quinta-feira, maio 23

ENDORFINA: O QUE É, PARA QUE SERVE E COMO PODEMOS AUMENTAR

A endorfina é um hormônio produzido naturalmente pela glândula hipófise no cérebro, e quando é liberado na circulação sanguínea age estimulando a sensação de prazer, bem estar, bom humor, motivação e felicidade. Além disso, a endorfina também age como um analgésico opioide, reduzindo a dor física e o estresse, sendo por isso, conhecida como “opioide endógeno”, ou seja, “opioide do próprio corpo”.

Os baixos níveis de endorfina no corpo podem causar irritação, tristeza ou irritabilidade, e podem aumentar o risco de desenvolver problemas de saúde como depressão, ansiedade, fibromialgia ou enxaqueca crônica, por exemplo. 

No entanto, existem algumas formas de estimular a produção de endorfinas, como praticar atividades físicas, ter contato íntimo, comer chocolate ou estar entre amigos, que são atividades que levam à liberação de endorfina no sangue, aumentando a sensação de bem estar e prazer.

PARA QUE SERVE A ENDORFINA?

A endorfina é muito importante para diversas funções do organismo, por isso, é importante que os seus níveis se encontrem em concentrações saudáveis. As principais funções da endorfina são:

1 ) MELHORA DO HUMOR:

A endorfina atua no cérebro regulando a ansiedade, aumentando a felicidade e melhorando o humor e, por isso, baixos níveis desse neurotransmissor podem causar ansiedade e levar à depressão.

2 ) AUMENTAR A AUTO-ESTIMA:

A liberação de endorfina pelo corpo aumenta a sensação de bem estar, felicidade e prazer, o que ajuda a aumentar a autoconfiança, melhorando a auto-estima.

3 ) REDUZ A DOR:

A endorfina possui ação analgésica, semelhante aos remédios opioides como a morfina, sendo liberada naturalmente pelo corpo nos momentos de dor, como ao fazer esforços físicos extremos, quebrar um osso ou após cirurgias, por exemplo. 

Apesar de ter ação semelhante aos opioides, a endorfina não causa dependência ou vício como os remédios opioides.

4 ) REDUZ O ESTRESSE:

Além da diminuição da sensação da dor, a endorfina também ajuda a reduzir o estresse pois age regulando a liberação de hormônios relacionados ao estresse.

Além disso, a endorfina aumenta a sensação de bem estar e prazer, o que ajuda a reduzir o estresse.  

5 ) MELHORA A MEMÓRIA E A ATENÇÃO:

A endorfina também ajuda a melhorar a memória e a atenção, pois quando é liberada aumenta a sensação de bem estar, o que facilita a atenção aos estímulos externos, além permitir que estímulos externos sejam percebidos de forma mais clara.

6 ) FORTALECE O SISTEMA IMUNOLÓGICO:

A liberação de endorfina ajuda a fortalecer o sistema imunológico, por reduzir o estresse emocional. Isto porque em situações de estresse crônico ou depressão, o sistema imunológico pode ficar enfraquecido, diminuindo sua capacidade de combater microorganismos e aumentando o risco de doenças. 

7 ) AUMENTAR O DESEJO POR CONTATO ÍNTIMO:

A endorfina influencia na sexualidade, pois induz a síntese e liberação de outros hormônios, como a ocitocina, por exemplo, também conhecida como o hormônio do amor, o que leva a um aumento do desejo pelo contato íntimo, além de facilitar o vínculo amoroso, por causar sensação de felicidade e bem estar. 

DOENÇAS RELACIONADAS A ENDORFINA BAIXA:

Os baixos níveis de endorfina no corpo têm sido relacionados ao maior risco de desenvolvimento de algumas condições, como:

Depressão;
Ansiedade;
Fibromialgia;
Enxaqueca crônica;
Problemas de sono e vigília.
Além disso, a pessoa pode ainda sentir-se constantemente cansada, triste, irritada e ficar sem paciência facilmente, o que pode indicar que o corpo precisa de mais endorfina na corrente sanguínea.

COMO AUMENTAR AS ENDORFINAS?

Algumas formas de aumentar a liberação de endorfinas na corrente sanguínea são:


1 ) FAZER EXERCÍCIO FÍSICO:

Uma das melhores formas de aumentar a liberação de endorfinas é fazer uma corrida, pelo menos 1 vez por semana. No entanto, para pessoas que não gostam desse tipo de exercício, pode-se optar por praticar aulas de grupo numa academia ou algo mais tranquilo como uma aula de pilates ou yoga, por exemplo.

Além disso, pode-se fazer uma atividade que dê prazer e ao mesmo tempo ajude a exercitar o corpo, como andar de bicicleta, caminhar, surfar ou praticar uma modalidade de dança de que se goste, por exemplo.

O importante é encontrar algum momento durante a semana para se dedicar a esta prática. 

1 ) COMER CHOCOLATE:

O chocolate estimula a liberação de neurotransmissores relacionados com o bem-estar, pois contém uma endorfina chamada anandamida,que faz com que a pessoa se sinta mais feliz e satisfeita.

Para usufruir dos benefícios do chocolate, basta comer um quadradinho por dia, e o ideal é que seja chocolate negro com 70% de cacau, no mínimo, porque tem menos gordura e açúcar na composição, reduzindo assim o impacto negativo na balança.

3 ) DAR GARGALHADAS:

Estar com os amigos contando histórias, relembrar momentos felizes ou até mesmo assistir filmes com cenas divertidas ou espetáculos de comediantes, podem garantir momentos de grande alegria e por isso devem ser realizados com frequência.

O riso é benéfico e, por isso, pode ser usado até mesmo como forma de terapia alternativa, chamada de terapia do riso ou risoterapia, que tem como objetivo promover o bem-estar mental e emocional por meio do riso. 

4 ) TER CONTATO ÍNTIMO:

O prazer do contato íntimo libera endorfinas que promovem a felicidade e, por isso, é importante manter um relacionamento amoroso em que o contato íntimo seja satisfatório e regular.

Para se usufruir ao máximo do contacto íntimo, o ideal é que a pessoa se sinta à vontade com o parceiro, e que todo o envolvimento afetivo contribua para a satisfação do casal, de forma a promover a felicidade e a fortalecer o relacionamento.

5 ) SER GRATO 

A gratidão pela vida, pelo que se tem ou conquistou, pela presença dos amigos ou da família também libera endorfinas, deixando as pessoas mais felizes, por isso, é sempre bom tirar um tempo para refletir e encontrar motivos para agradecer.

Assim, para manter o hábito de agradecer pelas coisas boas da vida, mesmo as pequenas coisas, pode-se fazer uma lista de motivos de gratidão. Para isso, pode-se tentar colocar pelo menos 1 item nessa lista todos os dias, e meditar nela, fazendo isso como um exercício.

6 ) RELEMBRAR OS BONS MOMENTOS:

Quanto mais se pensa em situações tristes, mas abatida a pessoa pode ficar. Por outro lado, quanto mais frequentes forem os bons pensamentos e a lembrança de bons momentos, maiores serão as chances de a pessoa se sentir feliz.

As pessoas que têm o hábito de passar a vida reclamando, devem tentar identificar todas as vezes em que tiveram um pensamento ruim ou fizeram um comentário negativo, e focar a sua atenção na substituição desses pensamentos maus pelos bons. Além disso, também é muito importante para a felicidade ter a capacidade de ver o lado positivo de cada acontecimento ou pensamento aparentemente mau.

7 ) FAZER PLANOS PARA O FUTURO:

A chave para o sucesso está no equilíbrio entre o sonho e a realidade. Sonhar com o que se deseja é uma boa forma de ajudar a alcançá-lo, no entanto, deve-se manter os pés no chão para evitar decepções. Por isso, a pessoa pode sonhar mas ao mesmo tempo deve construir formas para tornar esse sonho realidade. Quando isso acontecer, haverá mais um motivo de gratidão, o que também traz felicidade.

Uma outra forma de alcançar a felicidade é investir no consumo de alimentos que contêm ou estimulam a produção de serotonina, como tomate, castanha do pará, por exemplo.

Já as drogas ilícitas como a maconha, cocaína e remédios como anfetaminas podem aparentemente trazer felicidade, mas apenas de forma momentânea, prejudicando o funcionamento do cérebro e a saúde.                              

quarta-feira, maio 22

MARCADORES DO EQUILÍBRIO HIDROELETROLITICO

1. DOSAGEM DE SÓDIO

Definição

Os sais de sódio são determinantes da osmolaridade celular. Relacionados a aldosterona e hormônio antidiurético. Sinônimo: Natremia; Dosagem de Na+1.

Indicação clínica

Avaliação dos distúrbios hidroeletrolíticos.

Preparo do paciente  

Jejum mínimo de 4 horas – recomendável;

Evitar atividades físicas vigorosas 24 horas antes do teste;

Manter o uso de drogas que não possam ser interrompidas;

Não fazer esforço físico durante a coleta;

O cliente deve manter sua rotina diária.

Valores de referência  

Adultos: 135 a 145 mmol/L (ou meq/L)

Valores críticos:

Menor ou igual a 120 mmol/L (hiponatremia)

Maior ou igual a 160 mmol/L (hipernatremia)

Interpretação e Conduta

Realizar consulta de enfermagem, iniciando com a anamnese para ingestão e eliminação, falta de ar e alteração na pressão sanguínea. Em seguida proceder ao exame físico por meio da avaliação de sinais de desidratação e aferição da pressão arterial.

6.2 DOSAGEM DE POTÁSSIO

Definição

O potássio participa de vários processos, como equilíbrio interno (passagem entre o meio intracelular e extracelular) e externo (ingestão, transporte gastrointestinal e reabsorção e eliminação renal). Na urina ou no soro é responsável por controlar os níveis de aldosterona, a reabsorção de sódio e no equilíbrio ácido-base. Sinônimos: Calemia; Dosagem de K.

Indicação clínica

Avaliação do equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico;

Acompanhamento de pacientes em terapia com diuréticos;

Monitorização em casos de nefropatias, principalmente com insuficiência renal, na cetoacidose diabética, no manejo da hidratação parenteral e na insuficiência hepática;

Avaliação de quadros de hiper e hipoaldosteronismo.

Preparo do paciente

Jejum mínimo de 4 horas – recomendável;

Evitar atividades físicas vigorosas 24 horas antes do teste;

Manter o uso de drogas que não possam ser interrompidos;

Valores de referência

Adultos: 3,5 a 5,1 mmol/L (ou meq/L)

Valores críticos

Menor ou igual a 2,5 mmol/L (hipocalemia)

Maior ou igual a 6,5 mmol/L (hipercalemia)

Interpretação e Conduta

Realizar consulta de enfermagem, iniciando com a anamnese para queixas de fraqueza da musculatura dos membros, histórico de ingestão de potássio nos alimentos e/ou por medicamentos. Em seguida proceder ao exame físico.

6.3 DOSAGEM DE ÁCIDO ÚRICO

Definição

O ácido úrico em níveis elevados (hiperuricemia) é sugestivo para doenças reumáticas como gota, insuficiência renal, etilismo, cetoacidose diabética, psoríase, pré-eclâmpsia, dieta rica em purinas, neoplasias, pós-quimioterapia e radioterapia, uso de paracetamol, ampicilina, aspirina (doses baixas), didanosina, diuréticos, beta-bloqueadores, dentre outras drogas. A redução dos seus níveis sanguíneos está associada a defeitos dos túbulos renais, uso de tetraciclina, alopurinol, aspirina, corticoides, indometacina, metotrexato, metildopa, verapamil, intoxicação por metais pesados e nas modificações do clearance renal. Sinônimos: Urato; Uricemia.

Indicação clínica

Exame importante no auxílio diagnóstico de condições clínico-patológicas, doenças reumáticas, renais, hepáticas.

Preparo do paciente

O paciente poderá manter sua rotina diária;

Evitar esforço físico no dia da coleta;

Não é necessário aumentar a ingestão de líquidos, exceto sob orientação médica.

Valores de referência

Sexo feminino: 2,8 – 6,5 mg/dL (143 – 357 μmol/L)

Sexo masculino: 3,7 – 7,8 mg/dL (202 – 416 μmol/L)

Criança: 1,5 a 6,0 mg/dL

Interpretação e Conduta

Realizar consulta de enfermagem, iniciando com a anamnese para queixas, em seguida proceder ao exame físico. Avaliar dor à palpação, calor e limitação da amplitude de movimento das articulações. Avaliar manifestações extra articulares, como pele, mucosas e aparelho gênito urinário.         

SEROTONINA: O QUE É? SINTOMAS E PRINCIPAIS FUNÇÕES

A serotonina é um neurotransmissor que atua no cérebro, estabelecendo comunicação entre as células nervosas, podendo também ser encontrada no sistema digestivo e nas plaquetas do sangue. Esta molécula, também conhecida por "hormônio da felicidade" é produzida a partir do aminoácido triptofano, que é obtido através dos alimentos. 

A serotonina atua regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade e funções cognitivas e, por isso, quando se encontra numa baixa concentração, pode causar mau humor, dificuldade para dormir, ansiedade ou mesmo depressão.

Uma das formas de aumentar a concentração de serotonina na corrente sanguínea é consumindo alimentos ricos em triptofano, praticar exercícios físicos com regularidade e, em casos mais severos, tomar remédios de acordo com a orientação do neurologista. 

AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DA SEROTONINA É:

1 ) REGULAR O HUMOR:
A serotonina atua no cérebro regulando a ansiedade, aumentando a felicidade e melhorando o humor e, por isso, baixos níveis desta molécula podem causar ansiedade e levar à depressão.

2 ) REGULA O SONO:
A serotonina um neurotransmissor que também estimula as regiões no cérebro que controlam o sono e o despertar.

3 ) ATUA NOS MOVIMENTOS DO INTESTINO:
A serotonina encontra-se em grande quantidade no estômago e no intestino, ajudando no controle da função e dos movimentos do intestino.

4 ) REGULA AS NÁUSEAS:
A produção de serotonina aumenta quando o organismo necessita eliminar substâncias tóxicas do intestino, como, por exemplo, em casos de diarreia. Esse aumento estimula também uma região do cérebro que controla a náusea.

5 ) COAGULAÇÃO SANGUÍNEA:
As plaquetas do sangue liberam serotonina para ajudar a cicatrizar feridas. A serotonina leva à vasoconstrição, facilitando assim a coagulação do sangue.

6 ) ATUA NA SAÚDE ÓSSEA:
A serotonina desempenha um papel na saúde dos ossos, sendo que o seu desequilíbrio pode ter um impacto negativo. Níveis significativamente altos de serotonina nos ossos podem tornar os ossos mais fracos, aumentando o risco de sofrer de osteoporose.

7 ) ATUA NA FUNÇÃO SEXUAL:
A serotonina é uma substância que está relacionada com a libido e, por isso, alterações dos seus níveis, podem alterar o desejo sexual.

ALIMENTOS PARA AUMENTAR A SEROTONINA:

Alguns alimentos ricos em triptofano, que servem para aumentar a produção de serotonina no organismo, são:

Chocolate preto;
Ovo;
Banana;
Abacaxi;
Tomate;
Carnes magras e baixas em gordura;
Leite;
Cereais integrais;
Legumes;
Espinafres;
Aspargos.
Além desses, os alimentos ricos em ômega-3, como o salmão, sardinha, truta e frutos secos, são boas fontes de serotonina. É recomendado que esses alimentos seja incluídos na alimentação do dia a dia em pequenas porções e várias vezes ao dia.

Uma boa opção é tomar uma vitamina de banana no café da manhã, comer um peito de frango grelhado com salada de tomate, no almoço.

SINTOMAS DE SEROTONINA BAIXA:

A baixa concentração de serotonina no organismo pode levar ao aparecimento de sinais e sintomas, como:

Mau humor pela manhã;
Sonolência durante o dia;
Alteração do desejo sexual;
Vontade de comer a toda a hora, especialmente doces;
Dificuldade no aprendizado;
Distúrbios de memória e de concentração;
Irritabilidade.
Além disso, a pessoa pode ainda sentir-se cansada e ficar sem paciência facilmente, o que pode indicar que o corpo precisa de mais serotonina na corrente sanguínea.

Na presença desses sintomas, é importante que o médico seja consultado para que seja iniciado o tratamento mais adequado, que costuma envolver uma melhora na alimentação e uso de suplementos de triptofano, em alguns casos.

Em casos mais graves, em que a insuficiência de serotonina tenha um grande impacto na vida da pessoa, causando depressão ou excesso de ansiedade por exemplo, pode ser necessário tomar remédios mais específicos.

SEROTONINA É DOPAMINA:

A serotonina e a dopamina são neurotransmissores que atuam como mensageiros químicos que transportam, impulsionam e equilibram os sinais entre os neurônios e as células do organismo.

Esses neurotransmissores são diferenciados a partir do aminoácido de origem. A serotonina é produzida a partir do aminoácido triptofano, enquanto a dopamina é produzida a partir da tirosina.

Além disso, a dopamina está relacionada com algumas emoções, como aumento da libido e euforia, enquanto que a serotonina está relacionada com a calma e o descanso.

terça-feira, maio 21

MARCADORES DA FUNÇÃO RENAL:

1 ) EXAME DE URINA DE ROTINA:

DEFINIÇÃO:

Exame que avalia a função renal e afecções do trato urinário da população, por meio do rastreio de bacteriúria, hematúria e/ou proteinúria. Compreende três etapas: características gerais (propriedades físicas); avalia elementos anormais (pesquisa química); sedimentoscopia (exame microscópico da urina). Sinônimos: Urinálise; EAS (elementos anormais e sedimento).

INDICAÇÃO CLÍNICA:

DIAGNÓSTICO E MONITORAMENTO DE:

Doenças renais e do trato urinário;

Doenças sistêmicas ou metabólicas;

Doenças hepáticas e biliares;

Desordens hemolíticas.

PREPARO DO PACIENTE:

Antes da coleta o paciente deverá realizar a higienização da genitália com água e sabão e secar;

Colher preferencialmente a 1ª urina da manhã ou com intervalo de 4 horas entre as micções;

No momento da coleta, deve-se desprezar o 1º jato de urina e coletar o jato do meio (cerca de 30 mL);

Para coletas realizadas em casa, o cliente deve entregar a urina no laboratório em no máximo 1 hora após a coleta, em temperatura ambiente ou refrigerada.

VALORES DE REFERÊNCIA:

CARACTERÍSTICAS GERAIS: 

COR: Amarelo citrino

ODOR: Característico

ASPECTO: Claro

DENSIDADE: 1,015 – 1,025

PH:  4,5 – 7,8

ELEMENTOS ANORMAIS:

Proteínas: negativo

Glicose: negativo

Corpos cetônicos: negativo

Hemoglobina: negativo

Leucócitos: negativo

Nitrito: negativo

Bilirrubina: negativo

Urobilinogênio: até 1 mg/dL

SEDIMENTOSCOPIA:

Piócitos: < ou = a 4 piócitos p/c

Epitélios vias altas: raras células p/c

Epitélios vias baixas: < ou = a 2 células p/c

Hemácias: < ou = a 2 hemácias p/c

Muco: não se aplica

Cilindros hialinos: < ou = a 2 cilindros p/c

Cilindros patológicos: ausentes

Cristais: ausentes

Flora bacteriana: ausente/escassa

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA:

Realizar consulta de enfermagem, iniciando com a anamnese para queixas de disúria, polaciúria, urgência miccional, hematúria leve ou oligúria. Em seguida proceder ao exame físico por meio da palpação abdominal, punho percussão lateral (Sinal Giordano).   

5-2 ) DOSAGEM DE UREIA:

DEFINIÇÃO:

A ureia é a principal fonte de excreção do nitrogênio, excretada pelos rins. Relacionada à função metabólica hepática e excretória renal. Sua concentração pode variar com a dieta, hidratação e função renal.

INDICAÇÃO CLÍNICA: 

Avaliação e monitoramento da função excretora renal.

PREPARO DO PACIENTE:

Jejum mínimo de 4 horas – desejável.

Valores de referência

Adultos: de 19,0 a 49,0 mg/dL

Recém-nascidos: de 8,4 a 25,8 mg/dL

Crianças: de 10,8 a 38,4 mg/dL

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA:

A consulta de enfermagem deverá iniciar pela anamnese para avaliar queixas de disúria, polaciúria, urgência miccional, hematúria leve ou oligúria. Em seguida proceder ao exame físico, por meio da palpação abdominal, punho percussão lateral (Sinal Giordano).

5-3 ) DOSAGEM DE CREATINA:

DEFINIÇÃO:

A creatinina é o produto de degradação das proteínas, eliminado pelos rins. A concentração sérica depende da capacidade renal e da massa muscular. É um exame responsável por analisar o funcionamento cardíaco e renal, através do clearence renal.

INDICAÇÃO CLÍNICA:

Avaliação e monitoramento da função excretora renal, e pacientes em tratamento medicamentoso de salicilatos, cimetidina, trimetropina, probenecide.

PREPARO DO PACIENTE:

Jejum mínimo de 4 horas – recomendável.

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA:

VALORES DE REFERÊNCIA: 

Masculino: 0,7 a 1,3 mg/ dL

Feminino: 0,6 a 1,1 mg/ dL

Criança: 0,7 a 1,3 mg/dL

5-4 ) UROCULTURA:

DEFINIÇÃO:

Amostras de urina podem ser submetidas à cultura quando existe suspeita de infecção do trato urinário, para o controle de tratamento dos pacientes. Os agentes etiológicos que mais frequentemente causam esse tipo de infecção são: Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus sp., Enterobacter sp., Staphylococus sp. Enterococcus faecalis. Sinônimos: Urocultura; Cultura de urina qualitativa e quantitativa.

INDICAÇÃO CLÍNICA:

Exame utilizado no diagnóstico de infecção do trato urinário (ITU).

PREPARO DO PACIENTE:

Antes da coleta o paciente deverá realizar a higienização da genitália com água e sabão e secar;

Colher preferencialmente a 1ª urina da manhã ou com intervalo de 4 horas entre as micções;

No momento da coleta, deve-se desprezar o 1º jato de urina e coletar o jato do meio (cerca de 30 mL);

Para coletas realizadas em casa, o cliente deve entregar a urina no laboratório em no máximo 1 hora após a coleta, em temperatura ambiente ou refrigerada.

VALORES DE REFERÊNCIA:

Definição de bacteriúria significativa

> 102 UFC (coliformes) /ml em mulher sintomática

> 103 UFC/mL em homem sintomático

> 105 UFC/mL em indivíduos assintomáticos em duas amostras consecutiva

> 102 UFC/mL em pacientes cateterizados

Qualquer crescimento bacteriano em material obtido por punção supra púbica.

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA:

A consulta de enfermagem deverá iniciar pela anamnese para queixas de disúria, polaciúria, urgência miccional, hematúria leve ou oligúria. Em seguida proceder ao exame físico por meio da palpação abdominal, punho percussão lateral (Sinal Giordano).  

MARCADORES DA FUNÇÃO TIREOIDIANA:

HORMÔNIO ESTIMULANTE DA TIREOIDE (TSH)

TIROXINA TOTAL (T4)

TIROXINA LIVRE (T4L)

TRIIODOTIRONINA TOTAL (T3)

TRIIODOTIRONINA LIVRE (T3L)

DEFINIÇÃO:

HORMÔNIOS ESTIMULANTES DA TIREÓIDE:

O TSH é uma glicoproteína secretada pela adenohipófise, tendo como principal efeito o de estimular a liberação de T3 e T4 pela tireoide. A secreção e os níveis séricos de TSH são controlados pelos níveis de T3 e T4 e pelo Hormônio Hipotalâmico Estimulador de Tireotrofina (TRH).

TIROXINA TOTAL T4:

A T4 é oprincipal produto secretado pela glândula tireoide. Liga-se à globulina ligadora de tiroxina (TBG), pré-albumina e albumina no sangue. A concentração de T4 geralmente reflete a atividade secretória da glândula Tireoide. Nos tecidos, sofre desiodação a T3, que produz ação hormonal e é responsável pela ação do hormônio.

TIROXINA LIVRE T4-LIVRE:

O T4 livre corresponde a uma pequena fração (0,02-0,04%) da tiroxina total (T4) que se encontra não ligada a proteínas. Na fração metabolicamente ativa é precursora do T3 (triiodotironina). É este nível de hormônio não ligado ou livre que se correlaciona com o estado funcional da tireoide na maioria dos indivíduos.

TRIIODOTIRONINA TOTAL-T3:

A T3 é produzida tanto na Tireoide como nos tecidos periféricos por desiodação de T4, sendo transportada, no soro, pela TBG, pela albumina e pela pré-albumina. Comparativamente à T4, o T3 tem maior atividade metabólica, meia- vida mais curta e menor afinidade pela TBG.

TRIIODOTIRONINA LIVRE- T3 L:

A maior parte do T3 circulante é ligada as proteínas; somente 0,3% existe na forma livre, não ligada. Em geral, as dosagens de T3 total e T3 livre apresentam boa correlação, só divergindo quando existem alterações significativas das proteínas carregadoras (gravidez, uso de anticoncepcionais e estrógenos e diminuição de TBG). Nessas circunstâncias, a fração livre retrata mais fielmente a condição tiroidiana.

INDICAÇÃO CLÍNICA:  

TSH: A dosagem do TSH é importante no diagnóstico de hipertireoidismo primário, sendo o primeiro hormônio a se alterar nessa condição.

T4: Reflete a atividade secretora. É útil no diagnóstico de hipo e hipertireoidismo;

T4 LIVRE: Exame útil na avaliação da função tireoidiana, particularmente em pacientes com suspeita de alteração na concentração de TBG;

T3: Exame útil na avaliação da função tireoidiana, particularmente em pacientes com suspeita de alteração na concentração de TBG; Útil no diagnóstico e no seguimento de indivíduos com hipertireoidismo;

T3 LIVRE: A medida do T3 e utilizada para diagnóstico e monitoramento do tratamento do hipertireoidismo.

PREPARO DO PACIENTE:

Jejum não obrigatório.

Em caso de uso de hormônio tiroidiano, colher o material antes da próxima dose ou no mínimo, quatro horas após a ingestão do medicamento.

OBSERVAÇÕES:

No hipotiroidismo primário, a concentração sérica de TSH está muito elevada. No hipotiroidismo secundário ou terciário, situação em que a produção dos hormônios da Tireoide é baixa devido à presença de lesões pituitárias ou hipotalâmicas, a concentração sérica de TSH é geralmente baixa.

Uma das causas mais comuns de hipertireoidismo subclínico, definido pela supressão das concentrações de TSH com níveis de T4 e T3 dentro da faixa de referência, é o tratamento com hormônio tireoidiano em doses excessivas.

A prevalência de hipotireoidismo na população idosa é elevada, superior a 14%, sendo necessária a triagem para a doença nesta faixa etária, usando a dosagem de TSH.

O hipotireoidismo subclínico, caracterizado pela elevação do TSH, com concentração sérica de T4 normal, tem sido reconhecido como fator de risco independente para aterosclerose e infarto agudo do miocárdio.

A determinação dos níveis de T4 livre é um teste sensível da função tireoidiana, não sofrendo influência da concentração de globulina carreadora de tiroxina (TBG).

No hipertireoidismo subclínico, por sua vez, tem-se redução do TSH e valores normais de T4L. A doença representa risco para fibrilação, osteoporose e progressão para hipertireoidismo franco.

A dosagem do T4 livre pode ser inadequada na presença de autoanticorpos antitoxina, fator reumatoide ou tratamento com heparina.

A determinação dos níveis séricos de T3 está indicada em indivíduos com TSH diminuído e T4 total ou livre dentro da faixa de referência. O teste é útil, portanto, na avaliação do hipertireodismo, particularmente da tireotoxicose.

Variações na concentração da globulina ligadora de tiroxina (TBG) e outras proteínas podem afetar os níveis de T3.

Podemos lembrar que o uso de drogas antitiroidianas, de bloqueadores de conversão periférica de T4 e de hormônios tiroidianos e presença no soro de anticorpos anti-T3 ou anti-IgG de camundongo podem alterar significativamente os níveis dessa fração.   

MARCADORES DO METABOLISMO LIPÍDICO:


1 ) DOSAGEM DO COLESTEROL TOTAL E FRAÇÃO:

DEFINIÇÃO:

O colesterol é um lipídeo, esteroide transportado na corrente sanguínea como lipoproteína. As lipoproteínas são divididas, de acordo com a sua densidade, em cinco classes: quilomícrons, lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL), lipoproteínas de baixa densidade (LDL), lipoproteínas de densidade intermediária (IDL) e lipoproteínas de alta densidade (HDL). A HDL é conhecida como “colesterol bom” e a LDL é conhecida como “colesterol ruim”. O colesterol é utilizado na produção de hormônios esteroides, na constituição das membranas celulares e como precursor dos ácidos biliares, progesterona, vitamina D, estrogênios, glicocorticoides e mineralocorticoides.

INDICAÇÃO CLÍNICA:

Avaliar risco de doença cardíaca, doença arterial coronariana (DAC) e aterosclerose;

A identificação de pacientes assintomáticos que estão mais predispostos a estas patologias é importante para a prevenção;

Traçar perfil lipídico quando solicitado em combinação HDL, LDL e triglicerídeos.

PREPARO DO PACIENTE:

Jejum não obrigatório;

Evitar ingestão de álcool 72 horas antes do teste;

Manter o uso de drogas que não possam ser interrompidos, mas, em pacientes em uso de Nacetilcisteína (NAC) ou Metamizol (Dipirona), a punção venosa deve ser realizada antes de sua administração devido à possibilidade de ocorrerem resultados falsamente reduzidos;

Executar o teste nas primeiras 24 horas após um evento isquêmico (IAM), pois os valores correspondem efetivamente ao perfil lipídico do paciente.

INTERPRETAÇÃO:

A interpretação clínica dos resultados deverá levar em consideração o motivo da indicação do exame, o estado metabólico do paciente e estratificação do risco para estabelecimento das metas terapêuticas. Realizar consulta de enfermagem, iniciando com a anamnese direcionada à alimentação, estilo de vida, realização de exercício físico, tabagismo, alcoolismo, incluindo todos os fatores de risco para doenças cardiovasculares, além da ocorrência de doenças cardiovasculares anteriormente. Em seguida realizar exame físico atentado, para o Índice de Massa Corporal (IMC), formato do abdome.

VALORES DE REFERÊNCIA:

É recomendado que na avaliação do perfil lipídico de um indivíduo, seja considerada a média de duas dosagens de colesterol, obtidas em intervalos de 1 semana e máximo de 2 meses após a coleta da primeira amostra. Deve-se estar atento ás condições pré-analíticas do paciente e a preferência pela mesma metodologia e laboratório.

VALORES ELEVADOS:

Idade;

Gravidez;

FARMÁCOS: betabloqueadores, esteroides anabolizantes, vitamina D, anovulatórios orais e epinefrina;

Obesidade;

Tabagismo;

Álcool;

Alimentação com alto teor de colesterol e gorduras;

Falta de exercícios físicos;

Insuficiência renal;

Hipotireoidismo;

Doença de armazenamento do glicogênio (doenças de Gierke e Werner);

Hipercolesterolemia familiar;

Diabetes Mellitus;

Hipertensão Arterial.

VALORES DIMINUÍDOS:

Desnutrição;

Doença hepática;

Anemias crônicas;

Infecção;

Hipertireoidismo;

Estresse.

CONDUTAS:

Quando o resultado for acima do esperado, o colesterol alto e o HDL baixo, o enfermeiro deverá explicar ao paciente os riscos e indicar algumas maneiras para reduzir o valor, como:

Encaminhamento ao cardiologista e nutricionista;

Realizar atividades físicas (indicação de acordo com a idade) como caminhada;

Reduzir o consumo de alimentos gordurosos;

Reduzir o consumo de álcool;

Reduzir o consumo de carboidratos;

Consumir em maior quantidade alimentos que possuam gordura boa;

Consumir alimentos ricos em fibras.

OBSERVAÇÕES:

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) apresentou as Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, que abrange uma avaliação dos riscos de desenvolvimento de aterosclerose, controle dos lipídeos, tratamento com drogas, atividades físicas e redução do tabagismo.   

DOSAGEM DE TRIGLICERÍDEOS:

DEFINIÇÃO:

Os triglicerídeos constituem uma importante fonte de energia para o corpo. São armazenados no tecido adiposo como glicerol, monoglicerol e ácidos graxos, convertidos pelo fígado em triglicerídeos.

INDICAÇÃO CLÍNICA: 

Avaliar risco de doença cardiovascular e arteriosclerose;

Associado à dosagem de colesterol e frações, é útil na avaliação de dislipidemias.

PREPARO DO PACIENTE:

Jejum não obrigatório;

Evitar ingestão de álcool 72 horas antes do teste;

Realizar o teste nas primeiras 24 horas, após infarto agudo do miocárdio (IAM), pois os valores correspondem efetivamente ao perfil lipídico do paciente.

INTERPRETAÇÃO:

ALTERAÇÕES:

Níveis inferiores a 150 mg/dL não estão associados a qualquer doença;

Entre 250 a 500 mg/dL, podem ter relação com doença vascular periférica, constituindo um marcador para pacientes predisposições genéticas para hiperlipoproteinemias;

Acima de 500 mg/dL, alto risco de o paciente desenvolver pancreatite;

Acima de 1.000 mg/dL, relação com hiperlipidemia, especialmente do tipo I ou tipo V;

Níveis superiores a 5.000 mg/dL estão associados a xantoma eruptivo, arco corneano, lipemia retiniana, hipertrofia hepática e/ou esplênica.

Além das dislipidemias primárias, algumas condições ou doenças estão associadas a elevação de triglicerídeos como obesidade, intolerância à glicose ou diabetes mellitus II, hiperuricemia, hepatites virais, alcoolismo, tabagismo, cirrose biliar, obstrução biliar extra hepática, síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica, síndrome de Cushing, gravidez, infecção, doenças inflamatórias, algumas doenças do estoque do glicogênio e uso de algumas drogas (estrogênios, contraceptivos orais, prednisona).

Níveis baixos de triglicerídeos podem ser encontrados na abetalipoproteinemia, hipobetalipoproteinemia, má absorção, desnutrição e hipertireoidismo.

CONDUTAS:

Resultado acima dos valores de referência, o enfermeiro deverá orientar o paciente.

Encaminhar ao cardiologista e nutricionista;

Aconselhar a realização de atividades físicas (indicação de acordo com a idade);

Reduzir o consumo de alimentos gordurosos;

Reduzir o consumo de álcool;

Reduzir o consumo de carboidratos;

Consumir em maior quantidade alimentos que possuam gordura boa;

Consumir alimentos ricos em fibras.

OBSERVAÇÕES:

A variação diurna faz com que os triglicerídeos sejam mais baixos pela manhã e mais altos depois do meio dia.     

MARCADORES DO METABOLISMO DA GLICOSE:


1 ) GLICEMIA:

DEFINIÇÃO:

A dosagem de glicose no sangue pode ser usada para triagem de pessoas saudáveis e assintomáticas, porque diabetes é uma doença comum que começa com poucos sintomas.

A GLICEMIA POS-PRANDIAL:

Corresponde a avaliação da glicose no sangue em 1 a 2 horas após a alimentação. Vale ressaltar que as concentrações de glicose no sangue aumentam, aproximadamente 10 minutos após o início da alimentação.

Para as gestantes a dosagem de glicemia em jejum deve ser solicitada na primeira consulta do pré-natal, a fim de detectar a presença de diabetes. A partir da 20ª semana de gravidez, realiza-se outra medida de dosagem de glicose em jejum, com ponto de corte de 85mg/L, visando a detecção de diabetes gestacional. Sinônimos são dosagem de glicose; glicemia em jejum.

INDICAÇÃO CLÍNICA:

Diagnóstico e monitoramento do diabetes mellitus e dos distúrbios da homeostase glicêmica. Rastreamento do diabetes gestacional.

PREPARO DO PACIENTE:

Na dosagem de glicose o jejum é obrigatório:

Adulto: entre 8 e 12 horas;

Crianças de 1 a 5 anos: 6 horas;

Criança menores que 1 ano: 3 horas;

Na glicose pós-prandial a amostra deverá ser coletada após 2 horas do início do almoço, não se deve alterar o hábito alimentar;

Não utilizar laxantes na véspera dos exames;

Não exercer nenhum esforço físico antes do exame.

INTERPRETAÇÃOE CONDUTA:

Realizar consulta de enfermagem, iniciando com a anamnese sobre as queixas direcionadas a hipoglicemia como: tremedeira, nervosismo, ansiedade, sudorese, calafrios, irritabilidade e impaciência, confusão mental e delírio, taquicardia, coração batendo mais rápido que o normal, tontura ou vertigem, fome e náusea, sonolência, visão embaçada, sensação de formigamento ou dormência nos lábios e na língua, dor de cabeça, fraqueza e fadiga, falta de coordenação motora ou a hiperglicemia: visão turva, xerostomia (sensação de boca seca),cansaço, sudorese excessiva, polidipsia, polifagia, poliúria. Em seguida realizar exame físico verificando a pressão arterial, cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), frequência cardíaca e respiratória, realizar a avaliação cuidadosa da pele dos membros inferiores e superiores, avaliação da neuropatia periférica (sensibilidade tátil, térmica e dolorosa).

VALORES DE REFERÊNCIA:

Glicemia Jejum: 60 a 99 mg/dL

Crianças (de 2 a 18 anos) em jejum: 60 a 100 mg/dL

Crianças (de 0 a 2 anos) em jejum: 60 a 110 mg/dL

Recém nascidos prematuros: 40 a 65 mg/dL

Glicemia pós-prandial: < 140 mg/dL

Gestantes (Diabetes Mellitus Gestacional)

Glicose plasmática em jejum > 95 mg/dL (> 5,3 mmol/L)

1 hora > 180 mg/dL (> 10,0 mmol/L)

2 horas > 155 mg/dL (> 8,6 mmol/L)

3 horas > 140 mg/dL (> 7,8 mmol/L).



OBSERVAÇÕES:

Na maioria dos casos, a elevação significativa dos níveis plasmáticos de glicose em jejum, diagnostica a diabetes mellitus. Entretanto, casos leves (limítrofes) podem apresentar-se com glicemia de jejum normal. Se houver suspeita de diabetes mellitus, o teste de tolerância à glicose pode confirmar o diagnóstico.

Mulheres grávidas que não apresentavam diabetes antes da gestação recebem o diagnóstico de diabetes gestacional quando o resultado do exame de glicemia em jejum for 92 mg/dl ou superior.

O paciente diabético, principalmente em insulinoterapia ou em uso de sulfonilureia, deve ser orientado sobre o risco de hipoglicemia, como reconhecer os sintomas e como proceder na crise.  

2 ) HEMOGLOBINA GLICADA:

DEFINIÇÃO:

O termo hemoglobina glicada (A1C) é utilizado para designar a hemoglobina conjugada à glicose. É o parâmetro de escolha para o controle glicêmico a longo prazo. Deve ser solicitada a todos pacientes com diabetes mellitus (DM) (solicitado em média a cada 3 meses), a partir da consulta inicial, para determinar o controle da glicemia por parte do paciente. Quanto maior o nível de glicose na circulação, maior será a ligação da glicose com a hemoglobina. O resultado do teste é dado em porcentagem de hemoglobina ligada à glicose. Sinônimos: Hemoglobina glicosilada; Hba1c.

INDICAÇÃO CLÍNICA:

A dosagem deverá ser realizada regularmente em todos os pacientes com diabetes mellitus para monitoramento do grau de controle glicêmico. Recomenda-se:

Duas dosagens ao ano para todos os pacientes diabéticos;

Quatro dosagens ao ano (a cada três meses) para pacientes que se submeterem a alterações do esquema terapêutico ou que não estejam atingindo os objetivos recomendados com o tratamento vigente.

PREPARO DO PACIENTE:

Não é obrigatório jejum;

Medicamentos de uso continuo deve ser informado.

INTERPRETAÇÃO E CONDUTA:

Realizar consulta de enfermagem, iniciando com a anamnese sobre as queixas como visão turva, xerostomia (sensação de boca seca), cansaço, sudorese excessiva, polidipsia, polifagia, poliúria. Em seguida realizar exame físico verificando a pressão arterial, cálculo do IMC, frequência cardíaca e respiratória, realizar a avaliação cuidadosa da pele dos membros inferiores e superiores, avaliação da neuropatia periférica (sensibilidade tátil, térmica e dolorosa).

VALORES DE REFERÊNCIA:

Valores de referência: menor que 5,7%;

Diabetes mellitus: pré-diabetes - 5,7% a 6,4%;

Diagnóstico – igual ou maior que 6,5%.

Bom controle: menor que 7%

OBSERVAÇÕES:

A dosagem da hemoglobina glicada deve ser realizada regularmente em todos os pacientes com diabetes mellitus para monitoramento do grau de controle glicêmico.

Quando utilizado para a avaliação do controle glicêmico de pessoas com diabetes, o teste de A1C deve ser repetido a cada três meses nos casos de diabetes mal controlado ou a cada seis meses, nos casos de diabetes estável e sob controle dos níveis glicêmicos.

Há variações das contribuições da glicemia de jejum e pós-prandial de acordo com o nível da HbA1c. Em pacientes com HbA1c próxima ao limite da normalidade, a contribuição da glicemia pós-prandial é mais significativa. Para níveis mais elevados de HbA1c (≥ 8,5%), a contribuição da glicemia de jejum é preponderante.

O QUE É O METABOLISMO DO FERRO?