrização).

PLAQUETAS:

São fragmentos de células presentes no sangue que é formado na medula óssea. A sua principal função é a formação de coágulos, participando, do processo de coagulação sanguínea. Liberam fatores destinados a aumentar a vasoconstrição e a iniciar a reconstituição da parede vascular.

INDICAÇÃO CLÍNICA:

Avaliação de anemias, neoplasias hematológicas, reações infecciosas e inflamatórias, acompanhamento de terapias medicamentosas, avaliação de distúrbios plaquetários;

Fornece dados para classificação das anemias de acordo com alterações na forma, tamanho, cor e estrutura das hemácias e consequente direcionamento diagnóstico e terapêutico;

Orienta na diferenciação entre infecções viróticas e bacterianas, parasitoses, inflamações, intoxicações e neoplasias através das contagens global e diferencial dos leucócitos e avaliação morfológica dos mesmos;

Através de avaliação quantitativa e morfológica das plaquetas sugere o diagnóstico de patologias congênitas e adquiridas.

PREPARO DO PACIENTE:

Jejum desejável de 4 horas (Atentar para a orientação do laboratório)5.

INTERPRETAÇÃO:

A interpretação clínica dos resultados deverá levar em consideração o motivo da indicação do exame, o estado metabólico do paciente e estratificação do risco para estabelecimento das metas terapêuticas.

VALORES DE REFERÊNCIAS:

Os valores de referência podem variar em função do método e reagente utilizado, portanto, esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados de exames laboratoriais.

VALORES CRÍTICOS:

Hematócrito < 18% ou > 54%

Hemoglobina < 6,0 g/dL ou > 18,0 g/dL

Leucócitos < 2.500/mm3 ou > 30.000/mm3

Plaquetas < 5.000/mm3 ou > 1.000.000/mm3

ALTERAÇÕES:

2 ) DOSAGEM DO FERRO:

DEFINIÇÃO:

O ferro é um dos componentes presentes na hemoglobina e encontra-se distribuído no organismo em diferentes formas, para captação de oxigênio e nutrição corporal. A determinação do ferro sérico (FS) é usada no diagnostico diferencial para anemias, hemocromatose e hemossiderose. Sinônimo: Ferro sérico.

INDICAÇÃO CLÍNICA:

A dosagem de ferro está indicada na avaliação de normalidade e diagnóstico de alterações como anemias, especialmente naquelas hipocrômicas e microcíticas.

PREPARO DO PACIENTE:

JEJUM DE 8 HORAS 

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA:

Deve realizar anamnese, abordando aspectos direcionados ao exame de ferro sérico, como antecedentes familiares, hábitos alimentares, uso de álcool, drogas e tabaco, perda de sangue recorrente. Em caso de mulheres, perguntar sobre a data da última menstruação, fluxo menstrual, em seguida realizar o exame físico avaliando o nível de consciência, a função cardíaca e pulmonar, a avaliação da pele, dos membros inferiores e superiores.

VALORES DE REFERÊNCIA:

Recém-nascidos: de 100 A 250 mcg/dL;

Crianças menores de 1 ano: entre 40 a 100 mcg/dL;

Crianças de 1 a 12 anos: entre 50 a 120 mcg/dL;

Adultos - Homens: entre 65 A 175 mcg/dL;

Mulheres: entre 50 A 170 mcg/dL.

VALORES DIMINUÍDOS:

Anemia ferropriva;

Perda de sangue crônica;

Doenças crônicas (p. ex., lúpus, artrite reumatoide, infecções crônicas);

Terceiro trimestre da gravidez e pílulas anticoncepcionais contendo progesterona;

Remissão de anemia perniciosa;

Absorção inadequada de ferro;

Anemia hemolítica (HPN).

VALORES AUMENTADOS:

Anemias hemolíticas, principalmente talassemia, anemia perniciosa em recidiva (anemias não hemolíticas);

Intoxicação aguda por ferro (crianças);

Síndromes de sobrecarga de ferro;

Hemocromatose, sobrecarga de ferro;

Transfusões (múltiplas), ferro intramuscular, tratamento impróprio com ferro;

Hepatite aguda, lesão hepática;

Deficiência de vitamina B6;

Intoxicação por chumbo;

Leucemia aguda;

Nefrite.

OBSERVAÇÕES:

O diagnóstico da deficiência de ferro pode levar ainda a detecção de adenocarcinoma gastrointestinal, um fato extremamente importante. Uma minoria significativa de clientes com anemia megaloblástica (20% a 40%) tem deficiência de ferro concomitante. A anemia megaloblástica pode interferir na interpretação da avaliação do ferro, portanto os exames devem ser repetidos 1 a 3 meses após a reposição de folato ou vitamina B12.

No período pré-menstrual pode elevar os níveis de ferro em 10% a 30% que caem no período da menstruação. Na gravidez há possibilidade de elevação inicial do ferro devido a progesterona e queda do ferro por aumento da sua necessidade. Uso de anticoncepcional oral pode elevar o ferro acima de 200mcg/dL.

Níveis aumentados são encontrados na hemossiderose, hemocromatose, talassemias e na hemólise da amostra.  

3 ) GRUPO SANGUÍNEO E FATOR RH:

DEFINIÇÃO:

O sistema ABO são classificações do sangue humano nos quatro tipos existentes: A, B, AB e O. O fator Rh, também chamado de antígeno D, pode ou não estar presente nas membranas das hemácias. Se estiver presente, o paciente é classificado como Rh+. Pacientes Rh+ não têm anticorpos contra o antígeno Rh. Por outro lado, se o paciente não expressar o antígeno Rh nas membranas das hemácias, ele é classificado como Rh-. Pacientes Rh- também não possuem anticorpos contra o antígeno Rh, mas podem vir a desenvolvê-los, caso sejam expostos a sangue Rh+1.

DOENÇA HEMÓLITICA PERINATAL: 

(DHPN), também conhecida como eritroblastose fetal caracteriza-se por destruição das hemácias do feto ou recém-nascido (RN) por anticorpos maternos que atravessam a placenta, levando à anemia fetal. É causada por incompatibilidade entre os grupos sanguíneos da mãe e do feto, sendo, na maioria dos casos, responsabilidade dos antígenos eritrocitários dos grupos Rh e ABO. Sinônimos: Rh; Fator de classificação de grupos sanguíneos; Fator Rhesus.

INDICAÇÃO CLÍNICA:

Transfusões, pré-operatórios, transplantes e exame pré-natal.

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA: 

Deve realizar anamnese, abordando aspectos epidemiológicos, além dos antecedentes familiares, pessoais, ginecológicos e obstétricos e a situação da gravidez atual.

OBSERVAÇÕES:

Todas as gestantes devem ter o grupo ABO e o fator Rh determinados no período pré-gestacional ou na primeira consulta de pré-natal;

Se parceiro Rh negativo, não é necessário acompanhar o Coombs indireto materno;

A determinação do grupo sanguíneo é feita rotineiramente no pré-natal, como parte da investigação da possibilidade de incompatibilidade materno-fetal. Após o nascimento, é feita a determinação rotineira na criança e, em casos com suspeita de incompatibilidade é feito o teste de Coombs direto, para pesquisar a presença de anticorpos ligados às hemácias da criança;

A incompatibilidade sanguínea do Fator Rh materna e do bebê pode ocasionar eritroblastose fetal.   

4 ) TESTE DE COOMBS INDIRETO:

DEFINIÇÃO:

A pesquisa de anticorpos irregulares (RAI) é um exame indispensável no contexto da segurança imunológica das transfusões, das gravidezes e da exploração dos estados autoimunitários antieritrocitários. Esta pesquisa tem por meta concluir pela presença ou ausência de anticorpos irregulares séricos. No caso de positividade, é realizada uma identificação da especificidade e a titulação dos anticorpos.

Esse exame deve ser realizado rotineiramente em amostras de gestantes Rh negativo no primeiro trimestre da gravidez. Sinônimos: Coombs indireto; Teste de antiglobulina indireto.

INDICAÇÃO CLÍNICA:

O teste de Coombs indireto detecta a presença de anticorpos anti Rh em indivíduos Rh-, sendo útil na doença hemolítica do recém-nascido e na investigação de anemias hemolíticas autoimunes. É rotineiramente utilizado na triagem pré-transfusional.

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA:

Deve realizar anamnese, abordando aspectos epidemiológicos, além dos antecedentes familiares, pessoais, ginecológicos e obstétricos e a situação da gravidez atual.

OBSERVAÇÕES:

O exame de Coombs indireto é positivo nas seguintes situações:

Incompatibilidade do sangue;

Anemia hemolítica autoimune ou induzida por medicamentos;

Doença hemolítica da eritroblastose fetal;

Todas as mulheres com Rh- não sensibilizadas (Coombs indireto negativo) devem receber 300mcg de imunoglobulina anti-D nas primeiras 72 horas, pós o parto de um recém-nascido com Rh+ e Coombs direto negativo.

• Informar se gestante, história de transfusão de sangue ou uso de medicamentos.

DOPAMINA: CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES

O QUE É DOPAMINA?

A dopamina é um neurotransmissor, formado com base na tirosina, que está relacionado com diversas funções do nosso organismo, incluindo a sensação de prazer e o humor.

A dopamina é um importante neurotransmissor. A dopamina 
é um mensageiro químico (neurotransmissor) que atua no sistema nervoso central dos mamíferos, incluindo os seres humanos. Esse neurotransmissor está relacionado com diferentes funções, nas quais consta a regulação de algumas emoções, e é capaz de aliviar a dor.

QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DA DOPAMINA?

A dopamina é um neurotransmissor pertencente à família das catecolaminas. Assim como a dopamina, a noradrenalina e a adrenalina são catecolaminas, e essas três substâncias destacam-se por possuírem a mesma rota biossintética.

A dopamina é uma catecolamina, ou seja, é formada por um catecol unido a uma amina por uma ponte etil.

A dopamina é produzida nos chamados neurônios dopaminérgicos. No citoplasma desses neurônios, a dopamina é sintetizada com base na tirosina, um aminoácido. A tirosina é obtida, em grande parte, por meio da dieta, entretanto, uma porção é produzida no fígado.

Inicialmente, a tirosina é convertida em L-dopa (1-3,4-di-hidroxifenilalanina), sendo essa reação catalizada pela tirosina hidroxidade. A L-dopa é então convertida em dopamina por meio da ação do L-aminoácido aromático descarboxilase. Após a síntese de dopamina, esta é liberada para fora das células. Esse processo envolve a liberação da substância para o meio extracelular por meio de vesículas que se fundem com a membrana plasmática (excitose) e liberam a dopamina para o meio externo.

Após ser liberada na sinapse (região de proximidade entre a terminação de um neurônio e outro neurônio ou outra célula), a dopamina é rapidamente capturada por receptores localizados na membrana pós-sináptica. Além disso, ela pode ser captada novamente pelo neurônio pré-sináptico e reincorporada em vesículas. A dopamina pode ser também degradada.

QUAL É A FUNÇÃO DA DOPAMINA?

A dopamina é liberada em várias partes do cérebro e atua em diferentes funções, estando relacionada com atividades neuronais e também fisiológicas. Entre os processos realizados pelo nosso corpo em que há a participação da dopamina, podemos citar: controle motor, compensação, prazer, humor, atenção, cognição e algumas funções endócrinas.

Além dessas funções mais conhecidas, esse neurotransmissor está relacionado ainda com outras atividades como a excreção renal do sódio, o retardamento do esvaziamento gástrico, a dilatação das artérias renais, o impedimento da liberação de aldosterona, entre outras.

A dopamina apresenta também relação com a doença de Parkinson, sendo esta associada a uma baixa quantidade desse neurotransmissor no cérebro. Além da doença de Parkinson, a esquizofrenia parece apresentar relação com a dopamina. A hipótese da dopamina para o desenvolvimento desse transtorno indica que a esquizofrenia pode ser causada por níveis elevados ou desregulados de dopamina.

A dopamina é um neurotransmissor relacionado a alguns problemas de saúde, como a esquizofrenia.

DIFERENÇA ENTRE DOPAMINA E SEROTONINA:

A serotonina é, assim como a dopamina, um neurotransmissor que está relacionado com sono, atenção, emoções e aprendizado. A serotonina, no entanto, é formada com base no triptofano, enquanto a dopamina é sintetizada com base na tirosina.

RELAÇÃO ENTRE DOENÇA DE PARKINSON E DOPAMINA:

A doença de Parkinson é um problema progressivo que causa tremores musculares, afeta o equilíbrio, limita a capacidade de modificar as expressões faciais e compromete a postura e o andar. Além disso, essa doença neurológica causa uma série de sintomas não motores, como distúrbios no solo, alterações de humor, ansiedade, depressão, problemas cognitivos e até mesmo demência.

A relação existente entre a dopamina e a doença de Parkinson está no fato de que, durante o desenvolvimento desse problema, ocorre a morte de neurônios dopaminérgicos — os neurônios responsáveis por liberarem a dopamina. Acredita-se que a perda desses neurônios comece cerca de 10 anos antes do surgimento dos sintomas.

A doença de Parkinson não possui cura, porém possui tratamento que pode aliviar os sintomas. Entre as formas de tratamento, está incluída a administração de L-dopa, que é convertida pelo próprio organismo em dopamina.

Na grande maioria dos pacientes, a doença de Parkinson surge a partir dos 55, 60 anos, e sua prevalência aumenta a partir dos 70, 75 anos.

RELAÇÃO ENTRE ESQUIZOFRENIA E DOPAMINA:

A esquizofrenia é um transtorno que desencadeia no paciente ilusões, alucinações e outros sintomas importantes. Geralmente, esse transtorno afeta indivíduos no final da adolescência e no inicio da segunda década de vida e pode acometer pessoa de qualquer sexo. Estima-se que cerca de 1% da população do planeta sofre com esse transtorno.

A relação entre esquizofrenia e dopamina está no fato de que esse transtorno pode ser causado por níveis altos ou então desregulados de dopamina no cérebro. Essa hipótese foi sugerida após observar-se que alguns indivíduos, quando faziam uso de substâncias que aumentavam os níveis de dopamina ou então ativavam os receptores desse neurotransmissor, desenvolviam sintomas esquizofrênicos.

SISTEMA DE RECOMPENSA E A DOPAMINA:

Possuímos em nosso cérebro um circuito neuronal conhecido como sistema de recompensa. É esse sistema que promove motivação para a realização das atividades do nosso dia a dia que garantem nossa sobrevivência e reprodução. É ele, por exemplo, que garante a sensação prazerosa quando bebemos água ao sentir sede.

A dopamina apresenta relação direta com esse sistema. Os neurônios encontrados na base do cérebro, em uma região chamada área tegmental ventral, recebem estímulos do sistema de recompensa e são ativados. Ao serem ativados, esses neurônios liberam dopamina, que atingirá determinadas áreas do cérebro, como o nucleus accumbens, importante estrutura relacionada com a percepção do prazer.

RELAÇÃO DO USO DE DROGAS E A DOPAMINA:

O uso de drogas está relacionado com alterações no sistema de recompensa. Cada droga terá sua forma de ação, porém, geralmente elas atuam nos neurônios dopaminérgicos, levando a um aumento rápido de dopamina e, consequentemente, a uma sensação de prazer. Na medida em que a dependência estabelece-se, mudanças acontecem no sistema de recompensa de longa duração. Isso faz com que o usuário sinta cada vez mais vontade de fazer uso de drogas.

domingo, maio 19

GABA: O QUE É? QUAL A SUA FUNÇÃO NO ORGANISMO?

Como podemos ver a aceleração do ritmo de vida é uma realidade dos dias atuais. Cada vez mais, temos que lidar com excesso de informação e tentamos, de alguma forma, ser multitarefa. Em todo esse cenário é muito comum que tenhamos dificuldade de nos concentrarmos nas ações do nosso dia a dia. Para isso, o ideal é baixar a agitação e direcionar a energia mental para as questões mais importantes.

O importante é que o próprio cérebro tem ferramentas que podem ajudar a conseguir esse estado. Uma delas é o neurotransmissor Gaba, que é produzido pelo nosso organismo. Ele é reconhecido pela ciência como indutor de relaxamento e facilitador de concentração.

O QUE É GABA?

O ácido gama-aminobutírico, conhecido pela sigla inglesa Gaba (Gamma-AminoButyric Acid), é um neurotransmissor, ou seja, um mensageiro químico que transmite informações de um neurônio para outro, regulando o sistema nervoso. Ele é produzido naturalmente pelo organismo.  

QUAL É A FUNÇÃO DO GABA?

O Gaba é considerado o principal neurotransmissor inibidor no sistema nervoso central dos mamíferos adultos. Ele é liberado por neurônios chamados Gabaérgicos e se conecta a receptores específicos dos outros neurônios. Esses neurônios receptores passam então por uma diminuição na condução neuronal, provocando a inibição do sistema nervoso. Como consequência, a pessoa pode ter sensação de:

Relaxamento;
Concentração;
Sono.

Por outro lado, a baixa liberação de Gaba pode resultar em distúrbios neurológicos e doenças mentais, incluindo epilepsia, ansiedade e insônia.

Por esse motivo, alguns medicamentos de uso controlado têm como função potencializar a ação do Gaba no sistema nervoso. Entre eles estão os benzodiazepínicos, como o clonazepam, e os barbitúricos, como o fenobarbital. Mas essa não é a única forma de impulsionar a ação do Gaba, que pode ser estimulada por alimentos ou suplementos alimentares.

ALIMENTOS QUE ESTIMULAM O GABA:

Existem, no entanto, alimentos que podem estimular naturalmente a ação do Gaba no sistema nervoso, facilitando o relaxamento e a concentração. Um deles é o chá verde, que é muito valorizado no Japão, sendo consumido ao longo do dia e oferecido às visitas.

Ambas as bebidas têm cafeína, porém apenas o chá verde tem em sua composição o aminoácido L-teanina. Segundo estudos, a L-teanina potencializa a ação do Gaba e estimula a produção de serotonina, promovendo sensação de bem-estar e facilitando o foco e a concentração. Normalmente, esse efeito atinge seu pico 50 minutos após a ingestão do chá. 

Outro alimento que potencializa a ação do Gaba é o maracujá (gênero Passiflora), que é popularmente conhecido por sua ação relaxante. Os polifenóis presentes na fruta atuam ativando os receptores do Gaba no sistema nervoso. 

sábado, maio 18

GLUTAMATO MONOSSÓDICO: O QUE É? QUAIS OS SINTOMAS PODE CAUSAR E QUAIS OS BENEFÍCIOS

O glutamato monossódico, conhecido também pelo nome comercial "Ajinomoto", é um composto formado quando se junta o glutamato com o sódio, sendo muito usado pela indústria para intensificar o sabor dos alimentos, como carnes processadas, vegetais enlatados, molho de soja, bolachas e temperos prontos.

Além disso, o glutamato monossódico também é encontrado naturalmente em alguns alimentos, como queijos, tomate, cogumelos, algas marinhas e carnes, oferecendo o sabor umami, um sabor que dura mais tempo na boca, estimula a produção de saliva e promove a sensação de prazer ao comer. 

O glutamato monossódico é considerado seguro pela Anvisa e pelo FDA, o órgão que regulamenta os alimentos nos Estados Unidos. No entanto, acredita-se que o consumo glutamato monossódico pode causar sintomas leves em algumas pessoas, como dor de cabeça, sono, urticária e aumento da pressão arterial.

O GLUTAMATO MONOSSÓDICO PODE CAUSAR SINTOMAS COMO: 

Dor de cabeça e enxaqueca;
Urticária, rinite e asma;
Ganho de peso;
Aumento da pressão arterial;
Sono.

Além disso, acredita-se que o glutamato monossódico também pode causar a síndrome do restaurante chinês, uma doença que pode surgir em pessoas sensíveis ao glutamato monossódico, causando náusea, sudorese, urticária, cansaço, dor de cabeça, entre outros.

No entanto ainda não é possível comprovar a relação do consumo do glutamato monossódico com o surgimento desses sintomas. Isso porque a maioria desses sintomas surgiu em estudos que usaram doses muito elevadas desse aditivo, o que não é possível alcançar através de uma alimentação equilibrada.

POSSÍVEIS BENEFÍCIOS DO GLUTAMATO MONOSSÓDICO:

O glutamato monossódico realça o sabor dos alimentos, ajudando a diminuir a ingestão de sal, o que pode favorecer o controle da pressão arterial. 

O glutamato monossódico também pode ser usado para melhorar a aceitação dos alimentos por idosos. Isso porque o paladar e o olfato estão reduzidos nessa idade, podendo diminuir a vontade de comer e causar a perda de peso. Além de também poder ser benéfico para pessoas com baixa produção de saliva, facilitando a mastigação e a deglutição.

ALIMENTOS RICOS EM GLUTAMATO MONOSSÓDICO:

Leite de vaca;
Leite materno;
Queijo parmesão;
Ovo;
Carne bovina;
Frango;
Salmão;
Amêndoa;
Milho;
Cenoura;
Cebola;
Cogumelo shitake;
Tomate;
Abacate;
Maçã;
Noz.

Além dos alimentos naturais, o glutamato monossódico também está presente em alimentos industrializados, como salgadinhos de pacote, bacon, linguiça, molho de soja, mostarda, molhos prontos para salada, temperos prontos, refeições congeladas e bolachas.

Quantidade recomendada
No Brasil ainda não existe uma quantidade máxima recomendada sobre a ingestão de glutamato monossódico por dia e sobre a adição desse ingrediente adicionado aos alimentos industrializados.

Já na Europa, a quantidade máxima recomendada é de 30 mg / kg de peso corporal de glutamato monossódico por dia. Por isso, uma pessoa com 65 Kg deve consumir o máximo de 1,95 g de glutamato monossódico por dia, por exemplo. Além disso, esse órgão também estipula a adição máxima de 10g de glutamato monossódico por cada kg dos alimentos industrializados.

COMO CONSUMIR DE FORMA SEGURA O GLUTAMATO MONOSSÓDICO: 

Pode ser adicionado em pequenas quantidades em preparações caseiras, sendo importante evitar o consumo juntamente com o sal, para evitar o excesso de sódio nas refeições.

Além disso, é importante evitar o consumo de alimentos industrializados com glutamato monossódico, como temperos prontos, biscoitos e refeições congeladas, pois esses produtos geralmente têm outros ingredientes que são prejudiciais à saúde, como açúcar, gordura saturada e trans.

sexta-feira, maio 17

ACETILCOLINA: HORMÔNIO PRODUZIDO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E PERIFÉRICO


A acetilcolina (ACh) foi o primeiro neurotransmissor descoberto (1921). Produzido no sistema nervoso central e periférico, ele está relacionado diretamente com a regulação da memória, do aprendizado e do sono.

Esse hormônio atua no organismo como um mecanismo mensageiro entre os neurônios (células nervosas). Sendo assim, os maiores efeitos dele recaem sobre os sistemas cardiovascular, muscular, excretor, respiratório e nervoso. 

A acetilcolina também possui funções excitatórias e inibitórias, ou seja, pode facilitar o impulso elétrico em um neurônio ou pode inibi-lo. Em função disso, o funcionamento cerebral pode ser comprometido se houver déficit dele no organismo, causando hiperatividade, déficit de atenção, Mal de Alzheimer, etc. 

DESCOBERTA DA ACELTICOLINA:

A descoberta da acetilcolina foi compartilhada pelo fisiologista inglês Henry Hallett Dale e o farmacêutico alemão Otto Loewi. 

Em 1921, Loewi realizou vários experimentos com sapos. Em um deles, quando estimulava os nervos desses animais, percebeu que eles secretavam duas substâncias: a adrenalina e outra que denominou de Vagusstoffe.

Essa descoberta chamou atenção de Dale, que já havia isolado um composto derivado do ergot e gerava os mesmos efeitos descritos por Loewi. A substância ele nomeou de acetilcolina.

O composto estudado pelos dois cientistas era o mesmo. Em função disso, Loewi e Dale dividiram o Prêmio Nobel de Medicina/Fisiologia no ano de 1936.

SÍNTESE E EFEITOS NO ORGANISMO:

Esse neurotransmissor possui características de um molécula simples, C7H16NO2, com produção concentrada no citoplasma das terminações. Ele é um éster do ácido acético e da colina, cuja a reação é impulsionada pela enzima acetil-transferase (ChAT). 

ACETIL COA + COLINA= ACETILCOLINA:

A colina é movida para o axoplasma do neurônio, por meio dos pontos extraneuronais em um processo de captação de colina de alta e baixa afinidade. Após a síntese da acetilcolina, ela é transportada para as vesículas de armazenamento. 

Cada vesícula possui aproximadamente de 1 mil a mais de 50 mil moléculas de acetilcolina, além de adenosina trifosfato (ATP) e uma proteína denominada de vesiculina.

Ao ser liberada pelos neurônios, a ACh pode unir-se a dois receptores diferentes: 

NICOTINICOS:

São ionotrópicos, ou seja, são canais iônicos de ação direta, que atuam nas sinapses neuronais e neuromusculares.

MUSCARÍNiCO: 

São metabotrópicos, isto, a ação deles é indireta e estão unidos a uma proteína G, a qual atua nas sinapses neuronais. 

A atuação da acetilcolina no organismo gera um processo em cadeia que possibilita a criação de complexo sistema de comunicação. Através dele há um controle das atividades intracelulares e extracelulares. 

ALGUNS EXEMPLOS DE COMO ESSE NEUROTRANSMISSOR PODEM ATUAR:

SISTEMA NERVOSO: 

A acetilcolina exerce um papel muito importante nas funções cognitivas e influencia diretamente no aprendizado, na atenção e na memória. Deste modo, algumas drogas são capazes de bloquear a produção desse neurotransmissor e causar déficits de cognição e até sintomas psicóticos.

SISTEMA RESPIRATÓRIO:

Esse neurotransmissor propicia o fechamento do esfíncter pós-capilar, gerando o enchimento dos capilares sinusoides venosos e extravasamento de líquidos, além disso aumenta o volume da submucosa e vasodilatação.

SISTEMA CARDIOVASCULAR:

Nesse sistema, os efeitos da acetilcolina incluem vasodilatação, diminuição da frequência cardíaca, redução da força de contração cardíaca e queda da condução nervosa nos nodos sinoatrial e atrioventricular.

ALIMENTOS RICOS EM ACETILCOLINA:

A colina, substância geradora da acetilcolina, pode ser encontrada em alimentos como:

Amendoim;
Aveia;
Cogumelos;
Feijão;
Fígado;
Gema de ovo
Leite e soro de leite;
Levedura
Queijos;
Sementes de girassol;
Soja;

IMPORTÂNCIA DO NEUROTRANSMISSOR:

Os neurotransmissores são substâncias produzidas pelos neurônios e através deles é possível enviar mensagens para outras células do organismo. Esses mensageiros químicos influenciam na memória, na cognição, na movimentação e nas sensações.

quinta-feira, maio 16

HISTAMINA: ONDE ENCONTRAR HISTAMINA VAMOS ENTENDER

A histamina é um mensageiro químico gerado principalmente nos mastócitos. Por meio vários receptores, ela medeia respostas celulares, incluindo as:

reações alérgicas e inflamatórias
a secreção de ácido gástrico
a neurotransmissão em algumas regiões do cérebro.
A histamina não possui aplicações clínicas, mas os fármacos que interferem na sua ação (anti-histamínicos ou bloqueadores do receptor da histamina) têm importantes aplicações terapêuticas.

ONDE PODEMOS ENCONTRAR A HISTAMINA?

Ela é encontrada em altas concentrações nos mastócitos e basófilos.

Presente em praticamente todos os tecidos, com quantidades significativas Ex:

Nos pulmões;
Na pele;
Nos vasos sanguíneos;
No trato gastrintestinal;
No cérebro (funcionando como neurotransmissor);
Como componente de venenos;
Nas secreções de picadas de insetos;

SÍNTESE DA HISTAMINA:

1 ) aminoácido histidina à sofre descarboxilação pela histidina-descarboxilase à formando a amina histamina.

2 ) a histamina pode ser armazenada em grânulos ou inativada pela diaminoxidase.

A histidina-descarboxilase está presente nas células de todo o organismo, inclusive nos neurônios, nas células parietais gástricas e nos mastócitos e basófilos.

LIBERAÇÃO DA HISTAMINA:

A histamina é um dos mediadores químicos liberados nos tecidos em resposta aos estímulos para:

Destruição das células (como resultado de frio, de toxinas de organismos, de traumas, de venenos de insetos e aranhas), alergias e anafilaxias (alergia grave).

A AÇÃO DA HISTAMINA AUXILIANDO NA INFLAMAÇÃO:

Liberação de óxido nítrico pelo endotélio vascular causando vasodilatação dos pequenos vasos sanguíneos.

Aumenta a secreção de citocinas pró-inflamatórias em vários tipos de células e em tecidos locais.

Aumento da permeabilidade dos capilares.

A histamina liberada liga-se a vários tipos de receptores (H1, H2, H3 e H4) gerando efeitos como por exemplo. 

RECEPTORES H1:

Vai agir na excreção exócrina aumentando a produção de muco nasal e brônquico, resultando em sintomas respiratórios.

Musculatura lisa brônquica a constrição dos bronquíolos resulta nos sintomas da asma e na redução da capacidade pulmonar.

Terminações nervosas sensoriais por isso causa prurido e dor.

Musculatura lisa intestinal a constrição resulta em cólicas intestinais e diarreia.

RECEPTORES H1 E H2:

Vão agir no sistema cardiovascular reduz a pressão arterial sistêmica, o que reduz a resistência periférica. Provoca cronotropismo positivo (mediado pelos receptores H2) e inotropismo positivo (mediado pelos receptores H1 e H2).

Pele: a dilatação e o aumento na permeabilidade dos capilares resulta no vazamento de proteínas e líquido para os tecidos. Na pele, isso resulta na clássica “tríplice resposta”: edema, rubor devido à vasodilatação local e calor.

RECEPTOR H2:

Também vai agir no estômago  estímulo da secreção gástrica de ácido clorídrico.

QUAIS OS PROCESSOS PATOLÓGICOS DA HISTAMINA?

Rinite alérgica, dermatite atópica , conjuntivite, urticária, broncoconstrição, asma e anafilaxia.

DEFINIÇÃO ANTI-HISTAMINICOS H1:

TIPOS DE BLOQUEADORES DOS RECEPTORES H1:

Alcaftadina, Azelastina, Bepotastina, Bronfeniramina, Cetirizina, Cetotifeno, Ciclizina, Ciproeptadina, Clemastina , Clorfeniramina, Desloratadina, Difenidramina, Dimenidrinato, Doxilamina, Emedastina, Fexofenadina, Hidroxizina, Levocetirizina, Loratadina, Meclizina, Olopatadina, Prometazina.

FUNÇÃO:

Bloqueiam a resposta mediada pelo receptor de histamina no tecido alvo. Além de entrar no sistema nervoso central (SNC), causando sedação.

EFEITOS ADVERSOS:

Podem interagir com outros receptores, produzindo uma variedade de efeitos indesejados.

Existem efeitos adicionais não relacionados com o bloqueio H1, pois devemos lembrar que os antagonistas H1 de primeira geração podem se ligar em outros receptores como os: receptores colinérgicos, adrenérgicos ou serotoninérgicos.

RECEPTORES PERIFÉRICOS PARA H1:

Eles não atravessam a barreira hematencefálica, causando menos depressão do SNC do que os de primeira geração.

QUAIS SÃO OS EFEITOS?

Pelos anti-histamínicos H1 bloquearem a resposta mediada pelo receptor de histamina no tecido alvo, eles são muito mais eficazes em prevenir os sintomas que a histamina provoca do que em revertê-los depois de desencadeados.

CONDIÇÕES DE USO TERAPÊUTICO:

Em condições alérgicas e inflamatórias: os bloqueadores H1 são úteis no tratamento e na prevenção de reações alérgicas causadas por antígenos que agem nos anticorpos imunoglobulina E.

CONTRAINDICAÇÃO:

Não são indicados no tratamento da asma brônquica, pois a histamina é apenas um dos diversos mediadores que são responsáveis por causar reações bronquiais.

CONCLUSÃO:

vimos a importância de entendermos, primeiramente, a fisiologia da histamina para que possamos compreender melhor como os fármacos interferem em sua ação no nosso organismo, portanto se entendermos mais sobre sua síntese, local que age, liberação e mecanismo de ação, podemos ter um melhor raciocínio dos anti-histamínicos H1, principalmente lembrando que os efeitos com o bloqueio do receptor h1 são mais usados justamente para prevenir os sintomas que a histamina provoca no corpo humano. 

segunda-feira, maio 13

PÓLIPOS INTESTINAIS: O QUE SÃO? SINTOMAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Os pólipos no intestino são alterações causadas pelo crescimento anormal da mucosa do cólon e reto.  

É uma condição bastante comum e, geralmente, é benigna. No entanto, em alguns casos, podem crescer e se tornar um risco para a formação do câncer colorretal.  

O QUE SÃO PÓLIPOS NO INTESTINO?

Os pólipos no intestino surgem após um crescimento anormal de tecido que se projeta na parede interna do cólon ou do reto.  Podem variar em tamanho e forma. Geralmente, são benignos (não cancerosos), mas, alguns tipos de pólipos têm o potencial de se tornar câncer ao longo do tempo.   

Por isso, é fundamental que seja realizado monitoramento constante com exames de rastreamento.  

COMO SURGEM OS PÓLIPOS NO INTESTINO? 

As causas do surgimento dos pólipos intestinais não estão totalmente esclarecidas. No entanto, alguns fatores estão associados a esse problema de saúde, Separei alguns .

Predisposição genética; 
Idade avançada;
Inflamação crônica no intestino devido a uma doença; inflamatória intestinal (como a colite ulcerativa ou a doença de Crohn);
Dieta pobre em fibras e rica em gorduras;  
Sedentarismo, tabagismo e consumo de álcool;
Síndromes genéticas, como a polipose adenomatosa familiar;  

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DE  PÓLIPOS INTESTINAIS?   

Na maioria das vezes, os pólipos intestinais são assintomáticos, principalmente se são pequenos. Por esse motivo, muitas pessoas só identificam o problema de saúde em exames de rotina.   

ENTRE OS SINTOMAS DE PÓLIPOS INTESTINAIS PODEMOS INCLUIR: 

Sangramento retal durante ou após a evacuação; 
Constipação, diarreia ou alterações na consistência das fezes;
Dor abdominal;
Anemia, principalmente se há perda significativa de sangue nas fezes;  
Muco nas fezes; 

QUAL A GRAVIDADE DO PÓLIPO INTESTINAL? 

Em geral, os pólipos intestinais não são graves, já que a maioria dos pólipos é benigna (não cancerosa).  Porém, alguns pólipos têm o potencial de se tornarem cancerosos ao longo do tempo. Nesses casos, podem representar um risco para a saúde, se não forem tratados adequadamente.   

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?

O diagnóstico de pólipos no intestino envolve uma combinação de avaliação médica, exames de rastreamento e procedimentos endoscópicos.   

Entre os exames que podem ser solicitados, estão:   

Colonoscopia: este exame de rastreamento, um tubo flexível com uma câmera na extremidade é inserido no cólon para visualizar a mucosa intestinal. Se forem encontrados pólipos, pode ser preciso removê-los durante o procedimento.
Sigmoidoscopia: é um exame semelhante a colonoscopia, mas visualiza a parte inferior do cólon. 
Exame de fezes: pesquisa de sangue oculto nas fezes. 
Exames de imagens, como Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética são indicados para obter imagens detalhadas do cólon e identificar a presença de pólipos. 
Biópsia, ou seja, ocorre a coleta de uma pequena amostra de tecido para análise laboratorial para determinar se o pólipo é benigno ou canceroso.  

QUAL É O TRATAMENTO PARA PÓLIPO INTESTINAL?

O tratamento dos pólipos intestinais inclui a remoção dos pólipos (polipectomia), principalmente durante a colonoscopia. Isso previne que eles se tornem malignos e reduz o risco de câncer colorretal.   

Em casos mais raros, quando há pólipos grandes ou muitos pólipos, pode ser necessária uma cirurgia para remover uma parte do cólon.  

Geralmente, após a remoção dos pólipos, o médico realiza um acompanhamento regular e solicita algumas colonoscopias de acompanhamento. O objetivo é verificar se novos pólipos se desenvolveram.  

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?