terça-feira, maio 21

NORADRENALINA: O QUE É? QUAL É A SUA FUNÇÃO?

A noradrenalina é uma catecolamina produzida pela medula suprarrenal e também pelo sistema nervoso, atuando nesse último caso como neurotransmissor.

A noradrenalina é uma catecolamina, ou seja, faz parte de um grupo de hormônios amina sintetizados a partir do aminoácido tirosina. É produzida pela medula suprarrenal e atua em situações de estresse de curta duração. Também é sintetizada no sistema nervoso e, nesse caso, atua como um neurotransmissor, exercendo papel excitatório no sistema nervoso autônomo.

Vale destacar que a noradrenalina, junto com outros neurotransmissores, parece estar associada com problemas como a depressão e a mania. A depressão está ligada a um deficit desses neurotransmissores, e a mania, com seu excesso.

O QUE É A NORADRENALINA?

A noradrenalina, também chamada de norepinefrina, é um hormônio da família das catecolaminas e precursor da adrenalina. Ela é sintetizada na medula suprarrenal em resposta ao estresse de curta duração, como uma situação de perigo ou prazer. Vale destacar ainda que a noradrenalina é também produzida no sistema nervoso, sendo, nesse caso, um neurotransmissor.

QUAL É A FUNÇÃO DA NORADRENALINA?

A noradrenalina apresenta diferentes funções, atuando, por exemplo:

no aumento da disponibilidade de energia para uso imediato pelo corpo;
na quebra de glicogênio no fígado e músculo esquelético;
na liberação de ácidos graxos pelas células adiposas.
Tanto a glicose quanto os ácidos graxos podem ser usados pelas células na produção de energia.


A noradrenalina é produzida pela medula suprarrenal e também pelo sistema nervoso.
A noradrenalina atua ainda promovendo uma maior taxa de fornecimento de oxigênio para as células, uma vez que atua na dilação do bronquíolos e aumento dos batimentos cardíacos. Possui também a capacidade de elevar a pressão sanguínea por meio da vasoconstrição periférica generalizada. Ela está também relacionada com a memória.

QUAL É A RELAÇÃO ENTRE NORADRENALINA E ADRENALINA?

A noradrenalina é o precursor da adrenalina, sendo ambas catecolaminas. Em resposta ao estresse de curta duração, tanto a adrenalina como a noradrenalina são sintetizadas pela medula suprarrenal. Nessas situações, esses hormônios atuam, por exemplo, promovendo a quebra do glicogênio em glicose, aumentando a taxa de respiração, elevando a pressão sanguínea e também a taxa metabólica.

A noradrenalina possui efeito primário no controle da pressão arterial, enquanto a adrenalina possui um efeito mais forte nas taxas metabólicas e no coração. Tanto a noradrenalina quanto a adrenalina são também produzidas no sistema nervoso, atuando nesse local como neurotransmissores. Vale lembrar ainda que a adrenalina e a noradrenalina possuem uso terapêutico. A adrenalina é usada, por exemplo, como estimulante cardíaco, e a noradrenalina, no tratamento de choque séptico.

PARA QUE SERVE A NORADRENALINA NA UTI?

A noradrenalina atua como hormônio e como neurotransmissor em nosso organismo.
A noradrenalina é uma substância que apresenta várias indicações terapêuticas. Graças ao seu efeito vasopressor (promove a constrição da musculatura dos vasos sanguíneos, o que aumenta a pressão sanguínea), ela é usada, por exemplo, no tratamento de choque séptico, uma condição de saúde grave que ocorre em decorrência da sepse e que pode levar o paciente à morte. Nessas situações, a noradrenalina atua elevando a pressão em pacientes hipotensos. Essa substância é também utilizada em manobras de ressuscitação cardiopulmonar em virtude de seu papel vasoconstritor.

QUAL É A RELAÇÃO ENTRE NORADRENALINA E A DEPRESSÃO?

A depressão é um problema de saúde extremamente grave que apresenta como alguns de seus sintomas o humor depressivo, falta de motivação, pessimismo e diminuição do prazer em atividades que anteriormente causavam alegria. A depressão está relacionada, entre outros fatores, com alterações nos nossos neurotransmissores, como serotonina, dopamina e noradrenalina. Nos pacientes com sintomas depressivos, observa-se uma diminuição desses hormônios na fenda sináptica.

Vale destacar que não só a redução dos níveis de neurotransmissores é prejudicial. O aumento da noradrenalina, por exemplo, também pode causar problemas. Uma das hipóteses para o desenvolvimento da mania seria um excesso de neurotransmissores como a serotonina, dopamina e noradrenalina. Na mania, diferentemente da depressão, o paciente apresenta humor expansivo ou eufórico, tem elevação de energia, inquietação e aumento da realização de atividades, como o início de vários projetos. A mania é uma das formas típicas do transtorno bipolar.

É importante deixar claro que a depressão e a mania são problemas que necessitam de ajuda do profissional de saúde, Não hesite em procurar auxílio profissional nesses casos.

segunda-feira, maio 20

INTERPRETAÇÃO DOS MARCADORES HEMATOLÓGICOS:


HEMOGRAMA:

DEFINIÇÃO:

Exame que expressa as condições do sangue periférico de um indivíduo. Importante diagnóstico para alterações hematológicas e sistêmicas. O hemograma é constituído de três partes: eritograma (série vermelha), leucograma (série branca) e plaquetas (série plaquetária).

ERITROGRAMA:

O eritrograma avalia a série eritrocítica e compõe-se da contagem de hemácias, dosagem de hemoglobina, determinação do hematócrito e índices hematimétricos (Volume Corpuscular Médio- VCM, Hemoglobina Corpuscular Média- HCM, Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média- CHCM e Índice de Anisocitose Eritrocitária-RDW).

HEMÁCIAS:

São células pequenas, circulares e sem núcleo. São os mais numerosos tipos celulares no sangue.

HEMOGLOBINA:

É uma substância pigmentada, formada por duas partes: (1) heme, que contém um átomo de ferro que se combina reversivelmente com uma molécula de oxigênio e (2) globina. A principal função da hemoglobina é o transporte de oxigênio e gás carbônico, permitindo as trocas gasosas para o metabolismo orgânico. Ela é útil no diagnóstico de anemia e deve ser o primeiro valor observado.

HEMATRÓCITOS: 

Constitui a proporção dos eritrócitos totais no sangue entre o volume de hemácias presentes no plasma. É útil na indicação para transfusão e papa de hemácias.

INDICE HEMATRIMETRICOS:

HCM:

Hemoglobina corpuscular média Conteúdo de hemoglobina em cada hemácia. Fornece a informação do tipo de anemia, se é com pouca hemoglobina (hipocrômica) ou hemoglobina aumentada (hipercromica).

VCM:

Volume corpuscular médio reflete o volume médio das hemácias (tamanho da hemácia) é importante para definir se a anemia é de eritrócitos de pequeno volume ou de grande volume.

CHCM:

Concentração de hemoglobina corpuscular média, concentração de hemoglobina para determinado hematócrito. É expressa em porcentagem.

RDW:

Índice de anisocitose eritrocitária indica o grau de variação no tamanho dos eritrócitos.

LEUCOGRAMA:

LEUCÓCITOS:

São elementos figurados do sangue que estão envolvidos no sistema de defesa do organismo contra doenças e infecções. Alguns leucócitos são capazes de passar através da parede intacta dos vasos, processo denominado diapedese, agindo principalmente no tecido conjuntivo frouxo.

NEUTRÓFILOS OU SEQUIMENTADOS:

São capazes de deixar os vasos sanguíneos e entrar nos tecidos, onde protegem o corpo e fagocitam bactérias e substâncias estranhas ao organismo.

BASTONETES:

Células precursoras do neutrófilo. Em infecções bacterianas agudas pode-se encontrar um desvio a esquerda, ou seja, uma elevação do número de bastonetes.

EOSINÓFILOS:

O número de eosinófilos circulantes aumenta de forma muito acentuada no sangue circulante durante as reações alérgicas, e durantes as infestações parasitárias. Os eosinófilos são mais seletivos e atuam no sistema digestório, respiratório e na pele. 

BASÓFILOS: 

Possuem grânulos relativamente grandes, liberam histamina (contribui para as respostas alérgicas dilatando e permeabilizando os vasos sanguíneos) e heparina (previne a coagulação do sangue). Desempenham papel importante nas reações alérgicas e anafiláticas.

LINFÓCITOS: 

São o segundo tipo mais abundante de leucócitos (após os neutrófilos), são importantes nas respostas imunes específicas do corpo, incluindo a produção de anticorpos.

MONÓCITOS: 

Atuam nos processos inflamatórios restaurando tecidos (são um marcador de cicatrização).

PLAQUETAS:

São fragmentos de células presentes no sangue que é formado na medula óssea. A sua principal função é a formação de coágulos, participando, do processo de coagulação sanguínea. Liberam fatores destinados a aumentar a vasoconstrição e a iniciar a reconstituição da parede vascular.

INDICAÇÃO CLÍNICA:

Avaliação de anemias, neoplasias hematológicas, reações infecciosas e inflamatórias, acompanhamento de terapias medicamentosas, avaliação de distúrbios plaquetários;

Fornece dados para classificação das anemias de acordo com alterações na forma, tamanho, cor e estrutura das hemácias e consequente direcionamento diagnóstico e terapêutico;

Orienta na diferenciação entre infecções viróticas e bacterianas, parasitoses, inflamações, intoxicações e neoplasias através das contagens global e diferencial dos leucócitos e avaliação morfológica dos mesmos;

Através de avaliação quantitativa e morfológica das plaquetas sugere o diagnóstico de patologias congênitas e adquiridas.

PREPARO DO PACIENTE:

Jejum desejável de 4 horas (Atentar para a orientação do laboratório)5.

INTERPRETAÇÃO:

A interpretação clínica dos resultados deverá levar em consideração o motivo da indicação do exame, o estado metabólico do paciente e estratificação do risco para estabelecimento das metas terapêuticas.

VALORES DE REFERÊNCIAS:

Os valores de referência podem variar em função do método e reagente utilizado, portanto, esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados de exames laboratoriais.

VALORES CRÍTICOS:

Hematócrito < 18% ou > 54%

Hemoglobina < 6,0 g/dL ou > 18,0 g/dL

Leucócitos < 2.500/mm3 ou > 30.000/mm3

Plaquetas < 5.000/mm3 ou > 1.000.000/mm3

ALTERAÇÕES:

2 ) DOSAGEM DO FERRO:

DEFINIÇÃO:

O ferro é um dos componentes presentes na hemoglobina e encontra-se distribuído no organismo em diferentes formas, para captação de oxigênio e nutrição corporal. A determinação do ferro sérico (FS) é usada no diagnostico diferencial para anemias, hemocromatose e hemossiderose. Sinônimo: Ferro sérico.

INDICAÇÃO CLÍNICA:

A dosagem de ferro está indicada na avaliação de normalidade e diagnóstico de alterações como anemias, especialmente naquelas hipocrômicas e microcíticas.

PREPARO DO PACIENTE:

JEJUM DE 8 HORAS 

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA:

Deve realizar anamnese, abordando aspectos direcionados ao exame de ferro sérico, como antecedentes familiares, hábitos alimentares, uso de álcool, drogas e tabaco, perda de sangue recorrente. Em caso de mulheres, perguntar sobre a data da última menstruação, fluxo menstrual, em seguida realizar o exame físico avaliando o nível de consciência, a função cardíaca e pulmonar, a avaliação da pele, dos membros inferiores e superiores.

VALORES DE REFERÊNCIA:

Recém-nascidos: de 100 A 250 mcg/dL;

Crianças menores de 1 ano: entre 40 a 100 mcg/dL;

Crianças de 1 a 12 anos: entre 50 a 120 mcg/dL;

Adultos - Homens: entre 65 A 175 mcg/dL;

Mulheres: entre 50 A 170 mcg/dL.

VALORES DIMINUÍDOS:

Anemia ferropriva;

Perda de sangue crônica;

Doenças crônicas (p. ex., lúpus, artrite reumatoide, infecções crônicas);

Terceiro trimestre da gravidez e pílulas anticoncepcionais contendo progesterona;

Remissão de anemia perniciosa;

Absorção inadequada de ferro;

Anemia hemolítica (HPN).

VALORES AUMENTADOS:

Anemias hemolíticas, principalmente talassemia, anemia perniciosa em recidiva (anemias não hemolíticas);

Intoxicação aguda por ferro (crianças);

Síndromes de sobrecarga de ferro;

Hemocromatose, sobrecarga de ferro;

Transfusões (múltiplas), ferro intramuscular, tratamento impróprio com ferro;

Hepatite aguda, lesão hepática;

Deficiência de vitamina B6;

Intoxicação por chumbo;

Leucemia aguda;

Nefrite.

OBSERVAÇÕES:

O diagnóstico da deficiência de ferro pode levar ainda a detecção de adenocarcinoma gastrointestinal, um fato extremamente importante. Uma minoria significativa de clientes com anemia megaloblástica (20% a 40%) tem deficiência de ferro concomitante. A anemia megaloblástica pode interferir na interpretação da avaliação do ferro, portanto os exames devem ser repetidos 1 a 3 meses após a reposição de folato ou vitamina B12.

No período pré-menstrual pode elevar os níveis de ferro em 10% a 30% que caem no período da menstruação. Na gravidez há possibilidade de elevação inicial do ferro devido a progesterona e queda do ferro por aumento da sua necessidade. Uso de anticoncepcional oral pode elevar o ferro acima de 200mcg/dL.

Níveis aumentados são encontrados na hemossiderose, hemocromatose, talassemias e na hemólise da amostra.  

3 ) GRUPO SANGUÍNEO E FATOR RH:

DEFINIÇÃO:

O sistema ABO são classificações do sangue humano nos quatro tipos existentes: A, B, AB e O. O fator Rh, também chamado de antígeno D, pode ou não estar presente nas membranas das hemácias. Se estiver presente, o paciente é classificado como Rh+. Pacientes Rh+ não têm anticorpos contra o antígeno Rh. Por outro lado, se o paciente não expressar o antígeno Rh nas membranas das hemácias, ele é classificado como Rh-. Pacientes Rh- também não possuem anticorpos contra o antígeno Rh, mas podem vir a desenvolvê-los, caso sejam expostos a sangue Rh+1.

DOENÇA HEMÓLITICA PERINATAL: 

(DHPN), também conhecida como eritroblastose fetal caracteriza-se por destruição das hemácias do feto ou recém-nascido (RN) por anticorpos maternos que atravessam a placenta, levando à anemia fetal. É causada por incompatibilidade entre os grupos sanguíneos da mãe e do feto, sendo, na maioria dos casos, responsabilidade dos antígenos eritrocitários dos grupos Rh e ABO. Sinônimos: Rh; Fator de classificação de grupos sanguíneos; Fator Rhesus.

INDICAÇÃO CLÍNICA:

Transfusões, pré-operatórios, transplantes e exame pré-natal.

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA: 

Deve realizar anamnese, abordando aspectos epidemiológicos, além dos antecedentes familiares, pessoais, ginecológicos e obstétricos e a situação da gravidez atual.

OBSERVAÇÕES:

Todas as gestantes devem ter o grupo ABO e o fator Rh determinados no período pré-gestacional ou na primeira consulta de pré-natal;

Se parceiro Rh negativo, não é necessário acompanhar o Coombs indireto materno;

A determinação do grupo sanguíneo é feita rotineiramente no pré-natal, como parte da investigação da possibilidade de incompatibilidade materno-fetal. Após o nascimento, é feita a determinação rotineira na criança e, em casos com suspeita de incompatibilidade é feito o teste de Coombs direto, para pesquisar a presença de anticorpos ligados às hemácias da criança;

A incompatibilidade sanguínea do Fator Rh materna e do bebê pode ocasionar eritroblastose fetal.   

4 ) TESTE DE COOMBS INDIRETO:

DEFINIÇÃO:

A pesquisa de anticorpos irregulares (RAI) é um exame indispensável no contexto da segurança imunológica das transfusões, das gravidezes e da exploração dos estados autoimunitários antieritrocitários. Esta pesquisa tem por meta concluir pela presença ou ausência de anticorpos irregulares séricos. No caso de positividade, é realizada uma identificação da especificidade e a titulação dos anticorpos.

Esse exame deve ser realizado rotineiramente em amostras de gestantes Rh negativo no primeiro trimestre da gravidez. Sinônimos: Coombs indireto; Teste de antiglobulina indireto.

INDICAÇÃO CLÍNICA:

O teste de Coombs indireto detecta a presença de anticorpos anti Rh em indivíduos Rh-, sendo útil na doença hemolítica do recém-nascido e na investigação de anemias hemolíticas autoimunes. É rotineiramente utilizado na triagem pré-transfusional.

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA:

Deve realizar anamnese, abordando aspectos epidemiológicos, além dos antecedentes familiares, pessoais, ginecológicos e obstétricos e a situação da gravidez atual.

OBSERVAÇÕES:

O exame de Coombs indireto é positivo nas seguintes situações:

Incompatibilidade do sangue;

Anemia hemolítica autoimune ou induzida por medicamentos;

Doença hemolítica da eritroblastose fetal;

Todas as mulheres com Rh- não sensibilizadas (Coombs indireto negativo) devem receber 300mcg de imunoglobulina anti-D nas primeiras 72 horas, pós o parto de um recém-nascido com Rh+ e Coombs direto negativo.

• Informar se gestante, história de transfusão de sangue ou uso de medicamentos.

DOPAMINA: CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES

O QUE É DOPAMINA?

A dopamina é um neurotransmissor, formado com base na tirosina, que está relacionado com diversas funções do nosso organismo, incluindo a sensação de prazer e o humor.

A dopamina é um importante neurotransmissor. A dopamina 
é um mensageiro químico (neurotransmissor) que atua no sistema nervoso central dos mamíferos, incluindo os seres humanos. Esse neurotransmissor está relacionado com diferentes funções, nas quais consta a regulação de algumas emoções, e é capaz de aliviar a dor.

QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DA DOPAMINA?

A dopamina é um neurotransmissor pertencente à família das catecolaminas. Assim como a dopamina, a noradrenalina e a adrenalina são catecolaminas, e essas três substâncias destacam-se por possuírem a mesma rota biossintética.

A dopamina é uma catecolamina, ou seja, é formada por um catecol unido a uma amina por uma ponte etil.

A dopamina é produzida nos chamados neurônios dopaminérgicos. No citoplasma desses neurônios, a dopamina é sintetizada com base na tirosina, um aminoácido. A tirosina é obtida, em grande parte, por meio da dieta, entretanto, uma porção é produzida no fígado.

Inicialmente, a tirosina é convertida em L-dopa (1-3,4-di-hidroxifenilalanina), sendo essa reação catalizada pela tirosina hidroxidade. A L-dopa é então convertida em dopamina por meio da ação do L-aminoácido aromático descarboxilase. Após a síntese de dopamina, esta é liberada para fora das células. Esse processo envolve a liberação da substância para o meio extracelular por meio de vesículas que se fundem com a membrana plasmática (excitose) e liberam a dopamina para o meio externo.

Após ser liberada na sinapse (região de proximidade entre a terminação de um neurônio e outro neurônio ou outra célula), a dopamina é rapidamente capturada por receptores localizados na membrana pós-sináptica. Além disso, ela pode ser captada novamente pelo neurônio pré-sináptico e reincorporada em vesículas. A dopamina pode ser também degradada.

QUAL É A FUNÇÃO DA DOPAMINA?

A dopamina é liberada em várias partes do cérebro e atua em diferentes funções, estando relacionada com atividades neuronais e também fisiológicas. Entre os processos realizados pelo nosso corpo em que há a participação da dopamina, podemos citar: controle motor, compensação, prazer, humor, atenção, cognição e algumas funções endócrinas.

Além dessas funções mais conhecidas, esse neurotransmissor está relacionado ainda com outras atividades como a excreção renal do sódio, o retardamento do esvaziamento gástrico, a dilatação das artérias renais, o impedimento da liberação de aldosterona, entre outras.

A dopamina apresenta também relação com a doença de Parkinson, sendo esta associada a uma baixa quantidade desse neurotransmissor no cérebro. Além da doença de Parkinson, a esquizofrenia parece apresentar relação com a dopamina. A hipótese da dopamina para o desenvolvimento desse transtorno indica que a esquizofrenia pode ser causada por níveis elevados ou desregulados de dopamina.

A dopamina é um neurotransmissor relacionado a alguns problemas de saúde, como a esquizofrenia.

DIFERENÇA ENTRE DOPAMINA E SEROTONINA:

A serotonina é, assim como a dopamina, um neurotransmissor que está relacionado com sono, atenção, emoções e aprendizado. A serotonina, no entanto, é formada com base no triptofano, enquanto a dopamina é sintetizada com base na tirosina.

RELAÇÃO ENTRE DOENÇA DE PARKINSON E DOPAMINA:

A doença de Parkinson é um problema progressivo que causa tremores musculares, afeta o equilíbrio, limita a capacidade de modificar as expressões faciais e compromete a postura e o andar. Além disso, essa doença neurológica causa uma série de sintomas não motores, como distúrbios no solo, alterações de humor, ansiedade, depressão, problemas cognitivos e até mesmo demência.

A relação existente entre a dopamina e a doença de Parkinson está no fato de que, durante o desenvolvimento desse problema, ocorre a morte de neurônios dopaminérgicos — os neurônios responsáveis por liberarem a dopamina. Acredita-se que a perda desses neurônios comece cerca de 10 anos antes do surgimento dos sintomas.

A doença de Parkinson não possui cura, porém possui tratamento que pode aliviar os sintomas. Entre as formas de tratamento, está incluída a administração de L-dopa, que é convertida pelo próprio organismo em dopamina.

Na grande maioria dos pacientes, a doença de Parkinson surge a partir dos 55, 60 anos, e sua prevalência aumenta a partir dos 70, 75 anos.

RELAÇÃO ENTRE ESQUIZOFRENIA E DOPAMINA:

A esquizofrenia é um transtorno que desencadeia no paciente ilusões, alucinações e outros sintomas importantes. Geralmente, esse transtorno afeta indivíduos no final da adolescência e no inicio da segunda década de vida e pode acometer pessoa de qualquer sexo. Estima-se que cerca de 1% da população do planeta sofre com esse transtorno.

A relação entre esquizofrenia e dopamina está no fato de que esse transtorno pode ser causado por níveis altos ou então desregulados de dopamina no cérebro. Essa hipótese foi sugerida após observar-se que alguns indivíduos, quando faziam uso de substâncias que aumentavam os níveis de dopamina ou então ativavam os receptores desse neurotransmissor, desenvolviam sintomas esquizofrênicos.

SISTEMA DE RECOMPENSA E A DOPAMINA:

Possuímos em nosso cérebro um circuito neuronal conhecido como sistema de recompensa. É esse sistema que promove motivação para a realização das atividades do nosso dia a dia que garantem nossa sobrevivência e reprodução. É ele, por exemplo, que garante a sensação prazerosa quando bebemos água ao sentir sede.

A dopamina apresenta relação direta com esse sistema. Os neurônios encontrados na base do cérebro, em uma região chamada área tegmental ventral, recebem estímulos do sistema de recompensa e são ativados. Ao serem ativados, esses neurônios liberam dopamina, que atingirá determinadas áreas do cérebro, como o nucleus accumbens, importante estrutura relacionada com a percepção do prazer.

RELAÇÃO DO USO DE DROGAS E A DOPAMINA:

O uso de drogas está relacionado com alterações no sistema de recompensa. Cada droga terá sua forma de ação, porém, geralmente elas atuam nos neurônios dopaminérgicos, levando a um aumento rápido de dopamina e, consequentemente, a uma sensação de prazer. Na medida em que a dependência estabelece-se, mudanças acontecem no sistema de recompensa de longa duração. Isso faz com que o usuário sinta cada vez mais vontade de fazer uso de drogas.

domingo, maio 19

GABA: O QUE É? QUAL A SUA FUNÇÃO NO ORGANISMO?

Como podemos ver a aceleração do ritmo de vida é uma realidade dos dias atuais. Cada vez mais, temos que lidar com excesso de informação e tentamos, de alguma forma, ser multitarefa. Em todo esse cenário é muito comum que tenhamos dificuldade de nos concentrarmos nas ações do nosso dia a dia. Para isso, o ideal é baixar a agitação e direcionar a energia mental para as questões mais importantes.

O importante é que o próprio cérebro tem ferramentas que podem ajudar a conseguir esse estado. Uma delas é o neurotransmissor Gaba, que é produzido pelo nosso organismo. Ele é reconhecido pela ciência como indutor de relaxamento e facilitador de concentração.

O QUE É GABA?

O ácido gama-aminobutírico, conhecido pela sigla inglesa Gaba (Gamma-AminoButyric Acid), é um neurotransmissor, ou seja, um mensageiro químico que transmite informações de um neurônio para outro, regulando o sistema nervoso. Ele é produzido naturalmente pelo organismo.  

QUAL É A FUNÇÃO DO GABA?

O Gaba é considerado o principal neurotransmissor inibidor no sistema nervoso central dos mamíferos adultos. Ele é liberado por neurônios chamados Gabaérgicos e se conecta a receptores específicos dos outros neurônios. Esses neurônios receptores passam então por uma diminuição na condução neuronal, provocando a inibição do sistema nervoso. Como consequência, a pessoa pode ter sensação de:

Relaxamento;
Concentração;
Sono.

Por outro lado, a baixa liberação de Gaba pode resultar em distúrbios neurológicos e doenças mentais, incluindo epilepsia, ansiedade e insônia.

Por esse motivo, alguns medicamentos de uso controlado têm como função potencializar a ação do Gaba no sistema nervoso. Entre eles estão os benzodiazepínicos, como o clonazepam, e os barbitúricos, como o fenobarbital. Mas essa não é a única forma de impulsionar a ação do Gaba, que pode ser estimulada por alimentos ou suplementos alimentares.

ALIMENTOS QUE ESTIMULAM O GABA:

Existem, no entanto, alimentos que podem estimular naturalmente a ação do Gaba no sistema nervoso, facilitando o relaxamento e a concentração. Um deles é o chá verde, que é muito valorizado no Japão, sendo consumido ao longo do dia e oferecido às visitas.

Ambas as bebidas têm cafeína, porém apenas o chá verde tem em sua composição o aminoácido L-teanina. Segundo estudos, a L-teanina potencializa a ação do Gaba e estimula a produção de serotonina, promovendo sensação de bem-estar e facilitando o foco e a concentração. Normalmente, esse efeito atinge seu pico 50 minutos após a ingestão do chá. 

Outro alimento que potencializa a ação do Gaba é o maracujá (gênero Passiflora), que é popularmente conhecido por sua ação relaxante. Os polifenóis presentes na fruta atuam ativando os receptores do Gaba no sistema nervoso. 

sábado, maio 18

GLUTAMATO MONOSSÓDICO: O QUE É? QUAIS OS SINTOMAS PODE CAUSAR E QUAIS OS BENEFÍCIOS

O glutamato monossódico, conhecido também pelo nome comercial "Ajinomoto", é um composto formado quando se junta o glutamato com o sódio, sendo muito usado pela indústria para intensificar o sabor dos alimentos, como carnes processadas, vegetais enlatados, molho de soja, bolachas e temperos prontos.

Além disso, o glutamato monossódico também é encontrado naturalmente em alguns alimentos, como queijos, tomate, cogumelos, algas marinhas e carnes, oferecendo o sabor umami, um sabor que dura mais tempo na boca, estimula a produção de saliva e promove a sensação de prazer ao comer. 

O glutamato monossódico é considerado seguro pela Anvisa e pelo FDA, o órgão que regulamenta os alimentos nos Estados Unidos. No entanto, acredita-se que o consumo glutamato monossódico pode causar sintomas leves em algumas pessoas, como dor de cabeça, sono, urticária e aumento da pressão arterial.

O GLUTAMATO MONOSSÓDICO PODE CAUSAR SINTOMAS COMO: 

Dor de cabeça e enxaqueca;
Urticária, rinite e asma;
Ganho de peso;
Aumento da pressão arterial;
Sono.

Além disso, acredita-se que o glutamato monossódico também pode causar a síndrome do restaurante chinês, uma doença que pode surgir em pessoas sensíveis ao glutamato monossódico, causando náusea, sudorese, urticária, cansaço, dor de cabeça, entre outros.

No entanto ainda não é possível comprovar a relação do consumo do glutamato monossódico com o surgimento desses sintomas. Isso porque a maioria desses sintomas surgiu em estudos que usaram doses muito elevadas desse aditivo, o que não é possível alcançar através de uma alimentação equilibrada.

POSSÍVEIS BENEFÍCIOS DO GLUTAMATO MONOSSÓDICO:

O glutamato monossódico realça o sabor dos alimentos, ajudando a diminuir a ingestão de sal, o que pode favorecer o controle da pressão arterial. 

O glutamato monossódico também pode ser usado para melhorar a aceitação dos alimentos por idosos. Isso porque o paladar e o olfato estão reduzidos nessa idade, podendo diminuir a vontade de comer e causar a perda de peso. Além de também poder ser benéfico para pessoas com baixa produção de saliva, facilitando a mastigação e a deglutição.

ALIMENTOS RICOS EM GLUTAMATO MONOSSÓDICO:

Leite de vaca;
Leite materno;
Queijo parmesão;
Ovo;
Carne bovina;
Frango;
Salmão;
Amêndoa;
Milho;
Cenoura;
Cebola;
Cogumelo shitake;
Tomate;
Abacate;
Maçã;
Noz.

Além dos alimentos naturais, o glutamato monossódico também está presente em alimentos industrializados, como salgadinhos de pacote, bacon, linguiça, molho de soja, mostarda, molhos prontos para salada, temperos prontos, refeições congeladas e bolachas.

Quantidade recomendada
No Brasil ainda não existe uma quantidade máxima recomendada sobre a ingestão de glutamato monossódico por dia e sobre a adição desse ingrediente adicionado aos alimentos industrializados.

Já na Europa, a quantidade máxima recomendada é de 30 mg / kg de peso corporal de glutamato monossódico por dia. Por isso, uma pessoa com 65 Kg deve consumir o máximo de 1,95 g de glutamato monossódico por dia, por exemplo. Além disso, esse órgão também estipula a adição máxima de 10g de glutamato monossódico por cada kg dos alimentos industrializados.

COMO CONSUMIR DE FORMA SEGURA O GLUTAMATO MONOSSÓDICO: 

Pode ser adicionado em pequenas quantidades em preparações caseiras, sendo importante evitar o consumo juntamente com o sal, para evitar o excesso de sódio nas refeições.

Além disso, é importante evitar o consumo de alimentos industrializados com glutamato monossódico, como temperos prontos, biscoitos e refeições congeladas, pois esses produtos geralmente têm outros ingredientes que são prejudiciais à saúde, como açúcar, gordura saturada e trans.

sexta-feira, maio 17

ACETILCOLINA: HORMÔNIO PRODUZIDO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E PERIFÉRICO


A acetilcolina (ACh) foi o primeiro neurotransmissor descoberto (1921). Produzido no sistema nervoso central e periférico, ele está relacionado diretamente com a regulação da memória, do aprendizado e do sono.

Esse hormônio atua no organismo como um mecanismo mensageiro entre os neurônios (células nervosas). Sendo assim, os maiores efeitos dele recaem sobre os sistemas cardiovascular, muscular, excretor, respiratório e nervoso. 

A acetilcolina também possui funções excitatórias e inibitórias, ou seja, pode facilitar o impulso elétrico em um neurônio ou pode inibi-lo. Em função disso, o funcionamento cerebral pode ser comprometido se houver déficit dele no organismo, causando hiperatividade, déficit de atenção, Mal de Alzheimer, etc. 

DESCOBERTA DA ACELTICOLINA:

A descoberta da acetilcolina foi compartilhada pelo fisiologista inglês Henry Hallett Dale e o farmacêutico alemão Otto Loewi. 

Em 1921, Loewi realizou vários experimentos com sapos. Em um deles, quando estimulava os nervos desses animais, percebeu que eles secretavam duas substâncias: a adrenalina e outra que denominou de Vagusstoffe.

Essa descoberta chamou atenção de Dale, que já havia isolado um composto derivado do ergot e gerava os mesmos efeitos descritos por Loewi. A substância ele nomeou de acetilcolina.

O composto estudado pelos dois cientistas era o mesmo. Em função disso, Loewi e Dale dividiram o Prêmio Nobel de Medicina/Fisiologia no ano de 1936.

SÍNTESE E EFEITOS NO ORGANISMO:

Esse neurotransmissor possui características de um molécula simples, C7H16NO2, com produção concentrada no citoplasma das terminações. Ele é um éster do ácido acético e da colina, cuja a reação é impulsionada pela enzima acetil-transferase (ChAT). 

ACETIL COA + COLINA= ACETILCOLINA:

A colina é movida para o axoplasma do neurônio, por meio dos pontos extraneuronais em um processo de captação de colina de alta e baixa afinidade. Após a síntese da acetilcolina, ela é transportada para as vesículas de armazenamento. 

Cada vesícula possui aproximadamente de 1 mil a mais de 50 mil moléculas de acetilcolina, além de adenosina trifosfato (ATP) e uma proteína denominada de vesiculina.

Ao ser liberada pelos neurônios, a ACh pode unir-se a dois receptores diferentes: 

NICOTINICOS:

São ionotrópicos, ou seja, são canais iônicos de ação direta, que atuam nas sinapses neuronais e neuromusculares.

MUSCARÍNiCO: 

São metabotrópicos, isto, a ação deles é indireta e estão unidos a uma proteína G, a qual atua nas sinapses neuronais. 

A atuação da acetilcolina no organismo gera um processo em cadeia que possibilita a criação de complexo sistema de comunicação. Através dele há um controle das atividades intracelulares e extracelulares. 

ALGUNS EXEMPLOS DE COMO ESSE NEUROTRANSMISSOR PODEM ATUAR:

SISTEMA NERVOSO: 

A acetilcolina exerce um papel muito importante nas funções cognitivas e influencia diretamente no aprendizado, na atenção e na memória. Deste modo, algumas drogas são capazes de bloquear a produção desse neurotransmissor e causar déficits de cognição e até sintomas psicóticos.

SISTEMA RESPIRATÓRIO:

Esse neurotransmissor propicia o fechamento do esfíncter pós-capilar, gerando o enchimento dos capilares sinusoides venosos e extravasamento de líquidos, além disso aumenta o volume da submucosa e vasodilatação.

SISTEMA CARDIOVASCULAR:

Nesse sistema, os efeitos da acetilcolina incluem vasodilatação, diminuição da frequência cardíaca, redução da força de contração cardíaca e queda da condução nervosa nos nodos sinoatrial e atrioventricular.

ALIMENTOS RICOS EM ACETILCOLINA:

A colina, substância geradora da acetilcolina, pode ser encontrada em alimentos como:

Amendoim;
Aveia;
Cogumelos;
Feijão;
Fígado;
Gema de ovo
Leite e soro de leite;
Levedura
Queijos;
Sementes de girassol;
Soja;

IMPORTÂNCIA DO NEUROTRANSMISSOR:

Os neurotransmissores são substâncias produzidas pelos neurônios e através deles é possível enviar mensagens para outras células do organismo. Esses mensageiros químicos influenciam na memória, na cognição, na movimentação e nas sensações.

quinta-feira, maio 16

HISTAMINA: ONDE ENCONTRAR HISTAMINA VAMOS ENTENDER

A histamina é um mensageiro químico gerado principalmente nos mastócitos. Por meio vários receptores, ela medeia respostas celulares, incluindo as:

reações alérgicas e inflamatórias
a secreção de ácido gástrico
a neurotransmissão em algumas regiões do cérebro.
A histamina não possui aplicações clínicas, mas os fármacos que interferem na sua ação (anti-histamínicos ou bloqueadores do receptor da histamina) têm importantes aplicações terapêuticas.

ONDE PODEMOS ENCONTRAR A HISTAMINA?

Ela é encontrada em altas concentrações nos mastócitos e basófilos.

Presente em praticamente todos os tecidos, com quantidades significativas Ex:

Nos pulmões;
Na pele;
Nos vasos sanguíneos;
No trato gastrintestinal;
No cérebro (funcionando como neurotransmissor);
Como componente de venenos;
Nas secreções de picadas de insetos;

SÍNTESE DA HISTAMINA:

1 ) aminoácido histidina à sofre descarboxilação pela histidina-descarboxilase à formando a amina histamina.

2 ) a histamina pode ser armazenada em grânulos ou inativada pela diaminoxidase.

A histidina-descarboxilase está presente nas células de todo o organismo, inclusive nos neurônios, nas células parietais gástricas e nos mastócitos e basófilos.

LIBERAÇÃO DA HISTAMINA:

A histamina é um dos mediadores químicos liberados nos tecidos em resposta aos estímulos para:

Destruição das células (como resultado de frio, de toxinas de organismos, de traumas, de venenos de insetos e aranhas), alergias e anafilaxias (alergia grave).

A AÇÃO DA HISTAMINA AUXILIANDO NA INFLAMAÇÃO:

Liberação de óxido nítrico pelo endotélio vascular causando vasodilatação dos pequenos vasos sanguíneos.

Aumenta a secreção de citocinas pró-inflamatórias em vários tipos de células e em tecidos locais.

Aumento da permeabilidade dos capilares.

A histamina liberada liga-se a vários tipos de receptores (H1, H2, H3 e H4) gerando efeitos como por exemplo. 

RECEPTORES H1:

Vai agir na excreção exócrina aumentando a produção de muco nasal e brônquico, resultando em sintomas respiratórios.

Musculatura lisa brônquica a constrição dos bronquíolos resulta nos sintomas da asma e na redução da capacidade pulmonar.

Terminações nervosas sensoriais por isso causa prurido e dor.

Musculatura lisa intestinal a constrição resulta em cólicas intestinais e diarreia.

RECEPTORES H1 E H2:

Vão agir no sistema cardiovascular reduz a pressão arterial sistêmica, o que reduz a resistência periférica. Provoca cronotropismo positivo (mediado pelos receptores H2) e inotropismo positivo (mediado pelos receptores H1 e H2).

Pele: a dilatação e o aumento na permeabilidade dos capilares resulta no vazamento de proteínas e líquido para os tecidos. Na pele, isso resulta na clássica “tríplice resposta”: edema, rubor devido à vasodilatação local e calor.

RECEPTOR H2:

Também vai agir no estômago  estímulo da secreção gástrica de ácido clorídrico.

QUAIS OS PROCESSOS PATOLÓGICOS DA HISTAMINA?

Rinite alérgica, dermatite atópica , conjuntivite, urticária, broncoconstrição, asma e anafilaxia.

DEFINIÇÃO ANTI-HISTAMINICOS H1:

TIPOS DE BLOQUEADORES DOS RECEPTORES H1:

Alcaftadina, Azelastina, Bepotastina, Bronfeniramina, Cetirizina, Cetotifeno, Ciclizina, Ciproeptadina, Clemastina , Clorfeniramina, Desloratadina, Difenidramina, Dimenidrinato, Doxilamina, Emedastina, Fexofenadina, Hidroxizina, Levocetirizina, Loratadina, Meclizina, Olopatadina, Prometazina.

FUNÇÃO:

Bloqueiam a resposta mediada pelo receptor de histamina no tecido alvo. Além de entrar no sistema nervoso central (SNC), causando sedação.

EFEITOS ADVERSOS:

Podem interagir com outros receptores, produzindo uma variedade de efeitos indesejados.

Existem efeitos adicionais não relacionados com o bloqueio H1, pois devemos lembrar que os antagonistas H1 de primeira geração podem se ligar em outros receptores como os: receptores colinérgicos, adrenérgicos ou serotoninérgicos.

RECEPTORES PERIFÉRICOS PARA H1:

Eles não atravessam a barreira hematencefálica, causando menos depressão do SNC do que os de primeira geração.

QUAIS SÃO OS EFEITOS?

Pelos anti-histamínicos H1 bloquearem a resposta mediada pelo receptor de histamina no tecido alvo, eles são muito mais eficazes em prevenir os sintomas que a histamina provoca do que em revertê-los depois de desencadeados.

CONDIÇÕES DE USO TERAPÊUTICO:

Em condições alérgicas e inflamatórias: os bloqueadores H1 são úteis no tratamento e na prevenção de reações alérgicas causadas por antígenos que agem nos anticorpos imunoglobulina E.

CONTRAINDICAÇÃO:

Não são indicados no tratamento da asma brônquica, pois a histamina é apenas um dos diversos mediadores que são responsáveis por causar reações bronquiais.

CONCLUSÃO:

vimos a importância de entendermos, primeiramente, a fisiologia da histamina para que possamos compreender melhor como os fármacos interferem em sua ação no nosso organismo, portanto se entendermos mais sobre sua síntese, local que age, liberação e mecanismo de ação, podemos ter um melhor raciocínio dos anti-histamínicos H1, principalmente lembrando que os efeitos com o bloqueio do receptor h1 são mais usados justamente para prevenir os sintomas que a histamina provoca no corpo humano. 

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?