terça-feira, janeiro 31

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL: " PHYSALIS ANGULATA L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Physalis angulata L.
Família: 
Solanaceae
Sinonímia científica: 
Physalis angulata var. ramosissima (Mill.) O.E. Schulz
Partes usadas: 
Toda a planta.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Compostos carotenoides, cumarinas, saponinas, glicosideos flavonoides, princípios amargos, alcaloides, bons teores de vitaminas A e C.
Propriedade terapêutica: 
Anti-inflamatório, imunorregulador, antialérgico, diurético, sudorífero, hepatoprotetor, sedativo, antifebrífugo.
Indicação terapêutica: 
Doenças da bexiga, fígado, baço, intestino, pele, dor de ouvido, doenças hepáticas, icterícia, enxaguatório bucal, acne.

​Nome em outros idiomas:

  • Inglês: angular winter cherry, balloon cherry 
  • Francês: petite tomate du Mexique 

Origem, distribuição
P. angulata é nativa da América tropical. Distribui-se como erva daninha. 

Descrição:
Espécie herbácea anual, ereta, ramificada, desenvolve-se em todo o Brasil vegetando em áreas com lavouras anuais e perenes, hortas e pomares. 

Apresenta caule quadrangular,  folhas alternadas com longo pecíolo, limbo lanceolado ou ovalado, com base levemente assimétrica, e margens irregularmente onduladas ou serreadas. Flores axilares, isoladas, de coloração branca, pedunculadas, cálice com 5 sépalas soldadas e acrescentes durante o desenvolvimento do fruto, corola com 5 pétalas soldadas na base que protegem o androceu com 5 estames de anteras coloridas e o gineceu com ovário globoso.

Fruto carnoso do tipo bacóide, oculto pelo cálice crescido tornando-se paleáceo, com abertura apical na maturação. Propaga-se por sementes.

Planta hospedeira da mosca-branca que transmite o begomovirus ao tomate, pimentão, repolho, melão e abóbora.

Uso popular e medicinal:
Camapu é bastante conhecida por suas propriedades anti-inflamatória, imunorreguladora e antialérgica, amplamente estudas por pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Estas propriedades podem ser relacionadas às fisalinas, substâncias da classe dos fitoesterois encontradas nesta espécie em número de 10 (B a K, sendo a fisalina B a precursora das demais). De forma geral, no gênero Physalis são encontrados compostos carotenoides, cumarinas, saponinas, glicosideos flavonoides e princípios amargos, além de alcaloides como a figrina e bons teores de vitaminas A e C.

Uma obra dedicada a "Fitoterapia da Amazônia" cita dentre seus princípios ativos a fisalina, higrina, tropeína, proteína e vitaminas (A, C). Considerada como tônico, atua nas inflamações do fígado, baço e intestinos. O suco fresco é utilizado na dor de ouvido e o decocto do caule, folhas, raízes e frutos nas doenças hepáticas. O chá da raiz é diurético, sudorífero, contra icterícia, antirreumático, hepatoprotetor e anti-inflamatório. Usam o chá das folhas para a inflamação da bexiga e do fígado. 

Em seu "Tratado das Plantas Medicinais - Mineiras, Nativas e Cultivadas" os pesquisadores  relata o emprego desta espécie nos casos de reumatismo, problema renal, doenças da bexiga e fígado, como sedativo, antifebrífugo, antiemético e nas doenças da pele. Cita que estudos em animais têm mostrado forte atividade imunoestimulante contra diversos tipos de células cancerosas e atividade antiviral e dentre os componentes químicos estão flavonoides, alcaloides e fitoesterois.

Uma análise química dos componentes do óleo essencial  O método de extração foi maceração das flores e decocção da planta inteira. Na extração por maceração, as flores de camapu foram previamente secas e moídas, em seguida colocadas em uma solução de metanol a 75%. Passadas 24 horas, a solução resultante foi filtrada e concentrada em rotoevaporador, resultando rendimento de 6,8% p/p.

Segundo os pesquisadores do experimento, em 2004 foi mostrado que o extrato metanólico das flores de camapu apresenta propriedades bactericidas contra as bactérias do gênero Streptococcus mutans, causadora de cáries dentais. Outros estudos anteriores (2003) apontam que a atividade anti-inflamatória do extrato de camapú pode ser atribuída a uma ação inibitória do mesmo nas rotas de ciclooxigenase e lipoxigenase. Já a propriedade antialérgica pode ser explicada pela inibição da produção de interferons-gama, proteínas da classe das citoquinas produzidas por células-T do organismo e responsáveis pelas reações de hipersensibilização de contato.

Aplicação cosmética. O extrato das flores de camapú pode ser empregado na fabricação de dentifrícios, como creme dental e enxaguatório bucal, graças à sua rápida ação bactericida. Os extratos das demais partes da planta apresentam potencial utilização em produtos voltados para o tratamento de acne, devido ao seu caráter anti-inflamatório comprovado.

 Dosagem indicada: 

Inflamação da bexiga e do fígado. Usam o chá das folhas em dose normal: 20 g do material verde ou 10 g do material seco para cada litro de água. Adultos tomam de 4 a 5 xícaras por dia; adolescentes entre 10 a 15 anos tomam 3 a 4 xícaras ao dia. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ).

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " BROMÉLIA ANTIACANTHA BERTOL. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Bromelia antiacantha Bertol.
Família: 
Bromeliaceae
Sinonímia científica: 
Agallostachys commeliniana (de Vriese) Beer
Partes usadas: 
Fruto, folha.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Flavonoides, taninos, saponinas, flavonas, ácidos hidroxicinâmicos.
Propriedade terapêutica: 
Expectorante, emoliente, anti-helmíntica, antitussígena, purgativo, diurético, vermífugo, abortivo.
Indicação terapêutica: 
Asma, bronquite, tosse, afecções da mucosa bucal, cálculo renal.

Origem, distribuição:
Nativa do Brasil e Uruguai.

Descrição:
Planta herbácea, terrestre, atinge até 2 m de altura, tem caule curto e grosso, emite estolhos também grossos. Ápice folioso e o restante escamado. Folhas numerosas, acuminadas, inteiras, com bordas providas de espinhos rijos (margem espinescente). Filotaxia: alterna, espiralada.

Flores com pétalas alvas e sépalas roxas. Fruto do tipo baga, grande, oval. Polpa comestível de coloração amarelada, ácida. A frutificação ocorre quase o ano todo.

A propagação é vegetativa ou por semente. A espécie é ornitófila (poninizada por aves).

Uso popular e medicinal:
Na medicina popular caraguatá é descrito como anti-helmíntica e antitussígena. É muito comum encontrar nas feiras livres do Brasil o famoso "xarope de caraguatá".

Os frutos são ácidos, purgativos, diuréticos, vermífugos e até abortivos. O sumo tem efeito sobre tecidos decompostos, deixando feridas completamente limpas.

No sul do Brasil, comunidades primitivas ferviam os frutos para tratar a tosse e usavam como emoliente (suaviza, amacia ou tornar a pele mais flexível), tradição que continuou com os colonizadores europeus. Recomenda-se utilizá-los na forma de xarope para os problemas respiratórios, enquanto que as folhas são usadas na forma de chá para bochechos e tratamento de afecções da mucosa bucal ou macerada como antitérmica e anti-helmíntica.

Os frutos são ingeridos tanto in natura ou preparado como remédio contra a tosse, tendo ação expectorante nas infecções respiratórias, recomendados para o tratamento de asma e bronquite.

O xarope extraído também é usado no tratamento de cálculos renais.  

Um trabalho em 2012 avaliou as atividades antifúngica, antibacteriana, citotóxica, moluscicida e antioxidante de extratos alcoólicos das folhas e frutos de B. antiacantha. Os pesquisadores concluiram que a atividade citotóxica frente a A. salina (pequeno crustáceo marinho), embora considerada moderada, foi a que se mostrou mais pronunciada nos experimentos realizados. Ensaios fitoquímicos realizados com os extratos brutos no intuito de verificar a presença de flavonoides, taninos e saponinas, confirmaram a presença dessas substâncias.

Foi relatada a presença de derivados de flavonas e de ácidos hidroxicinâmicos nos frutos desta espécie. Desta forma, a atividade antioxidante observada para os extratos avaliados pode ser atribuída a presença de compostos fenólicos, cuja ação antioxidante é conhecida na literatura. E a atividade citotóxica pode estar eventualmente relacionada à presença de saponinas, segundo os mesmos pesquisadores. 

Outros usos:
Apresenta características alimentícias, ornamentais e industriais. Costuma-se usar como cerca viva e extrair fibras dos frutos maduros para fazer sabão. Os cachos são utilizados em arranjos decorativos em festas e celebrações. Das folhas são extraídas fibras para cordoaria." NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( A FITOTERÁPIA TRATA A PESSOA COMO UM TODO NO CONTEXTO DE TODOS OS ASPECTOS DA VIDA INDIVIDUAL: FISIOLOGIA, COMPORTAMENTO, MEIO AMBIENTE E CONSCIÊNCIA ).

RESUMO SOBRE O CAPÍTULO 5 DE NEEMIAS; " A GENEROSIDADE DE NEEMIAS "

O significado de Neemias 5 relata a murmuração dos pobres contra os ricos. Portanto as condições internas entre as pessoas trabalhadoras eram graves. O trabalho que foi feito na reconstrução das paredes foi um trabalho de amor; nenhum salário foi pago. Como as pessoas estavam assim engajadas, suas outras ocupações, incluindo a agricultura, tiveram que ser negligenciadas.

A queixa de opressão:

Como resultado, os pobres foram levados a hipotecar suas terras, vinhas e casas para comprar milho, por causa da escassez. Mas os ricos se aproveitaram disso e escravizaram seus filhos e filhas, e parecia não haver perspectiva de redimi-los.

Os judeus ricos pela usura oprimiam os pobres, que haviam perdido suas terras e casas. Houve, portanto, um grande clamor do povo e de suas esposas contra seus irmãos, os judeus (Neemias 5:1-4).

“Apesar de sermos do mesmo sangue dos nossos compatriotas e dos nossos filhos serem tão bons quanto os deles, ainda assim temos que sujeitar os nossos filhos e as nossas filhas à escravidão. E, de fato, algumas de nossas filhas já foram entregues como escravas e não podemos fazer nada, pois as nossas terras e as nossas vinhas pertencem a outros” (Neemias 5:5)

A repreensão e exigências de Neemias:

Assim o justo Neemias, ao ouvir tudo isso, ficou indignado e a ira justa se apoderou dele. Neemias, o governador, escreve: “Consultei-me a mim mesmo”. Sem dúvida, muita oração estava ligada a essa autoconsulta. Ele então repreendeu os nobres e governantes por terem feito o que a lei de Deus proíbe e condena ( Êxodo 22-25;  Levitico 23: 36-37;  Deuteronomio 23-19; Salmos 15:5) à usura exata. Foi convocada uma grande assembleia na qual sua conduta foi denunciada impiedosamente. “Nós, segundo nossa capacidade, redimimos nossos irmãos judeus, que foram vendidos aos gentios; e vendereis vossos irmãos? ou serão vendidos a nós?” Quando Neemias chegou a Jerusalém, ele havia libertado aqueles judeus que estavam em escravidão aos pagãos por causa de alguma dívida, e esses ricos usurários estavam vendendo seus próprios irmãos.

Eles não tinham resposta a dar, mas foram condenados por suas más ações. Ele então exigiu a restituição total: “Restitui-lhes, peço-vos, ainda hoje, suas terras, suas vinhas, seus olivais e suas casas, também a centésima parte do dinheiro, e do trigo, do vinho e do óleo, que vós exigis deles.” O recurso foi procedente. Eles estavam imediatamente prontos para restaurar, para não exigir mais nada deles, e fazer tudo o que Neemias exigiu.  Foi uma grande vitória. Se a opressão continuasse e o conflito interno, teria resultado em desastre.

Quantas vezes essas lutas internas e atos de injustiça trouxeram reprovação ao povo de Deus e desonra a esse digno Nome! (Gálatas 5:15 ; Tiago 3:16). Eles tiveram que fazer um juramento para fazer isso, e Neemias solenemente sacudiu seu colo e disse: “Assim Deus sacudirá de sua casa e de seu trabalho todo homem que não cumprir esta promessa, mesmo assim seja sacudiu e esvaziou”. Seguiu-se um “amém” da grande congregação, e eles cumpriram a promessa. (Neemias 5:6-13).

A generosidade de Neemias:

Os versículos finais mostram a generosidade e o caráter abnegado desse homem de Deus. Isso nos lembra um pouco do apóstolo Paulo e seu testemunho sobre si mesmo (1 Coríntios 4:122 Coríntios 12:15-161 Tessalonicenses 2:9-10 ). Em tudo o que ele fez como servo de Deus, ele teve o consolo de que Deus sabia e seria seu Recompensador. “Pense em mim, meu Deus, para o bem, de acordo com tudo o que fiz por este povo.” Ele terá sua recompensa, e também todo o Seu povo, que serve em favor do povo de Deus como Neemias fez  (Neemias 5:14-19) Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

segunda-feira, janeiro 30

RESUMO SOBRE O LIVRO DE 2 REIS CAPÍTULO 5: " A HISTÓRIA DE NAAMÃ "

Naamã foi um comandante do exercido sírio durante o reinado de Ben-Hadade, rei de Damasco. A história de Naamã é conhecida na Bíblia especialmente com conta do episódio em que ele foi curado de lepra após mergulhar sete vezes no rio Jordão.

Quem foi Naamã?

Naamã ocupava uma posição muito importante na corte da Síria, de modo que ele desfrutava de ótimo reconhecimento por parte de seu rei, Ben-Hadade, que, inclusive, era inimigo declarado de Israel (cf. 1 Reis 20). O nome Naamã era comum na Síria, e seu significando provavelmente seja “benevolente”.

A Bíblia descreve Naamã dizendo que ele “era grande homem diante do seu senhor e de muito conceito”No entanto, a história de Naamã registrada em 2 Reis 5 não destaca apenas seu alto ofício, mas relata, especialmente, seu grande drama: o comandante Naamã era leproso.

A doença de Naamã:

A narrativa bíblica afirma que Naamã era leproso. Todavia, o termo hebraico utilizado para se referir a essa doença, sara’at, é usado para designar vários tipos de doenças de pele, de modo que não é possível determinar com exatidão o tipo de lepra de Naamã.

Alguns estudiosos sugerem que talvez a lepra de Naamã não fosse do tipo mais severo no que se diz respeito ao perigo de contagio. Essa conclusão é tirada do fato de que Naamã não vivia isolado da sociedade, e mais tarde, quando o servo de Eliseu foi castigado com o mesmo tipo de lepra, aparentemente ele também não sofreu reclusão (2 Reis 5:27; 8:4).

Por outro lado, há também quem defenda que o fato de Naamã não viver recluso não está relacionado ao perigo de contágio de sua doença, mas ao costume de seu povo que era diferente do costume judeu.

Em outras palavras, se Naamã pertencesse ao povo de Israel certamente ele seria obrigado a se isolar da sociedade, mas como sírio ele não estava sujeito a essa condição. Além disso, o caso do servo de Eliseu não oferece detalhes suficientes para afirmar com certeza que ele não foi realmente banido do convívio social.

Portanto, não é nenhum exagero supor que a doença de Naamã era de um tipo bastante grave, principalmente pelo modo dramático que sua história é narrada na Bíblia, o que parece indicar claramente que naquela época sua lepra era uma doença incurável, ainda que talvez não fosse contagiosa.

A cura de Naamã:

Na casa de Naamã havia uma menina israelita que servia como escrava. Essa menina informou a esposa de Naamã sobre um profeta que vivia em Samaria e que poderia restaurá-lo de sua lepra (2 Reis 5:3).

Ao saber disso, Naamã acreditou na informação de sua escrava e foi até o rei dizer o que tinha ouvido dela. O rei da Síria então providenciou uma carta ao rei de Israel recomendando Naamã, afirmando que o motivo de sua visita a Israel era para que ele fosse curado.

Quando o rei de Israel leu a carta, ele ficou absolutamente apavorado, pois pensou que aquela situação fosse algum tipo de artinha do rei sírio contra ele, no sentido de buscar um motivo para atacá-lo.

Porém, o profeta Elizeu ouviu sobre o que estava acontecendo, e logo tranquilizou o rei de Israel dizendo: “Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel” (2 Reis 5:8).

Então Naamã foi até a casa de Eliseu, parando à sua porta. O profeta, porém, nem mesmo saiu para recebê-lo, mas apenas enviou um mensageiro lhe ordenando a lavar-se sete vezes no rio Jordão para que fosse curado.

Naamã mergulha sete vezes no rio Jordão:

Quando recebeu o conselho de que deveria mergulhar no rio Jordão para ficar curado, Naamã ficou profundamente indignado. Ele pensou que Eliseu iria ao menos sair para recebê-lo, e colocaria suas mãos sobre ele, invocando o Senhor, e ele seria imediatamente curado. Naamã, inclusive, questionou o fato de que em Damasco havia rios melhores do que o Jordão para se banhar (2 Reis 5:11,12).

Aparentemente a ponto de desistir, Naamã foi aconselhado por seus auxiliares a escutar a palavra do homem de Deus, e a se submeter ao que ele lhe havia ordenado. Por fim, ele concordou e mergulhou no Jordão sete vezes, e sua pele foi completamente curada. A Bíblia diz que “sua carne tornou-se como a carne de um menino, e ficou purificado” (2 Reis 5:14).

A conversão de Naamã:

Após ser curado de sua lepra, Naamã confessou que o Deus de Israel é o único e verdadeiro Deus. Com essa declaração, Naamã não estava simplesmente dizendo que o Deus de Israel era mais poderoso do que os deuses da Síria, mas estava dizendo que realmente só existe um Deus, e depositando sua fé nele. A partir dali, Naamã foi convertido ao Senhor (2 Reis 5:15).

Diante de Eliseu, Naamã solicitou uma carga de terra que pudesse carregar em duas mulas (2 Reis 5:17). Esse seu pedido provavelmente refletia o pensamento dos povos do antigo Oriente Próximo de que uma divindade estava diretamente ligada a terra onde era adorada. Naamã queria um pouco de terra da Palestina para santificar o altar que ele pretendia edificar em seu país.

De qualquer forma, ainda naquele momento o conhecimento de Naamã acerca de Deus era bastante limitado. Além disso, Naamã ainda apontou para um conceito de sincretismo religioso ao falar ao profeta Eliseu que devido a sua posição, ele seria obrigado a acompanhar o rei da Síria na adoração a Rimom. Diante dessa observação de Naamã, Eliseu simplesmente não disse uma palavra se quer.

Eliseu recusa os presentes de Naamã:

Ao ser curado, Naamã ofereceu a Eliseu vários presentes de prata, ouro e roupas. Ele havia trazido consigo da Síria dez talentos de prata, seis mil ciclos de ouro e dez mudas de roupas. Essa carga significava aproximadamente 340 kg de prata e 68 kg de ouro.

O profeta Eliseu gentilmente recusou os seus presentes. Naamã até tentou insistir, mas o profeta manteve a recusa (2 Reis 5:16). O profeta apenas o despediu dizendo: “Vai em paz” (2 Reis 5:19).

Porém, quando Naamã já havia percorrido uma pequena distância, Geazi, servo de Eliseu, correu atrás dele, e ao alcançá-lo, mentiu dizendo que o profeta havia solicitado uma parte dos presentes (2 Reis 5:22).

Depois, quando ficou diante de Eliseu, Geazi também tentou enganar o profeta de Deus, mas acabou desmascarado. Como castigo, ele e sua descendência ficaram leprosos com o mesmo tipo de lepra de Naamã.

A história de Naamã no Novo Testamento:

A história de Naamã é mencionada pelo próprio Jesus segundo o registro do evangelista Lucas (Lucas 4:27). Na ocasião, o senhor Jesus mencionou a cura de um oficial sírio como um exemplo do cuidado de Deus para com os gentios a fim de indicar seu objetivo de incluí-los entre o povo de Deus.

Também é interessante saber que existia uma tradição judaica citada por estudiosos que coloca Naamã como sendo o homem que feriu mortalmente o rei Acabe (1 Reis 22:34). A Bíblia não revela a identidade desse homem, apenas diz que ele “armou o arco, e atirou a esmo, e feriu o rei de Israel por entre as fivelas e as couraças”, e que mais tarde o rei ferido veio a falecer.

Além do comandante Naamã, a Bíblia também menciona outro personagem com esse mesmo nome, um descendente de Benjamim (Gênesis 46:21; cf. Números 26:40), e que talvez seja o mesmo filho do juiz Eude que também aparece com esse nome (1 Crônicas 8:7) Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

domingo, janeiro 29

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " CEIBA PENTANDRA ( L. ) GAERTN. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Ceiba pentandra (L.) Gaertn.
Família: 
Malvaceae
Sinonímia científica: 
Eriodendron anfractuosum var. guianense Sagot
Partes usadas: 
Raiz, casca da haste, folha, seiva da folha, fruto em pó.
Propriedade terapêutica: 
Emética, antiespasmódica, estimulante, anti-helmíntica, adstringente, emoliente.
Indicação terapêutica: 
Lepra, diarreia, disenteria, acelerar o parto, dismenorreia, hipertensão, hérnia, gonorreia, problemas cardíacos, edema, febre, asma, raquitismo.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: silk-cotton tree, ceiba, god tree, Java cotton, java kapok, kapok
  • Francês: arbre a boure, arbre á coton, arbre à kapok, cotonnier faux, faux kapokier, fromager

Origem, distribuição:
Trópicos americanos, área que inclui o sul dos EUA, o litoral atlântico da América Central, as ilhas do Caribe e o norte da América do Sul). Nativa da África Ocidental e Central.

Descrição:
Caracteriza-se como planta aculeada de 30 a 40 m de altura, com tronco dotado de sapopemas basais de 80-160 cm de diâmetro. Folhas compostas, 5-7 digitadas, sustentadas por pecíolo de 28 cm, de folíolos glabros na página superior e pálidos na inferior. 

A madeira é leve e macia, de baixa durabilidade natural. Floresce durante os meses de agosto a setembro com a árvore quase totalmente despida de folhagem. Os frutos amadurecem em outubro/novembro, de onde se extraem as sementes, que são envoltas por uma pluma, denominada kapok, muito utilizada industrialmente para confecção de bóias e salva-vidas, para enchimento de colchões e travesseiros e como isolante térmico. 

Uso popular e medicinal:
Sumaúma tem ampla aplicação na medicina tradicional africana. A raiz faz parte de preparações para tratar a lepra. As raízes pulverizadas e as decocções radiculares são tomadas contra diarreia e disenteria. Decocções de raízes são oxitócicas (acelera o parto). Macerações da casca da raiz são bebidas contra dismenorreia e hipertensão. 

As cascas da raiz e haste são tidas como eméticas e antiespasmódicas. Decocções da casca do caule são usadas em lavagens bucais para tratar problemas de dor de dente e boca, e ingeridas para tratar problemas de estômago, diarreia, hérnia, gonorreia, problemas cardíacos, edema, febre, asma e raquitismo. São também aplicadas em dedos inchados, feridas, furúnculos e máculas leprosas. 

Extratos da casca são considerados eméticos, são bebidos ou aplicados como um enema. As macerações da casca servem para problemas cardíacos e hipertensão, são creditadas com propriedades estimulantes e anti-helmínticas. A casca em pó é aplicada em feridas. A goma da casca é um adstringente usado para tratar diarreia e como abortivo. 

As folhas têm propriedades emoliente e sedativa sendo indicadas contra a sarna, diarreia, fadiga e lumbago. Folhas jovens são aquecidas e misturadas com óleo de palma para consumo contra problemas cardíacos. Folhas picadas são aplicadas como um curativo de feridas, tumores e abscessos. 

A seiva da folha é aplicada em infecções de pele e ingerida para tratar doenças mentais. As macerações das folhas são ingeridas ou usadas em banhos contra fadiga geral, rigidez dos membros, dor de cabeça e sangramento de mulheres grávidas. 

Preparações de folhas servem como um banho de olhos, para remover os corpos estranhos dos olhos. 

A decocção das folhas é aplicada para tratar conjuntivite e feridas nos olhos e também usada em banhos e massagens para tratar a febre. Na medicina veterinária, uma decocção das folhas é administrada para tratar a tripanossomíase. As flores são tomadas para tratar constipação, e flores e frutas são creditadas com propriedades emolientes. 

O fruto em pó é tomado com água contra parasitas intestinais e dor de estômago. A fibra serve para limpar feridas. O óleo da semente é esfregado para tratamento de reumatismo e aplicado para curar feridas.

 Culinária:

Bolinho de folhas. Colha apenas os ramos terminais jovens e retire as folhas bem tenras (verde-avermelhadas). Lave e pique fininho. Bata 4 ovos, sal e temperos (orégano, alho, pimenta) a gosto e 12 colheres (sopa) de farinha de trigo. Incorpore várias folhas picadas à massa e misture bem. Frite em óleo bem quente. Escorra em papel toalha e sirva quente. 

Folhas refogadas. Colha e processe as folhas como descrito acima. Refogue com adição de uma pitada de bicarbonato de sódio para amenizar a alteração da coloração. Doure os temperos (alho, cebola, orégano) e sal a gosto na manteiga ou azeite. Adicione as folhas picadas, mexa, tampe e deixe cozinhar sempre em fogo baixo por alguns minutos até murchar. Sirva quente, pura ou com farofa. 

Sopa com acari-bodó. Use filés de acari-bodó, cascudo ou outro peixe ou carne. Tempere com sal, limão, alho e pimenta a gosto. Refogue na manteiga em fogo baixo até dourar, virando para dourar por igual. Acrescente água fervente e cozinhe bem. Quando estiver macio jogue uma boa quantidade de folhas finamente picadas. Deixe cozinhar rapidamente e sirva quente.

Outros usos:
Samaúma tem importância histórica como fonte de fibra extraída da parede interna da fruta. Serve para encher almofadas, colchões, como material de isolamento (acústico, térmico) e absorvente. O uso da fibra diminuiu no final do século XX após a introdução de substitutos sintéticos. No entanto, há um interesse renovado nessas filbras devido a novas técnicas de processamento, especialmente em aplicações têxteis e também como uma alternativa biodegradável aos materiais sintéticos, devido às suas propriedades hidrofóbicas-oleofílicas (aversão a água e afinidade com óleo).

O uso atual principal de C.pentandra é como fonte de madeira para marcenaria leve, instrumentos musicais, argamassas, esculturas e itens semelhantes. A madeira é adequada para fabricação de papel. A cinza da madeira é usada como sal de cozinha e para fabricação de sabão. Folhas e rebentos são forragens para cabras, ovelhas e gado. As flores são visitadas por abelhas.

Há interesse comercial no óleo da semente, já usado em sabão, produtos farmacêuticos, iluminação, fabricação de tinta e lubrificação. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA: ( A FITOTERÁPIA EFICAZ REQUER SABER COMO PREPARAR A PLANTA E COMO MELHOR USÁ-LA ).

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " PETIVERIA ALLIACEA L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Petiveria alliacea L.
Família: 
Phytolaccaceae
Sinonímia científica: 
Petiveria alliacea var. octandra (L.) Moq.
Partes usadas: 
Folhas e raíz.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Óleo essencial, flavonoides, saponina, tanino.
Propriedade terapêutica: 
Anti-inflamatória, analgésica.
Indicação terapêutica: 
Reumatismo, hipotermia, lavagem vaginal, banho de cheiro aromático.

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: pipi root, apacina, congo-root, garlic weed, guinea hen-plant, gully-root, skunk-root, anamu

  • Alemão: anamu, mucura

  • Espanhol: hierba de las gallinitas, huevo de gato

  • Francês: herbe aux poules

Origem, distribuição:
Espécie nativa da floresta amazônica e áreas tropicais da América Central e do Sul, Caribe e África.

Descrição:

Planta herbácea de ciclo perene, lenhosa, com caule ereto medindo até 2 m de altura, considerada pelo povo como um escudo mágico contra malefícios. Apresenta longos ramos delgados ascendentes. As folhas são elípticas, oblongas, curto-pecioladas e acuminadas no ápice, com até 12 cm de comprimento e 5 cm de largura. As flores são pequenas e sésseis.

O fruto é uma pequena cápsula. É encontrada em várias partes do Brasil, e uma planta aromática, exala um odor muito forte e nauseante.

Uso popular e medicinal:

Utilizada no combate a fungos, bactérias e vírus. Considerada anti-inflamatória e analgésica.

A decocção de folhas e raiz, bem como a tintura, são empregadas no combate ao reumatismo, na forma de fricção.

A decocção de folhas e raízes, bebida em pequeníssimas doses, combate a hipotermia. O cozimento das folhas é usado na lavagem vaginal como anti-infeccioso. A combustão das folhas dessecadas produz uma fumaça de cheiro acre que serve para afugentar mosquitos.

As folhas entram na composição dos “banhos de cheiro” aromáticos usados pelo povo da Amazônia na época das festas juninas. As raízes devem secar ao sol. As folhas, em lugar bem arejado, mas à sombra. Raízes e folhas devem ser guardadas em sacos de papel.

Um trabalho científico apresentado em 2006 constatou que o óleo essencial de Petiveria alliacea apresentou potente ação nematicida em Meloidogyne incognita, uma espécie de nematoide que causa prejuízo na agricultura. Através dos ensaios realizados com os constituintes puros, concluiu-se que o benzaldeido é o princípio ativo do óleo frente a essa espécie de nematoide.

Investigações clínicas em 1990 demonstraram o efeito hipoglicêmico in vivo de anamu: diminuiu os níveis de açúcar no sangue em mais de 60% uma hora após a administração a ratos. Esta descoberta reflete a prática da medicina herbal em Cuba, onde o anamu tem sido utilizada como ajuda para a diabetes durante muitos anos.

 Advertência:
Esta planta é considerada tóxica. O pó extraido da raiz pode provocar insônia, grande excitação e alucinações. O uso continuado determina acentuada apatia, indiferença, imbecilidade, convulsões, podendo provocar até a morte.

Deve ser usada com máxima cautela e sempre com orientação do profissional de saúde. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( O USO DA FITOTERÁPIA PERMITE QUE O PACIENTE SE RECONECTE COM O MUNDO NATURAL E RESTABELEÇA OS RITMOS NATURAIS ).

RESUMO DO LIVRO DE 1 PEDRO CAPÍTULO 2: " QUAL É A NOSSA MISSÃO NA TERRA "

Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.
(1 Pedro 2:9)

Muitos cristãos se perguntam sobre qual é a missão que devem desempenhar nesse mundo. O que Deus quer de nós? Qual o nosso chamado? Tais perguntas são respondidas quando entendemos a nossa identidade. Para saber o que tenho que fazer, primeiro preciso saber quem eu sou. Se você ainda não sabe qual a é a sua missão, descubra primeiro quem você é.

Para isso, não precisamos de novas revelações para que esses questionamentos sejam respondidos. Infelizmente muitas pessoas correm de um lado para outro atrás de intitulados profetas buscando respostas para suas vidas. Procuram no lugar errado, pois a Bíblia é suficientemente capaz para nos guiar.

O apóstolo Pedro em apenas dois versículos diz tudo o que precisamos saber. Ele responde quem nós somos e também qual é a nossa missão no mundo.

  • Nós somos geração eleita: Pedro mostra que pertencemos a um povo eleito pelo próprio Deus. Por seu amor e sua graça fomos escolhidos dentre todas as pessoas da terra para sermos a sua Igreja. Qualquer crise de identidade pode ser resolvida com as palavras de Jesus: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; ao contrário, eu vos escolhi a vós outros” (Jo 15:16).
  • Nós somos sacerdócio real: o sacerdote era o único que podia entrar na presença de Deus e mediar o pecado do povo. Pedro utiliza aqui o conceito de sacerdócio real presente no livro de Êxodo, a qual através de Moisés, Deus disse a Israel: “Vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa” (Ex 19:6). Israel fracassou nessa missão, apostatando e rejeitando o Messias. Mas todos os que creem em Jesus como o Filho de Deus, o Salvador enviado ao mundo, recebem o privilégio de serem sacerdotes reais. No judaísmo um rei não era sacerdote, e um sacerdote não era rei. Mas o Messias é Sacerdote e Rei, seu sacerdócio é superior, Ele é o eterno Sumo Sacerdote. Zacarias  profetizou: “Será revestido de glória; assentar-se-á no seu trono e dominará, e será sacerdote no seu trono” (Zc 6:13). Servimos a esse Rei e somos o próprio sacerdócio, no sentido de que temos o privilégio de entrar na presença de Deus por intermédio de Jesus Cristo (1Tm 2:5; Hb 10:19-25).
  • Nós somos nação santa: isso significa que somos separados para servir a Deus, e essa é a nossa real ocupação. Aqui, Pedro toma emprestada a linguagem de Êxodo 19:6 e Deuteronômio 7:6. Fomos escolhidos por Deus para a salvação e santificação.
  • Nós somos povo de propriedade exclusiva de Deus: não estamos desgarrados, não pertencemos a qualquer um. Nós temos um dono, nós somos propriedade do próprio Deus, somos um bem precioso para Ele, fomos comprados pelo sangue de Jesus Cristo. O texto coloca ênfase no fato de que somos exclusivos dEle. Isso significa que Ele não nos divide com ninguém, somos só dEle. No versículo 9 há uma expressão grega que transmite uma ideia de “preservação”, seria algo como “eu preservo para mim”, no sentido de uma ação contínua de tomar posse daquilo que é seu. Não somos valiosos porque  somos capazes, somos valiosos porque pertencemos a Ele.

Nossa missão:

Agora que Pedro respondeu a pergunta sobre quem nós somos, ele também fala sobre a missão que temos. Nossa missão é anunciar as grandezas daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. A palavra grega aretas traduzida como “grandeza” ou “virtude”, era um termo muito utilizado na época e refere-se aos atributos ou qualidades. Isso significa que temos que proclamar os feitos, o poder, a glória, a sabedoria, a graça, a misericórdia, o amor e a santidade de Deus. Através de nossa conduta e palavras, devemos testemunhar que somos filhos de Deus, somos da luz e não mais das trevas, pois Ele nos chamou para essa posição privilegiada.

Nós não podemos nos calar, precisamos anunciar e deixar transparecer o que Cristo fez por nós. Se você está perdido quanto a sua missão, saiba que essa é a sua missão. Você tem a responsabilidade de ser embaixador dos atributos do próprio Deus e de seus maravilhosos feitos.

Será que a sua conduta está de acordo com essa missão? Será que Cristo está sendo revelado através de sua vida? Será que suas palavras estão apontando para a obra redentora de Jesus na cruz? Será que você está mostrando ao mundo que agora você vive na luz, ou está gastando seu tempo à procura de uma sombra para se recordar dos tempos de trevas? Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONDUZ, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA,  AINDA NOS ANIMA ".

sábado, janeiro 28

COMO FAZER UMA COMPOSTAGEM DOMÉSTICA? VAMOS ENTENDER:

Esta notícia está em todas os noticiários: o meio ambiente vem sendo muito prejudicado através de ações humanas bastante irresponsáveis. Dentro desse contexto, aliás, sabemos que uma das problemáticas é o descarte excessivo e incorreto do que chamamos de “lixo”. Mas, a boa notícia é que alternativas inteligentes chegam pra aliviar tal cenário. Uma delas é a compostagem.

Em suma, a compostagem é o que podemos descrever como a reciclagem dos resíduos orgânicos. Cascas sementes, talos de frutas, legumes e verduras, serragem, folhas, por exemplo. A compostagem é, em outras palavras, uma técnica que permite a transformação destes “restos” orgânicos em adubo, por ação de micro-organismos. 

É um processo biológico que acelera a decomposição do material orgânico, tendo como produto final o composto orgânico.

A compostagem contribui para o ciclo natural que deveria ocorrer na agricultura, ou seja, recupera os nutrientes dos resíduos orgânicos que seriam descartados junto ao lixo comum e os leva de volta – enquanto adubo – para o solo, enriquecendo hortas e jardins. 

Assim, a compostagem é uma aliada pra redução do volume de lixo produzido diariamente por nós, destinando corretamente um resíduo que se acumularia nos lixões e aterros sanitários.

Sendo assim, a compostagem evita o mau cheiro, a infestação de insetos e a liberação de gás metano (gás produzido durante a decomposição de restos orgânicos e que causa o efeito estufa, problema ligado diretamente ao aquecimento global e as mudanças climáticas no planeta) e de chorume (líquido que contamina o solo e os lençóis freáticos).

Só para exemplificar, atualmente, cerca de 55% do lixo produzido no Brasil é considerado resíduo orgânico. No entanto, sofrem o soterramento nos aterros e lixões, impossibilitando sua biodegradação. Imagina só se todo esse resíduo fosse pra compostagem?

Por fim, o legal de tudo isso é que você pode fazer sua parte. Montar uma composteira em casa ou no seu local de trabalho é simples e faz uma diferença enorme para o meio ambiente. 

Totalmente sustentável, a composteira caseira pode ser feita em pequenos espaços de sua casa. Então, antes de tudo: comece a criar o hábito de separar os resíduos orgânicos do material seco e reciclável, impedindo a contaminação de ambos. 

Agora vou te mostrar o passo a passo pra criar sua própria composteira. A ideia, então, é transformar “restos” de alimentos em adubo pra sua horta:

  1. Primeiramente, compre três caixas de plástico com os seguintes tamanhos: 30 x 40 x 15 cm de altura pra famílias com até duas pessoas e 45 x 60 x 30 cm de altura pra famílias com até cinco pessoas.
  2. Em segundo lugar, com uma furadeira, faça buracos de aproximadamente meio centímetro de diâmetro em duas das caixas.
  3. Em uma das caixas furadas, coloque um pouco de terra e minhocas (cerca de meio litro). Depois acrescente o material orgânico úmido (os restos de alimentos) e o material seco (serragem, por exemplo). A proporção deve ser sempre 2:1 e todo o material deve estar muito bem picado. Esta caixa é chamada de digestora.
  4. Em seguida, empilhe as três caixas, uma em cima da outra. A de baixo é a que não tem furos e deverá ficar vazia. Ela servirá para o escoamento e armazenamento de chorume, líquido formado durante o processo de decomposição do material orgânico. A caixa do meio é a digestora (que contém a terra). E a de cima deverá ficar vazia e só será utilizada quando a segunda estiver cheia. As minhocas utilizam os buracos pra migrar de uma caixa pra outra.
  5. Quando a caixa do meio estiver completamente cheia, passe-a para cima e coloque a que estava em cima no meio. As minhocas ficarão no andar superior, andando de um lado para o outro, produzindo o húmus, enquanto você torna a despejar o “lixo” orgânico na caixa vazia.
  6. O composto precisa ser mexido sempre que forem adicionados novos restos de comida. Isso porque a oxigenação auxilia a ação dos micro-organismos e é importante pra evitar o cheiro ruim. O composto também precisa estar sempre úmido. O teste simples, de pegá-lo com a mão e apertá-lo é suficiente pra saber se a umidade está boa o suficiente. Se estiver muito seco, adicione um pouco de água.
  7. Por fim, geralmente depois de 50 dias, o adubo estará pronto. Ele deve apresentar um aspecto quase homogêneo. O volume deve ter reduzido, aproximadamente, 50% e sua coloração deve ser escura, também deve estar um pouco escorregadio. se quiser, use uma peneira para homogeneizá-lo, ficará com uma aparência melhor. 

Você pode colocar na composteira doméstica:

  • Restos de frutas, legumes, verduras, grãos e sementes, por exemplo;
  • Saquinhos de chá, erva de chimarrão, borra de café e de cevada (com filtro);
  • Cascas de ovos;
  • Palhas, folhas secas, serragem, gravetos, palitos de fósforo e dentais, podas de jardim;
  • Papel toalha, guardanapos de papel, papel de pão, papelão, embalagem de pizza e papel jornal.

Você não pode colocar na composteira doméstica:

  • Carnes de qualquer espécie ou frutos do mar;
  • Ossos de frango;
  • Leites, queijos, iogurtes;
  • Óleos e gorduras em geral; 
  • Papel higiênico usado;
  • Fezes de animais domésticos;
  • Excesso de frutas cítricas (limão, laranja, mexerica, abacaxi);
  • Alho e cebola;
  • Excesso de sal através das sobras de comida.

Observação: deixe secar ao sol as cascas das frutas cítricas antes de irem pra composteira. 

Assim que o adubo estiver pronto, você já poderá adicioná-lo na terra e plantar o que preferir: temperos como alecrim, salsinha, coentro e pimenta, tomate, frutas, verduras, flores…  

Já o chorume, por sua vez, pode ser diluído em água (1 litro de chorume pra 20 litros de água) e utilizado pra regar suas plantas. Para plantas em vasos deve-se usar 100 ml dessa solução a cada 10 dias.

Por fim, que tal colocar esse aprendizado em prática? Além de reciclar seu lixo orgânico, você vai poder decorar a casa com plantas bem adubadas e construir uma mini horta. E, assim, preparar suas refeições com temperos, verduras e legumes cultivados no seu próprio lar! " DEIXAS QUE O TEU ALIMENTO SEJA TUA MEDICINA "

sexta-feira, janeiro 27

RESUMO SOBRE O LIVRO DE ECLESIASTES CAPÍTULO 8; ( CUIDADO COM AS CONSEQUÊNCIAS )

Como vimos no capítulo 7, aqui no capítulo 8 vemos o pregador começando a ter algumas conclusões sobre tudo o que ele avaliou e sobre a nossa vida.

Estudar os capítulos anteriores nos ajuda a entender as conclusões que ele está tendo aqui, por isso não deixe de ler os textos anteriores.

Vemos que aqui ele traz uma diferença mais clara entre o tempo debaixo do sol e a eternidade.

“Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo.”

Eclesiastes 8:5

Numa análise rasa, encontraremos no texto acima uma contradição com o texto do versículo 15 do capítulo 7, onde ele diz:

“Tudo isto vi nos dias da minha vaidade: há justo que perece na sua justiça, e há ímpio que prolonga os seus dias na sua maldade.”

Eclesiastes 7:15

E até mesmo com outros trechos da Palavra, como:

“Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.”

Mateus 5:45

Aqui não temos uma contradição, mas sim um pensamento complementar: aqueles que guardarem os mandamentos podem até ter dias ruins debaixo do sol, mas não experimentarão o mal na eternidade.

Talvez por isso ele diga que o sábio, aquele que entendeu que há tempo para todas as coisas, inclusive para o justo chorar, vai saber discernir qual tempo ele está vivendo. O tempo onde nossa fidelidade trará o fruto será, principalmente, na eternidade.

Não é a primeira vez que vemos o pregador nos ensinando sobre manter o foco naquilo que é eterno. Este é um tema que aparece mais de uma vez no livro de Eclesiates.

“Porque para todo o propósito há seu tempo e juízo; porquanto a miséria do homem pesa sobre ele.”

Eclesiastes 8:6

Aqui ele nos lembra da nossa miséria, talvez para não considerarmos apenas o versículo imediatamente anterior e acharmos que não teremos nenhum mal nessa vida.

Precisamos nos lembrar de nossa miséria, de que sem Deus não somos nada, de que somos totalmente dependentes dele.

“Porque não sabe o que há de suceder, e quando há de ser, quem lho dará a entender?”

Eclesiastes 8:7

Então ele volta a afirmar que não sabemos o que há de ser, ou seja, não podemos crer que não sofreremos nenhum mal debaixo do sol, pois não sabemos o que vai acontecer. Sabemos apenas que, se guardarmos o mandamento, estaremos livres da ira divina no dia do juízo.

Essa é uma notícia fantástica para os que temem a Deus e desesperadora para aquelas pessoas que não ignoram os mandamentos do SENHOR.

“Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.”

Eclesiastes 8:11

O que o pregador está nos ensinando aqui é que se as pessoas tivessem noção da eternidade, de que a impiedade delas, cedo ou tarde, trará o seu fruto, a impiedade seria menor. Mas nós somos imediatistas, queremos ver o resultado de tudo o que faz o quanto antes. Sem a graça de Deus não temos como perceber o que é eterno, não temos como valorizar o que é eterno.

“Ainda que o pecador faça o mal cem vezes, e os dias se lhe prolonguem, contudo eu sei com certeza que bem sucede aos que temem a Deus, aos que temem diante dele.”

Eclesiastes 8:12

Então o pregador diz que mesmo que não vejamos o ímpio pagando pelos seus erros aqui nessa vida, com certeza – e essas são palavras fortes do pregador – ele sabe que, na eternidade, isso terá um peso.

Com este capítulo temos 2 apelos:

1 – Precisamos aprender a valorizar a eternidade, deixando de focar naquilo que é passageiro, naquilo que o pregador, sabiamente, chama de vaidade.

2 – Não podemos desejar que o ímpio pague pelos seus erros. Muitas vezes a nossa justiça quer ver o ímpio pagando, indo para o inferno. Se esse sentimento existe em nós precisamos nos conectar com o coração de Cristo, que deseja que todos se salvem! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

ESTUDO SOBRE A PLANTA MEDICINAL " JATROPHA MULTIFIDA L. " UMA PLANTA COM VÁRIAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS:

Nome científico: 
Jatropha multifida L.
Família: 
Euphorbiaceae
Sinonímia científica: 
Adenoropium multifidum (L.) Pohl
Partes usadas: 
Raiz, folha, látex.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Saponina (folha).
Propriedade terapêutica: 
Cicatrizante, purgativo, emética, catártico, abortivo.
Indicação terapêutica: 
Ferida infectada, úlcera, infecção cutânea, sarna, indigestão, cólica, orquite, edema, disenteria.

Origem, distribuição:
Ocorre naturalmente no México,  América Central e Brasil. É um exemplar popular na paisagem ao sul da Flórida (EUA). 

Nome em outros idiomas:

  • Inglês: coral plant, physic nut
  • Alemão: korallenstrauch

Descrição:
Arbusto perene ou semi-decíduo, ligeiramente suculento, ou árvore com uma coroa solta e espalhada. Pode crescer até 6 m de altura, embora em cultivo é provável que alcance entre 2 a 3 m.

As flores são muito pequenas de cor vermelho-brilhantes e agrupadas em cachos. A folha tem de 10 a 20 cm de largura, dividida em segmentos ou lóbulos estreitos, afilados, longos e podem ter as extremidades lisas ou dentadas.

Os frutos são amarelos e normalmente contém 3 sementes. Apresenta seiva abundante leitosa ou incolor.

A planta é coletada na natureza como medicamento e fonte de óleo. Foi introduzida como ornamental na região dos trópicos da Europa, mas há muito tempo é cultivada como uma sebe. A inflorescência vermelha tem grande demanda por floristas e confecção de pequenos buquês usados por mulheres na cintura, ombro e pulso.

Uso popular e medicinal:
O óleo da semente é às vezes usado como catártico (acelera a evacuação de fezes), embora possa causar forte irritação e até intoxicação. O óleo é aplicado internamente e externamente como abortivo.

As sementes são usadas como purgativo e emética (provova vômito). Seu uso foi quase abandonado na medicina tradicional mexicana, embora conste da Farmacopeia deste país.

O látex é usado externamente no tratamento de feridas infectadas, úlceras, infecções cutâneas e sarna. Na Indonésia um dos nomes locais é iodium (iodo), que reflete o uso popular como remédio para feridas.

Na Indochina as raízes secas são dadas em decocção contra indigestão e cólica. São também prescritas como um tônico para tratar orquite (inflamação dos testículos) e edemas (inchaços).

As folhas contêm saponinas, são usadas como purgativo e no tratamento de disenteria e sarna.

No noroeste do Estado do Paraná (Brasil), onde é conhecida por mertiolate ou bálsamo, tem sido utilizada na cicatrização de feridas. A seiva incolor extraída da folha é aplicada diretamente sobre a lesões. Em alguns casos é ingerida para tratamento de úlceras gastrointestinais.

Um trabalho acadêmico verificou a atividade cicatrizante do exudato das folhas aplicado localmente sobre lesões induzidas em ratos.  Conclui-se que o exudato apresentou uma tendência em acelerar o processo de cicatrização, porém os autores sugerem mais estudos para desvendar o mecanismo de melhora da ação cicatrizante ocasionado pela planta.

  Cuidado:
Todas as partes da planta são venenosas. As sementes maduras e secas contêm um óleo perigoso. Overdose pode ser contrabalanceada com um copo de vinho branco. Suco de lima e estimulantes são os melhores antídotos em casos de envenenamento pelas sementes.                                                              contato da seiva com a pele pode causar dermatite. " NÃO TOME MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS SEM CONHECIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU UM FITOTERÁPEUTA " ( NÃO É POSSÍVEL TER SAÚDE FÍSICA SEM TER SAÚDE ESPIRITUAL ).

RESUMO SOBRE O CAPÍTULO 37 DE GENESIS: A INTRIGA DA FAMÍLIA DE JACÓ.

Gênesis 37 é o capítulo que registra o episódio em que José foi vendido pelos seus irmãos. O estudo bíblico de Gênesis 37 revela as intrigas na família de Jacó e o cuidado providencial do Senhor.

Esse capítulo abre a última seção do livro de Gênesis e trata exclusivamente da história de Jacó e seus descendes (Gênesis 37-50). A história começa de forma dramática – com uma grande traição familiar –, mas mostra como Deus, em sua providência, graciosamente usou essa situação para conduzir todas as coisas ao cumprimento do seu bom propósito.

O esboço de Gênesis 37 pode ser organizado da seguinte forma:

  • A intriga na família de Jacó (Gênesis 37:1-4).
  • Os sonhos de Jacó (Gênesis 37:5-11).
  • O atentado dos irmãos de José (Gênesis 37:12-24).
  • José é vendido por seus irmãos (Gênesis 37:25-28).
  • A tristeza de Jacó (Gênesis 37:29-36).

Gênesis 37 começa falando do tempo em que a família de Jacó já estava habitando em Canaã (Gênesis 37:1). Com dezessete anos de idade, José – um dos filhos de Jacó – apascentava os rebanhos de seu pai com seus irmãos. Mas aparentemente os irmãos de José não agiam corretamente, porque o escritor bíblico informa que José “trazia más notícias deles a seu pai” (Gênesis 37:2). O texto bíblico não explica se ele fazia isso por iniciativa própria ou a pedido do pai – embora essa última possibilidade seja a mais provável.

A Bíblia também diz que Jacó amava mais a José do que a todos os seus filhos. Por isso ele lhe deu uma túnica ornamentada que indicava sua posição de filho preferido (Gênesis 37:3). Curiosamente esse versículo revela que Jacó repetiu os erros de seus pais, Isaque e Rebeca.

Isaque tinha Esaú como filho preferido, enquanto que Rebeca preferia Jacó (Gênesis 25:28). O resultado foi que esse favoritismo acabou promovendo a discórdia na família de Isaque e resultou na fuga de Jacó para longe de casa durante muitos anos (Gênesis 27). Embora a situação fosse diferente, a mesma história voltaria a se repetir. José seria levado para longe de casa.

O favoritismo de Jacó por José alimentou o ira invejosa de seus outros filhos. Eles odiavam tanto a José que nem havia mais um diálogo pacífico entre eles. A expressão hebraica indica que os irmãos de José não podiam saudá-lo com a paz (Gênesis 37:4).

Gênesis 37 relata que José teve dois sonhos que afloraram ainda mais a ira de seus irmãos. No primeiro sonho José e seus irmãos estavam no campo atando os feixes da colheita. Então o feixe que ele tinha preparado se levantou e ficou de pé, enquanto que os feixes de seus irmãos rodearam e se inclinaram perante o dele (Gênesis 37:8). Quando José contou o sonho a seus irmãos, eles lhe questionaram: “Reinarás, com efeito, sobre nós? E sobre nós dominarás realmente?” (Gênesis 37:8).

No segundo sonho José viu o sol, a lua e onze estrelas se inclinando perante ele. Novamente José contou o sonho a seus irmãos e a seu pai, e foi repreendido. O próprio Jacó lhe disse: “Que sonho é esse que tiveste? Acaso, viremos, eu e tua mãe e teus irmãos, a inclinar-nos perante ti em terra?” (Gênesis 37:10). A “mãe” mencionada por Jacó provavelmente era uma referência a Lia, a madrasta de José, pois sua mãe, Raquel, já havia falecido naquele tempo (Gênesis 35:16-20).

Obviamente os dois sonhos destacam a mesma mensagem: José teria uma posição proeminente na família da aliança. Esses não foram sonhos comuns, mas foram revelações da parte de Deus acerca do que logo haveria de acontecer. A repetição da mensagem, inclusive, indica que seu cumprimento era inevitável. Como diz os estudiosos os sonhos proféticos de José mostram que o propósito de Deus estava por detrás de todos os eventos da história que estava sendo desenvolvida.

De fato tudo aconteceu conforme Deus revelou a José em sonhos. A pergunta de seus irmãos: “Reinarás, com efeito, sobre nós?” foi literalmente respondida quando José foi levado ao posto de governador de toda a terra do Egito e acabou também governando sobre sua família que se mudou para aquelas terras. Além disso, posteriormente José recebeu o direito de primogenitura e a porção dobrada de seu pai (Gênesis 48:5,6).

Embora Jacó tenha inicialmente repreendido José pelos sonhos, a Bíblia diz que ele “considerava o caso consigo mesmo”. Isso quer dizer que secretamente ele continuava a ponderar sobre o significado dos sonhos.

Quando os filhos de Jacó estavam apascentando os rebanhos em Siquém, Jacó enviou José desde Hebrom para que ele pudesse lhe trazer notícias (Gênesis 37:12-14). Siquém ficava localizada a cerca de oitenta quilômetros de Hebrom.

José foi a Siquém, mas não conseguiu encontrar seus irmãos. Um homem que o viu andando pelo campo foi quem o informou que seus irmãos tinham ido até Dotã. Então José seguiu viagem para se encontrar com seus irmãos (Gênesis 37:15-17).

Dotã ficava a mais de vinte quilômetros ao norte de Siquém. A sequência da narrativa bíblica mostra que essa mudança de itinerário foi algo providencial. Isso porque nas proximidades de Dotã ficava a via comercial principal usada por comerciantes que seguiam para o Egito.

Os irmãos de José o viram de longe e conspiraram contra ele. O plano era matar José, lançar seu corpo numa cisterna e depois dizer a Jacó que um animal selvagem o devorou. Mas Rúben escutou o plano de seus outros irmãos e não deixou que eles tirassem a vida de José. Ele conseguiu convencê-los de jogar José numa cisterna vazia. O objetivo de Rúben era proteger José e devolvê-lo a seu pai (Gênesis 37:21,22).

Rúben era o irmão mais velho e assumiu a liderança de seus irmãos. Quando José chegou, rapidamente seus irmãos lhe tiraram a túnica que ele havia recebido como presente de Jacó, e o lançaram na cisterna (Gênesis 37:24).

Enquanto José estava preso na cisterna, seus irmãos se alimentavam de pão. Então eles viram uma caravana de ismaelitas que vinha de Gileade e seguia em direção ao Egito. No mesmo texto os ismaelitas também são identificados como midianitas. Tanto os ismaelitas quanto os midianitas eram descendentes de Abraão e obviamente acabaram se misturando (cf. Gênesis 25:2,12).

Foi nesse momento que Judá teve a ideia de vender José aos comerciantes ismaelitas ao invés de sujar as mãos com o sangue do próprio irmão ao matá-lo. Judá viu uma forma de lucrar com a desgraça de seu irmão mais novo. Os outros irmãos de José concordaram com a proposta de Judá. Assim, José foi vendido aos ismaelitas pela quantia de vinte siclos de prata (Gênesis 37:3). Os estudiosos dizem que esse era o preço médio de um escravo naquele tempo.

Historicamente os cristãos têm enxergado um paralelo entre a vida do Senhor Jesus e a história de José, que foi traído por seus irmãos e vendido sem dignidade por vinte peças de prata (cf. Mateus 26:15). Tal como José, o Senhor Jesus foi perseguido e tentado, mas saiu vitorioso. Ele salvou e reconciliou o seu povo e foi exaltado soberanamente sobre todos (cf. Filipenses 2:9,10). É nesse sentido que José é identificado pelos cristãos  como um tipo de Cristo.

Quando Rúben voltou à cisterna, seus irmãos já tinham vendido José. Ele ficou muito preocupado a ponto de rasgar suas vezes. Ele sabia que como filho mais velho teria que dar uma explicação a seu pai.

Então os irmãos de José seguiram com a parte do plano que faria Jacó acreditar que José havia morrido. Eles mataram um bode e molharam a túnica de José no sangue. Depois eles entregaram a túnica de José a Jacó que prontamente reconheceu que a aquela realmente era a túnica de seu filho favorito. Ao ver a túnica, Jacó acreditou que um animal selvagem tinha matado José (Gênesis 37:31-33).

Jacó ficou profundamente entristecido e lamentou muito a suposta morte de José. Mas ao ler sobre como Jacó foi enganado por seus próprios filhos, é impossível não se lembrar do episódio em Jacó também enganou seu próprio pai ao ocupar o lugar de seu irmão que era o filho favorito (Gênesis 27).

Gênesis 37 termina mostrando não apenas a tristeza de Jacó, mas também informando o paradeiro de José. Ele foi levado pelos midianitas ao Egito, onde foi vendido como escravo para servir na casa de Potifar, o comandante da guarda de Faraó. Essa história tinha tudo para terminar de forma trágica e sem qualquer esperança. Mas da forma mais improvável, o escravo se tornaria o governador da nação mais poderosa da terra naquele tempo, e serviria como o salvador de seu povo num tempo de grande crise. Deus estava no controle! Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS CONSOLA, NOS ORIENTA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

quinta-feira, janeiro 26

ESTUDO E ORGANIZAÇÃO SOBRE O LIVRO DE APOCALIPSE:

Apocalipse é o livro bíblico que traz a revelação de Jesus Cristo acerca dos tempos do fim. É o último livro da Bíblia e foi escrito pelo apóstolo João, provavelmente entre os anos 93 e 96 d.C, enquanto esteve exilado na ilha de Patmos.

A palavra 'Apocalipse' tem origem no grego (apocalypsis- 'apo': tirado, 'kalumna': véu/ 'kaliptós': coberto) e significa revelação ou descoberta. Trata-se de um livro profético, do gênero apocalíptico e encerra os livros inspirados do Novo Testamento.

A revelação dos acontecimentos futuros foi dada por Deus aos Seus servos:

Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer. Ele enviou o seu anjo para torná-la conhecida ao seu servo João, que dá testemunho de tudo o que viu, isto é, a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo.

Apocalipse 1:1-2

Como entender o Apocalipse?

Em primeiro lugar, precisamos ter humildade para aceitar que trata-se de um livro de difícil interpretação. Provavelmente, teremos dificuldades de identificar símbolos ou figuras estranhas que aparecem no livro do Apocalipse. Para compreender melhor o Apocalipse, precisamos lê-lo à luz dos outros livros da Bíblia. Além disso é preciso considerar o tipo de texto e o contexto no qual foi escrito para entendermos melhor o seu propósito.

Em segundo, precisamos entender que o Apocalipse retrata o desfecho final da revelação de Deus ao homem. Não é sobre o que nós queremos que seja, mas sobre o que Deus permitiu que soubéssemos. Nele é descrito como tudo culminará e sobre a soberania de Deus no controle da história, encerrando o quadro bíblico geral iniciado em Gênesis.

Em geral, importa saber que:

  • O Apocalipse, tal como toda a Bíblia, é centralizado em Jesus Cristo.
  • O propósito do livro é mostrar a soberania de Cristo e trazer uma resposta de esperança e consolo ao povo de Deus.
  • Há um alerta real aos incrédulos sobre o julgamento e a condenação eterna (para quem não crê e nem se arrepende).
  • O livro traz aos leitores (em todos os tempos) uma última advertência ao arrependimento e à perseverança em Cristo.
  • As profecias estão se cumprindo e o tempo do fim se aproxima.

Para quem foi escrito?

Os destinatários imediatos do livro do Apocalipse foram as sete igrejas da Ásia Menor (atual Turquia). Os cristãos enfrentavam uma perseguição hostil naquela época por parte dos pagãos, dos judeus e do imperador Domiciano. O próprio apóstolo João havia sido banido para Patmos, ilha que servia como exílio penal, devido à intensa perseguição religiosa. O objetivo do autor era levar encorajamento aos cristãos que eram diariamente confrontados na sua fé.

Nos primeiros capítulos (2 e 3) podemos ver um pouco dos problemas que as igrejas enfrentavam localmente. Mas, de modo geral, a Igreja de Cristo era atribulada por todos os lados. Assim, Deus transmite à João uma mensagem de esperança e alento: o prenúncio da vitória final contra todo o mal.

Características da mensagem:

Trata-se de uma mensagem de esperança e confiança para os que são fiéis a Cristo. Contudo, o Apocalipse é considerado um livro de difícil compreensão, por conter determinados símbolos, figuras e códigos, tão comuns ao gênero apocalíptico. João, inspirado por Deus, usa esse tipo de texto para descrever a revelação maravilhosa que Jesus lhe concedeu.

Certamente, não era a intenção descrever com exatidão a ordem cronológica dos acontecimentos futuros. Mas de descrever as visões e o testemunho de Cristo revelados para a Igreja.

Através desse registro, os cristãos desde o primeiro século, tem sido confortados com a expectativa da vitória e da vida eterna com Deus. As dores dos filhos serão recompensadas na intervenção final e definitiva de Cristo contra os Seus inimigos, no Seu reino eterno. Cristo voltará com poder e glória para buscar os Seus remidos, cumprir seus juízos e estabelecer o Seu Reino eternamente.

A soberania de Deus é realçada aqui no anúncio prévio da derrota do Maligno, do pecado e do sofrimento. Não se trata de um embate, cujo final é desconhecido. A revelação de Jesus antecipa-nos que o Cordeiro de Deus é vitorioso eternamente e dará fim a todas as forças do mal.

Além desses pontos, o Apocalipse é um livro que comunica esperança para o povo de Deus. Ele mostra-nos que aconteça o que acontecer, os filhos de Deus estarão seguros no Senhor e terão, pela graça de Jesus Cristo, a vida eterna.

Estrutura:

O último livro da Bíblia pode ser dividido em três partes:

  1. Introdução e saudação do apóstolo João; prenúncio da visão que teve de Jesus Cristo glorificado (Capítulo 1)
  2. Sete cartas às sete igrejas na Ásia Menor. Essas cartas exortavam acerca da condição das igrejas nos tempos de João, mas também prefiguram a condição da Igreja nos dias de hoje (Capítulos 2 a 3 ).
  3. Visões acerca do fim (várias imagens sobre a grande tribulação, do Reino triunfal de Cristo, da vingança do Cordeiro, a destruição da besta e do falso profeta, o Juízo final, o novo céu e nova terra). Seis visões de João que esboçam uma espécie de paralelismo. Abrangem eventos que vão sendo revelados, ao longo da história até que tudo seja consumado no grande final. Muitos desses eventos, possuem interpretações distintas (Capítulos 4 a 22:5). Conclusão (22:6-21).

É provável que as profecias descritas no Apocalipse contenham duas possibilidades interpretativas: um elemento próximo e um distante. No primeiro caso, referindo-se a eventos da época de João, e o último elemento retratando eventos futuros.

Tipo e gênero literário:

O Apocalipse é um livro Profético e o seu gênero é o Apocalíptico. E isso deve estar claro para o leitor antes de iniciar seu estudo do livro. Certamente o Apocalipse não deve ser lido como um texto de gênero jornalístico, dissertativo ou romance, por exemplo. O gênero apocalíptico floresceu no período entre o Antigo e Novo Testamentos e possui características particulares, que são:

  • o uso de linguagem figurada
  • riqueza de símbolos e imagens
  • relato de visões e sonhos
  • uso simbólico de números, cores e outros elementos enigmáticos
  • discurso futurístico impactante

Este gênero literário teve seu auge entre 200 a.C e 200 d.C. No contexto judaico, o gênero apocalíptico se expandiu durante o exílio do povo de Israel na Babilônia. No período inter testamentário, diversos escritos apocalípticos (apócrifos) foram escritos com o intuito de encorajar e anunciar o fim do sofrimento na chegada de um novo tempo em que o Messias viria num reino glorioso de paz.

Na Bíblia há outros livros que apresentam algum traço de estilo apocalíptico, tais como: Daniel, Ezequiel, Isaías e Zacarias. Mas sem a predominância encontrada em Apocalipse. Muitos recursos linguísticos emblemáticos foram utilizados para transcrever a visão gloriosa e transcendente que João teve. Tendo em conta o estilo literário, devemos estar atentos para não tornar literal todos os símbolos e imagens que aparecem no texto.

Cumprimento das profecias apocalípticas:

As profecias dadas na revelação de Deus sobre os finais dos tempos já começaram a se cumprir mas ainda não terminaram. No entendimentos de muitos, as profecias vão se cumprindo ao longo dos tempos até a volta de Jesus. Nesse entendimento, os símbolos tiveram referências históricas para os contemporâneos de João, também têm nos nossos dias e terão no futuro.

Um bom exemplo disso é a figura da 'besta'. Nos tempos de João, a 'besta' poderia ser facilmente associada ao imperador Nero (ou Domiciano); no século XX poderia ser considerado o nazista Hitler. Atualmente, a 'besta' poderia ser associada aos sistemas políticos corrompidos, ou outras personalidades e, no futuro, poderá haver referência mais específica.

Apesar das diferentes interpretações sobre o cumprimento das profecias apocalípticas, fato é que esse livro é atemporal. Fala à Igreja de Cristo em todos os tempos. As cartas às sete igrejas da Ásia, por exemplo, advertiram às igrejas daquele tempo mas continuam exortando aos cristãos das igrejas espalhadas pelo mundo todo, pelos anos seguintes, até hoje.

Encoberto ou revelado?

Notamos que o livro do Apocalipse ao mesmo tempo que revela, também parece encobrir certos detalhes do leitor. Nem todos os pormenores da nossa curiosidade serão completamente sanados. Mas não é por isso que não devemos estudá-lo proveitosamente. O seu caráter misterioso deve aguçar o nosso desejo de conhecer mais a Deus e a nossa meta de estar eternamente com Ele.

Mesmo para estudiosos e comentaristas da Bíblia, alguns trechos do Apocalipse são considerados velados ou misteriosos. O próprio autor inspirado foi advertido a encobrir certos detalhes, do que viu na visão (Apocalipse 10:3-4). Parte do que João ouviu foi "selado" e não foi escrito.

As referências da revelação que João recebeu do Senhor Jesus podem não ser consensuais no meio cristão, hoje. Em muitos momentos, ele transcreve símbolos que eram facilmente reconhecidos por seus primeiros leitores mas que precisam ser contextualizados por leitores dos nossos tempos.

Algumas passagens são bastante emblemáticas, como o capítulo 20, por exemplo. Alguns pormenores causam tremendas discussões devido às diferentes interpretações e leituras que podem ser feitas da mesma.

Existe muitas interpretações do livro de Apocalipse. Mas este livro deve sempre ser lido à luz dos demais livros bíblicos. Na interpretação da Bíblia, passagens mais claras sempre iluminam passagens obscuras.

Há quatro maneiras diferentes para interpretar o Apocalipse: PreterismoFuturismoHistoricismo e Idealismo. Estas são as principais escolas escatológicas que esboçam diferentes posicionamentos acerca dos eventos finais, descritos no livro do Apocalipse.

Há aqueles que defendem:

  1. que as profecias já aconteceram no passado (preteristas).
  2. que tudo irá se cumprir no futuro (futuristas).
  3. que as profecias do Apocalipse vão acontecendo ao longo da história, até culminar na vinda do Senhor (historicistas).
  4. que o Apocalipse fala de princípios gerais, constantes na luta do bem contra o mal, que se cumprirão espiritualmente (idealistas).

Existem muitas discussões acerca das possíveis interpretações do Apocalipse. As escolhas ou métodos de interpretação foram desenvolvidos tendo como base diferentes estudos e análises no decorrer da história do cristianismo. Essas maneiras de compreender o texto não devem ser tomadas como dogmáticas (absolutas ou arbitrárias) para o leitor da Bíblia. Mas podem servir de aliados para o melhor entendimento do livro.

1. Preterista:

Linha de interpretação que acredita que as profecias do Apocalipse já tiveram o seu cumprimento no primeiro século, com a destruição de Jerusalém (70 d.C) e a queda do Império Romano.

2. Futurista:

Essa linha entende que as profecias do livro do Apocalipse terão o seu cumprimento no final dos tempos. Portanto, a maioria dos eventos do livro (bem como outras passagens bíblicas escatológicas) ainda vai se cumprir futuramente.

3. Historicista:

É a linha interpretativa que esboça, em grande parte, a posição evangélica (era a posição de Lutero e outros protestantes). Entende que o Apocalipse descreve simbolicamente as diferentes fases da história da humanidade, bem como as épocas da Igreja, desde o Novo Testamento até o fim dos tempos. Essa linha de interpretação, acompanhou predominantemente o protestantismo até o século XIX, quando o futurismo ganhou espaço no meio pentecostal.

4. Idealista ou Eclética:

Compreende as profecias apocalípticas espiritualmente e não num sentido literal. Não afirma assertivamente sobre detalhes das visões misteriosas, nem considera que eventos narrados no Apocalipse acontecerão histórica e literalmente. Entende e assimila as verdades representadas através dos embates entre o bem e o mal.

Ainda existem diferentes escolas interpretativas relacionadas ao Milênio e à Grande Tribulação:

O capítulo 20, principalmente os versículos de 1 a 10, gera bastante controvérsia interpretativa. Nesse trecho, Apocalipse 20:1-10, faz-se menção do Milênio - período de tempo (literal ou não, consoante a interpretação), em que Cristo reina e Satanás será preso, impossibilitado de enganar as nações. Acerca dessa tese, existem três posicionamentos:

Amilenismo:

Negação à teoria do Milênio. Afirma que não há bases suficientes para esperarmos o governo visível de Cristo apenas num milênio (espaço limitado de tempo de mil anos). Considera que o Reino de Deus se dará de forma definitiva e gloriosa depois de findar essa era, na volta do Senhor. Era a posição mais aceita entre os primeiros cristãos e também mais tarde nos círculos reformados.

Pré-milenismo:

Esperam um milênio no futuro e acreditam que a segunda vinda de Jesus será anterior ao milênio. Atualmente essa crença está relacionada ao Dispensacionalismo.

Pós-milenismo:

Acreditam que a segunda vinda de Cristo será depois do milênio. Assim, esperam que a sociedade irá melhorar gradativamente (desde a 1ª vinda de Cristo) e que o milênio irá acontecer no seu ápice. Depois disso, se daria a volta do Senhor.

A grande tribulação é um período de tempo (indeterminado) que antecederá a segunda vinda de Cristo. Esse período terrível da história é mencionado em Apocalipse e noutros livros da Bíblia (Mateus 24:21). Esse tempo de tragédias será marcado por:

  • guerras, fomes, terremotos
  • apostasia da fé
  • esfriamento do amor
  • aparecimento de falsos profetas e falsos cristos
  • perseguição aos cristãos
  • imposição de grande sofrimento aos que são leais a Cristo.

Quanto a este tempo também existem diferentes interpretações:

Pré-tribulacionismo:

Acreditam que acontecerá o arrebatamento secreto da igreja e que a segunda vinda de Cristo irá acontecer antes da grande tribulação. Defendem que a volta de Jesus será em duas etapas: primeiro no arrebatamento da igreja e depois dos sete anos da Grande Tribulação, para destruir o império do Anticristo.

Mid-tribulacionismo ou Meso-tribulacionismo:

Também esperam que acontecerá um arrebatamento secreto, e que a segunda vinda se dará no meio da grande tribulação. Neste período, com supostos sete anos de duração, o Anticristo tomará o poder, depois da saída dos cristãos da terra.

Pós-Tribulacionismo:

Os defensores dessa tese acreditam que o arrebatamento acontecerá no fim da grande tribulação, e que a igreja não será retirada da terra durante esse tempo. Acreditam que os cristãos passarão por tribulações, ao longo dos tempos, cada vez mais intensas até a Segunda vinda de Jesus.

Dentro dessas escolas de interpretação há posições mais extremadas ou moderadas. No entanto, entendemos que acima de preferências ou inferências humanas, a Bíblia interpreta-se a Si mesma. Por isso a importância da leitura e estudo completos da Bíblia Sagrada para se compreender melhor o Apocalipse.

O livro do Apocalipse é uma profecia enviada por Deus ao Seu povo. É também um livro pastoral que encoraja, exorta e adverte a todos acerca dos últimos acontecimentos neste mundo. Apesar das perseguições e tribulações que a Igreja tem enfrentado, há vitória certa, consolo e glória eterna ao lado de Cristo. Para os descrentes há um convite para o arrependimento e fé, mas também um alerta para o risco da eternidade longe de Deus.

O Apocalipse é um convite para se conhecer mais a Cristo, testemunhar Dele ao mundo e estar preparado para a Sua vinda. Temos na Bíblia Sagrada, a preciosa revelação do Pai e tudo que precisamos saber sobre os tempos finais.

Em linhas gerais, o livro do Apocalipse assegura-nos que:

  • Deus é soberano sobre o universo e tem um plano para a Sua criação
  • Jesus tem controle sobre toda a história da humanidade
  • podemos ter certeza da vitória de Cristo e do Seu povo contra o mal
  • Deus conhece o sofrimento dos Seus Filhos e promete recompensá-los
  • o juízo de Deus se manifestará na história - os opressores serão julgados
  • o mal (pecado, o diabo e os demônios) será destruído e punido eternamente
  • o novo céu e a nova terra serão a nova realidade para os filhos de Deus

Nessa segurança gloriosa, podemos nos desprender desse mundo, tendo clareza sobre tudo que Deus revelou e ser abençoados pela esperança futura com Cristo. Para isso, devemos nos dedicar à leitura contextualizada e sóbria do Apocalipse, atentando-nos para a interpretação que a própria Bíblia dá de si mesma. Que Deus nos abençoe, nos guarde e nos dê a paz, " LEIA A BÍBLIA, A BÍBLIA ELA NOS FORTALECE, NOS ORIENTA, NOS CONSOLA, NOS CONDUZ, E AINDA NOS ANIMA ".

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